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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
DAS COAGULOPATIAS
Prof. MSc. Lisele Brasileiro
Manaus –AM
2023
Conteúdo das aulas
• Fisiologia da hemostasia;
• Coagulopatias hereditárias e
• Hemorragia: perda súbita de sangue - causada por traumas - que pode levar
rapidamente a um choque hipovolêmico ou óbito.
Introdução a Hemostasia
A hemostasia consiste no equilíbrio entre
componentes do
endotélio coagulação
Plaquetas (fatores e mecanismo
vascular cascata) fibrinolítico
(fibrinólise).
Endotélio vascular
• Reveste os vasos sanguíneos e é responsável pela troca de substâncias entre o
sangue e o meio extracelular, além de regular o tônus muscular.
• Logo em seguida, esse tampão deve ser removido, para que a luz do vaso seja
pérvia e o fluxo sanguíneo retorne à normalidade, evitando que ocorra a
formação de trombos por excesso de fibrina.
• Produzidas na m.o.
Hemostasia primária
Como acontece?
Fatores de
coagulação e
Cascata da
coagulação
• VIA INTRÍNSECA
• VIA EXTRÍNSECA
• VIA COMUM
Fatores de coagulação - Nomenclatura
Calicreína e colágeno.
Vit K
35
VIA EXTRÍNSECA
1º Lesão tecidual – trauma externo
Tromboplastina
VIA COMUM
Vit K
36
Hemostasia terciária
Atenção!!!
A ação da plasmina sobre o fibrinogênio e a fibrina origina os
produtos de degradação da fibrina (PDF) e os dímeros D.
Resumo
• Hemostasia é um processo de fenômenos biológicos que ocorrem em sequência
como resposta imediata a uma lesão, interrompendo o que poderia se tornar
uma hemorragia. Esse processo inclui três etapas: hemostasia primária,
hemostasia secundária (coagulação) e fibrinólise. Todas essas etapas devem
ocorrer em equilíbrio para que não haja sangramento em excesso, nem obstrução
do fluxo sanguíneo.
COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS E ADQUIRIDAS
• Coagulopatias: doenças hemorrágicas causadas pela deficiência de um ou mais
fatores da coagulação.
• Quadro clínico e laboratorial distintos entre si, sendo classificadas de acordo com
o fator deficiente.
HEMOFILIAS
• Doença hemorrágica resultante da deficiência do fator VIII (hemofilia A) ou IX
(hemofilia B) da coagulação.
• Quase exclusiva do sexo masculino por mãe portadora (70% dos casos) e em 30%,
a doença origina-se a partir de nova mutação, podendo acometer mãe ou feto.
Hemofilia grave
• 50% dos casos estão associados a doenças autoimunes, leucemia, gravidez e uso
de alguns medicamentos.
COAGULOGRAMA
• Tempo de Coagulação (TC)
• Avaliação Plaquetária.
Hemostasia primária
• Tempo de sangramento
• Prova do laço
• Contagem de plaquetas
• Retração do coágulo
Hemostasia secundária
• Tempo de atividade da Protrombina
Ativada
• Tempo de Coagulação
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Via Intrínseca
• TTPA
• Fator VIII
• Fator IX
• Fator XI
Via Extrínseca
• Fator XII
• TAP
• Fator II
• Fator V
• Fator X
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Tempo de Coagulação - TC
determinado indivíduo.
Fonte: Inbrasfabrica.com.br
Blood timer
Fonte: medsteel.com.br
Temperatura corporal
Fonte: laboratoriodelporto.com.br
Tubos para coleta de TC
Fonte: centerlab.com.br
Importante!!!
mecanismo hemostáticos.
METODOLOGIA
Valores de referência:
< 4 petéquias normal
> 4 petéquias resistência vascular
diminuída
>= 10 petéquias positivo
Prova do laço - PL
1. Determinar a pressão arterial do paciente, seguindo as recomendações técnicas.
2. Voltar a inflar o manguito até o ponto médio entre a pressão máxima e a mínima (Ex.: PA de
120 por 80 mmHg, inflar até 100 mmHg).
3. Aguardar 5’ com o manguito inflado nesta pressão. Às vezes é preciso reinflar ar no manguito
para manter a pressão desejada.
4. Orientar o paciente quanto ao pequeno desconforto sobre o braço.
5. Após 5 minutos, soltar o ar do manguito e retirá-lo do braço do paciente.
6. Deixar o sangue circular normalmente durante uns 2 minutos.
7. Procurar por petéquias na área onde estava o manguito e abaixo da prega do cotovelo.
8. Escolher o local de sua maior concentração e marcar um quadrado (com caneta) do tamanho
de 2,5 cm2 .
9. Contar nessa área o número de petéquias.
10. A prova do laço é considerada positiva se forem contadas 10 ou mais petéquias.
OBS: Bastante solicitado em casos de dengue
DIAGNÓSTICO DAS COAGULOPATIAS EM GERAL
Testes habituais: realizados inicialmente, podem nos orientar para o diagnóstico
laboratorial da doença.
• Contagem de plaquetas.
• TT (tempo de trombina)
Contagem de plaquetas
Automação
Número de plaquetas
Número > 150.000 = normal
Número < 150.000 = trombocitopenia
Líquido de Ress
Preparo da Solução de Salina-formol a 1%
• 100mL Cloreto de sódio.
• 1mL Formaldeído.
Contagem de plaquetas
Contagem global de plaquetas (manual)
1. Plaquetopenia
2. Plaquetopatias
b) TAP aumentado
c) TTPA aumentado
Defeitos plaquetários:
• Quantitativos (plaquetopenias)
• Qualitativos (plaquetopatias)
Defeitos vasculares:
• Adultos: mais comum em mulheres antes dos 40 anos em cerca de 90% dos casos. Em
adultos, o quadro é mais insidioso, sem doença precedente e tem curso crônico.
• Pacientes assintomáticos com contagem maior que 30.000 mm3 são acompanhados
clinicamente com contagem periódica de plaquetas (semanal ou quinzenal).
• Coagulograma completo;
Valores de referência
TAP: 10 A 14’
monitoramento da terapia com anticoagulante oral
TTPA: 24 a 40’
alterado (prolongado)
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Avaliação Laboratorial
Fibrinogênio
• Fator I da coagulação, uma proteína necessária para
a formação do coágulo.
• É um dos exames que avalia a hemostasia.
• Níveis reduzidos de fibrinogênio prejudicam a
formação de coágulos estáveis.
• afibrinogenemia ou hipofibrinogenemia.
VALOR REFERÊNCIA:
látex <200ug/L ELISA<400ug/L
Imunocromat.quant: <500ng/mL
Outras situações podem levar ao aumento do D-dímero:
• Grandes traumas;
• Durante a gravidez;
• Inflamações;
• Uso de anticoagulantes;
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Avaliação Laboratorial
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Crioprecipitado (CRIO)
• Contém glicoproteínas de alto peso molecular.
• A principal fonte de fibrinogênio concentrado é o
crioprecipitado.
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Referências
• LORENZI, THEREZINHA F. Manual de hematologia: Propedêutica e clínica. Editora Guanabara
Koogan; Rio de Janeiro/RJ. 4ª Edição. 2006.