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Cronograma
Deve ser realizada em todas as consultas na Atenção Primária, com níveis de abordagem diferentes a
depender do problema e da sua relação com o contexto familiar.
Terapeuta familiar X Médico da família:
• Terapeuta familiar:
o Família que busca ajuda
o Família está autorizando a intervenção
o O grau de disfunção, em geral, é grande
• Médico da família:
o O médico que detecta o problema, pois o problema vem velado por uma outra causa
o O médico que oferece ajuda para iniciar o tratamento
A entrevista familiar deve ocorrer de uma forma lógica e estruturada:
• Apresentação social
• Aproximação
• Entendimento da situação
• Discussão
• Estabelecimento de um plano terapêuticos
Deve-se haver entendimento da família:
1. Anatomia da família
a. Por genograma
b. Por ecomapa
2. Desenvolvimento familiar
a. Classificar pelo ciclo da vida familiar em população da classe média americana
i. Saindo de casa jovens solteiros
ii. O novo casal
iii. Família com filhos pequenos
iv. Família com adolescentes
v. Encaminhando os filhos e seguindo em frente
vi. Família no estágio tardio da vida
b. Entender que várias famílias não se enquadram nessa classificação, pois as diferentes
famílias passam de diferentes formas por essas fases e de forma não linear muitas vezes
3. Funcionamento familiar
Lucas Ferreira Neri Sobrinho – Turma 110 Saúde da Família e Comunidade IV
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• Rubéola – risco teórico de adoecer até 3 meses após a vacinação, por isso deve ser dada três meses
antes da gestação
• Toxoplasmose – ingesta de carnes bem cozidas, evitar contato com animais
• HIV, sífilis, hepatite B e C – testes rápidos na UBS da mulher e do parceiro
Avaliação de comorbidades:
• Tabagismo
• Sedentarismo
• Etilismo
• Cafeína em excesso
Avaliar necessidade de aconselhamento genético:
Importante sempre avaliar DUM, hábitos sexuais e MAC na consulta de uma paciente.
Como diagnosticar uma gestação:
• Passo a passo:
o Calcular Idade Gestacional (IG) e Data Provável do Parto (DPP)
▪ IG: dias transcorridos até a consulta
▪ DP: soma 7 dias e subtrai 3 ao mês
• DUM: 22/05/2023
• DPP: 29/02/2024
o Avaliar história patológica pregressa, histórico gineco-obstétricos, medicações em uso e risco
gestacional
▪ Referenciar para o pré-natal de alto risco ou para o centro secundário quando
necessário
▪ Trocar medicações se necessário
o Avaliar queixas trazidas pelas pacientes e afastar sinais de gravidade
▪ Excesso de náuseas: fragmentar refeições, evitar odores fortes e antieméticos (ex.:
dramin)
o Realizar exames físicos conforme período gestacional
▪ PA, altura uterina (avaliar crescimento e IG a partir de 16 semanas), BCF e ganho de
peso da paciente, edema, apresentação fetal e movimentação fetal (observa a partir
de 18 semanas), toque apenas se indicado
▪ Altura uterina:
Lucas Ferreira Neri Sobrinho – Turma 110 Saúde da Família e Comunidade IV
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É o período que vai do final o terceiro estagio do trabalho de parto ao retorno do organismo feminino ao
estado pré-concepcional, o que leva em torno de 6 semanas.
Frequência de consulta na APS
• Sentimentos e autocuidado
• Uso de drogas
• Violência doméstica
• Sangramento
• Diurese e evacuações
• Aleitamento materno
• Planejamento para o futuro
Alertas vermelhos no puerpério:
• Sangramento – lóquios
• Febre
• Dor em panturrilha e dispneia
Pontos a serem avaliados:
• Pressão arterial
• Altura uterina
• Avaliação do tipo de sangramento
• Avaliação de panturrilhas e mamas
Exames complementares:
• Pós parto
o Lactação associado a amenorreia
o Após 6 semanas do parto considerar MAC
o Métodos somente com progestágenos
o Evitar MAC combinamos, pois podem afetar a lactação e passar estrogênio para o lactante
o DIU pode ser colocado no pós parto imediato (maior risco de expulsão do DIU) ou 4 semanas
após o parto
Orientar que a volta das relações sexuais deve ocorrer depois de 2 a 4 semanas do parto.
Diagnósticos diferenciais de dor mamaria: fissura, ingurgitamento mamário, mastite e abcesso.
• Lesões anogenitais
• Corrimento vaginal
• Dor pélvica
• Dispaurenia - dor na relação sexual
• Alterações no ciclo menstrual
Lesões
Avaliação:
• Entrevista
o Determinar localização, tamanho e distribuição da lesão
o Caracterizar evolução: quanto tempo, se aumentou de
tamanho ou espalhou para outras áreas, se já teve no passado
lesões parecidas
o Avaliar sintomas associados: dor, prurido, sangramento,
secreção
• Exame físico
o Avaliar características: localização, tamanho, quantidade e
distribuição
o Avaliar sinais e sintomas associados: eritema, secreção,
sangramento, edema
Leões elementares do tipo Úlceras – ISTs:
• Herpes genital
o Vesículas múltiplas que se rompem, tornando-se úlceras rasas dolorosas. Aparecimento
geralmente precedido de aumento da sensibilidade cutânea, ardência, prurido ou sintomas
uretrais, especialmente se história de recorrência das lesões
o Tratamento:
▪ Primeira infecção pode se beneficiar de tratamento com aciclovir, 400 mg, 3x/dia (ou
200mg 5x/dia), por 7 dias. Em casos recorrentes, pode ser necessário tratamento com
aciclovir, 480 mg, 3x/dia, por 5 dias, a partir do início dos pródromos. Se seis ou mais
episódios por ano, considerar tratamento supressivo continuo, com aciclovir, 400 mg,
2x/dia (realizar controle laboratorial de funções renal e hepática).
▪ Gestantes: tratar o primeiro episódio, em qualquer idade gestacional, conforme o
tratamento das primoinfecções.
Outras lesões:
Corrimentos
Avaliação:
• Entrevista
o Fluxo vaginal quantidade, coloração, aspecto, odor, fatores desencadeantes ou associados.
o Sintomas associados: prurido, irritação vulvar, sangramento ou exacerbação do odor após
relação sexual, presença de dispareunia e/ou sinusiorragia.
o Antecedentes clínicos/ginecológicos uso de antibiótico de amplo espectro, diabetes, gravidez.
o Fatores de risco para infecção cervical: uso irregular de preservativo, múltiplas parcerias,
nova parceria, parcerias com infecções sexualmente transmissíveis (IST).
o Expectativas: com relação às consequências, acredita ter se exposto a IST, medo de ter IST.
• Exame físico
o Exame do abdômen: sinais de peritonite, massa abdominal, dor à palpação de hipogástrio.
o Exame especular: observar características do colo/sinais de cervicite; observar
características da secreção
o Toque vaginal: dor à mobilização do colo (cervicite); dor à mobilização do útero e anexos (DIP
ou sinais de endometrite/pelveperitonite secundária a aborto/parto).
O que pode ser:
• A candidiase é muito associado com momentos difíceis e estressantes, por isso é importante
investigar, de modo a garantir um cuidado integral.
• Gardinerella no exame preventivo deve ser tratado mesmo assintomático
Cervicite
Preventivo - Papanicolau
A passagem do HPV ocorre por fricção pele a pele. A infecção pelo HPV é uma infecção local e não
sistêmica, não passando via sanguínea. A lesão pode ocorrer até 10 anos após a infecção pelo HPV.
• Sinais e indicações
• Doença, saude e experiencia da doença
• Percepção e experiencia da saude, que é pessoal é única
Clinica:
• Dor mamaria
o Localização – uma ou ambas mamas
o Relacionada ou não ao período menstrual
▪ Relacionada ao período menstrual geralmente é benigno
• Nódulos palpáveis
o Tumores palpáveis em mulheres jovens costuma ser benigno – fibroadenoma
o Avaliar com exames de imagem
• Descarga papilar
o Cor – transparente ou sanguinolenta tem ruim prognostico
▪ Cor esbranquiçada – gravidez, medicações e avaliar prolactina
▪ Outras colorações costuma ser benigno
o Se é espontânea deve-se acender o alerta
• Palpação
o Linfonodos axilares e supraclaviculares
o Da mama – técnicas de Valpeau e de Bloodgood
▪ Dentre as técnicas de palpação desenvolvidas, a
realizada com mão espalmada e movimentos
circulares (técnica de Velpeau) e com a ponta
dos dedos simulando tocar piano (técnica de
Bloodgood) são as mais citadas na literatura.
▪ Não há consenso sobre qual a melhor técnica
• Expressão papilar
Exames:
• Mamografia
o Para mulheres mais velhas, principalmente partir dos 50 anos
• USG de mama
o Mulheres mais jovens, uma vez que a mama é mais densa – sendo ideal
o A USG deve ser utilizar em pacientes jovens (<35 anos), em grávidas, para diferenciar lesões
sólidas de císticas e como método complementar à mamografia em mulheres de alto risco.
Mulheres de alto risco para desenvolvimento de câncer de mama ➔ iniciar rastreamento precoce
o Mulheres com história familiar de, pelo menos, um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou
filha) com diagnóstico de câncer da mama, abaixo dos 50 anos de idade
o Mulheres com história familiar de, pelo menos, um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou
filha) com diagnóstico de câncer da mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa
etária
o Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino
o Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atípica ou
neoplasia lobular insitu
Rastreamento:
• É um fenômeno complexo, com causas culturais, econômicas e sociais, aliado e pouca visibilidade,
à ilegalidade e à impunidade;
• É definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como todo ato baseado no gênero, que cause
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher tanto na esfera pública como
privada;
• Já pela Lei Maria da Penha configura violência doméstica qualquer ação ou omissão baseada no
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral e
patrimonial.
• São exemplos de violência contra mulheres:
o VIOLÊNCIA FÍSICA: empurrões, toques indesejados, pegadas a força nos bracos ou outras
pastes do corpo, beliscões, puxões de cabelo, mordidas, queimaduras, chutes, tapas, socos,
tentativa de asfixia, ameaça com faca, e qualquer contato que produza dor, marcas, cortes,
hematomas, dentre outras situações que atinja o corpo da mulher.
o VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: conduta que cause prejuízo emocional e diminuição da
autoestima ou que prejudique e que vise controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões da mulher, por meio de ameaça, intimidação, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir.
o VIOLÊNCIA SEXUAL: relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação,
ou uso da força. Induzir ou a utilizar, de qualquer modo, a sexualidade. Impedir o uso de
método contraceptivo.
o VIOLÊNCIA PATRIMONIAL: posse, retirada, destruição parcial ou total de seus objetos, a
exemplo celular, roupas, objetos pessoais, de casa, computador, carro etc..., Instrumentos
de trabalho, documentos pessoais, bens (imóveis, carros), valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazes suas necessidades.
o VIOLÊNCIA MORAL: comportamento que configure calúnia, difamação, ofensas/injúria.
Indicadores de Violência contra Mulher
• Como profissionais de saúde devemos ficar atentes para sinas e sintomas relatados pelas mulheres,
ou Identificados nos atendimentos que você realiza, que podem estar relacionados a violência
domestica.
• É comum que elas não reconheçam o parceiro como agressor
• MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
o Agudas, como inflamações, contusões e hematomas;
o Crônicas, deixando sequelas para toda a vida, como as limitações no movimento motor,
traumatismos, instalação de deficiências físicas, etc.
• SINTOMAS PSICOLÓGICOS
o Insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, falta de apetite;
o Problemas mentais como depressão, ansiedade, síndrome de pânico, estresse pós-
traumático;
o Abuso de álcool e drogas, ou mesmo tentativas de suicídio
• SAUDE MENTAL
o Estresse, ansiedade, depressão, ideação suicida;
o Comportamentos autoprejudiciais: abuso de álcool e drogas;
o Problemas emocionais e comportamentais das crianças.
• SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
o Lesões repetidas ou mal explicadas, dor pélvica, dor durante o ato sexual e demais problemas
sexuais, dores crônicas: gastrointestinais, cefaleias;
• Faça com que a mulher em situação de violência não se sinta culpada da agressão que sofre;
• Ajudar a refletir, a ordenar as ideias e a tomar decisões;
• Alerte para os riscos e consequências que corre, mas aceitar a escolha da mulher;
• Valide o relato, não colocando em dúvida ne emitindo juízo de valor;
• Aborde o medo associado à revelação/denúncia;
• Esclareça o direito à confidencialidade, excetuando as situações de perigo iminente;
• Esclareça sobre o tipo de informação que pode ser fornecida às autoridades (boletim de
ocorrência/tipo de crime);
• Acione a rede intersetorial para evitar a revitimização, para avaliação aprofundada da situação
pelo/a(s) profissionais (is) responsáveis pela intervenção/acompanhamento (Saúde, Serviço Social
e Segurança)
Rede de atenção às mulheres em atuação de violência
Rede intersetorial
• Ligue 180;
• Casas de Acolhimento Provisório;
• Defensoria Pública;
• ONGs;
• Casas-abrigo;
• Delegacia de Polícia;
• IML;
• Casa da Mulher Brasileira
• CRAS - Centro de Referência de Assistência Social;
• CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social;
• DEAM - Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher;
• Entre outros.
A hipertensão na gravidez pode ser classificada de diversas formas. Para tanto, deve-se prestar atenção
à data de diagnóstico da condição: o ponto de corte é de 20 semanas - após esse período, é preciso
referenciar a paciente para serviços de urgência!
TRATAMENTO:
• As medicações de escolha são a metildopa (1ª escolha) e inibidores do canal de cálcio do tipo L
(nifedipina/anlodipino). É importante destacar que não se deve utilizar iECA ou BRA em gestantes
devido ao grande risco de malformação fetal!
• Resumo do tratamento:
• Hipertensão gestacional
o Diagnosticada após a 20ª semana
o Diagnóstico de pré-eclâmpsia
o Hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia em gestação prévia com ruim resultado obstétrico
e/ou perinatal
• Contudo, o mesmo processo também pode causar a diabetes melito gestacional (DMG), uma
condição definida como qualquer grau de intolerância à glicose, com início ou primeiro
reconhecimento durante a gestação, que não atinge critérios para DM
DIAGNÓSTICO: apenas um teste alterado já permite fechar o diagnóstico. Ele utiliza dois métodos, a
glicemia de jejum (antes de 24 semanas) e o TOTG (depois de 24 semanas).
➢ Glicemia de jejum: 92-125 mg/dL
➢ Pós-jejum 1ª hora: ≥ 180 mg/dL
➢ Pós-jejum 2ª hora: ≥153mg/dL
• O tempo que nos forneceria o maior número de diagnósticos corretos é no final da gestação.
Contudo, o período utilizado é entre as semanas 24-28, pois isso permite um tempo adequado para
intervenção sobre a doença!
• O diagnóstico de DMG independe da presença de fatores de risco. Contudo, quando estes estão
presentes, há maior chance de desenvolver a condição.
• As complicações decorrentes do DG são diversas, tanto para a mãe quanto para o bebê.
TRATAMENTO:
• Overt diabetes
o Diagnosticou diabetes melito durante a gestação e não sabia que tinha a doença
• Diabetes gestacional insulino dependente
o Critérios que não atingem os critérios de diabetes melito
• Diabetes melito tipo 1 ou 2
o Diagnosticado anteriormente à gestação