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Profa. Camila Gabriela P.

Gonçalves

Fisiologia reprodutiva da vaca e


búfala

1
HIPOTÁLAMO
GnRH
HIPÓFISE
NÚCLEO TÔNICO NÚCLEO PULSÁTIL

LH FSH FSH LH

OVÁRIO
E2 P4

ATIVINA INIBINA

ÚTERO
PGF2α
CICLO ESTRAL
INTERVALO ENTRE 2 ESTROS OU 2 OVULAÇÕES
- estro (grego): paixão ou frenesí

PROESTRO: desenvolvimento folicular

E2
da onda ovulatória

ESTRO: receptividade da fêmea

METAESTRO: formação do CL funcional

DIESTRO: fase luteínica P4


ANESTRO: quiescência reprodutiva
PROESTRO ESTRO METAESTRO DIESTRO ANESTRO

ESTROGÊNICA PROGESTERÔNICA
FOLÍCULO DOMINANTE POSSUI MAIS
RECEPTORES PARA LH

CONSEGUE CRESCER MESMO EM BAIXAS


CONCENTRAÇÕES DE FSH

NÃO ENTRA EM ATRESIA


VACA: A NOSSA MODELO!!!
VACA
POLIÉSTRICA NÃO ESTACIONAL
- não apresenta estação de monta
- vários ciclos ovulatórios ao longo do ano

PUBERDADE: variável!!

- nível nutricional
- ZEBUÍNA: mais tardio (18 a 24 meses)
- TAURINA leiteira: 10 a 12 meses
- TAURINA de corte: 11 a 15 meses
- estação do ano
VACA
CICLO ESTRAL
- 21 dias (17 a 25 dias)
- ovulação ESPONTÂNEA
- ÚNICA: 90%
- ovário DIREITO: 60%

ESTRO (CIO):
- 18 horas (12 a 30 horas)

OVULAÇÃO APÓS 30 HORAS DO INÍCIO DO ESTRO

METAESTRO
VACA
OVULAÇÃO
LH
LH PROGESTERONA

FSH

ESTRÓGENO

LH

18 HORAS
18 HORAS
VACA
PROESTRO
- poucas horas!!
- até 24h
ESTRO (CIO):
- 18 horas (12 a 30 horas)
METAESTRO:
- 3 a 5 dias
- formação do CL funcional
OVULAÇÃO APÓS 30 HORAS DO INÍCIO DO ESTRO
DIESTRO:
- 15 dias
VACA
OVULAÇÃO
LH
LH PROGESTERONA

FSH

ESTRÓGENO

LH

META-
DIESTRO
ESTRO
PROESTRO + PROESTRO +
ESTRO ESTRO
LUTEÓLISE
CORPO LÚTEO

ATRESIA

OVULAÇÃO

FOLÍCULO
DOMINANTE FOLÍCULO
DOMINANTE

1ª ONDA FOLICULAR 2ª ONDA FOLICULAR


VACA
CICLO ESTRAL PODE TER 2 OU 3 ONDAS
FOLICULARES

2 ONDAS FOLICULARES: DIMINUIÇÃO DA


FERTILIDADE ???

Duração do oócito pós ovulação: 20 a 24h


VACA
ANESTRO PÓS-PARTO
- involução uterina: média 45 dias
- intervalo – primeira ovulação: 30 dias (10 a 110d)

VARIÁVEIS:
- condição corporal
- multíparas: mais precoces
- amamentação
- nutrição
INTERVALO ENTRE PARTOS IDEAL: 12 meses
- cobertura: 50 dias após o parto
- concepção: 80 dias após o parto
VACA
COMPORTAMENTO DE CIO:
- ação do ESTRÓGENO é potencializada pela pré-
exposição à PROGESTERONA
- ovulações sem sintomas de cio no início da vida
reprodutiva
- mugidos
- comportamento homosexual
- tampão mucoso
- mais ativa
- micção
VACA
VACA
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE CIO:

- inspeção: muitas falhas!!!


- cio nas horas mais frescas do dia!

- buçal marcador
- rufião
- fêmea androgenizada
- radiotelemetria/ coleira
Buçal marcador

Marcação de
tinta na fêmea
Erros na detecção do cio
- aumento do intervalo entre partos
- DIMINUI produção leiteira
- DIMINUI pressão de seleção
- AUMENTA gastos com alimentação

IDEAL: - detecção de cio de 90%


- intervalo entre partos: 12 meses
- 1,5 serviços/ concepção
- 70% prenhez
BÚFALA
BÚFALA
POLIÉSTRICA ESTACIONAIS
- ciclos ovulatórios durante determinada época do ano
- ANESTRO DE PRIMAVERA
- ciclam quando no. horas de luz / dia DIMINUI
- março à junho

PUBERDADE: variável!!

- 21 meses de idade (15 a 36 meses)


- 60% do peso do animal adulto
BÚFALA
ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA
- 21 de dezembro: solstício de verão
- 21 de março: equinócio de outono

PINEAL:
MELATONINA

ESTAÇÃO ESTIMULA A SECREÇÃO DE

REPRODUTIVA GnRH PELO HIPOTÁLAMO


BÚFALA
CICLO ESTRAL
- 21 dias (16 a 33 dias) Não apresentam
comportamento
PROESTRO: 12 a 24 horas
homosexual!!
- fêmea NÃO receptiva
- cauda erguida, mugidos intensos
- edema vulvar

ESTRO: 12 horas (60%) → 20-27hrs


METAESTRO: ovulação !!!
- 3 a 5 dias
DIESTRO: CL funcionante: 16 dias
BÚFALA
PERÍODO DE GESTAÇÃO:
- variável com subespécies:
- “do rio” (2n: 50) – 305 a 320 dias
- “do pântano” (2n:48) – 320 a 340 dias

Raça Murrah (2n: 50) Raça Carabao (2n: 48)


BÚFALA
ANESTRO PÓS-PARTO
- involução uterina: 28 a 45 dias
- intervalo – primeira ovulação: 59 a 96 dias (35 a 180)
- primeiro cio detectado: 75 a 90 dias
VARIÁVEIS:
- condição corporal e nutrição
- baixa produção
- parto normal
- parto durante inverno e início de primavera

INTERVALO ENTRE PARTOS IDEAL: 18 meses


- concepção: 125 a 180 dias
Conceitos sobre Inseminação
Artificial

30
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

- assumiu ESCALA COMERCIAL em 1950, com a criopreservação

É a biotécnica onde MAIS ocorre MELHORAMENTO GENÉTICO


Disseminação das Biotécnicas
Clonagem
Transgenia

Fecundação in vitro

Transferência de Embriões

Inseminação
Artificial
DEFINIÇÃO
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL:

- ferramenta reprodutiva que engloba a colheita do


sêmen, sua análise, processamento e manutenção , até a
introdução no aparelho genital da fêmea, por meio de
recursos artificiais, objetivando a concepção.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
APLICAÇÕES E VANTAGENS:

1) Controle da transmissão de doenças infecto-contagiosas

- doenças infecciosas transmitidas pela monta natural:


brucelose, tuberculose, campilobacteriose, tricomoníase, diarréia
viral bovina
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
APLICAÇÕES E VANTAGENS:

2) Incremento do melhoramento genético e da produção animal

- maior número de descendentes por reprodutor

MONTA NATURAL INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

1 ejaculado = 1 fêmea prenhe 1 ejaculado = 200 doses de sêmen

VARIÁVEL CONFORME A ESPÉCIE!!!


INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
APLICAÇÕES E VANTAGENS:

3) Aprimoramento do controle zootécnico

- encurtamento da
estação reprodutiva

-concentração de
partos
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
APLICAÇÕES E VANTAGENS:

4) Racionalização do manejo reprodutivo

- necessidade de touros na propriedade ??


- formação de banco de germoplasma: células reprodutivas,
pele, sangue, pelo..
- prevenção de acidentes
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
APLICAÇÕES E VANTAGENS:

4) Racionalização do manejo reprodutivo

- possibilidade de usar animais que já morreram


- amortização mais rápida do reprodutor
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
DESVANTAGENS:

- má escolha do touro
- processamento errado do sêmen
- armanezamento incorreto
- redução da variabilidade genética
- sucesso depende da detecção de cio
- falta de higiene: predisposição a doenças

DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DO REBANHO


INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
ETAPAS:

1) COLHEITA DO SÊMEN

2) AVALIAÇÃO DO SÊMEN

3) PROCESSAMENTO (congelação / refrigeração)

4) MANIPULAÇÃO (sexagem)

5) TÉCNICA DE IA
Momento ideal da IA

OVULAÇÃO: 12 a 14h após término dos sinais de cio

- CIO PELA MANHÃ: inseminar à tarde


- CIO PELA TARDE: inseminar na manhã seguinte
Preparação do material da IA
TÉCNICA DE IA
Descongelação do sêmen: 35-37 oC, 30 segundos
Preparação do material da IA
DESCONGELAÇÃO DO SÊMEN
Preparação do material da IA

Aplicador universal, embolo, cone e anel


Preparação do material da IA
MONTAGEM DO APLICADOR
TÉCNICA DE IA
-Inseminação intrauterina com auxílio da palpação retal

- limpeza do reto e região perivulvar (papel ou água)


- introdução do aplicador via vaginal, transpassando os anéis
cervicais
- deposição do sêmen no corpo do útero
- massagem do clitóris
Identificação da vaca em cio Limpeza da região Perineal

Abertura dos lábios vulvares Introdução do aplicador


RESPEITAR A ANATOMIA DO APARELHO GENITAL
FEMININO
TÉCNICA DE IA

MANIPULAR MAIS A CÉRVIX DO QUE A PIPETA!!!


DÚVIDAS?

FIQUEM EM CASA!!!
A CRISELDA ESTÁ DE
OLHO...

Que o respeito e a
solidariedade possam
contaminar mais que o vírus!!!

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