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TROBOEMBOLISMO PULMONAR

CONCEITO ® Alterações dos mecanismos plasmáticos da coagulação;


® Estase sanguínea (sendo este o principal fator na patogênese da TVP);
O tromboembolismo pulmonar é uma síndrome clínica e fisiopatológica que ocorre como
consequência de um trombo, formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, Dessa forma, os principais fatores de risco são:
atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou um de seus
® Idade (aumento exponencial > 50 anos) – de acordo estudos, 89% dos pacientes
ramos, daí o termo “doença venosa trombolítica”.
com EP tem idade > 40 anos.
Os eventos tromboembólicos estão relacionados, em mais de 90% dos casos, com ® Imobilização;
êmbolos originados em sítios de TVP, principalmente dos vasos da coxa e pelve. ® História prévia de TEP;
Raramente, os êmbolos podem ser procedentes das veias renais. ® História de TVP é considerada fator de risco importante para recidivas.
® Anestesia (risco maior na anestesia geral do que regional);
EPIDEMIOLOGIA
® Gravidez (aumento de risco no períodos pós-parto)- expõe a mulher a situações
No ocidente, sua incidência na população geral é estimada em 5/10.000 pacientes, com de risco para TEV causadas por estase venosa e por alterações hematológicas,
mortalidade 4x maior quando o tratamento não é instituído. O tromboembolismo Venoso como o aumento do nível de fatores de coagulação e do fibrinopeptídeo A, além
(TVP/TEP) é a terceira doença cardiovascular mais comum, perdendo apenas para a da redução de proteína C ativada. A TVP, durante a gravidez, afeta mais
doença coronariana e doença cerebrovascular. frequentemente o membro inferior esquerdo, por compressão da veia ilíaca
esquerda pela artéria femoral esquerda e se distribui uniformemente durante os
A incidência de TEP aumenta com a idade, principalmente nas mulheres, alcançando uma 3 trimestres.
taxa de > 500 casos por 100.000 mulheres acima dos 75 anos. Não há consenso sobre a ® Neoplasias (TVP ou TEP podem ser manifestações de neoplasia presente ou
prevalência da TEP quanto a etnia e ao sexo, no entanto, alguns estudos sugerem que a preceder o seu aparecimento por anos);
incidência do TEP é maior em homens do que em mulheres (56 contra 48 por 100.000 ® Estados de hipercoagulabilidade (deficiência de antitrombina III, deficiência de
habitantes). proteína C ou S);
® Anticorpo antifosfolípide;
Estima-se que a embolia pulmonar causa cerca de 100.000 mortes por ano nos EUA e
® Excesso de inibidor do ativador do plasminogênio tecidual;
300.000 mortes por ano na Europa, no entanto, a mortalidade do TEP é subestimada, uma
® Policitemia;
vez que há evidências de que parte dos casos de morte súbita de origem cardiovascular
® Cirurgias – as cirurgias restringem a movimentação, com perda da bomba
sejam causados por TEP.
muscular, produzindo estase venosa nos MMII. A incidência de TVP aumenta nos
Nos casos diagnosticados de TEP, a mortalidade é de cerca de 4% em 1 mês e chega 13% pacientes submetidos à cirurgia abdominal ou pélvica, ocorrendo em 25% dos
em 1 ano. No Brasil. Os estudos sugerem que a maioria das mortes por TEP ocorrem sem pacientes sem profilaxia anticoagulante. Na presença de doença maligna
diagnóstico, com o TEP só são descoberto em estudo post mortem. Dessa forma, as associada, a incidência de TVP é de aproximadamente 30%, e uma das principais
mortes por TEP no país são subestimadas. Estudos acreditam que o TEP cause cerca de causas de óbito em cirurgia de neoplasia ginecológica.
1000.000 mortes por ano no Brasil. ® Traumas tecidual (ativação da coagulação e trauma direto sobre os vasos);
® Obesidade;
FATORES DE RISCO
® Varizes dos MMII;
Virchow descreveu três condições capazes de iniciar o processo de trombogênese: ® Anticoncepcionais;
® DPOC;
® Lesão do endotélio venoso;
A imobilização prolongada devido a condições de incapacidade temporária, como por
exemplo o período pós-operatório, portadores de fraturam principalmente aquelas que
acometem os ossos dos MMII e pelve ou, então, associada a doença crônica e debilitantes
é a causa mais frequente de TEP. A imobilização impede a atividade muscular,
prejudicando o retorno venoso. A rede venosa dos músculos sóleo e gastrocnêmio
constitui o local de maior lentidão de fluxo, originando, a grande parte dos trombos.

As cardiopatias constituem importante fator de risco no desenvolvimento do TEP> os mais


frequentemente acometidos são aqueles com IC grau funcional III e IV da NYHA e os
portadores de fibrilação atrial. A ICC e a DPOC são situações clínicas predisponentes ao
tromboembolismo venoso. A estase venosa proporcionada pela hipertensão pulmonar e a
liberação de substâncias trombóticas, presentes nessas situações, aumentam o risco de
EP> nos pacientes hospitalizados com ICC, sem profilaxia adequada, a TVP pode estar
presente em mais de 70%. A descompensação de pacientes com disfunção ventricular e
DPOC pode estar relacionada com EP.

O AVE deve ser considerado fator predisponente para tromboembolismo venoso. A perda
do tônus muscular reduz o retorno venoso, gerando estase no segmento acometido.

Os politraumatizado apresentam incidência de TEP em torno de 15%. Queimaduras ETIOLOGIA


extensas estão associadas a fenômenos tromboembólicos devidos a alterações do
endotélio vascular, passagem de tromboplastina tecidual para a circulação, desidratação e O TEP não ocorre sem que haja a formação e propagação de trombos, estando, portanto,
imobilidade. diretamente relacionado com a TVP. Os trombos venosos são as principais causas de TEP,
mais de 90% das repercussões clínicas dessa patologia originam-se nas veias profundas
Os anticoncepcionais orais com alto teor de estrógeno são responsáveis por 1,6 a 7,2% dos MMII (veias poplíteas ou veias profundas mais próximas), detectáveis ou não
dos casos de TVP. Segundo estudos, o risco de TEP aumenta 3 x. clinicamente. Outros locais, como veias superficiais, prostáticas, uterinas, renais ou, até
mesmo, das câmaras cardíacas direitas, também podem ser fontes de êmbolos.
É frequente a associação de TEP com neoplasias malignas principalmente naqueles com
tumores de pâncreas, próstata, pulmão e mama. A doença tromboembólica pode ser o A tríade de Virchow, caracterizada por estase sanguínea, lesão da camada íntima da
primeiro sintoma clínico do tumor. parede dos vasos e alterações do sistema de coagulação, identifica os principais fatores
predisponentes da trombose venosa.
As viagens aérea também estão associadas a um maior risco de embolia pulmonar, com
maior prevalência em casos de maiores distâncias percorridas. Existe doenças hereditárias que podem predispor o indivíduo à desenvolver TEP. São as
trombofilias genéticas, como na deficiência da proteína C e S, resistência a proteína C
O tabagismo mostrou o aumento do risco relativo de trombose de 3,3 para pacientes que
(fator de V Leiden), a deficiência de antitrombina II, a mutação da protrombina, o
fumavam mais de 35 cigarros/dia.
anticorpo antifosfolipídio ou antiocardiolipina, as desfibrinogenemias e as desordens de
plasminogênio

Outras substâncias, além de trombos, podem embolizar para os pulmões, em diversas


situações, como, por exemplo, óleo, líquido amniótico, gás, fragmentos de projetil de
arma de fogo, células gordurosas (decorrente de trauma), talco, dentre outros.
FISIOPATOLOGIA Sobre as alterações pulmonares: as anormalidades mais comuns na troca gasosa são
hipoxemia arterial e aumento no gradiente alveolar-arterial de tensão de O2, que
A Tríade de Virchow de estase venosa, hipercoagulabidade e lesão do endotélio leva ao representa a ineficiência na transferência de O2 nos pulmões. O espaço morto anatômico
recrutamento de plaquetas ativadas em torno de uma válvula venosa, as quais liberam aumenta porque o gás respiratório não entra nas unidades de troca gasosa do pulmão. O
micropartículas. Essas micropartículas contêm mediadores pró-inflamatórios que se ligam espaço morto fisiológico aumenta porque a ventilação para as unidade de troca gasosa
a neutrófilos, estimulando-os a liberar seu material nuclear e formar redes extracelulares excede o fluxo sanguíneo venoso que passa pelos capilares pulmonares.
denominadas armadilhas extracelulares de neutrófilos. Essas redes pró-trombóticas
contêm histonas que estimulam a agregação plaquetária e promovem a sínese de Outras alterações fisiopatológicas são:
trombina dependente de plaquetas. Trombos venosos se formam e florescem em
® Aumento da resistência pulmonar: causada por obstrução vascular ou secreção
ambiente de estase, baixa tensão de oxigênio e aumento da expressão de genes pró-
plaquetária de agentes neuro-humorais vasoconstritores, como a serotonina. A
inflamatórios.
liberação de mediadores vasoativos pode produzir desequilíbrio na relação
Uma vez formado o trombo vermelho, este cresce através de deposição de novas ventilação-perfusão em locais distantes do êmbolo, explicando assim, a possível
camadas de plaquetas e fibrina. A resolução se faz por fibrinólise e/ou organização. A discordância entre uma EP de pequena monta e uma gradiente alveolar-arterial
fibrinólise é rápida e processa a dissolução do trombo. No caso de um processamento de O2.
incompleto, a resolução é terminada através da organização, que incorpora o trombo ® Comprometimento da troca gasosa em razão de aumento no espaço morto
residual à parede do vaso com pequena área de tecido fibrótico e posterior alveolar causado por obstrução vascular, hipoxemia em razão de hipoventilação
reendotelização. Em qualquer uma dessas fases do processo de resolução, pode ocorrer a alveolar em relação à perfusão no pulmão não obstruído, shunt da direta para a
embolia pulmonar. esquerda ou redução da transferência de monóxido de carbono em razão da
perda de superfície de troca gasosa.
Quando trombos venosos profundos se desprendem do seu local de formação, eles ® Hiperventilação alveolar devido à estimulação reflexa dos receptores alveolares;
embolizam para veia cava, o átrio direito e o ventrículo direito (VD) e se alojam na ® Aumento da resistência das vias aéreas em razão da constrição de vias aéreas
circulação pulmonar, causando, assim, a EP aguda. Paradoxalmente, esses trombos às distais aos brônquios.
vezes embolizam para a circulação arterial através de um forame oval patente ou de um ® Redução da complacência pulmonar em razão de edema pulmonar, hemorragia
defeito do septo atrial. pulmonar ou perda de surfactante.
O êmbolo alojado em um ou mais ramos da artéria pulmonar, causa alterações ® A redução do surfactante pode ocorrer de 2 a 3 h após o episódio embólico, e se
pulmonares e hemodinâmicas. De imediato as consequências hemodinâmicas são: torna severa mar tarde, cerca de 12 a 15 h.
aumento da pressão proximal ao trombo e a diminuição do fluxo sanguíneo distal ao ® Pode ocorrer atelectasia e pneumonia (nos casos de êmbolo séptico ou infecção
trombo. Como resultado, os efeitos do TEP geram diminuição da seção transversa do leito com infarto pulmonar. Atelectasias importantes, com instabilidade alveolar,
vascular pulmonar, um aumento da resistência vascular e da pressão arterial pulmonar, podem ser detectadas com 24 a 48 h após a embolia.
assim como um aumento do trabalho do ventrículo direito. Quando a tensão na parede
QUADRO CLÍNICO
do VD aumenta, ocorre dilatação e disfunção do VD, com liberação do biomarcador
cardíaco peptídeo natriurético cerebral, devido a estiramento anormal de VD. O septo O quadro clínico da EP é geralmente inespecífica, dificultando o diagnóstico. Os sinais e
interventricular sofre protrusão para o interior do VE e comprime o VE intrinsecamente sintomas dependem da localização e tamanho do trombo e do estado cardiorrespiratório
normal. A disfunção diastólica do VE reduz a distensibilidade do VE e prejudica seu prévio do paciente. A EP pode ser classificada em 3 síndromes clínicas:
enchimento. O aumento na tensão da parede do VD também comprime a artéria
coronária direita, limita o suprimento de oxigênio ao miocárdio e desencadeia isquemia ® Colapso circulatório;
coronária direita e microinfarto de VD, com liberação de troponina. A redução do ® Dispneia não explicada;
enchimento do VE pode causar uma queda do débito cardíaco do VE e na PA sistêmica, ® Dor torácica tipo pleurítica
com consequente colapso circulatório e morte.
Estas formas de apresentação clínica estão correlacionadas com os respectivos modelos com EP não-maciça existem aqueles com sinais ecocardiográficos de disfunção do VD que
fisiopatológicos: são classificados como EP submaciça.

® Embolia maciça – representa 5 a 10% dos casos e caracteriza-se por trombose ® Achados clínicos nas embolias pequenas (submaciça): dor torácica, dor pleurítica,
extensa afetando pelo menos metade da vasculatura pulmonar. Dispneia, dispneia, taquipneia, tosse, hemoptise/hemoptoicos, taquicardia, febre, cianose.
síncope, hipotensão e cianose são sinais característicos. Os pacientes com EP ® Achados clínicos nas embolias grandes (maciça): síncope, hipotensão
maciça podem se apresentar em choque cardiogênico e morrer com falência de arterial/choque, taquicardia, febre, cianose.
múltiplos órgãos.
As manifestações clínicas da TVP são baseadas na inflamação da parede do vaso e na
® Embolia submaciça- responde por 20 a 25% dos casos e caracteriza-se por
obstrução venosa. A primeira pode levar a dor, hiperestesia, rubor e calor no local da
disfunção do VD, embora a pressão arterial sistêmica permaneça normal.
inflamação, enquanto a última acarreta edema, com aumento do diâmetro da região da
® Infarto pulmonar- a combinação de insuficiência cardíaca direita e liberação de
perna drenada pelas veias envolvidas. A presença de sinal de Homns, representado pela
biomarcadores cardíacos sinaliza um alto risco de deterioração clínica;
dor à dorso-flexão do pé, reforça a suspeita de TVP. Entretanto, menos de 50% dos
® Embolia de baixo risco- representa cerca de 65 a 75% dos casos. Tem prognóstico
pacientes com TVP apresentam sinais clínicos que permitam o diagnósticos.
excelente.

Nos pacientes estáveis clinicamente, a dispneia e a dor torácica são os sintomas mais Como diagnosticar o paciente?
frequentes. Escore de Wells:
A dor torácica do tipo pleurítica correlaciona-se com os êmbolos que alcançam a periferia
® Wells < 2 pontos: baixa probabilidade de TEP;
dos pulmões, levando ao infarto ou à hemorragia pulmonar. O infarto pulmonar ocorre
® Well entre 2 e 6 pontos: risco intermediário para TEP;
quando as artérias brônquicas não são capazes de promover circulação colateral para o
® Well ≥ 7 pontos: alto risco para TEP
segmento pulmonar não perfundido. Nesses casos, a hemoptise pode estar presente. A
dor torácica com característica de angina de peito pode ser observada nos casos graves, O diagnóstico de TEP é baseado na probabilidade clinica, no exame de D-dímero e exames
em que a sobrecarga aguda do VD pode provocar isquemia miocárdica secundária. de imagem.

A hipotensão arterial sistêmica caracteriza os pacientes com EP maciço. Nesse subgrupo, ® D-dímeo < 500 ng∕ml e baixo risco para TEP = baixa probabilidade;
podem ser observadas manifestações clínicas da insuficiência ventricular direita, como o ® D-dímero > 500 ng∕ml e baixo risco para TEP = uso de outro exame;
aumento da Pressão venosa jugular e o aumento do componente pulmonar da 2º bulha ® D-dímero < 500 ng∕ml e risco intermediário para TEP= não necessita de exames
cardíaca. A taquipneia, também frequente, pode se associar com à presença de 3º bulha, radiológicos para confirmar TEP;
produzindo ritmo de galope. Um sopro de insuficiência tricúspide pode ser auscultado em ® D-dímero < 500 ng∕ml e alto risco para TEP = solicitação de outros exames;
alguns pacientes, sendo um sinal da dilatação do VD. Cor pulmonale agudo, secundário à
EP maciça, apresenta alta mortalidade, sendo, porém a apresentação menos frequente. A RX de tórax:
sincope também é vista como forma de apresentação secundária à instabilidade
® Derrame pleural e atelectasias;
hemodinâmica. A súbita redução do DB causa hipofluxo cerebral, levando, à perda do
® Sinal de westermark: áreas de hipoperfusão pulmonar;
tônus postural.
® Sinal de Palla: dilatação da artéria pulmonar;
O Task Force on Pulmonary Embolism, da Sociedade Europeia de Cardiologia, classificou ® Sinal de Hampton: corresponde a área de infarto ou hemorragia pulmonar, que
clinicamente a EP em 3 grupos. A EP maciça se manifesta com quadro de choque ou forma necrose e área de atelectasia, podendo estar∕não associado a derrame
hipotensão arterial, definida como a PAS < 90 mmHg ou queda da PA arterial ≥ 40 mmHg pleural.
por mais de 15 min, não sendo causada por arritmia, hipovolemia e sepsis. O diagnóstico
Eletrocardiograma:
de EP não-maciça é estabelecido na ausência dos sinais de EP maciça. Entre os pacientes
® Taquicardia sinusal; Oxignear o paciente se a saturação for < 90%, se o paciente estiviver com instabilidade
® S1Q3T3; hemodinâmica e queda do nível de consciência -> ITO;

Ecocardiograma; Suporte hemodinâmico: reposição de cristaloides de 500 a 1000 ml.

® Transtorácico; PACIENTE ESTÁVEL


® Transesofágico – presença de trombo no Tronco∕artérias pulmonares;
® Iniciar a anticoagulação parenteral imediatamente e atingir a anticoagulação
Troponina e BNP: plena nas primeiras 24 h
 HBPN -> efeito rápido, baixo risco de sangramento, sem necessidade de
® Troponina elevada- ocorrência de microlesões miocárdicas na parede do VD; coagulograma para a avaliar a atividade, contraindicado em doença
® BNP elevada: dilatação ventricular; renal;
Cintilografia:  HNF -> efeito rápido e pode ser usado em paciente com doença renal,
tem necessidade de coagulograma.
® Inalação de albumina marcada com tenésico 99; ® Após a alta hospitalar: Varfaria.
® Alta probabilidade clínica + alta probabilidade cintilográfica : TEP  Pode ser usada como ponte terapêutica enquanto o paciente está
® Baixa probabilidade clínica + cintilografia pulmonar normal : excluir TEP; internado, deve ser administrado junto com um HBPN ou HNF.
® Baixa∕intermediária probabilidade cintilográfica: outro exame;  O ideal é o RNI ficar entre 2 e 3;
 RNI >3: reduz a dose, devido ao aumento das chances de sangramento.
AngioTc de tórax:  RNI <2 : aumenta a dose, pois o paciente não está anticoagulado;
® Padrão ouro;  RNI > 6: deve ser internado para controle do RNI;
® Visualiza o parênquima pulmonar, pleura e mediastino (infarto pulmonar, ® Tempo de anticoagulação:
derrame pleural, aumento da área cardíaca);  TEP provocado por causa que não pode ser corrigida ou TEP recorrente:
® Presença de trombos no Tronco pulmonar; anticoagulação por no mínimo 3 meses;
 TEP provocada por fator como imobilização, cirurgia, CA ou gravidez:
Arteriografia pulmonar: suspender anticoagulação após 3 meses da resolução do fator
desencadeante;
® Indicada quando ainda há suspeita e os outros testes não confirmaram;
PACIENTE INSTÁVEL
Como manejar o paciente?
Paciente com PAS < 90 mmHg, sinais de insuficiência cardíaca: pele pegajosa, perfusão
Estratificação de risco PESI periférica lenificada e sinais de baixo débito. É causada aumento da resistência, aumento
da volume e pressão do VD, abaulamento do septo interventricular e compressão do VE
® Classe I e II: tratamento ambulatorial + anticoagulante oral. Sem necessidade
(hipotensão).
internação. Paciente baixo risco
® Classe > II: tratamento hospitalar, com internação para avaliação da TEP e ® Trombolíticos:
prognóstico. Solicitação de ECO-transtorácico + troponina.  Instabilidade hemodinâmica (indicação absoluta);
 Risco intermediário baixo: Eco-TT alterado ou troponina alterada ou  Indicação relativa: TVP extensa, envolvimento pulmonar extenso,
nenhum dos dois alterado; hipoxemia grave, disfunção do VD pelo ECO.
 Risco intermediário alto: os dois alterados.  Janela terapêutica de 14 dias, mas tem melhor efeito nas primeiras 72 h.
 Contraindicação: pacientes com eventos hemorrágicos;
® Filtro da veia cava inferior:
 Indicação: anticoagulação contraindicada e TEP confirmada, falha na
anticoagulação, profilaxia em pacientes de alto risco, doença
tromboembolítica pulmonar crônica, tromboflebite séptica de veias
pélvicas.
® Terapia intervencionista:
 Pacientes com embolia maciça, instáveis hemodinamicamente e com
contraindicação ao trombolítico ou refrateriedade ao trombolítico.
 Seguintes opções: trombolítico intra-arterial; embolectomia succicional;
embolectomia por fragmentação.

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