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21/02/2023 02:39 Como interpretar hemograma e para que serve o exame?

O que é o hemograma completo?


O hemograma completo é um exame de sangue que analisa informações de diferentes grupos
celulares  e pode ser dividido em três grupos de informações, de acordo com os seus
componentes: 

Eritrograma (Série Vermelha):  Avaliação das células responsáveis pelo transporte do


oxigênio no organismo (células vermelhas, também chamadas de eritrócitos ou hemácias).
Determina o perfil hematológico das células vermelhas por meio da contagem de eritrócitos,
dosagem de hemoglobina, hematócrito e avaliações morfológicas. 
Leucograma (Série Branca): Análise das células destinadas à defesa imunológica (células
brancas ou leucócitos, incluindo-se neutrófilos, monócitos, linfócitos, basófilos e eosinófilos).
Revela o perfil hematológico das células brancas por meio da contagem e análises
morfológicas dos leucócitos. 
Plaquetograma: Envolve a contagem e a avaliação da morfologia das plaquetas, que são os
elementos responsáveis pela coagulação sanguínea.

Para que serve o hemograma?


As possibilidades de utilização do hemograma completo são inúmeras. Trata-se de um exame de
rotina ambulatorial que serve para  auxiliar no diagnóstico e acompanhar a evolução de
doenças que causam alterações no sangue. O exame é essencial na triagem para diversas
doenças hematológicas, deficiências de nutrição, infecções, emergências médicas, cirurgias,
traumatologia, quimioterapia e outros tratamentos clínicos. 

Algumas das principais condições clínicas nas quais o acompanhamento clínico é feito,
parcialmente ou totalmente, por meio do exame de hemograma completo, incluem:

Anemias  e  doenças crônicas  que podem levar à anemia, como insuficiência renal, artrite
reumatóide, insuficiência cardíaca e doenças pulmonares;
Número de plaquetas aumentado (plaquetose) ou reduzido (trombocitopenia);
Infecções bacterianas, fúngicas ou virais;
Processos inflamatórios, em geral;
Câncer, especialmente leucemias, linfomas ou doenças metastáticas;
Alterações ou distúrbios no funcionamento da medula óssea, como os induzidos durante a
quimioterapia (por exemplo, neutropenia).

É preciso jejum para fazer o hemograma?


Com as metodologias mais modernas de testagem, não é necessário fazer jejum para medir
os componentes sanguíneos do exame.  Em alguns casos específicos, um jejum de 4 a 8
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horas pode ser solicitado, de acordo com orientações médicas. De qualquer forma, se indicado, o
jejum para esse exame nunca deve ultrapassar 14 horas.

Como é feito o hemograma?


O hemograma completo, em um laboratório convencional, é realizado da seguinte forma: com a
solicitação do médico para a realização do exame em mãos, o paciente se desloca até um
laboratório para a coleta de uma  amostra de sangue venoso, que é então analisada por um
método analítico que envolve impedância e microscopia. O exame é  feito, geralmente, por
equipamentos que apresentam limitações para uso em ambiente ambulatorial e os laudos podem
demorar dias para serem entregues aos pacientes, gerando demora no diagnóstico e
acompanhamento clínico.

Hemograma Hilab
A Hilab desenvolveu um  kit diagnóstico rápido  para o hemograma completo. O exame
contabiliza o número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos (diferencial em quatro partes) e
plaquetas, além dos níveis de hemoglobina, hematócrito,  volume corpuscular médio (VCM) e
hemoglobina corpuscular média  (HCM).

Com uma  metodologia moderna e confiável, o hemograma completo da Hilab é  realizado de


forma remota, por punção digital, sem a utilização de seringas. As análises são feitas pelos
equipamentos portáteis  Hilab Lens  e  Hilab Flow, que utilizam microscopia e colorimetria para as
análises. Os resultados são liberados de forma digital por um profissional habilitado, com apoio de
ferramentas de inteligência artificial, em até 30 minutos. 

Quais são os resultados e como interpretar um


hemograma completo?
O hemograma completo é um exame composto por diferentes analitos, geralmente solicitado em
conjunto com outros exames laboratoriais para fins diagnósticos. Como saber se os resultados
apresentados em laudo estão dentro dos padrões de normalidade? 

Para entender o significado de qualquer alteração em um ou mais parâmetros analisados, é


preciso levar em consideração a idade e o sexo, além do histórico clínico do paciente.  A
interpretação dos resultados, portanto, deve sempre ser feita pelo profissional médico que
fez a solicitação do exame. 

Entenda, a seguir, a importância de cada uma das análises que compõem o hemograma e quais
são os valores de referência clinicamente estabelecidos.

Eritrograma (Série Vermelha)


Os testes que compõem o eritrograma são: hemácias, hemoglobina, hematócrito, volume
corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina corpuscular
média e amplitude de distribuição de hemácias.

Hemácias
As hemácias, também conhecidas como  glóbulos vermelhos ou eritrócitos, são as células
presentes no sangue responsáveis por transportar oxigênio no organismo. 

Valores de referência eritrócitos:

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↓ Uma baixa concentração dessas células pode indicar um quadro de hemorragia, anemia por
deficiência nutricional ou hemólise. 

↑  Uma concentração acima dos valores  de referência sugere policitemia, insuficiência


respiratória, desidratação ou sepse.

Hemoglobina (Hb)
A hemoglobina é uma proteína presente nas hemácias do sangue, que dá a cor vermelha ao
sangue e liga-se a moléculas de oxigênio para transportá-las pelo organismo. 

Valores de referência hemoglobina:

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↓ Uma baixa concentração de hemoglobina, de acordo com outras características clínicas do


indivíduo, pode sugerir gravidez, anemia por deficiência de ferro, anemia megaloblástica,
talassemia, câncer, desnutrição, doença hepática ou lúpus. 

↑ Um aumento de hemoglobina  pode ser associado a policitemia, insuficiência cardíaca,


doenças pulmonares e deslocamento para altitudes elevadas.

Hematócrito (Ht/Hct)
O hematócrito, também conhecido como Ht ou Hct,  indica a porcentagem de hemácias no
volume total de sangue e é proporcional, portanto, à quantidade de hemoglobina na amostra. 

Valores de referência hematócrito:

↓ Quando o hematócrito está baixo, pode haver diminuição de hemácias ou de hemoglobina no


sangue, o que sugere um quadro clínico de anemia, perda excessiva de sangue, doença renal,
deficiência de ferro e de proteínas ou sepse. 

↑ Quando alto, indica desidratação, policitemia e sepse. 

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Volume Corpuscular Médio (VCM) ou Volume Globular Médio (VGM)


O volume corpuscular ou globular médio  indica o tamanho médio das hemácias. A análise
desse parâmetro deve ser feita em conjunto a outras análises do hemograma. 

Valores de referência VCM:

↓ Em caso de diminuição do VCM, pode haver um quadro de anemia por deficiência de ferro ou
de origem genética.

↑ O VCM alto indica alguns tipos de anemia, alcoolismo ou alterações na medula óssea.

Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) ou Hemoglobina Globular


Média (HGM)
A hemoglobina corpuscular ou globular médica é um parâmetro que indica a concentração total de
hemoglobina por meio da análise do tamanho e coloração das hemácias. Em conjunto com outros
analitos do hemograma, esta análise ajuda a identificar o tipo de anemia que a pessoa possui:
hipercrômica, normocrômica ou hipocrômica. 

Valores de referência HCM:

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↓↑ Alterações de HCM e HGM  podem ocorrer por anemia ferropriva, talassemia, consumo
elevado de álcool, uso de alguns medicamentos, alterações de tireoide ou deficiência de vitamina
B12 e ácido fólico. 

Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)


Este cálculo é realizado indiretamente a partir de outros parâmetros do hemograma e demonstra
a concentração da hemoglobina por hemácia. 

Valores de referência CHCM:

↓ Valores baixos de CHCM sugerem quadros de anemia, insuficiência cardíaca,  hipotireodismo


ou interação medicamentosa. 
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↑ Valores altos de CHCM estão relacionados a um consumo elevado de álcool ou problemas na


glândula tireoide.

Amplitude de Distribuição de Hemácias (RDW)


Este índice descreve a  porcentagem de variação de tamanho entre as hemácias  de uma
amostra de sangue. 

Valores de referência RDW:

↓↑ Caso haja alteração de RDW na amostra, o exame poderá vir alterado, o que pode ser uma
pista para o início de anemias por deficiência de nutrientes, doenças hepáticas, alguns cânceres
ou uso de certos medicamentos. 

Leucograma (Série Branca)


O leucograma é a parte do hemograma que  analisa os leucócitos, células de
defesa  subdivididas em diferentes tipos, de acordo com a morfologia e a função: neutrófilos,
bastonetes, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos. 

Leucócitos Totais
A avaliação dos leucócitos é importante para  verificar a como o organismo da pessoa
consegue reagir a processos infecções e inflamações. 

Valores de referência leucócitos totais:

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↓ Uma redução dos leucócitos, conhecida como leucopenia, pode ser causada por
medicamentos, quimioterapia ou outras condições clínicas. 

↑ Valores aumentados de leucócitos, conhecido como leucocitose, podem acontecer devido a


infecções ou doenças, como a leucemia. 

Neutrófilos
Os neutrófilos são as  células da primeira linha de defesa imunológica  do nosso corpo. No
hemograma, os neutrófilos absolutos representam a contagem de neutrófilos, enquanto os
neutrófilos relativos são o percentual de leucócitos compostos por neutrófilos na amostra.

Valores de referência neutrófilos:

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↓ Uma baixa quantidade de neutrófilos  pode indicar deficiência de vitamina B12, anemia
falciforme, uso de esteroides, período de recuperação pós-cirurgia ou púrpura trombocitopênica.

↑ Quando a concentração dessas células é alta, isso sugere um quadro clínico de infecção,
inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota.

Bastonetes
Os bastonetes são as  células de defesa do organismo  que dão origem aos neutrófilos e
possuem as mesmas atividades imunológicas destes. 

Valores de referência bastonetes:

↑ Um número aumentado de bastonetes pode indicar um processo infeccioso agudo.

Basófilos
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Os basófilos são  células do sistema imunológico  e que encontram-se em baixa concentração


no sangue. 

Valores de referência basófilos:

↓  Uma baixa contagem de basófilos  está presente em quadros de gravidez, baixa imunidade,
hipertireoidismo, infecções agudas, sepse e uso de alguns medicamentos.

↑ Os basófilos estão aumentados em casos de alergia, inflamação prolongada, após retirada do
baço, leucemia mielóide crônica, policitemia, catapora ou doença de Hodgkin. 

Eosinófilos
Os eosinófilos são um tipo de célula de defesa do sangue especialmente importante na defesa
contra as infecções parasitárias.  

Valores de referência eosinófilos:

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↓ Ocorre uma redução de eosinófilos  com o uso de betabloqueadores, corticoides, estresse,


infecção bacteriana ou viral.

↑ Observa-se um aumento  deste tipo celular  em casos de alergia, verminoses, anemia


perniciosa, colite ulcerativa ou doença de Hodgkin. 

Monócitos
Os monócitos são células do sangue que fazem parte do sistema imunológico e  atuam em
infecções, ajudam na remoção de tecidos mortos ou danificados, além de combater células
cancerosas e substâncias estranhas. 

Valores de referência monócitos:

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↓ Um baixo número de monócitos pode estar relacionado a um quadro de anemia aplásica.

↑ Já um aumento na quantidade  destas células pode ser relacionado a leucemia monocítica,


doença de armazenamento lipídico, infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica.

Linfócitos
Linfócito é um tipo de célula que faz parte da defesa imediata do corpo, atuando contra células
cancerígenas e infecções. Alguns tipos de linfócitos produzem anticorpos e atuam nos
mecanismos de memória imunológica contra infecções recorrentes por um mesmo agente. 

Valores de referência linfócitos:

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↓ A concentração reduzida de linfócitos pode aparecer em casos de infecção ou desnutrição.

↑ Ocorre um aumento  na quantidade destas células em casos de mononucleose infecciosa,


caxumba, sarampo e algumas infecções agudas.

Plaquetograma
O plaquetograma é o teste de contagem de plaquetas, que são fragmentos de células sanguíneas.
As plaquetas são muito importantes no processo de coagulação e controle de hemorragias.  

Valores de referência plaquetas:

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↓ Quando as plaquetas estão reduzidas, o risco de sangramentos fica aumentado.

↑ Um aumento na quantidade de plaquetas  no sangue exige atenção para a prevenção de


coágulos e trombos sanguíneos.

Como saber se preciso de um hemograma?


O hemograma é utilizado como exame de rotina, solicitado por médicos para o diagnóstico e o
acompanhamento de diversas condições de saúde, agudas e crônicas. Além disso, o hemograma
também é feito em processos pré-operatórios, pré-natal e na verificação da ação geral de
medicamentos no organismo dos pacientes. 

O  profissional médico é quem determina a necessidade  de realização do exame, de acordo


com as condições de saúde de cada paciente. O mais comum é que todas as pessoas, saudáveis
ou em tratamento clínico, se beneficiem da realização periódica e regular do hemograma
completo.

Conclusão
O hemograma completo é o exame de sangue utilizado para  avaliar a concentração dos
diversos componentes do sangue, incluindo as hemácias, leucócitos e plaquetas. É importante
que todas estas substâncias estejam em equilíbrio, dentro de certos níveis de referência, para que
nossa saúde seja preservada. 

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