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M2 IPF- MATILDE RIBEIRO

Colesterol E
Triglicerídeos
M2 IPF- MATILDE RIBEIRO

Colesterol
índice
Definição de Colesterol
Tipos de Colesterol
Doenças associadas
Vigilância a ter com o colesterol
Controlo a ter com o colesterol
Definição de Colesterol
O colesterol é uma gordura fundamental para o funcionamento do organismo mas que na
grande parte das vezes acaba por ser vista como prejudicial e um risco para a saúde
cardiovascular.
Esta gordura pode ter uma origem endógena, ou seja, é produzida pelo nosso organismo e,
corresponde a cerca de 75% do colesterol ou exógena, ou seja, proveniente da
alimentação, essencialmente dos alimentos de origem animal e que corresponde a cerca
de 25%.
Tipos de
Colesterol
No sangue, o colesterol não circula dissolvido – é transportado por proteínas, formando lipoproteínas, ou seja,
compostos formados por proteínas e lípidos.
Os 2 tipos de lipoproteínas que transportam o colesterol são:
As lipoproteínas de baixa densidade (ou LDL);
As lipoproteínas de alta densidade (ou HDL).
As LDL e HDL são classificadas em função da proporção de proteína e de gordura que contêm:
LDL - cerca de 50% do seu peso é colesterol e 25% é proteína;
HDL - cerca de 20% do seu peso é colesterol e 50% é proteína.
LDL: COLESTEROL “MAU”
O colesterol das LDL é habitualmente designado como colesterol "mau", porque o
aumento dos seus níveis no sangue está mais relacionado com um aumento do risco
de desenvolver doenças cardiovasculares.
Isto acontece porque transportando o colesterol para as células, as LDL contribuem
para a formação de depósitos de gordura nas paredes e no interior das artérias.

HDL: COLESTEROL "BOM"


Por seu lado, o colesterol da HDL é habitualmente designado colesterol
"bom", porque o aumento dos seus níveis no sangue não está relacionado
com um aumento do risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
As HDL ajudam a remover o colesterol das artérias para o fígado, onde é
degradado e posteriormente eliminado.

COLESTEROL TOTAL
O colesterol total é a soma do colesterol das LDL, do colesterol das HDL e de um quinto do nível de triglicéridos no sangue.
O colesterol total no sangue deve ser inferior 190 mg/dL.
Doenças associadas
Como se referiu, o colesterol elevado é uma das
principais causas de doença coronária, enfarte do
miocárdio e AVC. Esse risco será ainda maior na
presença de hipertensão arterial ou diabetes. Por
outro lado, existem diversos fatores que podem
aumentar o risco, tais como uma dieta pouco
saudável, o tabaco e a hereditariedade.
Vigilância
Embora o colesterol esteja associado a doenças graves, a sua presença por si só não provoca quaisquer sintomas, o
que significa que a única forma possível de se detetarem níveis elevados de colesterol é realizando análises ao
sangue. Nessas análises, podem ser quantificados os níveis de LDL, HDL, colesterol total e triglicéridos.

Como regra, a análise ao colesterol deve ser realizada nos seguintes casos:

Presença de doença coronária +40


Doença das artérias periféricas
AVC
Idade superior a 40 anos
História familiar de doença cardiovascular
Excesso de peso
Hipertensão arterial ou diabetes ou outras doenças que aumentem os níveis de colesterol
controlo O ponto de partida para a intervenção no colesterol envolve o
aconselhamento relativo à modificação da dieta, prática de exercício
físico, cessação tabágica e alteração de outros aspetos do estilo de
vida que aumentam o risco de doença arterial.
Alimentação
Na típica dieta ocidental, 35% das calorias provêm da gordura, com um fornecimento de cerca de 400 a 500 mg de colesterol por dia. Os doentes
com colesterol elevado devem ser aconselhados a ingerir uma dieta com baixo conteúdo em colesterol e gorduras saturadas.
As dietas pobres em gordura e com alto conteúdo em fibras solúveis (presentes na cevada, aveia e em frutos e vegetais ricos em pectina) podem
ajudar a reduzir as gorduras.
O consumo de margarinas ricas em estanol vegetal também contribui para a redução do LDL em cerca de 5 a 10%.

Medicação
O uso de medicamentos pode ser importante no controlo do colesterol, ajudando a prevenir o desenvolvimento da doença arterial e a estabilizar
lesões precoces das artérias. Por outro lado, as lesões obstrutivas podem sofrer reversão clínica após o tratamento agressivo com estes
medicamentos. Esta reversão demora entre 6 meses a 2 anos, o que significa que o tratamento com estes medicamentos só será eficaz se for
mantido durante longos períodos de tempo.
M2 IPF- MATILDE RIBEIRO

Triglicerídeos
índice
Definição de Triglicerídeos
Em que alimentos podemos encontrar Triglicerídeos
O que é uma análise dos triglicerídeos?
Porque se faz a análise dos triglicerídeos?
Como é feita uma análise dos triglicerídeos?
Resultados, valores de referência dos triglicerídeos
Riscos dos triglicerídeos elevados
O que pode afetar os níveis dos triglicerídeos?
Como baixar os níveis dos triglicerídeos
Definição de
Triglicerídeos
Os triglicerídeos são um tipo de gordura ou lípido ingerido nas refeições e que se acumula nas células
do organismo. Quando o corpo precisa de energia, os triglicerídeos são libertados e transportados na
corrente sanguínea através de lipoproteínas VLDL.
Tal como o colesterol, quando os níveis de triglicerídeos estão altos, significa que existe uma
acumulação de gordura nos vasos sanguíneos podendo gerar complicações graves, como a
aterosclerose (acumulação de gordura nas artérias).
Em que alimentos podemos
encontrar Triglicerídeos ?
Nos alimentos fritos, tais como
snacks fritos ou os palitos de
queijo. Os produtos de pastelaria
também são ricos em triglicéridos
devido ao seu elevado conteúdo
em gordura.
O que é uma análise dos
triglicerídeos?
Uma análise dos triglicerídeos mede os níveis desta gordura
no sangue, de modo a determinar alterações que são fatais
para o organismo, nomeadamente as potenciadoras de
doenças cardiovasculares.
Geralmente, esta análise é feita em conjunto com uma
análise ao colesterol para determinar a concentração geral
de gordura no sangue.
Porque se faz a análise dos
triglicerídeos?
As análises dos triglicerídeos são, habitualmente, realizadas em conjunto com a medição do colesterol e
servem para determinar a existência ou o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares ou
inflamação no pâncreas (pancreatite).
Em casos de pessoas com diabetes, estas análises são efetuadas regularmente para controlar os níveis de
gordura no sangue ou monitorizar a eficácia de tratamentos prescritos para a mesma.

As análises também são recomendadas a pessoas que reúnem um ou mais fatores de risco, a saber:
Hereditariedade: familiares com diabetes ou doenças cardiovasculares;
Obesidade ;
Idade avançada;
Hipertensão arterial;
Tabagismo;
Etc.
Como é feita uma análise
dos triglicerídeos?
A medição dos níveis dos triglicerídeos é feita através de análises ao sangue, que geralmente seguem o
procedimento seguinte:
1. Limpeza da área onde será introduzida agulha com um antisséptico;
2. Colocação de uma faixa elástica que permite a expansão da veia, de modo a melhorar o acesso à mesma;
3. Inserção da agulha, geralmente feita no braço;
4. Extração de sangue para tubo de colheita;
5. Realização de um pequeno curativo, através de um penso;

Após este procedimento, a amostra é etiquetada e enviada para o laboratório, onde as análises serão
processadas e posteriormente os resultados fornecidos ao utente e médico requisitante.
Sim. As análises dos triglicerídeos requerem a realização de jejum (não comer ou beber) de pelo
menos 12 horas.
Resultados, valores de referência dos
triglicerídeos
-Os resultados e os valores de referência (esperados ou normais) são apresentados em miligramas (mg) por decilitro de
sangue (dl) em duas colunas para facilitar a sua leitura e comparação.
De uma forma geral, podemos considerar os seguintes valores como de referência:
Normal: abaixo de 150 mg/dl;
Elevado: entre 150 e 200 mg/dl;
Muito alto (hipertrigliceridemia): acima de 200 mg/dl.
Riscos dos
triglicerídeos elevados
Níveis altos de triglicerídeos no sangue podem indicar a existência ou desenvolvimento de diversas patologias, a saber:
Aterosclerose (acumulação de gordura nas paredes das artérias), que por sua vez aumenta o risco de acidente vascular
cerebral (AVC) ou enfarte agudo do miocárdio;
Pancreatite (inflamação do pâncreas);
Hipertensão arterial;
Diabetes tipo 2 ou pré diabetes;
Síndrome metabólica (junção de doenças como obesidade e hipertensão arterial);
Hipotireoidismo (baixa produção de hormonas na tiróide);
O que pode afetar os níveis
dos triglicerídeos?
Os níveis altos de triglicerídeos no sangue podem ser afetados por diversos fatores, a saber:
Fazer uma dieta com carência de proteínas e excesso de hidratos de carbono (ou
carboidratos);
Gravidez;
Certos medicamentos (remédios) como diuréticos ou retinoides;
Outros.
Como baixar os níveis dos
triglicerídeos
Uma forma eficaz de baixar os níveis de triglicerídeos no sangue é a adoção de um estilo de vida saudável, a saber:
Fazer exercício físico regularmente;
Fazer uma dieta saudável com abundância de frutas e vegetais. Evitar alimentos com muito açúcar, gorduras saturadas e hidratos de carbono;
Manter um peso saudável;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Se é fumador, parar de fumar imediatamente;

Em alguns casos, a adoção destes comportamentos não é suficiente para controlar os níveis de triglicerídeos, porém o seu médico poderá
prescrever alguma medicação, de modo a baixar a concentração desta gordura no sangue, nomeadamente:
Estatinas: reduzem o colesterol e podem ajudar na redução da quantidade de triglicerídeos na corrente sanguínea;
Medicamentos com óleo de peixe (ácido graxo ómega-3): reduz os níveis de triglicerídeos no sangue;
Fibratos: ajudam também na redução dos níveis de triglicerídeos no sangue;
Outros.

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