Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nas grandes cidades, somos bombardeados por uma sinfonia dissonante de ruídos.
O barulho do trânsito pode ultrapassar 90 decibéis – acima do nível de 50 decibéis
estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a média para a saúde
auditiva.
Mas não precisamos ir à rua para “esquentar” nossos ouvidos. Em nossa própria
residência a TV ligada, o som do rádio na cozinha, pessoas conversando, outras
escutando os memes do WhatsApp e dando gargalhadas, podem nos colocar sob
tensão.
Como esses barulhos nos colocam em estado de alerta, a longo prazo também
podem afetar a nossa saúde, como no aumento do estresse e da ansiedade. Mas o
veneno-auditivo também pode ser o remédio. O que depende é a dose – ou a
frequência em hertz (Hz).
Há também quem faça um paralelo entre o que sentimos e o que ouvimos, como o
Professor Stefan Koelsch, do Departamento de Psicologia Médica e Biológica, da
Universidade de Bergen, na Noruega, que estuda a relação entre a música e as
nossas emoções.
AS FREQUÊNCIAS DA CURA
A diferença entre um som agradável e um barulho que nos causa repulsa é a
frequência. Mais precisamente, a diferença em hertz – que é a medida de ciclo por
segundo.
O motivo de a unha no quadro negro nos deixar irritados é por estar entre 2000 e
5000 Hz – espectro esse que nosso ouvido se incomoda.
Após a segunda metade do século XX, estudiosos como Dr. Joseph Puleo e Dr.
Leonard Horowitz, redescobriram as frequências perdidas. As Frequências
Solfeggio, como são conhecidas hoje em dia, são uma série de sons em que a
frequência está destinada à cura interior. Uma das mais difundidas por Horowitz é
a de 528 Hz, considerada como a frequência do amor e da cura.
Ao longo do tempo, cada frequência Solfeggio foi associada a uma parte dos sete
chakras – que são pontos de vórtices de energia em nosso corpo de acordo com a
sabedoria ancestral indiana.
BATIDAS BINAURAIS
Outro tipo de som que utilizado como forma de buscar a cura são as Batidas
Binaurais. Descobertas pelo cientista polonês Heinrich Wilhelm Dove no século
XIX, a lógica é tocar, ao mesmo tempo, tons ligeiramente diferentes para o ouvido
esquerdo e para o direito. O cérebro compensa essa variação criando um terceiro
som. Assim, o efeito benéfico é sentido no corpo. Nesse processo, é aconselhado o
uso de fones de ouvido para escutar as batidas.
TONS ISOCRÔNICOS
Além da frequência Solfeggio e das Batidas Binaurais, existem os Tons
Isocrônicos. A diferença entre eles é que tanto Solfeggio quanto as Batidas
Binaurais são compostos por ruídos contínuos. Já os Tons Isocrônicos são batidas
simétricas e regulares de um mesmo tom, ligados e desligados criando uma espécie
de pulsações.
DE OUVIDOS ABERTOS
O que você anda ouvindo?
Podemos notar a influência direta entre o que ouvimos e as nossas reações, que
também englobam, a longo prazo, nossas emoções e nossa saúde. Muitas das
frequências aqui apresentadas estão disponíveis na internet.
Para Platão, há ritmos bons e ruins, que devem ser escolhidos com cuidado, devido
ao poder de penetrarem na alma – como aquela música chata, mais próxima de um
disco arranhado, que custa em sair de nossa cabeça.
Ainda mais em tempos em que dissonância dos ruídos e das palavras se tornam
cada vez mais ensurdecedoras.