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doença de base.
- Classificação:
DISTÚRBIOS - Leve: 130-135
HIDROELETROLÍTICOS - Moderada: 121-129
- Grave: 120 ou menos
- Quadro clínico: - Ingesta média de 100mEq por dia, cerca de 1-2 mEq por dia.
- Agitação, letargia e irritação espasmos musculares, Isso é o necessário para manter o fisiológico.
hiperreflexia, tremores e ataxia. - Maior parte sai na urina (92%) e fezes (8%).
- Fraqueza muscular e câimbras são comuns. Insuficiência renal leva a hiperK+ por anúria.
- Memória alterada, confusão e alucinações podem - Nas células musculares tem cerca de 3000mEq,
estar presentes. então uma rabdomiólise pode causar hiperK+.
- 200mEq em células hepáticas.
- 235mEq em hemácias.
- 65mEq no LEC.
HIPOCALEMIA
- Causas:
- Baixa oferta: por ex, dieta zero com paciente
hospitalizado.
- Aumento da captação celular de K: alcalose
metabólica, hipotermia, aumento de insulina (jogam do extra
para o intracelular).
- Perda por diálise. - Tratamento:
- Excreção aumentada: diarreia, vômitos (faz - Tratar a causa base: diarreia, vômito, baixa
alcalose por perda de H+), uso de sonda gástrica ou enteral, ingesta...
uso de furosemida, tiazídicos, diuréticos osmóticos, - Sempre tratar quando < 3,5 com reposição.
anfotericina B (causa clássica de insuf. renal com hiperK+ e - Via de escolha para reposição: oral se ECG bom e
hipoMg+2), aminoglicosídeos e corticosteroides, K+ > 3.
hiperglicemia, hiperCa+2, hipoMg+2, uropatia obstrutiva, - Xarope de KCL 6%: 15mL tem 12mEq de
estenose da artéria renal. K+. Fazer de 8 em 8h ou 12 em 12h.
- Dose: 10-20mL após refeições 3-4x ao dia.
- Sinais e sintomas - No hospital: ampola de KCL, misturar com suco.
- Neuromusculares: fraqueza muscular, parestesias.
- Renais: concentração prejudicada, poliúria. - Se K+ < 3 ou ECG alterado: IV
- TGI: náuseas, íleo adinâmico. - Concentração máxima em v. periférica: 40mEq por
- SNC: irritabilidade, letargia, coma. L (não mais que 16mL de KCl a 19,1% em cada L e soro). Causa
- Cardíacos: arritmias (bigeminismo, trigeminismo), flebite se passar.
onda U ao ECG. Geralmente K+ < 3, rodar o ECG nesse casos. - Concentração máxima em veia central: 60mEq por
L (não mais do que 24mL de KCL a 19,1% em cada L de soro).
- ECG: - Velocidade ideal para reposição: 5-10mEq por hora.
- 3,5 – 5: normal - Velocidade máxima: 20-30mEq por hora. Não pode
- 2,5 – 3,5: maior amplitude da onda U, depressão do repor muito rápido pois causa hiperK+ transitória.
ST - Para aumentar 1mEq, é preciso fornecer cerca de
- 1,5 – 2,5: onda T achatada 200mEq.
- < 1,5: prolongamento do QRS, onda U superposta à - 1g de KCl aumenta 13mEq de K.
T. - 1 ampola de KCl a 19,1% aumenta em 25mEq.
- 2 ampolas de KCl 10% ou 1 ampola de KCl 19,1% em
500mL de SF.
- Resumo: 1 ampola em 500mL de SF.
- Prevalente em populações específicas de pacientes, como - Indicações: avaliar distúrbios AB, avaliar distúrbios
DRC (40-50%), IC (50%), DM (15%) e HAS resistente (20%). respiratórios.
- Geralmente associadas com uso múltiplo de
medicações: IECAs por exemplo. - Parâmetros avaliados: tensão de O2 (pO2), tensão de CO2
- Lembrar da orientação dietética. (Pco2), acidez (pH), saturação de hemoglobina (satO2),
bicarbonato (HCO3).
- ECG: alterações a partir de 6.
- Onda T apiculada em T - Contraindicações relativas: falha no teste de Allen, infecção
- QRS alargada local, anatomia distorcida, doença vascular periférica severa,
- Alterações grosseiras do QRS, ST e onda T coagulopatia.
- Ritmo sinusoidal
- Sítios:
- Artéria femoral. Na enfermaria se faz em último
caso, por conta do risco de complicação.
- Artéria radial.
- Artéria braquial.
- Artéria axilar.
- Artéria pediosa.
- Alteração em BIC: distúrbio metabólico, com compensação - A fórmula mais simples de ver a resposta compensatória na
respiratória. acidose metabólica é:
- PCO2 esperada = HCO3 x 1,5 + 8 (+ ou – 2)
- Alteração em PCO2: distúrbio respiratório, com - PCO2 esperada = 16 x 1,5 + 8 = 32 🡪 30-34
compensação metabólica.
- Causas de AG aumentando:
- Acidose láctica
- Cetoacidose
- Insuf. de filtração renal
- Salicilato (AAS)
- Metanol
- Etilenoglicol
- Paraldeído
- GOLDMARK: glycols, oxoproline, lactate, d-lactate
(acidose intestinal), metanol, aspirin, renal failure (uremia),
ketoacidosis
CASO 04
- Acidose lática: causa mais comum de acidose metabólica
em pacientes hospitalizados. Lactato é produto final de
- Mesma paciente do 02 e 03. glicólise anaeróbia. Principal causa é déficit de oxigenação.
- 2 tipos: tipo A (hipoperfusão sistêmica) e tipo B
- Gaso: pH 7,20; BIC 10; PCO2 25; Lactato 3,4; BE –6,7 (ausência de hipoperfusão – toxinas, isquemia regional)
DISTÚRBIO TRIPLO
CASO CLÍNICO 05
ÂNION GAP
- Acidose tubular renal: não consegue expelir ácidos, retém os - BIC na acidose metabólicaé controverso pois só corrigir a
ácidos e consome HCO3. doença já melhora a acidose. Mas é feito em algumas
situações extremas de pH (<6,9). Acima disso só tratar a causa
- AG = cátions – ânions base.
- AG = Na – (Cl + BIC).
- VR: 8 a 12 - pH < 7,15 ou 7,10: tende a corrigir com bicarbonato.
- Geralmente repor 1-2mEq por kg em bolus, e checar gaso.
Deixar solução infundindo.
INJÚRIA RENAL
AGUDA
- Consiste em rápida deterioração da função renal com - 1-2% das admissões hospitalares têm IRA.
acúmulo de escórias nitrogenadas.
- Rápida = horas a dias - Ocorre em 5-10% dos pacientes internados
- Deterioração = piora de um patamar prévio
- Função = filtração glomerular - Ocorre em até 60% dos pacientes de UTI.
- Escórias nitrogenadas = dados laboratoriais
(azotemia é diferente de uremia, uremia é o quadro clínico e - IRA aguda não complicada – mortalidade < 10%.
que indica diálise; azotemia não indica diálise)
- IRA aguda complicada – mortalidade 50-70%.
- Necessário mais de um exame para determinar. - Alta gravidade.
- Pacientes dialíticos já pensamos em mortalidade,
- A definição é pelo KDIGO de 2012, que classifica a IRA em 3 pois são os que estão associados com IRA complicada.
estágios baseado na creatinina sérica ou pelo débito urinário.
Usar o que estiver pior. - Faixa etária que mais ocorre IRA são idosos, relacionada ao
- Estágio I: envelhecimento populacional.
- Aumento na Cr sérica > 0,3 ou aumento de
1,5 a 1,9 da CrS basal. - Aumento da incidência de comorbidades que afetam a
- < 0,5ml por kg por hora por mais de 6h. suscetibilidade à IRA: DM, HAS, IC, DRC, câncer e sepse.
Nesse caso pode ocorrer por sonda fechada ou coágulo.
- Estágio II: - Uso de definições mais sensíveis para o diagnóstico de IRA
- Aumento de 2 a 2,9x da CrS basal (levando à inclusão de IRA menos grave).
- < 0,5ml por kg por hora por mais de 12h.
- Estágio III: - Aumento do uso de nefrotoxinas, como novos agentes
- Aumento de 3 ou mais vezes da CrS basal, quimioterápicos e antimicrobianos.
ou CrS > 4, ou início de TSR
- < 0,3ml por kg por hora por mais de 24h - Aumento da frequência de procedimentos invasivos e
ou anuria por 12h. cirúrgicos.
IMPACTO DA IRA
- Uma IRA pode reverter ou evoluir para uma Doença Renal IRA INTRÍNSECA
Aguda (7 a 90 dias).
- Se passar de 90 dias, já é uma DRC. - Lesão no próprio parênquima renal.
- Uma IRA recorrente se torna uma DRA. - Glomérulo, túbulo, vasos, interstício
- Fatores de risco: gravidade e frequência de IRA, albuminuria, - Grande maioria dos casos: NTA
idade, sexo, DRC pré-existente, hipoalbuminemia, HAS, IC e - O túbulo é mais sensível à isquemia do que o
IAM, obesidade, DM. glomérulo.
- Recuperação em 2-4 semanas.
MECANISMOS DA IRA - Uma IRA isquêmica pode virar uma intrínseca: hipovolemia,
choque, sepse, pos-operatório.
- Pré-renal (60-70%): geralmente são tratadas mesmo sem
fazer exame, em casos de diarreia, vômitos, etc. - Rabdomiólise.
- Hipercalemia: tratar
- De assintomático até coma - Repor BIC em pacientes com pH < 7,3 e BIC < 20.
- Acidose metabólica com Cr alterada tem benefício
- HAS, edema pulmonar de repor BIC
- Disfunção plaquetária (não reduz plaquetas, mas ficam com - Terapia renal substitutiva:
a agregação prejudicada) - Não tem benefício a diálise precoce
- Não há recomendação para hemodiálise
- Neurológicas: encefalopatia (flapping) intermitente ou modalidades contínuas, devendo-se reservar
estes métodos para pacientes com instabilidade
- HiperK+ hemodinâmica grave, nos locais onde é disponível.
- Diálise por 24h.
- Diálise peritoneal pode fazer na IRA de forma
TRATAMENTO ambulatorial.
- Sítio: VJID 🡪 femoral 🡪 VJIE 🡪 subclávia
- Pré-renal: repor volemia (cristaloides)
- Obs: aumento desproporcional de ureia – - Cuidado com o soro: não usar para tratar IRA intrínseca,
desidratação. pois causa congestão. Ser conservador com o soro.
- Ideal: expandir bem na entrada e depois ser - Obs: o TEP distal não tem aquela clínica clássica de dispneia,
conservador. síncope e óbito. Paciente pode apresentar apenas uma tosse
com dor no peito, etc.
- Mitos:
- Desafio hídrico (infundir soro) não é indicado no - Fatores de risco:
paciente oligúrico - IMC > 40 aumenta em 2-3x o risco de TEP.
- Furosemida não promove aumento da função renal - Tabagismo: potencializa o risco de outras condições
- Furosemida não é contraindicada na LRA, mas (ex: mulher tabagista em uso de ACO aumenta em 9x o risco
podemos fazer para “secar” o paciente congesto. de TVP).
- Uso de contraceptivos orais e gravidez, geralmente
nos primeiros 6 meses de uso. Se muito tempo de uso,
procurar outras causas.
TROMBOEMBOLISMO - Imobilização prolongada
VENOSO (TVP E TEP) - Cirurgia recente, principalmente de joelho e
quadril, oncológicas, vasculares e neurológicas.
- Trauma: 60% dos pacientes com trauma grave
fazem TVP.
EPIDEMIOLOGIA - Câncer: o tumor pode secretar fatores de
coagulação. Catéteres venosos (lesão endotelial). Algumas
- TEP: quimioterapias. Compressão vascular pelo tumor. Paciente
- 3ª entidade clínica cardiovascular mais frequente. acamado.
- Mortalidade elevada, apesar da terapêutica eficaz. - Trombofilias: mutação do fator V de Leiden e do
- Diagnóstico difícil, por conta da clínica sutil e gene da protrombina, etc.
sintomas comuns a outras patologias. - “Síndrome da classe econômica”: paciente sentado
por muito tempo, com estase sanguínea e lesão venosa pela
- EUA: flexão de perna.
- 13,4 milhões de doentes hospitalizados por TEP. - Maior incidência em épocas frias.
- 5,8 milhões são pacientes cirúrgicos.
- 7,6 milhões são doentes com - Obs: pacientes que não podem fazer anticoagulação plena
comorbidades: IC, AVC, neoplasia. para profilaxia devem usar bota pneumática.
- 100.000 mortes por anos.
ETIOPATOGENIA
- BrasiL:
- > 67.000 óbitos entre 2010 e 2019.
- Dados de autópsias: prevalência de TEP varia de 3,9 - Tríade de Virchow:
a 16,6%. - Estase venosa: imobilidade, repouso, varizes.
- A incidência geral é maior em homens do que em - Lesão endotelial: trauma, lesão tecidual,
mulheres (56 contra 48 por 100.000). inflamação.
- Hipercoagulabilidade: trombofilias, neoplasias,
- De difícil diagnóstico: 2:3 das autópsias que tiveram TEP gravidez, TRH.
como causa mortis não tiveram diagnóstico de TEP in vivo.
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
- TEP moderado: pneumonia, DPOC, atelectasias, derrame
pleural, bronquiectasia, hiperventilação, bronquite aguda, dor
muscular, pleurite aguda, pericardite, asma aguda, CA - 1º passo: avaliar a probabilidade clínica pré-teste de o
pulmonar. paciente apresentar realmente TVP ou TEP (Wells, Genebra,
- Obs: pneumonia comunitária que não melhora no Wells modificado).
4º dia de tto, pensar em outros diagnósticos. - Wells para TEP e Wells para TVP.
DIAGNÓSTICO
- História clínica
- Sintomatologia de TEP: dispneia súbita, dor
pleurítica, dor retroesternal, tosse com ou sem expectoração, - 2º passo: avaliar qual exame pedir.
hemotipse. - D-Dímero: probabilidade baixa, para excluir.
- Sintomatologia de TVP (ausente em 50% dos - Angio-TC: probabilidade alta, para diagnosticar.
casos): dor, edema, calor, rubor em um dos MMII. Obs: o padrão ouro é a venografia, mas é pouco feita.
EXAMES COMPLEMENTARES
- Métodos não-radiológicos:
- D-dímeros (ELISA): muito sensível, mas pouco
específico. Se for alto, levar para exame de imagem. É o
produto da degradação da fibrina, então sua presença indica
apenas que está havendo algum fenômeno trombótico no
corpo.
- Gasometria arterial: não é específico, mas pode
haver hipóxia (PO2 baixa), PCO2 baixa e alcalose respiratória
aguda por conta da taquidispneia.
- BIomarcadores cardíacos: troponinas T e I; BNP, - Angio TC torácica helicoidal com contraste: exame
NT-proBNP. Geralmente alteram em TEPs proximais, mais de 1ª linha no diagnóstico TEP; boa resolução para pequenos
grave, por isso são associados a prognóstico. trombos; exclui outras patologias pulmonares; imagens do VD
- ECG: taquicardia sinusal (principal), alterações e VE (avaliação do prognóstico); possível diagnóstico de TVP
inespecíficas do segmento ST, sinal S1Q3T3 (10-15% dos (se a imagem continuar até os MMII); contraste iodado
pacientes, geralmente TEP maciço), inversão da T em (nefrotóxico)
derivações V1-V4, BRD. - Artéria pulmonar: Y invertido, ir seguindo
o vaso até achar falhas de enchimento.
- Ecocardiograma: pode diagnosticar a presença de - Suspeita de TEP com instabilidade hemodinâmica: eco
trombo nas cavidades cardíacas direitas em até 18% dos beira-leito
pacientes com TEP; As alterações fundamentais relativas ao - Disfunção de VD:
TEP agudo grave são dilatação e disfunção de VD; não - Não: investigar outras causas de choque
consegue excluir o diagnóstico de TEP; sobrecarga pressórica - Sim: angio-TC ou cintilografia pulmonar
pulmonar ocorre em 30-40% dos pacientes com TEP e indica imediatamente
pior prognóstico. Fazer se não tiver TC disponível. - Negativo: investigar outras causas
- Positivo: tratar com fibrinólise
química ou mecânica
- Não disponível: tratar como alto
risco.
- Trombo em câmaras direitas: tratar como alto risco
TRATAMENTO
- Objetivos:
- Dissolução do coágulo: trombólise ou
ALGORITMO DIAGNÓSTICO
embolectomia (alto risco ou instável).
- Embolectomia se não resolveu com a
- Suspeita de TVP: fazer Wells trombólise.
- Prevenção secundária da EP recorrente: - HNF e HBPM: sulfato de protamina
anticoagulação; filtro de VCI se o paciente não pode - Varfarina: crioprecipitado ou plasma fresco; fator
anticoagular. VIIa recombinante; pequena dose oral de vit. K
- Dabigatrana: idarucizumabe (ou complexo
- Anticoagulação: protrombínico)
- 1º parenteral: “ponte” para o anticoagulante oral - Antagonistas do fator Xa: andexanet alfa (ou
- Heparina não-fracionada (HNF) complexo protrombínico)
- HBPM
- Fondaparinux - Trombocitopenia induzida por heparina e osteopenia (HNF
- 2º oral: dá menos que HBPM)
- Antagonistas da vit. K: varfarina,
praticamente aposentado para o uso dos novos - Alopécia: varfarina
anticoagulantes.
- Novos anticoagulantes: não usar em SAAF
e FA. Rivaroxabana, apixabana. FILTROS DE VEIA CAVA INFERIOR
- Heparinas de baixo peso molecular: enoxaparina 1mg por - Geralmente pacientes com TVP ou TEP mas que não podem
kg 2x ao dia. anticoagular, como os com sangramentos ativos.
- Não necessária monitorização terapêutica ou ajuste
de dose, exceto obesidade grave e insuf. renal, por conta da - Recomendação:
dose máxima de 80-100. - Sangramento ativo
- Obs: para profilaxia, usar apenas 1x ao dia, - TEV recorrente apesar de anticoagulação intensiva
geralmente 40mg para adultos.
- Filtro pode falhar: passagem de coágulos pequenos.
- Varfarina:
- Antagonista da vitamina K
- Praticamente não se usa hoje em dia, mais
reservado para SAF.
- Efeito terapêutico só inicia em 5-7 dias, por isso é
preciso a ponte parenteral.
- Dosagem:
- 5mg – adultos de estatura média
- 7,5 ou 10mg – obesos ou alta estatura
- 2,5mg – deficiência de vit.K
- Monitorização com INR, manter de 2 a 3.
- Interações medicamentosas, alimentares e com
comorbidades.
- Novos anticoagulantes: rivaroxabana (xarelto), dabigatrana, - Trombos grandes podem embolizar para artérias
apixabana, edoxabana. pulmonares através de veias colaterais que se desenvolvem.
- Inibidores do fator Xa
- Varfarina: via intrínseca - Complicação mais comum: trombose da veia cava – edema
bilateral de MMII.
- Duração da tromboprofilaxia secundária: em geral de 3 a 6
meses, exceto se o paciente tiver algum fator de risco não - Paradoxalmente: filtros duplicam a taxa de TVP após 2 anos
modificável como trombofilias, câncer ativo, heterozigose de inserção.
para fator V de Leiden, mutação de gene da protrombina ou
hiper-homocisteinemia. - Terapêutica anticoagulante simultânea quando possível.
- Se dois episódios de TEV não provocada: longo
prazo.
- TEV associada a fatores de risco transitórios: 3 TROMBÓLISE
meses – 6 meses
- TEV não provocada: pelo menos 3 meses. - Reverte rapidamente a IC direita: diminui taxa de
mortalidade.
COMPLICAÇÕES DOS ANTICOAGULANTES
- Ações:
- Dissolve o êmbolo obstrutor
- Hemorragia:
- Impede a libertação de serotonina e outros fatores - Estado hiperglicêmico hiperosmolar:
neuro-hormonais que exacerbam a HAP - Costuma ser mais frequente em idosos com DM2,
- Dissolve trombos localizados nas veias pélvicas ou sendo menos frequente, mas com maior mortalidade por
profundas do MI: diminui possibilidade de EP recorrente. causa das múltiplas comorbidades que idosos geralmente
têm.
- Pacientes respondem até 14 dias após EP.
- Opções: rtPA – ativador do plasminogênio tecidual - Deficiência de insulina + aumento dos hormônios
- Tenecteplase, estreptoquinase. contrarreguladores.
- Deficiência é absoluta, diferente do EHH que tem
- Contraindicações: uma deficiência relativa.
- Absolutas: AVEh ou sangramento de origem - Hormônios contrarreguladores: cortisol,
desconhecida; AVEi há < 6 meses; lesão ou neoplasia de SNC; glicocorticoides.
grande trauma, cirurgia, trauma cerebral em < 3 semanas;
sangramento de TGI no último mês; sangramento conhecido 🡪 - No fígado, ocorre um aumento da gliconeogênese (aumento
mandar para embolectomia. da produção de glicose a partir de precursores) e da
- Relativas: AIT < 6 meses; terapia anticoagulante; glicogenólise (quebra do glicogênio para liberar glicose na
gestação ou 1 semana de puerpério; punção venosa não circulação).
compressível; RCP demorada; HAS refratária > 180mmHg;
doença hepática avançada; endocardite infecciosa. - No músculo esquelético, há uma queda na utilização de
glicose por conta do aumento da resistência à insulina.
EMBOLECTOMIA PULMONAR
- Os dois acima combinados instalam um quadro de
hiperglicemia.
- Indicada no TEP maciço com contraindicações para uso de
trombolítico ou que não responderam à trombólise e - A deficiência absoluta de insulina também leva a um quadro
permanecem instáveis a despeito do tratamento intensivo. de lipólise nos adipócitos, por conta da lipase hormônio
sensível, que quebra TAGs armazenados e libera glicerol e
- Pode ser realizada cirurgicamente ou por cateter. ácidos graxos livres.
- Em um quadro de insulinopenia, essa lipase
- Geralmente não se faz aberta. aumenta sua atividade, liberando mais glicerol e ácidos graxos
livres.
- O aumento do glicerol leva a um aumento da
gliconeogênese.
- Os ácidos graxos livres aumentam a cetogênese,
levando ao estado ácido (acidose metabólica com AG
elevado).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- EHH é menos frequente, contudo apresenta mortalidade - Dor torácica atípica: mulheres, diabéticos, DRC, quadro
mais elevada. demencial.
- Obs: CAD raramente causa febre, então um paciente com - No Brasil: 4 milhões de atendimentos anuais.
CAD e febre é permitido começar um ATB empírico.
- Segunda queixa mais comum nas salas de emergência.
DOR TORÁCICA
FISIOPATOLOGIA
- Sintoma subjetivo.
- Desequilíbrio entre a demanda tecidual e a oferta
- Desafio imediato para o atendente:
- História + exame físico define 88% dos casos. - Alteram demanda: FC, contratilidade, tensão parietal.
- A dor torácica anginosa tem um valor preditivo
positivo elevado para SCA. - Alteram o fluxo coronário (oferta): autorregulação local,
- Etiologia psicogênica é um diagnóstico de exclusão anemia, tempo de diástole, espasmo.
(2,5-9,5% nas salas de emergência). Afastar as outras causas
antes de definir.
FLUXOGRAMA DE ROTINA
- Objetivo da abordagem: afastar todas as causas que são
ameaçadoras à vida.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
IAMCSST
- Contraindicação do trombolítico
- 5 na cabeça: AVCh, AVCi < 3 meses, TCE importante
- ECO TT: útil para casos duvidosos. < 3 meses, tumor, MAV
- 1 no tórax: dissecção aguda de aorta
- Atentar-se a fatores prognósticos: - 1 no abdome: sangramento ativo.
- Idade avançada
- Killip II-IV - Critérios de reperfusão pós-trombólise: lembrar que todo
- Taquicardia paciente que fez trombolítico deve fazer CATE!
- Hipotensão - Melhora da dor torácica
- IAM de parede anterior - Arritmias de reperfusão: ritmo juncional
- IAM prévio - Melhora do supra
- Pico precoce do MNM
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
PACIENTES INTERNADOS
- Cada quesito dá 01 ponto. Pcts com escore 0 ou 1 são CONDIÇÕES DE RISCO ESPECÍFICAS
tratados ambulatorialmente, enquanto os maiores devem ser
internados. - Tratamento antipseudomonas deve ser instituído em pcts
com PAC na vigência de FRs (bronquiectasias, DPOC, uso de
ATBs, etc).
TRATAMENTO
- Terapia para pacientes com risco de Pseudomonas sp.
- É baseado na apresentação clínica inicial, que determinará - Ceftazidima, Cefepime, Imipenem, Meropenem,
o local de tratamento do pct: ambulatório, hospital ou UTI. Piperacilina/Tazobactam, Polimixina (se multi-resistente).
Comorbidades e outros FRs também influenciam. - Garantir cobertura para Legionella se PAC grave,
com macrolídeo ou floroquinolona.
- Deve durar pelo menos 14 dias.
PACIENTES AMBULATORIAIS
- Internação por PAC por Influenza:
- São tratados com ATB empírico, baseado no patógeno mais - Oseltamivir: abrevia os sintomas em até 48h.
provável.
- Pneumonia aspirativa:
- Clindamicina, Amoxicilina/Clavulanato ou
ANTIBIÓTICOS INDICADOS
Metronidazol (evitar como monoterapia).
- Devem ser cobertas anaeróbios da orofaringe. A
- Pcts previamente hígidos e sem condições de risco apresentação é geralmente mais lenta, e pode evoluir com
específicas:
um abscesso pulmonar tardio. Pode também se apresentar FALHA TERAPÊUTICA
como pneumonia necrotizante ou empiema secundária a
fístula broncopulmonar.
- Os aspectos clínicos são: - Ocorre em 6-15% dos internados por PAC, e este grupo
- Sintomas indolentes. apresenta maior mortalidade. Deve ser avaliada a etiologia da
- Condições predisponentes à aspiração. falha.
- Ausência de bacteremia.
- Cultura de escarro sem crescimento. - Na falha terapêutica, deve-se observar se está se tratando
- Escarro pútrido. de uma resposta inadequada do hospedeiro ou de uma
- Presença de doença periodontal. etiologia infecciosa incomum (TB, pneumocistose, Legionella).
- Evidência de necrose pulmonar na Deve-se fazer outra avaliação complementar robusta.
imagem.
PREVENÇÃO
- Corticosteroides: úteis em pcts com choque séptico e insuf.
adrenal. São mais úteis na PAC grave.
- A vacinação contra Influenza e pneumococo é a principal
forma de prevenção da PAC. Pessoas com > 50 anos e
TEMPO PARA INÍCIO DA ANTIBIOTICOTERAPIA contatos/profissões de alto risco devem receber a vacina da
Influenza anualmente.
- Devem ser administrados assim que estabelecido o
diagnóstico. - A vacina pneumocócica é recomendada para > 65 anos ou
aqueles com maior risco de infecção.
CONDUTA INICIAL
PREDIÇÃO DO AVC
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DO AVC AGUDO
- O escore ASPECTS (Alberta Stroke Program Early CT Score) é - Por fim, fazer a investigação etiológica: o motivo do AVCi ter
um escore que tem como objetivo simplificar e avaliar as ocorrido.
alterações isquêmicas precoces na TC. - Se for por uma FA, por exemplo, iniciar profilaxia
- O escore ASPECTS avalia 10 áreas em 2 cortes axiais com AAS + estatina.
na TC de crânio. Cada área corresponde a 1 ponto, assim, o
escore varia de 0 a 10, sendo 10 o escore “normal”.
- Para cada região sem alterações na TC de fase TERAPIA TROMBOLÍTICA
aguda, conta-se um ponto. Cada região que apresente
hipodensidade ou edema focal, perde-se um ponto. Ou seja, - É a terapia que “mudou” o tratamento do AVC, feita com
se 3 regiões na TC apresentaram hipodensidade, o ASPECTS ativadores do plasminogênio tecidual recombinante. O
será de 7 pontos. Se apenas 1 teve alteração, o ASPECTS será plasminogênio tecidual é uma proteína no sangue que,
de 9 pontos. quando ativada, se torna a plasmina, uma enzima capaz de
- Ou seja, quanto menor o ASPECTS, pior o degradar coágulos de fibrina (fibrinólise) presentes no
prognóstico pela TC. trombo.
- Lembrar que ele é mais sensível para a ACM. - A principal opção é o alteplase rt-PA, feito com
dose de 0,9mg/kg (máximo de 90mg). Faz primeiro 10% em
bolus e o restante em BIC por até 60min.
TRATAMENTO
- Aumenta em 30% a chance de nenhuma ou mínima
incapacidade. - É uma intervenção feita pela hemodinâmica em casos de
- É uma terapia com benefício tempo-dependente. O oclusão da carótida interna ou terço próximal da ACM.
número necessário para tratar (NNT) da trombólise é 3, isso
quer dizer que 1 em cada 3 pacientes retornará a função - A necessidade dela é avaliada através da escala de Rankin,
normal após trombólise se feita em até 90min. Se for até após que avalia a sintomatologia do paciente após a trombólise. No
4 horas, o NNT passa a ser 14. caso os Rankins > 2 ou NIHSS > 6 devem ser considerados
para a trombectomia.
- Indicações:
- AVCi (não fazer no AVCh).
- > 18 anos.
- Início dos sintomas < 4,5h.
- Ausência de sangramento em TC.
- Ausência de contraindicação.
- Contraindicações da trombólise:
- Uso de anticoagulantes orais.
- AVCi ou TCE grave nos últimos 3 meses.
- História de MAV (malformação arterio-venosa) ou
hemorragia cerebral.
- TC de crânio com hipodensidade > 1/3 do território
vascular, pois aumenta o risco de hemorragia.
- PA > 185x110 refratária ao tto.
- Melhora rápida e completa dos sintomas ou déficit - Indicações:
leve. Esse critério é chamado de relativo, pois o que é “déficit - Oclusão de carótida interna ou terço proximal de
leve” não é bem definido. Por exemplo, para um pianista um ACM.
leve déficit motor em uma mão pode ser um grande déficit, e - Rankin prévio < 2.
aí valeria a pena trombolisar. - Idade > 18 anos.
- No geral, um NIHSS baixo contraindica - NIHSS > 6.
trombólise. - ASPECTS > 6.
- Cirurgia de grande porte ou procedimento invasivo - Tempo de início dos sintomas < 6h.
nos últimos 14 dias.
- Hemorragia genitourinária ou de TGI nos últimos 21
dias.
- Punção lombar nos últimos 7 dias ou arterial em
local não compressível.
- INR > 1,7, plaquetas < 100.000, TTPA elevado.
- Embolo séptico, gravidez.
- Glicemia < 50.
- IAM < 3 meses.
- Suspeita de HSA e AVCh.
- Cuidados pós-trombólise:
- Seriar o NIHSS, para acompanhar se há piora do
déficit.
- Os outros cuidados são coisas relacionadas a evitar
sangramento: manter jejum, não usar antiagregante, não
passar sondas, etc.
TROMBECTOMIA MECÂNICA