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BULHAS E SOPROS

CARDÍACOS
Adriana R. Moura
UniABC/Anhanguera
Relembrando...
Bulhas
• *Ruídos Cardíacos: os principais ruídos cardíacos são a
primeira e segunda bulhas, mas existem quatro ruídos.
• Bulhas cardíacas: são vibrações sonoras produzidas
pelo coração.
Bulhas Cardíacas
• Alterações de Bulhas Cardíacas:
• Intensidade das Bulhas:
• hiperfonese (hiperatividade cardíaca e aumento da
transmissão de ruídos – como no pneumotórax) e
• hipofonese (hipoatividade cardíaca e diminuição dos
ruídos).
• Obesidade e espessamento da parede torácica (edema),
e pode-se ter hiper ou hipofonese de apenas uma bulha
cardíaca.
Bulhas Cardíacas
B1

Fechamento das valvas átrio-ventriculares.


Início da sístole.
Melhor audível com diafragma no foco tricúspide.
Desdobramento de B1 geralmente se dá pelo atraso de T1.
Hiperfonese de B1: síndromes hiperdinâmicas, estenose
mitral., magros.
Hipofonese de B1: DPOC, derrame pericárdico, estenose
mitral, baixo DC, obesos, fortes.
B1
Bulhas Cardíacas
• B2
Fechamento das valvas ventrículo-atriais.
Início da diástole.
Melhor audível com diafragma nos focos de base.
Desdobramento fisiológico de B2: na inspiração, atrasa o fechamento da
P2.
Desdobramento amplo ou fixo de B2: disfunção de VD, estenose
pulmonar.
Desdobramento paradoxal de B2: na expiração, estenose aórtica,
disfunção VE.
Hiperfonese de B2: síndromes hiperdinâmicas, dilatação da aorta
ascendente / artéria pulmonar.
A2: é melhor audível no foco aórtico.
P2: é melhor audível no foco pulmonar.
Hipofonese de B2: DPOC, derrame pericárdico, estenose aórtica,
hipotensão arterial, estenose pulmonar.
B2
Bulhas Cardíacas
•B3
É a vibração da parede ventricular, decorrente da brusca transição
da fase de enchimento rápido para a fase de enchimento lento.
Indica sobrecarga volumétrica de ventricular.
Melhor audível com campânula.

Formas patológicas:

1- sobrecarga de volume ventricular crônica: insuficiência aórtica


crônica, insuficiência mitral crônica.
2- Redução da complacência ventricular: cardiomiopatia dilatada,
hipertrófica e restritiva.
3- Descompressão na IC sistólica (mau prognóstico).
Bulhas Cardíacas
• B4:
É a vibração da parede ventricular, produzida por
vigorosa contração atrial.
A complacência do ventrículo deve estar baixa (déficit no
relaxamento ventricular).
Melhor audível com campânula.
• Causas:
1- (idoso, estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica).
2- Doença isquêmica do miocárdio.
3- Cardiomiopatia dilatada e restritiva.
Aparecimento de Bulhas
•* Equinos: verificação das 4 bulhas
• *Cães e Gatos: 1ª e 2ª bulha
• *Bovinos: 1ª, 2ª e 3ª bulhas
Sopros Cardíacos
• *Sopros Cardíacos: são vibrações sonoras que decorre
de alterações de fluxo sanguíneo pelas câmaras e
válvulas cardíacas (turbulência do fluxo). Deve-se avaliar
os sopros para identificar sua fonte e analisar os efeitos
que possam decorrer deles.
• São3 grupos de causas para os sopros (diminuição da vis
cosidade sanguínea,velocidade de fluxo alto e diâmetro
dos vasos aumentado)
Sopros
• I – Classificação de acordo com a relação com doença
cardíaca
• Inocentes – (sopro de filhote) – ocorrem com maior
frequência cães com menos de 16 semanas,
desaparecendo por volta dos 6 meses de idade. São
sopros sistólicos, de baixo grau (III/ IV) e, habitualmente,
são mais facilmente auscultados nos focos pulmonar e/ou
aórtico em cães e, sobre o esterno em gatos.
• Fisiológicos – decorrentes de alterações na fisiologia
normal, tendo como principais causas, a diminuição da
viscosidade do sangue (anemia), o aumento do volume
ejetado (atleta, bradcardia) e a circulação hipercinética
(febre, aumento do tono simpático, hipertireoidismo).
Sopros
• Apresentam grau máximo de III\VI na região aórtica ou
mitral (sopro anêmico) e ocorrem em animais com
alteração fisiológica correspondente. Pode tornar-se mais
facilmente audíveis com o exercício físico.
• 2 – Relacionados com cardiopatia (orgânicos) : podem
ocorrer associados a cianose, arritmias, frêmito,
anormalidades no pulso arterial ou venoso, sinais clínicos
de insuficiência cardíaca ou síncopes e anormalidades
eletrocardiográficas ou ecográficas.
Sopros
• II – Classificação de acordo com o tempo de
ocorrência:
 
• Sistólico (entre S1 e S2)
• Diastólico (após S2 e antes de S1 do batimento
seguinte)
• Holossistólico ( ocorre durante todo o intervalo de
tempo entre a S1 e a S2)
• Holodiastólico (ocorre durante todo o intervalo de tempo
entre a S2 de um ciclo anterior e a S1 do ciclo posterior)
• Contínuo (ocorre durante todas as fases do ciclo
cardíaco)
Sopros

FOCOS SOPRO SISTÓLICO SOPRO DIASTÓLICO

Pulmonar Estenose Insuficiência

Aórtico Estenose Insuficiência

Mitral Insuficiência Estenose

Tricúspide Insuficiência Estenose


Graduação dos Sopros Cardíacos
Grau Descrição

Muito silencioso, somente


audível com o examinador
Grau 1
concentrado. Pode não ser
escutado em todas as posições.

Silencioso, mas audível assim


Grau 2 que o estetoscópio for encostado
no peito.
Grau 3 Moderamente intenso.
Grau 4 Intenso, com frêmito palpável.

Muito intenso, com frêmito. Pode


ser audível quando o
Grau 5
estetoscópios estiver
parcialmente encostado no peito.

Muito intenso, com frêmito. Pode


Grau 6 ser escutado com o estetoscópio
completamente fora do tórax.
Estenose Pulmonar
• Schnauzer • Anormalidade cardíaca
• Fêmea/ 6 meses congênita (estenose
• Sopro cardíaco sistólico/ menor pulmonar)
da ninhada/ cansaço fácil. • Sopro grau 4
• ECG:
• Anormalidades do ECG +
• Intervalo PR normal
• QRS negativa/ onda S profunda
RX = hipertrofia ventricular
• RX – dilatação ventricular D
direita por estenose
• Contraste- a válvula pulmonar
pulmonar.
não se abre completamente • Obstrução pulmonar
durante a sístole ventricular. grave= limitação durante a
• P.A. elevada. realização de exercícios e
no crescimento do animal.
• Poodle
• 7 anos
• Sopro sistólico
• Edema pulmonar
• Hipertofia ventricular
esquerda
• Intolerância ao
exercício
Dirofilariose canina com embolia pulmonar
• Beagle • Vermes se aderem às paredes da

• Macho/ 6 anos artéria pulmonar e seus ramos.


• Infestação maciça vermes adultos
• Cansaço fácil/ tosse após
ocupam o VD.
exercício • Estenose pulmonar por vermes +
• Sem imunização ou vermifugação toxinas que rompem alguns
• Ascite discreta mecanismos normais de ajuste do
• Sopro sistólico
diâmetro arteriolar, controle do fluxo
sanguíneo e controle da PA.
• RX: dilatação de VD/ vasos • A morte dos vermes por administração
pulmonares distendidos e de arsênico, pode resultar em embolia
tortuosos pulmonar (por se alojarem em vasos
• Parasitismo confirmado por pulmonares menores), podendo
microfilárias ao exame resultar em edema pulmonar,
insuficiência respiratória.
microscópico de amostra
• Prognóstico a longo prazo= bom
sanguínea.

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