Você está na página 1de 5

Tireoide e paratireoide

Distúrbios da tireoide: sintomas, tratamentos e causas

O que é Distúrbios da tireoide?


Sinônimos: Desordens da tireoide

São condições que afetam a tireoide, uma glândula em forma de borboleta localizada na parte
inferior do pescoço. A tireoide tem um papel importante na regulação de numerosos processos
metabólicos de todo o corpo. Diferentes tipos de distúrbios podem afetar a estrutura ou a função da
tireoide.

A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na
parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente,
gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas
(no adulto).

Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também,
no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais;
na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É
fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do
organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena . É responsável pela


produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do
nosso organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso
(hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).

Hipotireoidismo

Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar


mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode
ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo;
dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de
colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o
indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.

Hipertireoidismo

Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso,


tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a
pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia,
mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que
chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem
aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

Nódulos de Tireoide

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas.
Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O
que não significa que sejam malignos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento
deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental
para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez
identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para
confirmar a presença ou não do câncer.

Exames
Além da história médica completa e exame físico, exames especializados são usados para
diagnosticar distúrbios da tireoide. Veja:

• Exames de sangue para medir os níveis de hormônios tireoidianos e TSH


• Exames de imagem para investigar o tamanho e a presença de nódulos na tireoide
• Biópsia e Punção aspirativa por agulha fina
• Cintilografia de Tireoide

Tratamento de Distúrbios da tireoide


O tratamento da doença de tireoide depende do tipo de disfunção. Pode incluir apenas
acompanhamento clínico, bem como o uso de medicamentos de forma contínua, iodoterapia ou
cirurgia.
Doenças das Paratireóides
As paratireoides são quatro glândulas situadas na parte posterior da tireóide. Em raros casos ela(s)
pode(m) estar em outro local, como dentro do tórax, e são chamadas de estóicas. Elas produzem o
paratormônio (PTH), responsável por manter em equilíbrio os níveis de cálcio no sangue.

Por exemplo, quando o nível de cálcio no sangue cai, seja por uma baixa absorção de cálcio ou por
deficiência de vitamina D, que é a responsável por auxiliar na absorção do cálcio intestinal, o PTH
sobe. Sua elevação auxilia a retirar parte do cálcio dos ossos, a reter uma fração do cálcio que seria
eliminado na urina e a aumentar a excreção renal de fósforo, que dificulta a circulação livre do
cálcio. Além disso, o PTH atua na transformação da vitamina D em sua forma ativa através das
células renais. Em resumo, este hormônio prioriza a manutenção dos níveis de cálcio no sangue, que
é essencial para a contração muscular e impulsos nervosos, por exemplo.

Resumem-se as disfunções das paratireoides em dois tipos:

Hiperparatireoidismo
Quando há elevação do nível de PTH. Pode ocorrer de maneira secundária à queda nas
concentrações de cálcio no sangue (ex: doenças inflamatórias intestinais que dificultam sua
absorção), vitamina D (ex: baixa exposição solar, insuficiência renal) e/ou por baixos níveis de
magnésio (ex: desnutrição).

Porém, há casos em que o aumento de PTH ocorre de maneira independente a estes fatores,
portanto anormal. É chamado de hiperparatireoidismo primário e é observado nos tumores de
paratireoide como os adenomas (benignos – forma mais comum) e carcinomas (malignos – muito
mais raros) e nos quadros de hiperplasia das paratireoides. Nestas situações, chama a atenção o
nível elevado de cálcio pela excessiva retirada dos ossos e retenção renal.

O hiperparatireoidismo persistente provoca efeitos deletérios a nossa saúde em longo prazo. O


“roubo” de cálcio dos ossos favorece o surgimento de osteoporose e deformidades ósseas. Nos
casos em que há aumento concomitante de cálcio, existe o risco de formação de cálculos renais que,
em casos mais graves, pode levar a insuficiência renal. Além disso, o excesso de cálcio favorece o
surgimento de outras situações clínicas, como úlceras gástricas, pancreatites, aumento da diurese e
maior risco de desidratação, obstipação intestinal, entre outros.

Hipoparatireoidismo
Situação clínica em que há queda nos níveis de PTH. A principal causa está relacionada a
complicações pós-operatórias de cirurgias de remoção da tireóide, pois as paratireóides estão muito
próximas a mesma. Pode ocorrer remoção acidental de uma ou até de todas as paratireoides e
também ser provocada pela interrupção do suprimento sanguíneo para as paratireoides por longo
período durante a cirurgia. Pode ser de caráter transitório ou definitivo.

A remoção de um tumor de paratireoide também pode cursar com hipoparatireoidismo transitório,


visto que as outras glândulas sadias podem estar temporariamente inativadas pelo excesso de PTH
produzido pelo tumor.

Outras causas de hipoparatireoidismo são: doenças autoimunes (anticorpos que atacam as


paratireoides), doenças infiltravas (ex: hemocromatose), após terapia com iodo radioativo e
congênitas (ex: síndrome de Di George).

Além destas apresentações, existe também o pseudo-hipoparatireoidismo, situação em que o nível


de PTH está elevado, mas existe uma resistência das células ao seu efeito.

O quadro clínico é decorrente da deficiência de cálcio no sangue ou hipocalcemia. Podem ocorrer


espasmos musculares, parestesias (sensação de “formigamento”), câimbras, fraqueza muscular,
confusão mental, pele seca, atraso na erupção dentária, atraso de desenvolvimento estatural e
neurológico em crianças, catarata subcapsular e, em casos mais graves, espasmos de laringe e
difusos semelhantes à crise de Tétano e subsequente parada respiratória, que pode ser fatal.

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/disturbios-da-tireoide

https://www.endocrino.org.br/tireoide/

http://endocrinologistasp.med.br/areas_atuacao/doencas_paratireoides/

Você também pode gostar