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Anotações Aula Fase 1 – Como prever doenças através de exames (Gabriel de

Carvalho)
Como usar os exames para prever doenças?

Dentro dos valores de referência o paciente já pode está correndo risco. Porque dentro dos valores
de referências tem os valores ótimos, bons ou moderados. É possível saber se uma doença vai
acontecer.

Os exames não são só para identificar doenças, eles podem também identificar uma disfunção, por
exemplo. Ficar atento as queixas do paciente.

As pessoas não precisam de mim para olhar os valores de referência, elas precisam de mim para
interpretar. Raciocinar em cima dos resultados dos exames.

Ter saúde não é simplesmente não ter o diagnóstico de uma doença. A ausência da doença não
garante a presença da saúde.

Não é identificar doença, é se a pessoa vai se tornar doente. Ela vai se tornar diabética? Ela pode ter
um risco de AVC? Ela pode ter um risco de pressão alta?

Não se avalia saúde com parâmetros (valores ideais) que foram definidos para se encontrar doenças.

Quando está fora dos valores ideais, está rumando para uma doença. Por exemplo, uma
hemoglobina que diagnostica anemia em uma mulher é abaixo de 12. No homem, abaixo de 13.
Entretanto, o valor ótimo de Hemoglobina é acima de 13,5. É onde as pessoas têm ótimo status de
ferro, ótima capacidade de transformar esse ferro em Hemo e esse Hemo em Hemoglobina.
E por que isso é importante? Porque temos muitas outras Hemoproteínas no corpo, além da
hemoglobina.
Eu tenho que olhar a Hemoglobina pensando nisso: que têm outras hemoproteínas.

Quem tem Hemoglobina mais baixa, dentro do ótimo, tem mais chance de não ter o ferro ótimo.
E quem não tem uma síntese ótima do Hemo, tem pior desempenho aeróbico, pior capacidade
oxidativa, pior foco e concentração, maior formação de radicais livres na sua mitocôndria.

Outro exemplo: os leucócitos. Os laboratórios indicam como normal de 4.000 a 10.000.


Acima de 10.000 é considerado que tem um processo infeccioso ou alguma inflamação. Quem sabe
até uma Leucemia. São possibilidades de leucócitos alto.
Abaixo de 4.000 → Leucopenia.
Quando a gente tem Leucócitos na faixa de 6.500 até 10.000, já têm muitos estudos indicando um
risco aumentado por doenças cardiovasculares, risco de morte total por todas as causas aumentado,
risco de eventos cardíacos fatais e não fatais aumentados. *Quando resultados acima se repetem.
Não um aumento isolado.

Relação dos Neutrófilos pelos Linfócitos (tanto faz o percentual ou o valor absoluto, o resultado
vai ser o mesmo): dividir o s neutrófilos totais (segmentados) pelos linfócitos, esse índice tem que
ficar ao redor de 1,5 (maior que 1,0 e até 1,5, de preferência).
Quando começa a subir acima de 1,5; 2,0 e 3,0; os estudos mostram maior incidência de câncer, de
doenças renais, de nefropatias em pacientes hipertensos, de mortalidade e gravidade de doenças
cardiovasculares.
Portanto, quanto maior a relação Neutrófilos/Linfócitos, pior o prognóstico de um paciente que já
tem doença cardiovascular. Por está indicando muita inflamação e menor efetividade do sistema
imunológico.
Neutrófilos simbolizam, rapidamente, inflamação.
Linfócitos simbolizam, rapidamente, imunidade celular.

Então, quanto maior a relação Neutrófilos/Linfócitos mais inflamado está o indivíduo e pior está a
imunidade celular dele.

Ácido Úrico
O laboratório diz que é normal 8,0 a 8,5 pra homens, e 7,0 pra mulheres.
O valor ótimo é até 4,0 para mulheres e até 5,0 para homens. Alguns estudos falam de 3,9 para
mulheres e 4,9 para homens. O ácido úrico alto é acima desses valores e o IDEAL é abaixo desses
valores.
→ Esteatose hepática – ácido úrico alto.
Estudos indicam que quem tem o ácido úrico abaixo desses valores, tem menos chance de esteatose
hepática, de hipertensão, de AVC e de diabetes.

Gama GT
Os estudos indicam que tem Gama GT abaixo de 22 tem menos risco de vir a ter hipertensão,
diabetes, câncer, de infarto.

Fibrinogênio
Os laboratórios dizem que é normal de 200 a 400 (valores de referência).
Acima de 400 há um alto risco de eventos cardiovasculares ou também de inflamação. O
fibrinogênio é uma proteína de fase aguda.
390 – já é classificado como risco moderado (de 300 a 400).

Abaixo de 300 que é um risco baixo.

Glicose
Mesmo o paciente com glicose de 105 não está bem. Ele vai ter Gama GT sub ótima, e/ou ácido
úrico sub ótimo, e/ou fibrinogênio, e/ou HDL, e/ou os triglicérides, e/ou a proteína C reativa,… E
com certeza, vai ter

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