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Termos desconhecidos:
Objetivos:
1. Discutir origem (megacariopoese), estrutura e função das plaquetas.
Megacariopoese e Trombopoese
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos e não possuem núcleo. Possuem período de
vida aproximado de 7 a 10 dias, sendo, então, removidas da circulação pelo sistema retículo endotelial,
principalmente do baço. Em condições normais, estão em número de 150 a 450 x 109/L (geralmente o valor
de referência dos hemogramas). Apesar da aparência morfológica simples, são estruturas funcionalmente
complexas, permitindo rápido reconhecimento da lesão vascular e início da formação do tampão
hemostático.
Estrutura plaquetária: o citoesqueleto plaquetário contribui para manter a forma discoide das plaquetas
não ativadas e é composto por microtúbulos de constituição proteica e por filamentos de actina. O
citoplasma contém, além das organelas, grânulos denominados corpúsculos densos e grânulos-alfa. Os
principais constituintes dos corpúsculos densos são a difosfato de adenosina (ADP), a trifosfato de adenosina
(ATP), a serotonina e o cálcio. Os grânulos-alfa secretam diversos tipos de proteínas, como fator 4
plaquetário, beta-trombomodulina, proteínas de adesão (p. ex., fator de von Willebrand (FvW), fibronectina,
vitronectina e trombospondina) e P-selectina. A plaqueta possui um sistema canalicular aberto que começa
na membrana plasmática e permite o intercâmbio de substâncias entre os compartimentos extra e
intracelular. O sistema tubular denso, proveniente do retículo endoplasmático, sequestra o cálcio, liberando-
o na ativação plaquetária. A membrana plaquetária é composta por fosfolipídios e glicoproteínas. Durante o
processo de ativação plaquetária, a exposição de sua superfície fosfolipídica carregada negativamente
oferece um microambiente ideal para várias etapas da hemostasia, como a ativação sequencial dos fatores
de coagulação. As glicoproteínas agem como receptores de proteínas de adesão, as quais estão envolvidas
em diversos estágios da formação do trombo plaquetário. As glicoproteínas são representadas
principalmente pelo grupo das integrinas e das glicoproteínas ricas em leucina.
Função plaquetária – formação do trombo plaquetário: em circunstâncias normais, as plaquetas não se
aderem ao endotélio, porém após lesão vascular são capazes de responderem rapidamente às propriedades
trombogênicas das células endoteliais. A 1ª cada de plaquetas liga-se ao endotélio por meio do estágio inicial
de adesão, enquanto o subsequente crescimento do trombo depende da ativação e da agregação
plaquetária. O fluxo sanguíneo exerce papel fundamental na hemostasia, pois facilita o transporte de
plaquetas e de proteínas da coagulação para o sítio de lesão vascular e a remoção de substâncias ativadas
localmente, além de influenciar a dinâmica da formação do trombo plaquetário. No vaso, a velocidade do
sangue próximo à parede é menor comparada ao centro, onde ela é maior. Esse fenômeno cria camadas
justapostas com diferentes velocidades de fluxo, o que gera uma espécie de atrito entre elas, chamado de
shearing stress ou força de cisalhamento. Nas regiões em que há uma elevada força de cisalhamento, como
nas arteríolas, a interação entre plaquetas e o FvW assume extrema importância para garantir o início da
formação do trombo. Após lesão vascular, a plaqueta por meio da glicoproteína (GP) Ib-IX liga-se ao FvW.
Essa ligação caracteriza-se pela rápida velocidade de associação, permitindo o início da adesão plaquetária
nos vasos em que o sangue circula em alta velocidade. Entretanto, a interação entre a GPIb-IX e o FvW
apresenta uma alta taxa de dissociação e as plaquetas aderidas à parede vascular movem-se
constantemente na direção do fluxo sanguíneo. Com a ativação plaquetária subsequente, a GPIIb-IIIa
também se torna capaz de ligar-se ao FvW, o que garante um processo irreversível de adesão plaquetária ao
subendotélio. O colágeno pode mediar a adesão plaquetária, porém em regiões de baixa força de
cisalhamento. O crescimento do trombo plaquetário exige que as plaquetas se agreguem umas às outras.
Enquanto vários receptores e ligantes participam da adesão plaquetária, há somente um receptor para a
agregação: a GPIIb-IIIa. O FvW e o fibrinogênio irão promover a agregação plaquetária ao formarem pontes
entre plaquetas adjacentes pela ligação com a GPIIb-IIIa. A ativação plaquetária é mediada por diversos
agonistas que, ao se ligarem aos seus receptores, desencadeiam a liberação de constituintes dos grânulos
plaquetários e a síntese de novos agonistas, amplificando o fenômeno de ativação. Os principais agonistas
fisiológicos da ativação plaquetária são representados pela trombina, ADP, tromboxano A2, epinefrina,
vasopressina e colágeno. Os receptores dos agonistas da ativação plaquetária associam-se a um sistema de
proteínas que se liga à guanina, denominadas proteínas G. A interação entre o agonista e o seu receptor
induz o sistema de proteínas G a promover a ativação de fosfolipases, entre as quais se destaca a fosfolipase
C. Ela hidrolisa o fosfatidil-inositol da membrana plaquetária, gerando vários compostos lipídicos que
funcionam como segundos-mensageiros, dentre os quais o diacilglicerol e o Inositol-trifosfato são os mais
importantes. O diacilglicerol ativa a proteíno-quinase C, que leva à mudança da conformação da GPIIb-IIIa,
tornando possível a sua ligação com o fibrinogênio no processo de agregação plaquetária. O inositol-
trifosfato liga-se ao sistema tubular denso plaquetário, promovendo a mobilização do cálcio intracelular. O
cálcio participa de diversas etapas da hemostasia envolvendo as plaquetas, como a ativação do sistema
contrátil actina-miosina, que resulta na mudança da forma discoide para a esférica, com a liberação do
conteúdo dos grânulos plaquetários. Também contribui para a ativação da fosfolipase A2, resultando na
liberação do ácido araquidônico da membrana fosfolipídica plaquetária. A ciclo-oxigenase transforma o
ácido araquidônico em endoperóxidos, os quais são convertidos em tromboxano A2 pela ação da enzima
tromboxano-sintetase. O principal mecanismo inibidor da ativação plaquetária é representado pelo
monofosfato de adenosina (AMP) cíclico (AMPc). A prostaciclina liberada pelas células endoteliais ativa a
adenil-ciclase, que catalisa a formação do AMPc a partir do ATP. O aumento de AMPc inibe a liberação do
cálcio citoplasmático do sistema tubular denso e dessa forma impede diversas etapas envolvidas na ativação
plaquetária.
2. Compreender hemostasia primária e secundária, detalhando a hemostasia primária.
Hemostasia
Hemostasia Primária
Hemostasia Secundária
É o nome dado às reações da cascata da coagulação, que consistem na ativação sequencial de uma série de
pró-enzimas ou precursores proteicos inativos em enzimas ativas, resultando na formação de fibras de
fibrina que fortalecem o tampão plaquetário.
A hemostasia secundária é capaz de evitar o ressangramento por meio da formação de uma rede adesiva de
fibrina que consolida o tampão plaquetário – a partir daí, chamado de coágulo.
No caso das alterações da hemostasia secundária, tem-se, como principais problemas, a hemofilia por
deficiências do fator VIII ou IX, a coagulação intravascular disseminada e a deficiência de vitamina K comum
nos usuários de cumarínicos.
Todos os fatores de coagulação são produzidos pelo fígado, com exceção do fator VIII e do fator de von
Willebrand, que são secretados pelo endotélio.
Essa cascata de coagulação é dividida didaticamente em duas principais vias:
o Via intrínseca: desencadeada por fatores de contato, de carga negativa, presentes no intravascular.
o Via extrínseca: desencadeada pelo Fator Tecidual (FT), que confluem para uma via comum.
Trombocitopatias hereditárias:
Trombastenia de glanzmann: é uma condição autonômica recessiva que se caracteriza por uma agregação
plaquetária defeituosa em resposta ao ADP, colágeno, trombina e adrenalina. O defeito consiste em uma
deficiência da glicoproteína IIb/IIIa, responsável pela ligação ao fibrinogênio, o qual é responsável pela
agregação de plaquetas.Em laboratório encontra-se o tempo de sangramento prolongado, ausência de
clamps plaquetários no esfregaço do sangue periférico e plaquetas que não se agregam in vitro. O tempo de
retração do coágulo também está elevado. A plaquetometria é normal. A doença se manifesta em crianças
com menos de cinco anos, como uma diátese hemorrágica moderada a grave, com o típico sangramento
plaquetário. O tratamento é feito com transfusão de plaquetas de repetição.
Síndrome de Bernard-Soulier: é uma desordem autonômica recessiva rara, caracterizada por uma
deficiência da glicoproteína Ib, responsável pela ligação ao fator de von willebrand durante a adesão
palquetária ao subendotélio. Ocorre uma trombocitopenia leve. As plaquetas encontram-se muito grandes e
eventualmente podem ser contadas como hemácias ou leucócitos pelo Coulter. O quadro clínico e o
tratamento são semelhantes aos da glanzmann, porém com menor gravidade.
Doença do pool de armazenamento das plaquetas: é um distúrbio raro, mais comum em mulheres e de
transmissão autossômica dominante. Ocorre uma deficiência de grânulos densos no interior das plaquetas.
Assim, tem-se uma agregação defeituosa. Encontra-se manifestações hemorrágicas de leve intensidade.
Trombocitopatias adquiridas:
Disfunção plaquetária urêmica: na uremia, o acúmulo de ácido guanidinossuccínico, entre outras toxinas
nitrogenadas, pode levar a uma diminuição na ativação, agregação e, sobretudo, na adesividade plaquetária.
As plaquetas de pacientes com insuficiência renal necessitam de uma maior quantidade de fator de von
Willebrand para se manterem aderidas às paredes do vaso. Além disso, a glicoproteína IIb/IIIa de pacientes
com uremia não se liga adequadamente ao fibrinogênio. As manifestações hemorrágicas na uremia
envolvem a pele, membranas mucosas e o tubo digestivo; o tempo de sangramento encontra-se prolongado.
Sabe-se que a anemia, com valores de hematócrito inferiores a 24%, piora a função das plaquetas. A
correção para níveis superiores a 26% melhora o sangramento nos pacientes compensados em hemodiálise.
A disfunção plaquetária como a principal responsável por um sangramento em um paciente com uremia é
um diagnóstico de exclusão. Dessa forma, lesões estruturais (úlceras gástricas, angiodisplasia gástrica, etc.)
devem sempre ser pesquisadas. O tratamento do sangramento na uremia é a hemodiálise ou a diálise
peritoneal. Uma melhora do hematócrito com transfusões ou com o uso de eritropoetina recombinante
humana é recomendada. A administração de crioprecipitado e desmopressina ou DDAVP (0,3 mg/kg
intranasal) melhora as propriedades de adesão das plaquetas por aumentar a atividade do fvW. Estrógenos
conjugados em baixas doses, por mecanismos ainda pouco conhecidos, têm reduzido o sangramento
urêmico em alguns pacientes. A transfusão de plaquetas não está indicada, pois as plaquetas exógenas
também ficam disfuncionantes na uremia.
Drogas antiplaquetárias: o AAS é uma droga que inibe de forma irreversível as cicloxigenases, impedindo a
formação de tromboxane A2, substrato importante na ativação das plaquetas. Em indivíduos normais essa
droga não traz consequências clínicas importantes, porém em pessoas com doença de von Willebrand ou
defeitos herdados de proteínas de coagulação pode trazer consequências graves. O efeito dessa droga dura
o tempo de meia-vida das plaquetas. O sangramento pode ser controlado pela transfusão de plaquetas, pois
após 24 horas da última administração, não há mais salicilato circulante. Os Anti-Inflamatórios Não
Esteroides (AINE) inibem a função plaquetária de forma reversível, bloqueando a síntese de prostaglandinas.
O efeito dessas drogas sobre a função da plaqueta dura cerca de 48 horas. A ticlopidina e o clopidogrel
inibem a ativação plaquetária pelo ADP, por bloquearem os receptores purinérgicos na membrana das
plaquetas. Os inibidores da GP IIb/ IIIa (tirofiban, eptifibatide, abciximab) são os mais potentes
antiplaquetários, muito utilizados na síndrome coronariana aguda de alto risco. Nos casos de sangramento, a
suspensão da droga e a transfusão de plaquetas está indicada. Os antibióticos betalactâmicos (penicilinas)
em altas doses podem provocar uma disfunção plaquetária transitória. O mecanismo envolvido ainda não foi
descoberto.
Paraproteinemias: o mieloma múltiplo do tipo IgA e a macroglobulinemia de Waldenström são as desordens
mais relacionadas à disfunção plaquetária e à coagulação. Os anticorpos monoclonais podem se ligar à
superfície plaquetária, reduzindo a capacidade de adesão da plaqueta. Por isso, estes pacientes
frequentemente apresentam sangramentos do tipo plaquetário. Além do distúrbio plaquetário, estes
pacientes podem ter inibidores circulantes de fatores da coagulação, contribuindo para a diátese
hemorrágica.
Distúrbios mieloproliferativos e mielodisplasias: apesar de níveis elevados de plaquetas na periferia
(trombocitose), existe uma disfunção plaquetária nas desordens mieloproliferativas (LMC, policitemia vera,
trombocitemia essencial, metaplasia mieloide agnogênica). Anormalidades na agregação e degranulação da
plaqueta têm sido demonstradas. Estes pacientes estão predispostos a sangrar.
A púrpura trombocitopênica imunológica (PTI) é uma doença de natureza autoimune, caracterizada pela
redução da contagem plaquetária. Estima-se que sua incidência anual gire em torno de 100:1.000.000
indivíduos, sendo que metade desses casos ocorre na infância. A PTI pode ser primária ou secundária a uma
determinada doença e, conforme sua evolução, pode ser aguda ou crônica.
Possui fisiopatologia, apresentação clínica e evolução bastante heterogêneas.
Fisiopatologia
Consiste na formação de autoanticorpos dirigidos contra glicoproteínas da membrana plaquetária,
principalmente contra complexos GPIIb-IIIa e GPIb-IX. As plaquetas recobertas por autoanticorpos ligam-se a
macrófagos do sistema reticulo endotelial por meio dos receptores Fc gama. As plaquetas são, então,
fagocitadas pelos macrófagos, predominantemente no baço, o que provoca a trombocitopenia. A maioria
dos pacientes apresenta aumento compensatório na produção de plaquetas, entretanto, em alguns casos se
observa que não há esse aumento compensatório da trombopoese, presumivelmente pela ação direta de
autoanticorpos na maturação megacariocítica ou na liberação plaquetária da medula óssea.
Quadro clínico
Geralmente, a PTI aguda incide na infância, afeta igualmente ambos os sexos e geralmente é precedida por
infecção viral ou vacinação. O curso é limitado, com alto índice de remissões espontâneas e ainda pode ter
curso crônico ou insidioso.
Quando primária, afeta principalmente mulheres entre a segunda e quarta década de vida, não apresenta
associação com história de infecção aguda prévia e possui evolução geralmente benigna. Também podeser
secundária a outras doenças, como lúpus eritematoso sistêmico (LES), doenças linfoproliferativas (p. ex.,
leucemia linfocítica crônica e linfomas), síndrome do anticorpo antifosfolipídio, doenças autoimunes da
tireoide, miastenia grave e infecções, especialmente pelo vírus da hepatite C e pelo HIV. Alguns estudos
sugerem PTI pela infecção por H. pylori. Algumas drogas também podem causar trombocitopenia por
mecanismo imunológico.
No momento de constatação da trombocitopenia, o paciente pode estar assintomático ou apresentar
intensa plaquetopenia e sangramento cutaneomucoso. O risco de sangramento espontâneo pode ocorrer na
presença de contagem plaquetária abaixo de 30x109/L a 20x109/L. O sangramento cutâneo, caracteriza-se
pelo aparecimento de petéquias ou de pequenas e múltiplas equimoses, pode associar-se ao sangramento
de mucosas, como epistaxe, gengivorragia, hemorragia conjuntival, menorragia ou hematúria. Mais
raramente, a apresentação clínica é grave, com sangramento do TGI ou SNC.
Diagnóstico
É feito através da história, exame físico, hemograma (o mais importante) e avaliação do esfregaço
sanguíneo. Em geral, o hemograma irá apresentar baixa plaquetária, porém a concentração de hemoglobina,
índices eritrocitários, contagem leucocitária estarão normais. Ademais, linhagens celulares terão morfologia
normal e algumas plaquetas maiores serão encontradas em sangue periférico.
Deve-se excluir leucemia se houver:
o Dor óssea;
o Hepatoesplenomegalia;
o Linfonodomegalia significativa.
Tratamento
A maioria das crianças com PTI recém-diagnosticada não tem sintomas de sangramento significativo.
Crianças com plaquetas entre 20.000 e 30.000/mm3 geralmente não apresentam manifestações
hemorrágicas significativas. Assim, o tratamento é individualizado de acordo com o número de plaquetas e
eventos hemorrágicos.
O manejo terapêutico envolve duas situações:
o Tratamento inespecífico: curso clínico da doença é autolimitado. Proibir a prática de esportes de
contato ou atividades com alto risco para TCE. Evitar o uso de medicações antiagregantes
plaquetárias ou anticoagulantes.
o Tratamento específico:
Corticosteroide: inibe a fagocitose e a síntese de anticorpos e aumenta a estabilidade do
endotélio microvascular. É necessário colher mielograma quando houver a necessidade
destes fármacos.
Prednisolona ou prednisona, 4mg/kg/dia, por 4 dias ou 1 a 2mg/kg/dia, VO (máx.
60mg), por 2 a 3 semanas;
Dexametasona nas formas refratárias e crônicas;
Metilprednisolona em dose alta (30mg/kg/dia por 3 dias, máx. 1.000mg).
Imunoglobulina: inibe a fagocitose e reduz a síntese de anticorpos.
0,8 a 1g/kg/dia EV, por 1 a 2 dias;
É contraindicada nos pacientes com deficiência congênita de IgA;
Sangramentos graves -> associar corticoide.
Transfusão de plaquetas: somente em sangramentos com risco de óbito;
Doses mais altas que o habitual;
Com corticosteroide EV e/ou imunoglobulina EV (meia-vida das plaquetas é menor
na PTI).
A hospitalização do paciente pode ser feita nas seguintes situações:
o Presença de sangramento clínico significativo e/ou plaquetopenia importante (<20.000mm3);
o Não confiabilidade nos familiares em relação à adesão às orientações realizadas;
o Família residir em local que não seja de acesso fácil;
o A depender do tratamento instituído.