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SUA TIREOIDE É IMPORTANTE

TIREOIDE

E A

MEDICINA CHINESA

UM BREVE BATE-PAPO

DR LEONARDO BRAGA
PHD EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DE ACUPUNTURA TUNG
Sobre o Auto​r
Leonardo Gomes Braga Ferreira, PhD

Graduado em Farmácia Industrial pela


Universidade Federal Fluminense, é Mestre
e Doutor em Biologia Celular e Molecular
pelo Instituto Oswaldo Cruz - Fundação
Oswaldo Cruz. Atualmente, desenvolve
projetos relacionados ao câncer e à artrite
reumatoide pelo programa de Pesquisador
Pós-doutorando Júnior pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Tem experiência nas áreas de
Farmacologia, Imunologia e Biologia Celular
com ênfase nos seguintes temas:
processos inflamatórios, sinalização
purinérgica, receptores purinérgicos e
receptores de potencial transitório (TRP) no
sistema neuroimunoendócrino. É autor e
revisor de artigos científicos e capítulos de
livro em revistas internacionais indexadas.
É autor do livro: ​Acupuntura Pragmática:
Um manual prático sobre Vasos
Extraordinários e Cronoacupuntura.
Aprovado em seleções Aluno Nota 10 nas
modalidades Mestrado e Doutorado ambos
oferecidos Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro -
FAPERJ.
Professor e especialista em
Acupuntura da família Tung (certificação
internacional e membro da World Tung’s
Acupuncture Association), em Medicina
Tradicional Chinesa pelo Colégio Brasileiro
de Acupuntura, Restauração Bioenergética
(Acupuntura sem agulhas), Nova
Craniopuntura de Yamamoto (YNSA),
Acupuntura Japonesa Pediátrica
(Shonishin), Acupuntura e Moxabustão
Japonesa (Estilos Sawada, Fukaya, Nagano
e Manaka), Auriculoterapia Chinesa,
Microssistema Punho-Tornozelo, e em
Acupuntura Coreana das mãos (Koryo Sooji
Chin, certificação internacional).

Currículo ​Lattes:​
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visu
alizacv.do?id=K4463053A4
Introdução
Muitas vezes esquecida, a importância
da glândula tireóide está cada vez mais em
destaque quando a mesma não opera
corretamente suas funções. A produção de
seus hormônios é parte de uma sistema
muito maior do que pensamos. Há vários
sistemas de organização celular e todos os
órgãos do corpo operam em consonância
aos finos ajustes hormonais da tireoide.

Ao longo de toda a nossa existência,


somos sujeitos a diversas variáveis ora
nocivas, ora benéficas que influem sobre a
tireoide. Aliás, seu nome provém do grego:
thyreos​, que significa: escudo. Variáveis
substanciais, como nutrientes e toxinas,
assim como as não-substanciais, como
sentimentos e derivações de informações
sensoriais, como afeto e traumas, podem
fortalecer ou incapacitar o “escudo”. Eis,
que podem surgir doenças às quais muitas
pessoas, cerca de 14 milhões de
brasileiros, especialmente mulheres, são
impactadas. Os distúrbios da tireóide são
crônicos e geralmente não são
diagnosticados. A American Thyroid
Association estima que 20 milhões de
americanos têm alguma forma de disfunção
da tireóide. Os sintomas são geralmente
vagos e gerais. As pessoas não
reconhecem os problemas, nem entendem
o papel da tireóide e seu impacto na saúde
geral.

Nesta aula, vamos abordar as


principais características das desordens
tireoidianas e como a Medicina Chinesa
poderia impactar positivamente esse
quadro.
A Glândula Tireoide
A glândula tireóide é um órgão em
forma de borboleta composto por dois
lobos, esquerdo e direito, conectados por
uma estreita faixa de tecido, chamada
"istmo". Ela pesa 25 gramas em adultos,
com cada lobo com cerca de 5 cm de
comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de
espessura, e o istmo com 1,25 cm de altura
e largura. A glândula geralmente é maior
nas mulheres do que nos homens e
aumenta de tamanho durante a gravidez.

A tireóide está próxima à frente do


pescoço, apoiada contra e ao redor da
frente da laringe e traquéia. A cartilagem da
tireóide e a cartilagem cricóide estão logo
acima da glândula, abaixo do pomo de
Adão. O istmo se estende do segundo ao
terceiro anel da traquéia, com a parte
superior dos lobos estendendo-se para a
cartilagem tireoidiana e a parte inferior ao
redor do quarto ao sexto anel traqueal. Os
músculos infra-hióideos ficam na frente da
glândula e o músculo
esternocleidomastóideo ao lado. Atrás das
asas externas da tireóide estão as duas
artérias carótidas. A traquéia, a laringe, a
faringe e o esôfago estão todos atrás da
tireóide. Nessa região, o nervo laríngeo
recorrente e a artéria tireoidiana inferior
passam ao lado ou no ligamento.
Normalmente, quatro glândulas
paratireóides, duas de cada lado, ficam de
cada lado entre as duas camadas da
cápsula tireoidiana, na parte traseira dos
lobos da tireóide.

A glândula tireóide é coberta por uma


fina cápsula fibrosa, que possui uma
camada interna e uma externa. A camada
interna se expande para a glândula e forma
os septos que dividem o tecido da tireóide
em lóbulos microscópicos. A camada
externa é contínua com a fáscia
pré-traqueal, anexando a glândula às
cartilagens cricóide e tireóide através de um
espessamento da fáscia para formar o
ligamento suspensor posterior da glândula
tireóide, também conhecido como ligamento
de Berry. Isso faz com que a tireóide se
mova para cima e para baixo com o
movimento dessas cartilagens quando
ocorre a deglutição.

A glândula tireóide produz hormônios


que têm duas funções principais: eles
aumentam a síntese de proteínas (ação
estrutural) e a utilização de oxigênio (ação
metabólica). Essas atividades fisiológicas,
por sua vez, influenciam a taxa metabólica
basal (TMB). O nível de produção de
hormônio tireoidiano é determinado pelos
níveis de hormônio estimulador da tireóide
(TSH) liberados da glândula pituitária
(hipófise), pela disponibilidade de iodo e
tirosina (convertida pela glândula em
hormônios tireoidianos) e pela condição dos
próprios tecidos tireoidianos. Os níveis de
TSH são ainda mais regulados pelo
hipotálamo e, sem dúvida, por outros
mecanismos reguladores, produzindo um
ciclo de feedback, de modo que o TSH
aumenta à medida que os hormônios da
tireóide diminuem e o TSH diminui quando
os hormônios da tireóide aumentam. As
medidas da quantidade de hormônios
tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4
(tiroxina) no plasma sanguíneo são
consideradas uma avaliação substantiva da
função tireoidiana. Outros achados
diagnósticos podem revelar a presença e/ou
a natureza de uma doença instalada ou em
desenvolvimento da tireóide.
Doenças da Tireoide
Um estudo do Brasil demonstrou
diferenças semelhantes com a maior
prevalência de hipotireoidismo observada
em indivíduos brancos (1,6%) em
comparação com pessoas de ascendência
negra (0,59%) ou mista (1,27%). Um outro
estudo separado examinou disfunção
tireoidiana em brasileiros de descendência
japonesa e encontrou 0,8% dos
participantes do estudo com hipotireoidismo
e 8,9% com hipotireoidismo subclínico. Isto
é muito interessante! As taxas gerais de
disfunção tireoidiana foram menores em um
estudo baseado em Kasagi, Japão, apesar
da faixa etária mais velha de 45-70 anos
versus 42-60 anos com uma idade média
de 42-60 anos na população estudada. Ou
seja, existem diferenças ambientais
regionais que influenciam na atividade
tireoidiana, apesar do background genético.
Estaríamos nos referindo à Epigenética,
que a Medicina Chinesa tanto conhece há
milhares de anos?

É necessário ressaltar que


desarmonias tireoidianas afetam cerca de
predominantemente mulheres de meia
idade, como disposto acima, a incidência
nesse grupo é bastante alta. Mulheres
exibem cerca de quatro vezes mais
chances do que os homens de sofrerem
distúrbios “yang”, com características
hipertireoidianas, ao passo que exibem oito
vezes mais chances de sofrer de distúrbios
“yin” com características hipotireoidianas.
Além disso, demonstram duas vezes mais
chances do que os homens de sofrerem
tumores da tireóide. Aproximadamente
metade dos casos de doença da tireóide
envolve hipertireoidismo e a outra metade
envolve hipotireoidismo. Um curioso caso
de equilíbrio yin-yang.

Apesar dos diferentes resultados, a


principal causa da doença, como ocorre
hoje, é um processo autoimune. Aliás, não
somente no caso da tireoide. A doença de
Grave é a condição hipertireoidiana mais
comum; em casos graves, tal doença é
tratada pela remoção do tecido da tireóide
por meio de cirurgia em indivíduos jovens e
em mulheres grávidas ou por irradiação de
um isótopo de iodo - que se liga
rapidamente à tireóide (ávida por incorporar
iodo nessa condição), e, portanto, causaria
a destruição máxima de tecidos neste local.
Por outro lado, drogas inibidoras da tireóide,
como o metimazol, podem ser usadas em
casos menos graves.

A tireoidite de Hashimoto é o distúrbio


autoimune mais comum que causa
hipotireoidismo. Em seu curso normal,
começa com um episódio de
hipertireoidismo que se converte
“espontaneamente” em hipotireoidismo. É
tratado principalmente pela administração
de hormônio tireoidiano oral (normalmente
análogos de T4) como terapia de reposição.
Essa é geralmente a mesma abordagem
após tireoidectomia ou irradiação da
glândula tireóide para pacientes com
hipertireoidismo.

O hipertireoidismo segue um curso


semelhante a muitos distúrbios
inflamatórios autoimunes, ou seja, com
períodos de crise e remissão. É importante
averiguar quais seriam os “gatinhos” que
influenciam nesses períodos. O
hipotireoidismo, no entanto, parece seguir
um curso mais estável e, portanto, pode ser
comparável ao diabetes de início precoce; a
glândula tireóide fica aumentada ou
encolhida e exibe pouca ou nenhuma
função, assim como as células produtoras
de insulina do pâncreas dos pacientes
diabéticos têm pouca ou nenhuma função.

É importante notar, no entanto, que


uma forma diferente de doença tireoidiana
era a dominante em tempos anteriores:
bócio por deficiência de iodo. Esse distúrbio
geralmente produz uma massa muito
grande na área do pescoço. Tornou-se
menos comum nos Estados Unidos após a
suplementação de iodo ao suprimento
nacional de sal e pelas recomendações
para consumir mais frutos do mar. Além
disso, é relativamente fácil de diagnosticar e
tratar.

As terapias médicas convencionais


atuais para distúrbios da tireóide, que não
sejam o bócio por deficiência de iodo, são
muitas vezes consideradas inadequadas
devido a dificuldades em realizar o ajuste
fino de hormônios da tireóide através do
uso de medicamentos ou de uma fonte
exógena de hormônio da tireóide. Como
resultado, os pacientes geralmente
experimentam apenas alívio parcial dos
sintomas e aqueles que sofrem de
hipertireoidismo geralmente precisam lidar
com condições de hipotireoidismo após a
destruição médica da glândula tireóide.
Realmente, sob o ponto de vista
convencional “ocidental”, muitas das vezes
essa escolha de Sofia terapêutica se deve a
não habilidade de os profissionais não
atentarem às funcionalidades do órgão, dos
alimentos e seus nutrientes e da própria
rotina do paciente que muitas vezes se
expõe a disruptores endógenos
importantes.

Mas, sob a óptica “oriental”, como


seriam os entendimentos acerca da tireóide,
uma vez que a mesma não é enquadrada
como integrante Zang Fu? Ou ainda, como
potencialmente tratar os fenômenos
tireoidianos através da Medicina Chinesa?
Medicina Chinesa
A medicina Chinesa possui uma
história de milhares de anos e uma ampla
experiência na manutenção da saúde. Seu
conceito básico está na manutenção da
força vital, chamada Qi, surge através do
corpo. Qualquer desequilíbrio no Qi pode
causar doenças e enfermidades.
Acredita-se que esse desequilíbrio seja
causado por uma alteração nas forças
opostas e complementares que compõem o
Qi. Estes são chamados yin e yang. Os
chineses antigos acreditavam que os
humanos são microcosmos do universo
circundante maior e estão interconectados
com a natureza e sujeitos a suas forças. O
equilíbrio entre saúde e doença é um
conceito-chave. O tratamento através da
medicina chinesa procura restaurar esse
equilíbrio por meio de tratamento específico
para o indivíduo. Acredita-se que, para
recuperar o equilíbrio, você deve alcançar o
equilíbrio entre os órgãos internos do corpo
e os movimentos formadores do universo,
oriundos do Dao: terra, fogo, água, madeira
e metal.
Todo o nosso organismo está sob a
organização energética que está
condicionada às facetas do Qi. Cada órgão
do corpo, cada célula, cada etapa
metabólica está sob orientação dos 5
movimentos, alicerçados pelo equilíbrio dos
aspectos Yin e Yang, mencionados
anteriormente.
Perspectiva da medicina
chinesa sobre os sintomas de
uma tireóide desequilibrada
De acordo com a medicina tradicional
chinesa, não temos como alvo apenas a
glândula tireóide, mas o corpo como um
todo. Portanto, para reequilibrar seu órgão
da tireóide, é muito importante descobrir
quais órgãos internos estão desordenados
de acordo com seus sintomas.

Qual é a conexão entre a tireóide e os


órgãos internos?

A tireóide é uma glândula localizada na


frente do pescoço. Embora seu tamanho
seja muito pequeno em comparação com o
corpo todo, os hormônios produzidos pela
glândula tireóide afetam quase todas as
células do corpo.
Existem oito canais de acupuntura que
estão direta ou indiretamente conectados à
glândula tireóide em volta do pescoço.
Estes são os canais do rim, fígado, vesícula
biliar, San Jiao, bexiga, estômago, baço e
intestino delgado.

Isso indica que um distúrbio em


qualquer um desses canais no resto do
corpo também pode afetar a função da
glândula tireóide no pescoço.

As informações a seguir são muito


importantes para lhe dar uma idéia sobre
como prevenir doenças da tireóide e cuidar
da saúde da tireóide.
Hipotireoidismo na
Medicina Chinesa
Na medicina oriental, o hipotireoidismo
é classificado como uma síndrome de
deficiência de qi, yin ou yang e isso deve
ser diferenciado. Pode ser um distúrbio
funcional; o resultado de um sistema
imunológico enfraquecido; ou pode ser
produzido iatrogenicamente pelo tratamento
ocidental, como uma sequela do tratamento
do hipertireoidismo. Na medicina ocidental,
há duas diferenciações - primária e
secundária, das quais a primeira é a mais
comum. O hipotireoidismo primário é
considerado uma doença auto-imune
induzida por inflamação crônica da glândula
tireóide, também conhecida como tireoidite
de Hashimoto. Essa variedade ocorre mais
comumente em mulheres. O hipotireoidismo
secundário é causado pela falha do
hipotálamo em regular a glândula tireóide
ou pela falta de secreção do hormônio
estimulador da tireóide (TSH) da hipófise. É
necessária uma avaliação laboratorial para
diferenciar essas duas variedades. Existem
baixos níveis de TSH no hipotireoidismo
secundário,

Os sinais e sintomas do diagnóstico


precoce do hipotireoidismo primário podem
não ser detectáveis, exceto através da
análise sanguínea, como no caso do
paciente aqui descrito e, portanto, suas
diferenciações clínicas mais comuns não
serão descritas aqui. O tratamento ocidental
padrão geralmente envolve terapia de
reposição hormonal ao longo da vida com
hormônios sintéticos, por exemplo. Na
medicina oriental, o hipotireoidismo é
classificado como uma síndrome de
deficiência de ​qi,​ yin ou yang e isso deve
ser diferenciado.

Na experiência clínica, provavelmente


muitos pacientes com hipotireoidismo virão,
mas nunca como a principal queixa. Esses
pacientes procuraram outros problemas de
saúde e aceitaram o diagnóstico e a
medicação como realidade. Eles não
querem que ele seja tratado diretamente,
nem têm interesse em sua possível
remediação. Nesse caso, normalmente se
pretende regular e tonificar o ​qi ​e yang;
revigorar o sangue; e estimular e fortalecer
o sistema imunológico.

É comum encontrar Deficiência de


Yang do Rim e Fogo do fígado. No primeiro
caso, a Deficiência de Yang do Rim exibe
alguns padrões a seguir:

● Fadiga, sentindo-se pesado e


inchado
● Sensação de “bolo” no estômago,
especialmente depois de comer,
movimentos intestinais lentos
● Facilmente ganhando peso ou
difícil de perder peso
● Períodos atrasados, plenitude
mamária antes dos períodos
● Transtorno de Humor, depressão,
impotência ou baixa libido
● Dor lombar, rigidez do pescoço e
ombros
● Sono muito leve ou acordar cedo

Todos esses sintomas indicam que


pode haver uma estagnação subjacente do
Qi do fígado com síndrome do baço e da
deficiência de Yang do rim, de acordo com
a medicina chinesa.
Sugestões de dieta
Sugere-se evitar comer e beber
alimentos congelados ou com temperaturas
muito baixas diretamente da geladeira. É
melhor deixá-los aquecer à temperatura
ambiente antes de comer.

● Evitar comer saladas e alimentos


crus no inverno.
● É adequado comer os seguintes
alimentos quentes com mais frequência:
pimenta, cebola, chá de gengibre, cordeiro,
carne bovina, cordeiro ou sopa de carne de
bovino, carne de veado.
● Sugestões de estilo de vida e
exercício
● As pessoas que apresentam
esses sintomas acima são mais adequadas
para estar em ambientes quentes e
ensolarados. Evite viver em ambientes
úmidos e frios.
● É melhor escolher cores quentes
para decorar sua casa, como vermelho ou
laranja.
● Tenha bastante sol, pelo menos
30 minutos por dia (Vitamina
D+Serotonina).
● Exercícios levemente vigorosos
são adequados, mas assegure-se de que
os exercícios sejam adequados aos níveis
de energia do seu corpo. Se seu corpo
estiver muito cansado no dia seguinte, isso
é um sinal de que você fez muito exercício
no dia anterior.

No caso do Fogo do fígado, os sinais


comuns encontrados são:

● Ansiedade
● Insônia (demorando muito para
adormecer ou acordar com frequência),
sonhos vívidos, micção frequente à noite
● Dor no pescoço e nos ombros
● Fome e desejos de comida, azia
● Ciclo menstrual curto (menos de
28 dias)
● Olhos secos e desconfortáveis,
pele seca, constipação
● Sede especialmente à noite
● Perda de peso
● Se você tiver muitos desses
sintomas, pode ser um sinal precoce de um
distúrbio hiperativo da tireóide. Esses
sintomas sugerem que pode haver uma
síndrome subjacente de Calor ao Fígado e
Deficiência Yin nos Rins, de acordo com a
medicina chinesa.
Sugestões de dieta
● Evite comer alimentos
condimentados e com sabor quente, como
gengibre, pimenta, cebola, pimenta,
cordeiro, alho, castanhas.
● Coma mais alimentos
refrescantes, como pepino, melancia, pêra,
vegetais verdes, couve chinesa, berinjela,
peixe, pato, feijão mungo, chá verde, chá de
hortelã-pimenta.
● Sugestões de estilo de vida e
exercício
● É mais adequado para pessoas
com sintomas de tireóide hiperativos
permanecerem e viverem em ambientes
frescos. Especialmente exercitando-se em
ambientes frescos e verdes, como jardins,
parques e florestas.
● Você pode decorar sua área de
estar com cores verde, azul e branco.
● É melhor fazer exercícios lentos e
relaxantes, como natação, caminhada leve,
tai chi, ioga ou ciclismo lento.
Hipertireoidismo na
Medicina Chinesa
O hipertireoidismo é um distúrbio
endócrino que se caracteriza por uma
glândula tireóide hiperativa com níveis
aumentados de secreção e circulação do
hormônio tireoidiano. A glândula tireóide
está localizada no pescoço e tem um
enorme impacto na saúde e no bem-estar.

Ele secreta o hormônio da tireóide, que


por sua vez regula o crescimento humano,
a maturação e a velocidade do
metabolismo. O funcionamento ideal da
glândula tireóide depende do
funcionamento adequado do hipotálamo e
da hipófise, suprimento adequado de iodo e
conversão adequada de tireoxina (T4) em
tri-iodotironina (T3). Quando um desses
fatores está desequilibrado, o indivíduo
afetado começará a apresentar
hipertireoidismo ou hipotireoidismo (uma
quantidade deficiente de hormônio da
tireóide). O hipertireoidismo é um distúrbio
bastante comum. Em geral, ocorre com
maior frequência em adultos jovens entre
20 e 40 anos de idade e é encontrado com
mais frequência em mulheres do que em
homens, com uma proporção aproximada
de 4:1.

Já o hipertireoidismo pode ser uma


combinação de deficiências de ​qi e ​yin,​
ascensão de yang/fogo no fígado. Na
medicina ocidental, o fogo no fígado pode
corresponder à excitação contínua causada
pelo excesso de hormônio da tireóide; ​as
deficiências de ​qi e ​yin representam a
fraqueza e fadiga do corpo devido à
superestimulação prolongada; e o acúmulo
de fleuma pode ser ilustrada no aumento da
glândula tireóide. A raiz do hipertireoidismo
é normalmente a deficiência, mas os
sintomas são de excesso.

Algumas síndromes podem ser


ilustradas abaixo.

● Fogo no Fígado: As
manifestações clínicas são inquietas,
irritáveis, aumento do apetite, palpitações,
língua vermelha, pelagem fina amarela e
pulso rápido em corda.

● Deficiências de Qi e Yin : As
manifestações clínicas são fadiga, falta de
ar, olhos secos, palpitações, transpiração
profusa, sono perturbado, boca seca,
ingestão diminuída de líquidos, tremor das
mãos, língua vermelha, língua vermelha,
pelagem fina e pulso profundo e rápido.

● Estagnação do Qi e Fleuma: As
manifestações clínicas são irritabilidade,
sensação de opressão no peito, síndrome
das sementes de ameixa, glândula tireóide
aumentada, língua vermelha, pele fina e
oleosa e pulso fino ou escorregadio.

● Deficiências Yin no fígado, rim e


coração: As manifestações clínicas são
irritabilidade, insônia ou sono leve,
tremores, emagrecimento, boca e garganta
secas, língua vermelha com pouca ou
nenhuma cobertura, pulso rápido e
acelerado.

● Fogo no Fígado com fleuma e


deficiências subjacentes de Qi e Yin: As
manifestações clínicas são febre baixa,
taquicardia (90-120 batimentos cardíacos
por minuto), tremores de língua e dedos,
glândulas tireoidianas aumentadas, olhos
inchados e abaulados unilaterais ou
bilaterais, palpitações ou taquicardia,
fadiga, perda de peso, inquietação,
irritabilidade, mau humor, aversão ao calor,
transpiração, fome e aumento do apetite e
aumento da pressão arterial.
Conclusão
Esta foi muita contribuição sobre um
tema cada vez mais desafiador às vidas das
pessoas hoje em dia. Não podemos ignorar
as funções tireoidianas, apesar de
procurarmos os padrões sindrômicos. Hoje,
temos condições mudar o paradigma em
saúde. Cada vez mais claro que nossa
saúde é reflexo de diferentes espectros e a
sintonia da tireoide não é diferente.

O tempo de enxugar gelo terminou.

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