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Atividade Integradora P4M1

Demência de Alzheimer

1 - Compreender o significado das apraxias, intra-hemisféricas e transcalosas. A interrupção dessas vias


de ligação inferidas como dirigidas externamente a partir das
agnosias e afasias (alterações nas áreas regiões sensoriais auditivas em tomo dos giros transversos
associativas) de Heschl foi postulada como produzindo uma afasia
sensorial transcortical, em que as palavras ouvidas são
AFASIA repetidas em voz alta ou copiadas sem compreensão. Assim
também, a interrupção das "vias intercaladas como dirigidas
Mais de 90% da população apresentam a dominância do internamente para a região frontal inferior para a
hemisfério esquerdo para a fala e a linguagem, incluindo vocalização" iria causar a afasia motora transcortical, em
muitas pessoas canhotas. Embora algum distúrbio na fala e que as palavras podem ser repetidas e copiadas, mas não
na linguagem possa ocorrer por lesão em qualquer dos ocorre nenhuma comunicação espontânea por conversa ou
hemisférios cerebrais, os distúrbios mais frequentes se pela escrita.
originam de lesões nas regiões da fissura silviana (é sulco
lateral) ou de suas margens no hemisfério oposto ao da mão Outras "desconexões'" foram também propostas para vias
de preferência. Quanto mais distante dessa zona for a lesão dirigidas à periferia, que se localizariam presumivelmente na
cerebral, menor vai ser a probabilidade de que a fala e a substância branca subcortical. As desconexões de vias que
linguagem se alterem. As síndromes difusas decorrentes de chegam trazendo informações léxicas visuais produzem a
lesões nesta área constituem um grupo de transtornos alexia pura; aquelas de vias levando material auditivo
designados como afasia. Embora o termo correto fosse causam a surdez verbal pura. A combinação dessas duas
disfasia, pois raramente uma pessoa fica inteiramente desconexões causa a afasia sensorial subcortical. As
desprovida de fala e de linguagem devido a uma lesão desconexões de vias eferentes das zonas motoras da fala
cerebral. produzem o mutismo verbal puro ou afasia motora
subcortical.
As lesões cerebrais focais frontais foram inferidas como
causando distúrbios na articulação, na fonação e no controle Um acidente vascu1ar cerebral é a causa mais comum de
das funções expiratórias respiratórias para criar a entonação dano (lesão) cerebral focal aguda. O arranjo dos ramos
melódica da fala, agrupados pelo termo afasia motora. Os individuais da divisão superior da artéria cerebral média em
distúrbios na discriminação e na compreensão da linguagem, ramos órbitofrontal, frontal ascendente, rolândico, parietal
ouvida ou vista, e afetando as regiões posteriores causam ascendente e, com frequência, angular, favorece a grande
afasia sensorial, mais complicada a explicação para aquelas variedade de síndromes ocasionadas pela obstrução embílica
interrupções das vias entre as regiões frontais e as focal de um ou mais desses ramos. Como o córtex
posteriores, causando afasia de condução. Essa formulação sensorimotor faz parte do mesmo suprimento arterial das
postula uma alça funcional anatômica com uma parte divisões superiores da artéria cerebral média, os infartos
aferente dos olhos e dos ouvidos fazendo conexão com o maiores e outros transtornos, como hemorragias dos
sistema visual e o auditivo, uma parte intra-hemisférica pela gânglios da base, abscessos grandes, tumores e encefalites
substância branca ligando os lobos temporais aos frontais (o aguda, causam habitualmente hemiparesia e síndromes
fascículo arqueado) e uma parte eferente dos lobos frontais à hemissensoriais contralaterais, tornando bastante difícil o
boca eu às mãos permitindo, em seu funcionamento mais diagnóstico das patologias perissilvianas, mesmo sem a
simples, que palavras ouvidas sejam repetidas em voz alta e aquisição de imagens. A ausência de sinais motores
palavras vistas proeminentes é uma característica da afasia progressiva
sejam copiadas manualmente. primária, uma forma incomum de atrofia que causa
basicamente um declínio inexorável da função da fala e da
As alterações na repetição em voz alta de sons ouvidos e/ou linguagem, sem as evidências motoras, sensoriais, visuais ou
na cópia de formas a caneta/lápis foram há muito atribuídas outras evidências clínicas associadas comuns em uma lesão
a vias subcorticias, fazendo conexão de e para estruturas grande afetando as vias principais que medeiam essas
corticias, que possibilitam àqueles que ignoram uma funções.
determinada língua repetir as palavras em voz alta e copiar
textos. Responder ao conteúdo de linguagem de uma APRAXIA
sequência de sons por uma resposta de conversação ou
obedecer a comandos escritos ou impressos ditados ou O termo apraxia (designado corretamente como dispraxia
apresentados visualmente foi pressuposto como envolvendo porque o transtorno raramente é completo) designa
uma função adequada da região perisilviana para o restante distúrbios na execução de movimentos aprendidos que não
do cérebro, através de uma grande variedade de vias aqueles causados por alguma fraqueza coexistente. Esses
distúrbios são considerados grosso modo como os entre áreas de linguagem intactas e regiões cerebrais intactas
equivalentes das disfasias em termos dos movimentos responsáveis pelo processamento de estímulos sensoriais.
corporais e, do mesmo modo, foram classicamente
categorizados em formas motoras, sensoriais e de condução. Dois supostos subtipos clínicos de agnosia visual se incluem
Assim como nas afasias, é mais fácil a concepção que a nessas diferentes teorias sobre a agnosia: A agnosia
demonstração efetiva na prática dessas classificações. aperceptiva designa uma anormalidade no processo de
discriminação e a agnosia associativa indica uma
AGNOSIA incapacidade de ligar-se o estímulo inteiramente
discriminado a uma experiência anterior de nomear ou
Quando pacientes com uma lesão cerebral respondem a comparar o estímulo a outros. Clinicamente, os pacientes
estímulos ambientais comuns como se nunca os tivessem portadores de agnosia visual aperceptiva são apontados
encontrado anteriormente, ainda que as vias neurais como fracassando em testes de cópia de um estímulo ou de
primárias da sensação funcionem normalmente, esse comparação cruzada de um estímulo a outros tendo as
transtorno é mesmas propriedades (i. e., diferentes perspectivas de um
designado como uma agnosia. Como o distúrbio visto em carro), enquanto os pacientes portadores da forma
resposta a alguns estímulos se aplica supostamente a associativa conseguem copiar e fazer a comparação cruzada;
estímulos de propriedades semelhantes, as agnosias nenhum dos tipos consegue nomear o estímulo em si.
compreendem classes específicas de estímulos (p. ex., Distúrbios da capacidade de responder a estímulos foram
agnosia para cores) ou distúrbios mais globais referentes a descritos para cores (agnosia para cores) e para faces
uma forma de sensação (p. ex., agnosia visual ou auditiva). (prosopoagnosia). Embora a definição de agnosia exija que
o paciente trate o estímulo como não familiar, os erros
Embora atraentes para fins didáticos, essas generalizações
muitas vezes passam praticamente despercebidos (i. e., cores
comumente não se justificam na prática, porque um exame
escuras são designadas erroneamente como outras cores
cuidadoso mostra habitualmente que a anormalidade pode
escuras; nomes de pessoas famosas são erroneamente
ser explicada de alguma outra maneira, incluindo uma não
justapostos a seu retrato).
familiaridade genuína com o estímulo, discriminação
deficiente devido a uma iluminação fraca, instruções Em termos clínicos práticos, o diagnóstico clínico de
deficientes do examinador, ou uma insuficiência não agnosia se justifica quando os pacientes respondem a
percebida de um órgão terminal (p. ex., neuropatia estímulos familiares de maneira muito pouco hábil, os
periférica, otoesclerose...) tratam como não familiares ou os nomeiam incorretamente
como outros
O desempenho deficiente também pode decorrer de uma
estímulos tendo cor, forma ou peso semelhante, mas não
disfasia ou dispraxia. O erros decorrentes da disfasia são
evidenciam outros sinais de disfasia ou dispraxia em outros
facilmente compreendidos; pode ser mais difícil
testes.
reconhecer-se a dispraxia. Muitas vezes, não fica claro se a
dispraxia produz agnosia ou vice-versa. Lesões parietais 2 - Definir o diagóstico clínico de demência
posteriores decorrentes de uma parada cardíaca, neoplasia
ou infecção podem alterar o controle cerebral dos finos segundo o DSM-5 e citar as principais
movimentos oculares envolvidos na exploração prática de síndromes demencias degenerativas e não
uma figura ou outros estímulos visuais complexos; os degenerativas
consequentes movimentos conjugados, porém caóticos,
impedem a vítima de nomear os estímulos ou de interagir DEMÊNCIAS
adequadamente com eles. Essa anormalidade parece ser uma
forma de cegueira cerebral (que os pacientes podem negar) e Definição
é um elemento essencial da síndrome de Balint (lesão
biparietal causando transtorno do acompanhamento ocular, A demência é uma síndrome caracterizada pelo
heminegligência bilateral e dificuldades em decifrar figuras comprometimento cognitivo persistente e progressivo com
com temas complexos). Distúrbios semelhantes na diminuição de funcionalidade e alteração em, pelo menos,
manipulação manual especializada de objetos podem ser dois domínios cognitivos, sendo um deles a memória e +
documentados em lesões parietais anteriores interferindo na outro:
capacidade de nomear ou usar adequadamente um objeto.
● Linguagem
Levando-se em conta todas essas variáveis, pode haver ● Capacidade de atenção
ainda um pequeno grupo de pacientes aos quais pode se ● Perceptomotoras
aplicar o termo agnosia. Alguns neurologistas continuam a ● Capacidade de abstração
negar a existência desse estado, com os erros decorrendo ● Funções executivas
presumivelmente de uma combinação de demência e
processamento sensorial primário alterado; outros postulam Essas alterações são características de comprometimento do
desconexões anatômicas devidas a lesões que se situam sistema nervoso central (SNC).
Epidemiologia Enquanto isso, as atividades instrumentais são um pouco
mais complexas e relacionadas a compromissos e
● Altamente prevalente: 25-45% dos idosos acima manutenção de uma vida independente. Nas AIVDS a
de 85 anos têm ou terão alguma síndrome pontuação varia de 0 (independência na realização de todas
demencial as atividades) a 9 (dependência parcial ou total). A
● Prevalência dobra a cada 5 anos após os 60 anos de pontuação intermediária indica a dependência total ou
idade (manifestação característica do parcial em quaisquer das atividades e deverá ser avaliada
envelhecimento) individualmente.
● Doença de Alzheimer é a principal causa
● Fatores de risco: baixa escolaridade; menor nível Após identificadas alterações o diagnóstico clínico deve
socioeconômico; uso abusivo de substâncias seguir com a aplicação de testes cognitivos e avaliação
psicoativas como álcool e/ou tóxicas como tabaco; complementar.
doenças crônicas como aterosclerose, diabetes
mellitus e neoplasias que propiciam eventos
vasculares patogênicos; doenças infecciosas
progressivas como HIV e sífilis; baixo contato
social e abandono familiar.

Critérios diagnósticos

DSM-V – caracteriza a síndrome demencial como um


declínio cognitivo importante avaliado em:

● 1 ou mais domínios cognitivos - Devem ser


investigadas as queixas dos pacientes ou dos
familiares/acompanhantes que relatam esquecimentos,
comportamento desinibido, irritabilidade, dentre
outros. Outro instrumento essencial é a aplicação dos
testes cognitivos
● Prejuízo funcional - atividades instrumentais de vida Testes cognitivos:
diária (AIVD) e atividades básicas de vida diária
(ABVD) Mini Exame do Estado Mental (MEEM) – usado para
● Excluir delirium e doenças psiquiátricas - delirium avaliar a função cognitiva; é um instrumento de
pode ser um elemento confundidor e a eliminação da rastreamento, logo, não é um teste diagnóstico, ele apenas
causa base do delirium faz o paciente retomar a indica funções que devem ser investigadas mais
função mental. Mas isso não exclui a possibilidade do detalhadamente. É um dos poucos testes validados e
paciente já ter iniciado um quadro e demência antes da adaptados para a população brasileira.
alteração aguda que é o delirium e o acompanhamento
do mesmo deve prosseguir

A avaliação se dá pela soma dos pontos:


Escalas de avaliação:
● Analfabetos a nota de corte padrão é de 13 pontos
As ABVD são tarefas cotidianas com aprendizado desde a ● Baixa/média escolaridade é de 18 pontos
infância até a vida adulta, que fazem parte do dia a dia de ● Alta escolaridade é de 26 pontos
todos os indivíduos. O resultado das ABVDS varia de 0
(completamente independente) a 6 (completamente A pontuação acima não é um conceito definido entre todos,
dependente). mas é uma das formas de avaliação.
Obs.: existem outros como o MoCA e a Bateria Breve de Fisiopatologia:
Rastreio Cognitivo.
O aspecto patológico mais marcante na DCL é a presença
Graduação da demência dos corpos de Lewy, que são compostos, sobretudo, por
proteínas neurofilamentares, ubiquitina e sinucleína. Essa
É realizada pelo comprometimento funcional. última é uma proteína implicada na produção de vesículas
sinápticas e parece ser o substrato patológico mais
● Leve: ainda não há alteração funcional ou se existir
intimamente relacionado com a progressão do declínio
está relacionado a atividades instrumentais;
cognitivo nesses indivíduos.
● Moderada: perda importante de atividades
instrumentais e atividades básicas moderadamente Quadro clínico:
afetadas;
● Grave: perda da capacidade de realizar atividades ● Cognição – o comprometimento cognitivo é o
básicas. sintoma mais precoce nos pacientes com DCL,
resultando em déficits mais pronunciados de atenção,
A paciente do caso está com comprometimento grave já que de habilidades visuais e espaciais, da velocidade de
tem necessitado de ajuda para atividades básicas como processamento cognitivo e capacidade de resolução de
vestir-se e tomar banho. problemas.
● Flutuações – referem-se a variações marcantes no
DEMÊNCIAS DEGENERATIVAS estado de alerta e de atenção, na função cognitiva ou
na execução das atividades de vida diária em períodos
Doença de Alzheimer (DA): Objetivo 3 de dias, horas ou mesmo minutos. As flutuações são
de difícil diagnóstico e quantificação na prática
clínica. Nesse sentido, algumas escalas e testes
computadorizados para avaliação do grau de flutuação
da atenção foram desenvolvidos.
● Alucinações visuais – são caracterizadas como
vívidas, recorrentes, bem estruturadas, detalhadas e
tridimensionais, na forma de objetos inanimados,
animais ou pessoas. Em geral, os pacientes têm
percepção de seu caráter irreal e podem relatar as
alucinações espontaneamente. As alucinações visuais
na DCL podem persistir por meses ou até anos e
podem se agravar, tornando-se de cunho ameaçador e
sem o discernimento da realidade.
● Parkinsonismo – nos estágios iniciais, o
parkinsonismo pode estar ausente em até 50% dos
Demência por corpúsculos de Lewy (DCL) casos. A síndrome parkinsoniana é, em geral, de tipo
rígido-acinético e com predomínio axial, causando
instabilidade postural, alteração de marcha e
hipomimia facial, além de disartria e hipofonia.
● Transtorno comportamental do sono REM – é uma
parassonia em que ocorre ausência da atonia
musculoesquelética, normalmente observada durante
o sono REM. Está associado à intensa atividade
motora, com movimentos repetitivos do tronco e dos
membros, e com vocalizações, além de sonhos vívidos
e assustadores. A presença dessa parassonia é comum
entre as doenças classificadas no grupo das
sinucleinopatias. Dentre outros transtornos do sono,
incluem-se sonolência diurna excessiva, movimentos
periódicos noturnos dos membros, confusão ao
despertar e pesadelos recorrentes. Tais alterações
É uma síndrome caracterizada por sintomas cognitivos, podem preceder em muitos anos o diagnóstico de
motores, psiquiátricos e autônomos. Está incluída no grupo DCL.
das sinucleinopatias, um grupo de doenças que têm em ● Disfunção autonômica – as manifestações clínicas
comum a agregação anormal da proteína sináptica decorrentes da disfunção autonômica são hipotensão
“sinucléina”. ortostática, hipersensibilidade de seio carotídeo,
episódios sincopais e pré-sincopais, quedas e
incontinência urinária. Variações da DFT:
● Outras manifestações psiquiátricas – sintomas
depressivos são mais prevalentes na DCL, em ● Variante comportamental: sintomas de impulsividade,
comparação com a DA. Delírios também são comum desinibição e negligenciamento com a higiene corporal.
e têm, em geral, conteúdo complexo. Podem haver Pode existir comportamento estereotipado e repetitivo
delírios de falso conhecimento e alucinações como manipulação aleatória e repetitiva de objetos
auditivas. cotidianos
● Afasia progressiva primária: ocorre degeneração
progressiva da linguagem pela atrofia assimétrica
Diagnóstico: anterolateral do lobo temporal cerebral. Há redução da
fluência e compreensão da linguagem.
● História clínica detalhada ● Demência semântica: é um subtipo de afasia
● Exclusão de outras causas como demência vascular ou progressiva primária e ocorre quando há grave
DA comprometimento do lobo esquerdo cerebral. Há
● Exames de imagem fluência na fala, contudo, com desorganização de
significado. Se o lado direito for mais afetado ocorre
Tratamento: anomia progressiva e prosopagnosia que representam,
respectivamente, a incapacidade de nomear objetos e
● Medidas de apoio e prevenção de acidentes – melhorar
incapacidade de reconhecer faces familiares.
a iluminação da casa, organizar horários de alimentação
e ciclo sono-vigília, retirar tapetes e móveis propícios a
Diagnóstico:
quedas
● Anticolinesterásicos ● Avaliação clínica – a desinibição e comprometimento
● Sintomas graves – benzodiazepínicos, mas jamais da linguagem são sintomas bastante sugestivos da
neurolépticos típico pois tende a piorar os sintomas DFT
● TC e RNM são indicados para determinar o local e
Demência frontotemporal (DFP) extensão dos danos cerebrais

Tratamento:

● Inibidores da receptação de serotonina (IRSS),


trazodona e antipsicóticos.

DEMÊNCIAS NÃO DEGENERATIVAS

DEMÊNCIA VASCULAR

50% dos casos são hereditários. Afeta indivíduos jovens


(45-65 anos).

As mutações genéticas ocorrem no cromossomo 17q21-22,


no gene tau, e representam tubulopatias, pois as
anormalidades estão na proteína tau ligante do microtúbulo.
Há uma atrofia cerebral assimétrica predominantemente
na região frontotemporal que caracteriza o quadro clínico
peculiar.

Quadro clínico:
A demência vascular é a perda da função mental devido à
● Afeta a personalidade e comportamento destruição do tecido cerebral, pois seu suprimento de sangue
● Pode ter alterações de linguagem está reduzido ou bloqueado. Geralmente a causa são
● Memória é menos afetada podendo se manter acidentes vasculares cerebrais, sejam poucos derrames
preservada em todo curso da doença grandes ou muitos pequenos.
● Podem estar presentes alterações de neurônio motor
como: atrofia muscular, fraqueza, disfagia e disfonia etc
As manifestações clínicas dependem do tipo de AVC e da se presentes.
localização. ● Indicação de anticoagulantes se risco de trombose
elevado para evitar outros eventos isquêmicos
Demência por múltiplos infartos - ocorrem infartos associados a drogas antiplaquetárias como aspirina
cerebrais múltiplos, envolvendo áreas corticais e que também são uteis na prevenção de AVC.
subcorticais, com início abrupto, progressão rápida, sinais ● Acompanhamento interdisciplinar com fisioterapia e
piramidais, hemiparesia, perda hemi-sensorial, déficits psicologia
neuropsicológicos e prejuízo de memória.
Hidrocefalia de pressão normal (HPN)

Demência por infarto único em posição estratégica -


danos em áreas funcionalmente importantes, sendo a
sintomatologia definida de acordo com a área lesada.

Doença dos pequenos vasos - pode ocasionar lesões


corticais e subcorticais. Os infartos subcorticais ocorrem
com frequência na substância branca do cérebro e há
sintomas como prejuízo de memória, função executiva
anormal, retardo psicomotor, euforia, psicose, hemiparesia,
dentre outros. A doença de Binswanger é conhecida pela
afecção com múltiplos infartos na substância branca frontal
gerando sinais pseudobulbares, abulia, alterações do
comportamento, sinais piramidais bilaterais, distúrbios de
memória e de atenção, retardo psicomotor, distúrbios de
marcha, incontinência urinária e parkinsonismo.

Hipoperfusão – ocorre afasia transcortical, prejuízo de


memória, apraxia e déficits visoconstrutivos.

“Demência hemorrágica” – ocorre por hematomas


subdurais crônicos, hematoma intracerebral ou hemorragia
subaracnóidea.

Diagnóstico:

Associação entre história clínica, exame físico, avaliação É uma doença rara, caracterizada pelo aumento do líquido
neuropsicológica e exames complementares. nos ventrículos por diminuição da reabsorção.

Exames de imagem: 🡪 Potencialmente reversível, por isso essencial seu


diagnóstico e intervenção no intuito de minimizar a
● Ultrassonografia de carótidas, hidrocefalia e reverter os danos que, nem sempre, já cursam
● Tomografia computadorizada com atrofia cerebral.
● Ressonância magnética para avaliar lesões cerebrais.
Quadro clínico
Critérios diagnósticos:
● Insidioso e tem curso variável.
1) Diagnóstico de demência; ● Instabilidade postural com alterações na marcha e
2) Evidência da presença de doença cerebrovascular, passadas próximas ao chão.
demonstrada pela história, exame clínico ou exames de ● Incontinência urinária importante e declínio
neuroimagem; cognitivo.
3) A demência e a doença cerebrovascular precisam estar 🡪 Os primeiros sinais de demência podem ser dificuldade de
relacionadas. concentração, planejamento e execução de ideias. Com o
avanço da hidrocefalia a memória também pode ser
Tratamento: prejudicada.

● Prevenção de riscos e agravamento da doença como Diagnóstico:


cuidados em casa e apoio familiar;
● Combate a fatores de risco para outros eventos Evidência de sinais e sintomas clínicos, exames de imagem
embólicos isquêmicos como cessar o tabagismo e (ressonância magnética) e estudo do líquido
controle de doenças crônicas como diabetes mellitus, cefalorraquidiano contribuem para a intervenção precoce. O
próprio alívio pela punção lombar já ocorre como drenagem extracelulares e os emaranhados neurofibrilares
temporária do excesso contido no SNC. intracelulares.

Tratamento: As placas senis (PS) são lesões extracelulares formadas


de débris e restos celulares com um núcleo central proteico
● Medidas de suporte clínico e prevenção de sólido constituído pelo peptídio beta-amiloide (Aβ). O
acidentes peptídio Aβ é originado a partir da clivagem proteolítica de
● Punção lombar para alívio sintomático inicial e uma proteína precursora maior, a proteína precursora de
também com derivação ventricular para levar o amiloide (APP). A APP é, em geral, secretada a partir das
líquido em direção a pele até o abdome, por células cerebrais no espaço extracelular supostamente
exemplo, que são as derivações responsável por importantes funções fisiológicas ainda
ventriculoperitoneais. pouco conhecidas.

3 – Descrever a fisiopatologia, quadro Em situações fisiológicas, a APP é clivada pela ação da


clínico, curso, diagóstico, tratamento e enzima alfassecretase (α-secretase), entre os resíduos de
lisina 681 e leucina 682 na extensão da sequência Aβ
prognóstico do Alzheimer excluindo-se, dessa forma, a possibilidade de formação de
Aβ intacto. A APP é então transformada em fragmentos
Doença de Alzheimer menores sem ação tóxica para o sistema nervoso central.

A demência mais comum é a Doença de Alzheimer, que é Na DA, ocorre uma liberação do peptídio Aβ da APP a
comumente esporádica, embora a suscetibilidade esteja partir de outras vias de processamento alternativas e
relacionada a uma variedade de fatores de risco genéticos. anormais envolvendo a ação consecutiva das atividades das
enzimas betassecretase (β-secretase) e gamassecretase
Epidemiologia (γ-secretase), por meio de um processo denominado
endoproteólise. A divisão decorre de uma sequência
A doença de Alzheimer é uma doença crônica do
complexa de eventos envolvendo a atividade das enzimas
envelhecimento, e tanto a incidência quanto a prevalência da
beta e gamassecretases sem que ocorra a ação da enzima
doença aumentam com a idade. As estimativas de sua
alfassecretase.
prevalência revelam que menos de 1% dos indivíduos com
menos de 65 anos de idade são clinicamente afetados, Os Emaranhados neurofibrilares (ENF) são inclusões
enquanto cerca de 5% são acometidos entre 65 e 75 anos, intraneurais compostas de bandas de elementos
cerca de 20% entre 75 e 85 anos e provavelmente mais de citoesqueléticos anormais medindo 20 nm de diâmetro com
50% com 85 anos de idade ou mais. constrições regulares a cada 80 nm, denominados filamentos
helicoidais pareados insolúveis (FHP). O componente
Um estudo revelou que o risco de desenvolver a DA é 3,5
principal é a proteína tau em sua forma hiperfosforilada
vezes maior em indivíduos que têm pelo menos um parente
(p-tau181 P). Em condições fisiológicas, essa proteína fornece
em primeiro grau com demência. A história familial está
estabilidade ao sistema de microtúbulos no interior
associada a um risco maior para a DA de início precoce do
dos neurônios, responsável pelo transporte de substâncias do
que para a DA de início tardio.
corpo celular para a terminação sináptica. Os microtúbulos
Aproximadamente 10% dos casos da DA têm história são formados por duas proteínas (α e β-tubulinas), que se
familial positiva. Algumas famílias mostram um padrão de mantêm estáveis por meio das pontes de proteína tau
herança autossômica dominante para o desenvolvimento da presentes nas células. Na DA, por motivos ainda
DA de início precoce. Por meio de estudos genéticos e desconhecidos, ocorre um processo de fosforilação anormal
moleculares, foram identificadas mutações capazes de que, por consequência, leva à instabilidade das tubulinas,
causar a doença em muitas delas. Essas mutações são ocasionando edema e distrofia dos microtúbulos e, por fim,
responsáveis por uma parcela pequena de casos relacionados a morte neuronal.
com a rara forma familial de início precoce da DA (< 65
Embora as PS e os ENF possam ser encontrados no
anos). Atualmente, foram evidenciadas mutações em 3
envelhecimento normal sem demência e a sua presença
genes. São eles: o gene da proteína precursora de amiloide
isolada não seja suficiente para o diagnóstico, a densidade
(APP), o gene da pressenilina 1 (PSEN-1) e o gene da
de ambos é muito mais alta em pacientes com a DA. Apesar
pressenilina 2 (PSEN-2), localizados nos cromossomos 21,
de algumas divergências entre as várias correntes de
14 e 1, respectivamente.
pesquisa que buscam o entendimento da influência das PS e
Neuropatologia dos ENF na fisiopatologia da DA, existe um consenso
cumulativo de que a produção e o acúmulo do peptídio Aβ
A patologia da doença de Alzheimer caracteriza-se por dois tenham papel central na patogênese da DA.
aspectos neuropatológicos específicos: as placas amiloides
reconhecer/identificar objetos), alterações visuoespaciais e
visuoconstrutivas. Os distúrbios de linguagem, inicialmente
caracterizados pela dificuldade de nomeação, progridem
com empobrecimento do vocabulário, parafasias semânticas
e fonêmicas, perseverações, circunlóquios, perda de
conteúdo e dificuldade de compreensão. A apraxia é,
sobretudo, ideatória e ideomotora.

Com o progredir do declínio cognitivo, a capacidade de


aprendizado fica seriamente alterada, e a memória remota é
também comprometida. O julgamento torna-se alterado,
estando o paciente, com frequência, alheio aos seus déficits,
tornando-se notórias as dificuldades para a realização de
tarefas complexas. De forma pouco realista, não raro
Quadro Clínico considera-se apto para realizar tarefas além de suas
capacidades (p. ex., administrar suas próprias finanças) e
subestima os riscos envolvidos com a execução delas (p. ex.,
Evidências de esquecimento aparente (p. ex., pacientes
dirigir automóveis). A capacidade para realizar cálculos,
demasiadamente repetitivos durante a conversação,
fazer abstrações, resolver problemas, organizar, planejar e
inobservantes quanto à marcação de consultas e
realizar tarefas em etapas (funcionamento executivo)
frequentemente confusos quanto ao uso correto da
torna-se seriamente afetada.
medicação) e alterações psicológicas, de personalidade e no
cuidado pessoal adequado podem ser as primeiras pistas A perda funcional é hierárquica: a dificuldade para executar
para a detecção da deterioração cognitiva. atividades instrumentais (p. ex., lidar com finanças,
cozinhar, usar transporte público) precede a dificuldade para
A fase inicial da demência da DA dura, em média, de 2 a 3
executar tarefas básicas (p. ex., vestir-se, alimentar-se,
anos e é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se
banhar-se). Nessa fase também podem ocorrer sintomas
desenvolvem insidiosamente. O comprometimento da
motores extrapiramidais, com a alteração da postura e da
memória é, em geral, o sintoma mais proeminente e precoce,
marcha, o aumento do tônus muscular e outros sinais de
principalmente de memória declarativa episódica. Os
parkinsonismo que poderão agravar ainda mais o declínio
déficits de memória de evocação nas fases iniciais dizem
funcional.
respeito principalmente à dificuldade para recordar datas,
compromissos, nomes familiares e fatos recentes, e podem Os sintomas neuropsiquiátricos não cognitivos são
vir acompanhadas de incapacidade para reconhecer o estado conhecidos como sintomas psicológicos e do
de doença ou de falta de consciência do déficit cognitivo comportamento das demências. Dentre eles, a agitação, a
(anosognosia). Alguns indivíduos apresentam alterações de perambulação, a agressividade, os questionamentos
linguagem precocemente, tais como dificuldade para repetidos, as reações catastróficas, os distúrbios do sono e a
encontrar palavras. Existem dificuldades frequentes no “síndrome do entardecer” são alguns exemplos comuns de
trabalho, para lidar com situações complexas e para o alterações do comportamento que estão presentes mais
aprendizado de fatos novos. Em geral, perdem objetos comumente de forma variável a partir dessa fase da doença.
pessoais, tais como chaves e carteiras, e se esquecem dos Os sintomas “psicológicos”, tais como apatia, ansiedade,
alimentos em preparo no fogão. Há desorientação depressão, ideias delirantes, alucinações – sobretudo as
progressiva com respeito ao tempo e ao espaço. Os visuais, erros de identificação (p. ex., considerando pessoas
problemas espaciais e de percepção podem manifestar-se familiares desconhecidas e vice-versa), ideias paranoides,
por dificuldades para reconhecer faces e de se deslocar em principalmente persecutórias (p. ex., acreditar que foi
trajetos familiares. Em um número variável de casos, roubado), também são frequentes.
indivíduos com demência podem também se apresentar, no
início, com perda de concentração, desatenção, perda de Na fase avançada da demência da DA, com duração média
iniciativa, retraimento social, abandono dos passatempos, de 8 a 12 anos, e no estágio terminal, todas as funções
mudanças de humor (depressão), apatia, alterações de cognitivas estão gravemente comprometidas, havendo, até
comportamento. mesmo, dificuldades para reconhecer faces e espaços
familiares. Devido à perda total da capacidade para realizar
A fase intermediária da demência da DA, cuja duração atividades da vida diária, os pacientes tornam-se totalmente
varia entre 2 e 10 anos, é caracterizada por deterioração dependentes. As alterações de linguagem agravam-se
mais acentuada dos déficits de memória e pelo aparecimento progressivamente, ficando evidentes as dificuldades para
de sintomas focais, que incluem afasia (perturbação da falar sentenças completas e compreender comandos simples.
formulação e compreensão da linguagem), apraxia Quando há redução drástica da fluência, os pacientes passam
(incapacidade de realizar movimentos coordenaos em uma a comunicar-se somente por meio de ecolalias, vocalizações
ação), agnosia (perda da capacidade de inarticuladas, sons incompreensíveis e jargões semânticos,
até alcançarem o mutismo. Ficam acamados, com Exames complementares:
incontinência urinária e fecal. A morte sobrevém, em geral,
como complicação da síndrome de imobilismo em Não existe um exame específico para a DA. Entretanto,
decorrência de septicemia causada por pneumonia, infecção tanto o LCS quanto o exame de imagem funcional do
urinária e úlceras de pressão. cérebro podem exibir marcadores relativamente sensíveis e
específicos da doença de Alzheimer, os quais podem ser
Diagnóstico utilizados no diagnóstico diferencial dessa doença.

Em termos práticos, para o estabelecimento do diagnóstico LCS:


da demência da DA, o primeiro passo é a confirmação da
demência. ● Concentração de Aβ42 está diminuída, talvez devido,
em parte, ao depósito de amiloide no cérebro.
Mini Exame do Estado Mental ● Proteína tau está elevada - relacionada presumivelmente
com a neurodegeneração e a perda da integridade
Teste que avalia a atenção, a orientação temporal-espacial, a axônica.
memória, a escrita, a função executiva, a linguagem, o ● Proteína tau fosforilada (fosfotau) também está elevada
cálculo e a habilidade viso-construtiva. O escore varia entre e é mais específica da doença de Alzheimer.
zero e trinta pontos, com notas maiores simbolizando As medições combinadas das concentrações desses três
melhor desempenho. biomarcadores resultam em sensibilidade e especificidade na
faixa de 90%. Convém destacar que as alterações no
peptídio Aβ42, na proteína tau e na tau fosforilada
podem preceder os sintomas clínicos e o diagnóstico da
doença em até 15 anos.

Exames de imagem:

TC e RM: são usadas para descartar outras causas de


demência, como tumores ou acidente vascular encefálico
(AVE). Entretanto, na DA, o exame de imagem estrutural
tipicamente revela dilatação dos ventrículos laterais e
alargamento dos sulcos corticais, particularmente nas
regiões temporal e parietal. Essa atrofia cortical não é
específica da DA.

PET ou SPECT:

Revelam um padrão característico de hipometabolismo e


hipoperfusão na parte proximal do lobo temporal e parte
posterior do lobo parietal, com preservação da função dos
núcleos cinzentos profundos e córtex sensitivo e motor
primários

Foram desenvolvidos novos conjuntos de critérios pelo Por fim, o avanço mais recente na imaginologia cerebral é
consenso financiado pelo National Institute on Aging e pela capaz de detectar as características moleculares da doença
Alzheimer’s Association, e esses critérios NIA-AA de Alzheimer: as placas contendo amiloide e os
possibilitam diagnóstico pré-clínico, diagnóstico sintomático emaranhados neurofibrilares. O primeiro reagente de
precoce sem comprometimento funcional e diagnóstico imagem molecular para a detecção das placas neuríticas in
pré-sintomático. vivo foi o “composto B de Pittsburg” (PIB, cuja formulação
química é 11C-6-OH-benzotazol-1), porém existem
atualmente três reagentes marcados com 18F aprovados: o
florbetapir, o florbetabem e o flutemetamol, e, com base em
estudos clínicos e de necropsia, foi demonstrado que todos
eles apresentam ligação cortical do radioligante na doença
de Alzheimer.

Tratamento

Os tratamentos para doença de Alzheimer são atualmente


sintomáticos, visto que não existe nenhum tratamento
modificador da doença comprovado.
● Sintomatologia depressiva: agentes antidepressivos, como problemas cardíacos, diabetes ou história de abuso de
incluindo inibidores seletivos da recaptação de álcool também estão relacionadas com a sobrevivência
serotonina. reduzida. A expectativa de vida é particularmente reduzida
● Sintomas psicóticos – delírios, alucinações, agitação e quando comparada à população saudável entre aqueles que
a irritabilidade: medicamentos antipsicóticos. são mais jovens. Homens tem um prognóstico menos
Os efeitos colaterais desses medicamentos podem ser favorável de sobrevivência do que as mulheres.
prejudiciais, incluindo parkinsonismo induzido por
fármacos. Em alguns estudos, mas não em outros, os
neurolépticos têm sido associados a pequenos aumentos na
taxa de mortalidade de várias causas. Os ansiolíticos, como
os benzodiazepínicos, também podem ser usados; todavia,
são geralmente evitados, devido a seus efeitos adversos
sobre a cognição.

No momento atual, dispõe-se de cinco tratamentos


específicos para a doença de Alzheimer. Quatro desses
medicamentos são inibidores da colinesterase, que
aumentam efetivamente os níveis sinápticos de
acetilcolina no cérebro por meio da inibição da
acetilcolinesterase sináptica, que normalmente hidrolisa a
acetilcolina liberada do neurônio pré-sináptico na fenda
sináptica.

● Tacrina - não é mais usada comumente devido à


necessidade de sua administração 4 vezes/dia e à
ocorrência de hepatotoxicidade;
● Donepezila;
● Rivastigmina;
● Galantamina.

A evidência é de que esses três fármacos apresentam


eficácia leve semelhante na melhora da cognição; além
disso, podem produzir uma pequena melhora no
comportamento e na função de pacientes com doença de
Alzheimer leve, moderada ou grave.

Outro fármaco, a memantina, foi aprovado para tratamento


apenas da DA moderada a grave. A memantina é um
antagonista do receptor N-metil-D-aspartato dependente
de atividade, que proporciona um benefício modesto
independente na cognição, no comportamento e na função
de indivíduos com doença moderada a grave. Esse benefício
é observado tanto na monoterapia, quanto na terapia
concomitante com inibidores da colinesterase nesses
pacientes.

As abordagens atuais para melhorar potencialmente a


evolução da doença de Alzheimer consistem em anticorpos
monoclonais ou imunizações ativas, planejados para
eliminar a proteína amiloide do cérebro, inibidores da
β-secretase destinados a diminuir a produção intracerebral
de β-amiloide, e outras terapias que pretendem impedir a
agregação da proteína tau ou a disfunção neuronal.

Prognóstico:

A Expectativa de vida da população com a doença é


reduzida. A expectativa de vida média após o diagnóstico é
de aproximadamente sete anos. Menos de 3% das pessoas
vivem mais de quatorze anos. Outras doenças coincidentes,

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