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Distúrbios Hidroeletrolíticos

Hiponatremia

• É o DHE mais comum em pcts Gravidade


hospitalizados
• Na < 135 mEq • Leve: 130 a 134
• Moderada: 121 a 129
• Grave: < 120

Fisiopatologia

• Desequilíbrio entre a proporção de Volemia


água e sódio; água >>> sódio
• Água e sódio têm regulação renal • Hipovolêmica
independente • Euvolemica
• Água – regulada pelo ADH • Hipervolemica
• Sódio – regulado pelo SRAA
• Hiponatremia – excesso de ADH
(apropriado ou não) – algumas Hiponatremia hipotônica
exceções (polidipsia)
• Estímulos patológicos de aumento • Pode classificar em relação ao
de ADH – estímulo não osmótico volume
hemodinâmico • Hipovolêmicos – desidratação
(diarreia, vômitos...); uso de
diuréticos; síndrome cerebral
perdedora de sal – perda
Duração
extrarrenal ou renal!
• Aguda (<48h) • Hipervolemicos – ICC; síndrome
• Crônica (>48h) nefrotica; hepatopatias crônicas;
IRA/DRC
• Euvolemicos – SIAD/SIADH; doenças
tireoidianas; medicações
Tonicidade (psicotrópicos e anticonvulsivantes)
e distúrbios psiquiátricos
• Hipotônica – é a mais comum
• Isotônica – pneudohiponatremia;
paraproteinemias (mieloma
múltiplo); hiperlipidemia SIAD
• Hipertônica – hiperglicemia; infusão
de solutos exógenos; infusão de • Causa importante de hiponatremia
imunoglobulina e irrigantes hipotônica euvolemica
cirúrgicos (RTU) • Sempre pensar em SIAD!
➔ Sódio é o principal íon na • Ácido úrico baixo (< 4); ureia baixa
osmolaridade efetiva (< 30); função tireoidiana e adrenal
➔ 2xNa + ureia/6 + glicose/18 --- VR normais; osmolaridade urinaria >
275 a 295 100 e FeNa > 1%
Quais as principais causas de SIAD? Tratamento

• Medicações • Hiponatremia crônica


• TCE Suspender medicações
• Qualquer afecção do sistema Restrição hídrica – restrição de
nervoso central (AVC, TVC) fluidos hipotônicos
• Neoplasias malignas (oat cell Hipovolemica – Repor salina
pulmão) isotônica (fludrocortisona)
Hipervolemica – tratar causa base;
diuréticos de alça, dialise
Normovolemica – tratar causa
Como diferencia a síndrome cerebral
base; demeclociclina, antagonistas
perdedora de sal da SIAD?
V2
• Hipovolemia // euvolemia Aumentar ingesta de solutos orais –
• Volume urinário elevado // volume incluindo reposição de NaCl
urinário baixo
• Resposta ao soro fisiológico // não • Hiponatremia aguda (sintomática)
responde ao soro Variar 8-10 mEq em 24h
< 18 mEq em 48h
Restrição hídrica
Diurética de alça
Achados clínicos Salina hipertônica
NaCl 3% 100 ml ate 3 vezes
• Maioria é assintomático
Deficit = ACT x [(Nadesejado/
• Velocidade da instalação e
Nareal) – 1]
gravidade da hiponatremia –
Salina 3% = 513
encefalopatia hiponatremica
Formula de Adrogue = Na infundido
osmolar
– Na sérico / água corporal total + 1
• Cefaleia, fadiga, náuseas, vômitos,
Lembrando que:
câimbras – EFEITOS DE EDEMA
Solução hipotônica Na = 77 mEq
CEREBRAL!
Solução isotônica Na = 144 mEq
• Obnubilação, convulsão, coma,
Solução hipertônica Na = 513 mEq
apneia, edema cerebral, herniação
cerebral
LEMBRAR:: ACT homem = 0,6 x peso
• Complicações neurológicas são
ACT mulher = 0,5 x peso
mais comuns nas mulheres na pré-
Cálculo da reposição pela fórmula
menopausa
de Androgue
• Quão mais crônico o paciente é,
Na infundido – Na sérico / água
mais oligossintomatico –
corporal total + 1
adaptação cerebral
Varia de acordo com sexo e idade

Diagnostico

• Anamnese – medicamentos,
ingesta e perda hídrica
• Exame físico – status volêmico
• Laboratório – eletrólitos, função
renal, osmolaridade, Na, função
tireoidiana e fc adrenal (se
necessário)
Síndrome da desmielinização osmótica

• Quanto mais baixo for o sódio da


entrada
• Quão mais rápido for corrigido
• Duração da hiponatremia > 24h
• Sintomas surgem 2 a 6 dias depois –
sintomas neurológicos: paraplegia,
tetraplegia; coma
• RNM exame de escolha
• Tratamento suportivo

Hipernatremia

Definição • Laboratório – somente se dúvida


após história + exame físico
• Na > 145 mEq/l Principalmente na investigação de
poliuria + polidipsia de causa
obscura
Fisiopatologia Osmolaridade da urina e do
plasma
• Na >>> agua Osmolaridade > 150 – poliuria
• Sempre há hiperosmolaridade hipertônica – diabetes melitus,
• Sempre hiperosmolar manitol, hiperalimentação
• SEDE!!! Osmolaridade < 100 – polidipsia
• HiperNa so ocorre se não houver primaria – pode ser psicogênica /
acesso a agua ou se não houver osm plasma > 295 – diabetes
sede insipidus

Classificação Manifestações clinicas

• Normovolemica – Na mantido; • Sinais e sintomas de encefalopatia


queda da água hiperosmolar
• Hipovolêmica – Na reduzido; queda • Fraqueza, irritabilidade, letargia,
maior ainda da agua espaticidade, hipertermia, delirium,
• Hipervolemica – Na muito convulsão, coma
aumentado; agua aumentada • Adaptaçao neuronal + rápida que
na hiponatremia

Diagnostico
Tratamento
• Anamnese
• Exame físico • Corrigir a causa
• Repor déficit de água • Déficit = ACT x [(Na pac/Na
• Repor perdas em andamento ou desejado) – 1]
antecipadas • Não esquecer de acrescentar
• Hipovolemia – reexpande a perdas estimadas
volemia SF 0,9%; hiperosm SF 0,45% • Formula de Adrogue = Na infundido
• Normovolemia – água potável VO – Na sérico / água corporal total + 1
e/ou SG5% IV Lembrando que:
• Hipervolemia – SG5% + diurético de Solução hipotônica SF 0,45% Na =
alça; IRC grave – hemodiálise 77 mEq
Solução isotônica SF 0,9% Na = 144
mEq
Solução hipertônica SF 3% Na = 513
Que quantidade deve ser reposta?
mEq

Hipocalemia

Definição Potássio URINARIO baixo

• K < 3,5 mEq/L • Perda urinaria


• Reservatório corporal de potássio Poliuria, diuréticos, alcalose
são as células musculares metabólica, anfotericina B
esqueléticas Potássio urinário alto
• Sempre pensar na aldosterona
• Hiperaldosteronismo – maior 2. Entrada de potássio nas células
reabsorção de sódio – hipocalemia • Reposição de insulina, estresse
e alcalose metabólica cirúrgico, bicarbonato de sódio
• Hipoaldosteronismo – menor • Tratamento de anemia
reabsorção de sódio – hipercalemia megaloblástica!!!!
e acidose metabólica
➔ Hiperosmolaridade promove a
saída de potássio das células –
hiperglicemia e hipernatremia Manifestações clínicas
aumenta a chance de
• Sinais e sintomas não cardíacos:
hipercalemia
fraqueza muscular, fadiga,
• Hipocalemia anda JUNTO com a
câimbra, íleo metabólico,
alcalose metabólica!!!! – exceções:
constipação
perdas digestivas do piloro p/
Pode desencadear encefalopatia
baixo; acidoses tubulares renais;
hepática em pacientes cirróticos
sepse; reposição de insulina na
• Nefropatia hipocalemica
cetoacidose diabética;
• Toxicidade cardíaca
insuficiência renal aguda por
• Alterações no ECG – aumento da
anfotericina B e leptospirose
onda U

Causas
Tratamento
1. Perda externa de potássio
• Via oral ou enteral
• Trato gastrointestinal
• Via intravenosa deve ser reservada
Vômitos, drenagem nasogástrica,
para casos de intolerância
diarreia, laxantes
gastrointestinal e na hipocalemia • Via oral – KCl xarope 6%; 15ml = 12
grave ( K+ < 3 mEq/L) mEq – dose usual de 10-20ml pos
• KCl nos frascos de dieta enteral refeições (3-4x dia)
• Reposição ideal 10-20 mEq/h • Via intravenosa – KCl 10% 13,1 mEq
• Soluções muito concentradas - > Calculo de reposição
flebite Kd – Kp x 70 = quantidade de déficit
K / divide por 13,1 = numero de
ampolas
• Lembrar: hipocalemia refrataria
Aspectos gerais do ttm
pode ser causada por
• 1 ampola de KCl = 13,1 mEq de hipomagnesemia
potassio

Hipercalemia

Definição • Alterações ECG – onda T apiculada


(mais precoce)
• K > 5,0 mEq / L QRS alargado, desaparecimento
da onda P (alterações mais graves)

Causas
Tratamento
• Retenção corporal de potássio
Insuficiência renal • ECG alterado – glucanato de
Hipoaldosteronismo cálcio – protege o coração sem
alterar os níveis séricos de potassio
• Saída de potássio das células • Glicose + insulina
Cetoacidose diabética, acidose • Bicarbonato de sódio (em caso de
metabólica, betabloqueador, acidose)
succinilcolina, rabdomiólise • Beta-2-agonista – salbutamol
• Para a perda de potássio –
diurético de alça (furosemida)
Sinais e sintomas • Hipercalemia refrataria – dialise de
urgência
• Fraqueza muscular, paralisia,
bradiarritmia, parada cardíaca (FV,
AESP, assistolia

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