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EXAMES LABORATORIAIS NO ESPORTE

Nesta aula serão apresentados os principais aspectos a serem levados em consideração


quando falamos de exames laboratoriais no esporte. Você aprenderá todos os fatores que
devem ser observados em exames laboratoriais específicos frente ao esporte de alto
rendimento e saberá, de uma forma prática, como identificar o funcionamento destes
fatores.

A INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA

Toda pessoa possui uma individualidade biológica específica e isso deve ser levado em
conta quando vamos analisar o paciente. Deve-se analisar o metabolismo (com o que essa
pessoa já teve contato?), o ambiente hormonal (se já teve contato, o que e o quanto?), a
condição física (há quanto tempo faz atividade física e qual a intensidade? Sintomas?) e
objetivo.

EXAMES BIOQUÍMICOS

Hemograma
Ferro, Ferritina, Transferrina
Colesterol total e frações
Triglicérides, Glicemia
PCR, Homocisteína
ACTH, Cortisol Basal
DHL, TGO, TGP, CK, Amilase, Lipase
Interleucina-18
Uréia, Creatinina, Ácido Úrico, Cistatina C
GGT, TGO e TGP
Bilirrubinas totais e frações
TSH, T4 e T3
Androstenediona, DHEA
Testosterona Total e Livre, DHT,SHBG
LH, FSH, Prolactina
Estradiol e Estrona
HGH,IGF1,IGFBP3
Vitamina D 25 –OH
PSA Livre, PSA TOTAL
Marcadores Tumorais
VDRL
Magnésio
Cálcio
Sódio
Trab- Anticorpo

HEMOGRAMA
O hemograma serve para auxiliar diagnóstico e acompanhar a evolução de doenças que
provocam alterações no sangue, como: Anemias; Distúrbios da medula óssea; Infecções
bacterianas, fúngicas ou virais; Inflamações; Câncer, especialmente leucemias ou
linfomas; Alterações nas plaquetas, como o seu aumento (plaquetose) ou diminuição
(plaquetopenia); Acompanhamento de situações que possam comprometer o
funcionamento da medula óssea, como durante a quimioterapia, por exemplo.

Existe um problema que é esquecido: normalmente, os atletas que são usuários de


hormônios estão muito preocupados com o fígado e rim e negligenciam outras coisas.
Uma delas é o problema que pode ser identificável no hemograma que é o
“engrossamento” do sangue (hematócrito e hemácias muito altos), que pode desencadear
problemas de insuficiência cardíaca, trombose etc. Nestes caso, pode-se fazer uma doação
de sangue, se não houver nenhuma doença, ou fazer sangria.

Além disso, o hemograma é útil para acompanhar doenças crônicas que podem cursar
com anemia, como insuficiência renal, artrite reumatoide, insuficiência cardíaca ou
doenças pulmonares, por exemplo.

FERRO, FERRITINA E TRANSFERRINA

A Transferrina é uma glicoproteína sintetizada principalmente no fígado e é a principal


proteína plasmática transportadora de ferro.

A Ferritina é uma glicoproteína de alto peso molecular, que armazena 20% a 25%
do ferro do organismo.

* Sua concentração sérica correlaciona-se com os estoques de ferro total do organismo.


O excesso de ferro no organismo pode causar esteatose hepática.
INTOLERÂNCIA À GLÚTEN E LACTOSE

IGG e IGM são adequados para identificar intolerância ao glúten e lactose. Identifica-se
a intolerância e retira-se o alimento inflamatório para aquela pessoa

COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES, TRIGLICÉRIDES

O Colesterol é um tipo de gordura presente na estrutura das membranas celulares,


fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo. Triglicerídes são as
principais gorduras do nosso organismo e reserva de energia no nosso corpo.

O nosso organismo produz no fígado, cerca de 70% de todo colesterol. O que comemos
é responsável pelos outros 30%. 70% do colesterol produzido pelo nosso corpo é usado
para originar alguns hormônios, como: Vitamina D; Cortisol; Estrógeno; Testosterona;
Ácidos biliares (possuem um papel importante na digestão das gorduras).

3 tipos de colesterol:

LDL (ruim) – baixa densidade

HDL (bom) – Alta densidade

VLDL – muito baixa densidade (transporta triglicérides pela corrente sanguínea)

O Colesterol Total é a soma das várias frações de colesterol, ou seja, a união do colesterol
LDL, HDL e VLDL. O exame de colesterol total, também chamado de painel ou perfil
lipídico, mostra os níveis de colesterol e triglicérides na corrente sanguínea.

GLICEMIA E HEMOGLOBINA GLICADA

Os exames de glicemia e hemoglobina glicada medem a quantidade de glicose no sangue.


E eles podem se gabar por serem os mais utilizados no diagnóstico e acompanhamento
do diabetes.

Para que servem:

O teste de glicemia detecta a hipo e a hiperglicemia, ou seja, quando há pouco ou muito


açúcar em circulação. O segundo quadro denuncia o diabetes mesmo quando não há
sintomas da doença.
Já a hemoglobina glicada também dosa a glicose, mas por meio da análise de uma porção
do sangue que se liga a ela: a tal hemoglobina. Assim, consegue determinar o consumo
médio de açúcar dos últimos 9 0 dias, que é o tempo de vida da molécula.

INSULINA

A síndrome de resistência à insulina acontece quando este hormônio tem menor


capacidade para colocar a glicose do sangue para dentro das células, sendo causada pela
combinação de influências hereditárias com outras doenças e hábitos de vida da pessoa,
como obesidade, sedentarismo e aumento do colesterol, por exemplo.

A resistência à insulina pode ser detectada pelo exame de sangue, onde se observa o
aumento dos níveis de glicose sanguínea, principalmente após as refeições ou em jejum.

* Uma boa alimentação costuma deixar os níveis de insulina bem controlados.

PCR

A Proteína C Reativa , também conhecida como PCR, é uma proteína produzida pelo
fígado, cuja concentração sanguínea se eleva radicalmente quando há indicativo de
processos inflamatórios ou infecciosos.

O nível da proteína é medido através de um exame de sangue comum, com o objetivo de


avaliar a possibilidade de uma infecção, inflamação, risco de doenças cardiovasculares,
neoplasias, doenças reumáticas, traumatismos e outras condições sérias.

Embora o exame não indique onde há uma inflamação ou infecção, o aumento nos seus
valores são preocupantes e precisam ser investigados.

HOMOCISTEÍNA

A Homocisteína é um aminoácido presente no plasma do sangue que está relacionado


com o surgimento de doenças cardiovasculares como AVC, doença coronariana ou infarto
cardíaco, por exemplo, já que seus níveis elevados podem causar alterações nos vasos
sanguíneos.

Para redução da homocisteína é necessário adequar o aporte de vitaminas como ácido


fólico, B 12, vitamina B 6 às necessidades diárias e quando não for possível obter através
da alimentação, deve-se fazer complementação por via oral ou intramuscular. Atividade
física também ajuda a reduzir os níveis de homocisteína.
*Lembrar que o uso da Biotina altera.

ACTH

O exame de ACTH mede as quantidades de hormônio adrenocorticotrófico no sangue. É


usado para verificar se problemas com a glândula pituitária e glândulas suprarrenais.

O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é responsável por estimular a produção de


cortisol. Por sua vez, o cortisol é um hormônio esteroide importante para a regulação de
glucose, proteínas e do metabolismo de lipídeos. Ele também atua na supressão da
resposta do sistema imunitário e ajuda a manter a pressão sanguínea.

CORTISIOL BASAL

O Cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas


acima dos rins. A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir
inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de
açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial.

*Lembre-se que o cortisol também é um hormônio do controle – e ele pode estar alto para
equilibrar seu organismo no geral.

HEPATOGRAMA (FÍGADO)

O Hepatograma consiste no doseamento das seguintes substâncias:

-AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase), antigamente


chamada de TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e TGP (transaminase glutâmica
pirúvica), respectivamente;
-Fosfatase alcalina
-GGT ou Gama GT (Gama glutamil transpeptidase)
-Bilirrubinas (direta, indireta e total)
-TAP (tempo de protrombina ativada) ou TP (tempo de protrombina) e INR
-Albumina
-5′ nucleotidase (5’NTD)
-LDH (lactato desidrogenase)
TRANSAMINASES (ALT E AST) OU (TGP E TGO)

As transaminases ou aminotransferases são enzimas presentes dentro das células do nosso


organismo, sendo responsáveis pela metabolização de algumas proteínas. As duas
principais aminotransferases são a TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e TGP
(transaminase glutâmica pirúvica).

Estas enzimas estão presentes em várias células do nosso corpo e apresentam-se em


grande quantidade no hepatócitos (células do fígado). O fígado é uma espécie de estação
de tratamento, sendo o órgão responsável pela metabolização de todas as substâncias
presentes no sangue.Toda vez que uma célula que contenha TGP ou TGP sofre uma lesão,
essas enzimas "vazam" para o sangue, aumentando a sua concentração sanguínea.

Portanto, é fácil entender por que doenças do fígado, que causam lesão dos hepatócitos,
cursam com níveis sanguíneos elevados de TGO e TGP.

*Os valores normais variam de laboratório para laboratório, ficando, porém, o limite
superior sempre ao redor de 40 e 50 U/L.Valores até 3x maiores que o limite são
inespecíficos e podem significar lesão de outros órgãos que não o fígado. Lesões
musculares e hipotireoidismo são causas de pequenas elevações.

FOSFATASE ALCALINA (FA) E GAMA GT (GGT)

Enquanto as transaminases são usadas para se avaliar lesões das células do fígado, a
fosfatase alcalina e a Gama GT são enzimas que se elevam quando há lesão das vias
biliares.O fígado produz a bile, que é drenada pelas vias biliares. A árvore biliar nasce
dentro do fígado e sua ramificações terminam se juntando, formando um ducto biliar
comum, já fora do fígado, via biliar GGT e a fosfatase alcalina são enzimas presentes nas
células das vias biliares, e analogamente ao TGO e TGP, a lesão dessas células causa a
elevação de suas enzimas no sangue. Porém, a GGT e a FA não são tão específicas para
as vias biliares quanto a TGO e, principalmente, a TGP são para o fígado. A fosfatase
alcalina pode ser encontrada em grande quantidade em vários outros órgãos,
principalmente nos ossos, placenta e intestinos. A Gama GT também encontra-se no
coração, no pâncreas e no próprio fígado.

Em geral, o que sugere lesões das vias biliares é a elevação concomitante de ambas
enzimas. As principais patologias que cursam com elevação conjunta de GGT e fosfatase
alcalina são:
–Obstruçãodas vias biliares.
– Cirrose biliar primária.
– Colangite (infecção das vias biliares).
– Câncer das vias biliares.
– Uso de alguns medicamentos (esteróides, corticoides, barbitúricos e fenitoína)

BILIRRUBINAS

As bilirrubinas são restos da destruição das hemácias velhas e defeituosas pelo baço. A
bilirrubina produzida no baço é transportada pelo sangue até o fígado, onde é processada
e eliminada na bile. A bile é jogada no intestino, participa da digestão, e posteriormente
é eliminada nas fezes (daí a cor marrom das fezes). A bilirrubina do baço é chamada de
bilirrubina indireta, enquanto que a transformada no fígado é a bilirrubina direta. Nas
análises de sangue conseguimos dosar os dois tipos de bilirrubina. De acordo com o tipo
que se apresenta aumentado, podemos ter ideia da sua causa.

Em casos de hepatite aguda pode ocorrer edema das vias biliares intra-hepáticas e
dificuldade das células do fígado em excretar a bilirrubina direta.A bilirrubina total é a
soma da direta com a indireta. Toda vez que seu valor sanguíneo for maior que 2 mg/dL,
o paciente costuma apresentar-se com icterícia, a manifestação clínica da deposição de
bilirrubina na pele. Quando a icterícia ocorre por aumento da bilirrubina direta, isso
significa que a mesma não consegue chegar aos intestinos. É comum que as fezes fiquem
bem claras, quase brancas, pela falta de excreção do seu pigmento.

CK OU CPK (CREATINOFOSFOQUINASE)

De forma técnica, a creatinoquinase (CK) ou creatinofosfoquinase (CPK) é uma enzima


(proteína) que está presente em diversos tipos de células e tecidos musculares. Sua função
é aumentar a velocidade de uma reação química entre o fosfato liberado pela molécula de
ATP (Adenosina Trifosfato) e a creatina, transformando esses dois em fosfocreatina (PCr)
para manter os níveis de intensidade energética.

Levado em conta que essa enzima está diretamente ligada às atividades de alto
rendimento, quando uma pessoa se queixa de alguma dor no peito, por exemplo, os
médicos solicitam o exame de CK total e outros, para averiguar se há a possibilidade de
AVC ou outra doença.
Faz-se necessário o exame para ter um prognóstico das condições de saúde dos pacientes,
até mesmo para avaliar se é preciso modificar os hábitos alimentares ou no caso de
esportistas, a intensidade da prática de exercícios. Evidente que os exames não devem ser
interpretados isoladamente, pois é fundamental que se correlacione o quadro clínico com
os sintomas apresentados pela pessoa.

AMILASE E LIPASE

A amilase e a lipase séricas são largamente utilizadas como marcadores de


inflamação pancreática, contudo a sua elevação nem sempre prediz a presença de
doença pancreática.

Podem estar elevadas em algumas situações que mimetizam a pancreatite aguda,


nomeadamente outras doenças intra-abdomiais como doenças do trato biliar, processos
de oclusão ou isquemia intestinal, apendicite aguda, entre outros.

Os resultados desses testes normalmente são utilizados para diagnosticar e monitorar


doenças específicas, entre elas:

- Pancreatite aguda, Pancreatite crônica, Doença celíaca, Doença de Crohn, Fibrose


cística, Câncer no pâncreas.

No caso de pancreatite, o tratamento deve resultar na redução dos níveis de lipase. Esse
exame também permite que o médico monitore a eficácia e os resultados do tratamento.
Embora o teste de lipase possa ser utilizado para monitorar algumas doenças, também
serve para fazer o diagnóstico.

- Dor abdominal intensa ou dor nas costas, Febre, Perda de apetite, Náuseas

URÉIA, CREATININA, INTERLEUCINA-18 (FUNÇÃO RENAL)

UREIA

A ureia constitui o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas


pelo organismo, sendo que 90% deste analito é excretado pelos rins e o restante eliminado
pelo trato gastrintestinal e pela pele. Apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo,
não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a ureia é um preditor fraco da filtração
glomerular, pois 40%-70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva
tubular, que é dependente do fluxo urinário.
CREATININA

A creatinina é um produto residual da creatina e da fosfocreatina oriunda do metabolismo


muscular e da ingestão de carne. Aproximadamente 98% da creatina é mantida no
músculo e 1,6% a 1,7% desta é convertida em creatinina por dia, que é rapidamente
excretada pelo rim. Dessa forma, a produção e liberação de creatinina pelo músculo são
praticamente constantes. A geração é diretamente proporcional à massa muscular, que
varia de acordo com a idade, sexo e etnia e é afetada por condições que causam perda
muscular. O consumo de carne pode elevar o nível de creatinina porque a carne contém
creatina, que pode ser convertida em creatinina pelo cozimento.

A creatinina é livremente filtrada pelo glomérulo e não é reabsorvida nem metabolizada


pelo rim. A quantidade secretada não é constante e depende do indivíduo, da concentração
sérica de creatinina e pode ser afetada por medicamentos como a cimetidina e o
trimetoprim, dificultando sobremaneira a determinação de uma constante de secreção

INTERLEUCINA-18

A interleucina-18 (IL-18) é uma citocina mediadora da inflamação, liberada no túbulo


proximal, sendo utilizada como marcador precoce de lesão renal aguda. Os níveis de IL-
18 elevaram-se após seis horas em pacientes que fizeram cirurgia cardiopulmonar/by-
pass e desenvolveram IRA.(57) A IL-18 mostrou-se um bom marcador da gravidade da
dis-função renal em pacientes com síndrome nefrótica.(58)

PROLACTINA

A prolactina é um hormônio secretado pela adenoipófise e tem como principal função


estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias e o aumento das mamas.

A hiperprolactinemia é uma anomalia causada pela produção elevada de prolactina,


conhecida também como hormônio do leite.

Vários fatores podem levar uma pessoa a apresentar disfunção na produção de prolactina.
Entre as causas mais comuns estão:

- Hipotireoidismo primário (causado por um problema na tireoide que impede a secreção


dos hormônios desta glândula); Síndrome dos ovários policísticos; Gravidez e período de
lactação; Insuficiência renal; Traumas ou lesões na região torácica; Estímulo dos
mamilos; Estresse psicológico; Efeito colateral ao uso de alguns medicamentos.
Os principais sinais e sintomas em pacientes com hiperprolactinemia são:

- Falta de libido; Infertilidade; Menstruação irregular (oligomenorréia); Ausência da


menstruação (amenorreia); Produção de leite sem gestação (galactorreia); Disfunção
erétil; Osteoporose; Tumor da hipófise.

FSH, LH, TESTOSTERONA, ESTRADIOL, SHBG, DHT (EIXO)


O FSH e LH são hormônios produzidos e secretados pela Hipófise anterior (Adeno -
Hipófise), que é responsável pela regulação da atividade de outras glândulas.

O Hormônio Folículo - Estimulante (FSH) - No homem: proliferação de epitélio


germinativo e espermatogênese. Na mulher: Estimula o crescimento e desenvolvimento
dos folículos ovarianos.

O Hormônio Luteinizante (LH) - Regula a produção de hormônios sexuais; No homem:


estimula a produção de testosterona e Na mulher: Mantêm o corpo Lúteo em atividade.
A testosterona é o hormônio do sexo masculino. Os efeitos do hormônio são exercidos
em duas maneiras principais:
- A testosterona pode ativar o receptor próprio do andrógeno ou após a conversão de 5α-
dihydrotestosterone (DHT) pela enzima 5α-reductase.
- A testosterona pode igualmente ser convertida no estradiol, hormônio do sexo (pela
enzima aromatase), o mais importante hormônios estrogenicos na saúde reprodutiva, e
dos ossos nas fêmeas.

ESTRADIOL
E qual a importância da enzima aromatase? Porque esta é a responsável por transformar
a testosterona em estradiol, que é o estrogênio. Portanto, Os níveis de testosterona não
devem ser medidos em uma conta isolada. É preciso considerar os níveis de estradiol.

A conversão de testosterona em estradiol, em certo nível, é até normal. No entanto,


quando os níveis de estradiol superam muito os níveis de testosterona, é preciso buscar
uma explicação.
A maior parte do estrogênio em seu corpo consiste em estradiol e ele é produzido nos
ovários. No entanto, os estrogênios também são produzidos em outras áreas do corpo,
incluindo tecidos adiposos, ossos, pele, fígado e glândulas supra-renais. À medida que as
pessoas entram na menopausa ou andropausa, essas outras fontes aumentam a síntese de
estrogênio e se tornam mais influentes no organismo.

SHBG

O SHBG é produzido no fígado e tem grande afinidade pela testosterona e menor


afinidade pelos estrógenos.

A Testosterona não ligada (livre) tem atividade biológica, a ligada ao SHBG é inativa. O
SHBG age como um modulador da secreção androgênica nos tecidos. Verificou-se
recentemente que não eram só os esteróides e T4 que regulavam SHBG.

a) Hiperandrogenismo Ovariano (Ovários Policísticos)

Marcador de Hiperinsulinemia (resistência insulínica) demonstrada na "Síndrome dos


ovários policísticos" (PCO). O aumento da insulina provoca queda do SHBG levando ao
aumento da testosterona livre, provocando com isso hiperandrogenismo.

A regulação do SHBG pela insulina está estabelecida; vida de que há uma relação inversa
entre nível de insulina e nível de SHBG. Da mesma forma há relação inversa entre SHBG
e testosterona.

Em qualquer forma de resistência à insulina, inclusive no hiperandrogenismo com ovários


policísticos, há uma clara queda do SHBG proporcional ao grau de resistência à insulina.

DHEA

A desidroepiandrosterona ou DHEA é um hormônio esteróide produzido a partir do


colesterol pelas glândulas adrenais (ou suprarrenais), gônadas, tecido adiposo, cérebro e
pele.

A DHEA é o precursor da androstenediona - este, por sua vez precursor da testosterona e


dos estrógenos estrona e estradiol, aos quais a DHEA é quimicamente similar. Ao ser
metabolizada é convertida em hormônio masculino ou hormônio feminino dependendo
do sexo da pessoa, idade e outros fatores individuais.

A DHEA é o hormônio precursor quase direto da testosterona e do estradiol, mas ela


própria possui fraca ação androgênica

HGH, IGF-1, IGFBP-3

O GH é um hormônio de crescimento e está presente em todas as pessoas. Ele é


produzido pela glândula hipófise, e é muito importante para o crescimento desde os
primeiros anos de vida.

Existem 6 tipos de IGFBP descritos até hoje:

- As proteínas ligadoras apresentam várias funções sendo as mais importantes aumentar


a meia vida da proteína e potencializar a sua ação.

- O IGFBP-3 é a mais importante proteína ligadora, fazendo complexos com 90% do IGF-
I e IGF-II circulantes.

- O IGFBP-3 é regulado pelo hormônio de crescimento e está muito relacionado com a


atividade do receptor de GH (Leung et al., 1987).

Aplicação Clínica

Os níveis de IGFBP-3 estão diminuídos 50 a 80 % no déficit de GH e normais nas crianças


com baixa estatura sem déficit de GH (Leroith et al., 1992).

O IGFBP-3 é um importante coadjuvante no diagnóstico diferencial dos déficits de


crescimento (Smith et al., 1993).

Importante: Como o IGF-I, o IGFBP-3 está alterado nas desnutrições, cirrose e diabetes
mellitus, podendo resultar em valores baixos

TSH, T3 e T4

A glândula tireoide está localizada no pescoço, logo abaixo de sua laringe (cordas vocais).
Ela produz dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o seu
metabolismo, que é a maneira como o seu corpo usa e armazena energia.
A função da tireoide é controlada pela glândula hipófise, localizada em seu cérebro. A
hipófise produz o hormônio estimulador da tireoide (TSH), que induz a tiróide a produzir
T3 e T4.

ANTI-TPO / TRAB- ANTICORPO / ANTI-TIREOGLOBULINA


As principais doenças da glândula tireoide, como a tireoidite de Hashimoto e a doença de
Graves, têm uma origem autoimune, ou seja, são provocadas pelo surgimento de
anticorpos contra a própria tireoide.

Atualmente, conseguimos identificar através de exames de sangue a presença de pelo


menos três anticorpos anti-tireoidianos: Anti-TPO, TRAb e Anti-tireoglobulina, que nos
auxiliam no diagnóstico da tireoidite de Hashimoto e na doença de Graves.

VITAMINA D 25-OH

A vitamina D é muito importante para o corpo humano. Além de suas funções mais
conhecidas relacionadas à saúde dos ossos, é responsável também por outras atividades,
trabalhando como reguladora do crescimento, sistema imunológico, cardiovascular,
músculos, metabolismo e insulina.

Como funciona a vitaminas no organismo?

A substância, na verdade, é um hormônio produzido pelo próprio corpo humano. Mas,


quando descoberta, acreditava-se que ela só poderia ser adquirida por meio de alimentos.
Foi na década de 70 que os cientistas descobriram que a vitamina era um hormônio e não
uma vitamina, mas sua nomenclatura já estava consolidada e assim permaneceu.

PSA

PSA é uma proteína que é produzida pelo tecido prostático. Se o homem tem tecido
prostático, tanto benigno como maligno, ela será detectada no exame de sangue. Como a
próstata, nos humanos, aumenta de forma benigna com o passar dos anos, o PSA também
costuma aumentar. Da mesma forma, o PSA aumenta com o evoluir do câncer de próstata.
Assim, se o PSA estiver aumentando, o urologista pode definir se a alteração do PSA é
por uma causa benigna ou maligna.

O nível do PSA tem que ser considerado em função de vários fatores como o tamanho da
próstata, idade e presença de nódulos ou inflamação na glândula.
CEA (MARCADORES TUMORAIS)

A especificidade e a sensibilidade desses exames, porém, limitam o seu emprego no


rastreamento primário do câncer.

Os marcadores bioquímicos tumorais são utilizados para a detecção precoce de recidivas


da doença e para o acompanhamento de tumores. Idealmente, o marcador deve ser
específico para um tipo de neoplasia e sensível para detectar um pequeno número de
células neoplásicas. No entanto, nenhum dos que atualmente estão disponíveis preenchem
esses critérios, o que limita seu poder diagnóstico na doença primária.

SÓDIO, POTÁSSIO, MAGNÉSIO E CÁLCIO

Você pode pedir até um mineralograma completo, mas com esses eletrólitos você já
consegue ter uma boa base se o organismo está equilibrado.

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