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Tipos de tubos:
O médico veterinário deve ter em mente todos os tubos e quais devem ser utilizados
para cada tipo de exame que será solicitado, abaixo temos a imagem dos tubos e quas
a função de cada um.
-Hemoglobina
Eritograma
-Hematócrito
-VCM/CHCM
-Contagem total
Leucograma
-Contagem diferencial
(relativa e absoluta)
Espectrofotômetro
Consiste em usar o espectro radiante para estudar as soluções
bioquímicas durante a análise prática, seja manual ou automatizado. Na
técnica básica, um feixe de energia atravessa a solução bioquímica em uma
cubeta e sua absorção oferece informações sobre a qualidade e quantidade
dos componentes presente.
Anemia
- ANEMIAS HEMOLÍTICAS:
INTRAVASCULAR = são as que ocorrem dentro da circulação sanguínea
(vasos, capilares, arteríolas e artérias).
EXTRAVASCULAR = são as que ocorrem fora da circulação sanguínea
- Fisiopatológica:
A anemia não regenerativa é resultante de eritropoese defeituosa ou
diminuída. A diminuição da eritropoese pode ter interferência da produção de
neutrófilos e plaquetas que também podem estar diminuída (anemia aplásica)
ou se a produção de eritrócitos está reduzida (hipoplasia) ou ausente (aplasia).
Além disso, a produção de eritrócitos pode ser prejudicada por um
distúrbio intrínseco da medula óssea (causas primárias), como mielofibrose,
mielodisplasia, distúrbios mieloproliferativos ou induzidos por distúrbio
extrínseco (ou seja, doença renal crônica, algumas doenças endócrinas,
doenças inflamatórias, agentes infecciosos, , vírus da anemia infecciosa
equina, vírus da leucemia felina, destruição imunomediada de precursores de
eritrócitos e lesão induzida por medicamentos ou substâncias químicas) -
secundário.
Já a anemia regenerativa é causada por hemólise e hemorragia.
ERITROPOITINA
É um hormônio produzido principalmente nos rins (95%) e tem a
principal função estimular a medula óssea a produzir hemácias.
Pacientes com IRC possuem quadro anêmico característico (microcitose
e hipocrômica) e em muitos casos necessitam de transfusão.
O medicamento contendo eritroipoetina sintético é utilizado para ajudar a
Medula Óssea na produção das hemácias e hemoglobinas.
Alguns equipamentos bioquímicos automatizados de terceira geração
analisam este hormônio.
FERRITINA
A Ferritina é uma proteína que se localiza principalmente no Fígado,
mas também na Medula óssea, Baço, Coração, Pâncreas e Rins.
• A ferritina é a proteína de reserva do ferro e é encontrada em todas as
células, principalmente naquelas envolvidas na síntese, metabolismo e na
reserva do ferro. No interior de cada molécula da Ferritina é encontrada até
4.000 átomos de Ferro.
• A Ferritina só é dosada bioquimicamente quando está ligada ao Ferro.
• Quando não está ligada ao íon ferro é chamada de Ferritina livre ou
Apoferritina.
• Elevação da Ferritina: em resposta a infecções.
• Diminuição da Ferritina: na carência de ferro e pode ser devida a
perdas excessivas (hemorragias digestivas, ulcerações digestivas) ou à má
absorção de Ferro (diarréias e nas hemopasitoses sanguíneas).
TRANSFERRINA
Transferrina é uma proteína plasmática do sangue que transporta o íon ferro.
Cada proteína de Transferrina pode transportar até 4 átomos de ferro.
Esta proteína é responsável pelo transporte do ferro do seu local de absorção
no nível intestinal ou nos locais de catabolismo da hemoglobina para os
precursores de células vermelhas na medula óssea ou para os locais de
estocagem de ferro no sistema reticuloendotelial na medula óssea, no fígado e
no baço.
fisiopatologia da diabetes
O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio
denominado insulina. A insulina é responsável pela regulação da glicemia
(nível de glicose no sangue).
A glicose é a fonte de energia para o processo de respiração aeróbica e
necessário que a glicose esteja presente na célula.
Portanto, as células possuem receptores de insulina (tirosina quínase) que,
quando acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose
presente na circulação sanguínea.
Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro
hormônio antagônico à insulina, chamada de glucagon. Portanto, o glucagon é
secretado pelo pâncreas visando restabelecer o nível de glicose na circulação.
Sede excessiva
Aumento de peso ou perda de peso
Aumento do apetite
Falta de disposição
Formação de cataratas
Aumento da quantidade de urina (poligúria)
Urina atraindo formigas
Diagnóstico Laboratorial do Diabetes
GLICEMIA EM JEJUM
Jejum de 10 a 12 horas (cães e gatos):
Valor normal: 70 à 120 mg/dL (cães)
Valor normal: 70 à 150 mg/dL (gatos)
Resultados alterados:
até 20% à mais do limite = pode ser uma hiperglicemia não diabética (pré-diabética).
acima de 20% do limite = diabetes. Sugerese confirmar com segunda coleta em outro
dia.
GLICEMIA PÓS-PRANDIAL
Toda pós-prandial = será sempre após 2 horas após a dieta (ração habitual).
Valor normal: 70 à 200 mg/dL
Resultados alterados:
➢ acima de 200 mg/dL = suspeita de diabético
GLICEMIA CAPILAR
É a punção de vaso capilar: sugere-se descartar a primeira gota e usar a segunda gota
para mensurar no aparelho portátil.
CURVA GLICÊMICA
Realizado em animais Diabéticos (Glicemia alta).
Pode ser realizado em cães e gatos, mas o animal tem que estar hospitalizado.
Antes da Curva deve medir a Glicemia em jejum.
Se for Curva Glicêmica = injeta-se Insulina na veia e a cada duas horas, por um período
de 24 horas, coleta sangue do animal para avaliação da Glicemia
FRUTOSAMINA
Outras proteínas além da hemoglobina também estão ligada à glicose.
Frutosamina é o nome que damos a esse complexo proteína-glicose,
sendo a principal proteína a ALBUMINA.
A dosagem da Frutosamina nos fornece uma estimativa da glicemia nas
últimas 4 a 6 semanas, pois a vida média de uma albumina é de apenas
1 mês, não sendo assim, tão bom quanto a hemoglobina glicosilada.
A frutosamina é muito útil nos pacientes com anemia grave e na anemia
falciforme.
PERFIL HEPÁTICO:
O fígado é constituído principalmente por células hepáticas (ou hepatócitos)
que se agrupam formando lóbulos hepáticos, ficam juntos ou separados por
vasos sanguíneos e tecidos conjuntivos
Uma das principais funções do fígado é filtrar o sangue e eliminar as toxinas,
mas também possui muitas outras funções importantes como produzir
proteínas, fatores de coagulação, triglicerídeos, colesterol e bile (em alguns
animais fica armazenado na vesícula biliar para o momento da digestão)
Síntese proteica: o fígado renova suas próprias proteínas e sintetiza várias
outras para o organismo como albumina, fibrinogênio, protrombina e as
lipoproteínas.
Secreção de bile (em alguns animais): função exócrina. Os principais
componentes da bile são a bilirrubina (degradação da hemoglobina) e os
ácidos biliares.
Depósito de metabólitos: glicogênio, vitamina A, gorduras neutras.
Metabolismo: gliconeogênese.
Desintoxicação e Neutralização: muitas toxinas são neutralizadas pelos
processos de oxidação.
Alanina aminotransferase (ALT) ou TGP: Alanina aminotransferase (ALT),
anteriormente denominada transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), é uma
enzima de extravasamento que se apresenta livre no citoplasma. Em cães e
gatos, a maior concentração de ALT é verificada em hepatócitos
(especialmente naqueles da região periportal) e o teste de ALT está incluído no
perfil bioquímico sérico dessas espécies. Às vezes, a determinação da
atividade de ALT é o único teste utilizado para detectar a lesão de hepatócitos
em cães e gatos porque a ALT é muito mais hepatoespecífica do que a AST.
Todavia, a enzima ALT não é totalmente hepatoespecífica; doença ou lesão
muscular grave pode causar aumento da atividade sérica de ALT.
A atividade de ALT no músculo é menor do que no fígado (a atividade de
ALT no músculo esquelético e no músculo cardíaco corresponde a,
aproximadamente, 5% e 25% da atividade hepática, respectivamente).
No entanto, como a massa muscular total é muito maior do que
a massa hepática, o músculo pode ser uma fonte significativa de
extravasamento de ALT.
Em geral, embora o aumento da atividade sérica de ALT em cães e gatos
possa indicar morte de hepatócitos ou lesão subletal dessas células, também
se deve considerar a possibilidade de necrose ou de lesão subletal de células
musculares. Quando há aumento da atividade de ALT, é importante mensurar a
atividade sérica de uma enzima mais específica para lesão muscular (p)
para determinar se a lesão muscular é a possível causa do aumento de ALT.
A concentração de ALT nos hepatócitos de equinos e ruminantes é baixa;
consequentemente, nessas espécies, a atividade sérica de ALT não é útil na
detecção de doença hepática. Quantidade moderada de ALT é constatada em
músculos de equinos e ruminantes; nessas espécies, nota-se aumento
moderado da atividade sérica de ALT quando há lesão muscular;9 assim, ALT
não é incluída no perfil bioquímico sérico de grandes animais. Outras enzimas
músculo-específicas (CK) são mais comumente utilizadas na detecção de lesão
muscular nessas espécies. Também é possível notar aumento da atividade
sérica de ALT em cães com hiperadrenocorticismo ou naqueles que receberam
corticosteroides. Em geral, esse aumento é discreto (duas a cinco
vezes); entretanto, o aumento da atividade de ALT pode variar amplamente
entre os cães submetidos à terapia com corticosteroide, dependendo da dose
do medicamento e da duração do tratamento.
Alguns cães que recebem anticonvulsivantes pode desenvolver hepatopatia
tóxica; nesse caso, pode haver aumento marcante da atividade de ALT devido
à lesão de hepatócitos.
➢ALT MUITO ALTO = na maioria dos casos é hepático
Albumina:
É principal proteína circulante no organismo e é responsável entre
outras coisas, pelo transporte de substâncias (entre elas medicamentos)
pelo sangue.
O fígado é o principal órgão responsável pela produção da albumina.
Como a meia-vida da albumina é relativamente alta (cerca de 20 a 30
dias), a redução da síntese pelo fígado pode demorar vários dias para
se manifestar laboratorialmente (pela dosagem da albumina no sangue).
Bilirrubinas:
A bilirrubina é o principal componente dos pigmentos biliares, é o
produto da destruição da porção "heme" da hemoglobina e outras
hemoproteínas.
A primeira bilirrubina a ser produzida nesse processo é a bilirrubina
indireta (também chamada de bilirrubina não conjugada): ou seja, não é
conjugada pelo fígado, mas proveniente de hemólise fisiológica ou
patológica das hemácias
Os termos "direta" e "indireta" referem-se ao método criado para
diferenciá-las por van denBergh e Muller em 1916, mas que persistem
até hoje (gerando confusão desnecessária):
- Bilirrubina Direta (BD) = é a conjugada (pelo fígado)
- Bilirrubina Indireta (BI) = é a NÃO conjugada (hemólise)
- Bilirrubina Total (BT) = BD + BI BI = BT - BD