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TIPAGEM SANGUÍNEA

A tipagem sanguínea é o teste laboratorial utilizado para classificação do tipo sanguíneo de


determinada amostra de sangue entre as possibilidades do sistema ABO e do sistema Rh,
comumente utilizados na prática transfusional e na investigação da incompatibilidade
materno-fetal.

O princípio da reação baseia-se nos eritrócitos humanos classificados em quatro tipos: A, B, AB


e O, de acordo com a presença e ausência de antígenos (aglutinógenos) fortemente
imunogênicos na sua superfície. Assim, indivíduos que apresentam o antígeno A na superfície
dos eritrócitos são considerados do tipo sanguíneo A; os que apresentam o antígeno B na
superfície dos eritrócitos são considerados do tipo sanguíneo B; os que apresentam os
antígenos A e B na superfície dos eritrócitos são considerados do tipo sanguíneo AB; e os
indivíduos que não apresentam o antígeno A nem o antígeno B na superfície dos eritrócitos
são considerados do tipo sanguíneo O.

O sistema Rh, que é o segundo mais importante sistema eritrocitário, foi descoberto em 1939,
em humanos, por Levine e Stetson. A nomenclatura Rh remete ao modelo experimental
(descrito por Karl Landsteiner e Alexander S. Wiener) utilizado na classificação do sistema, o
macaco do gênero Rhesus(Macaca mulatta), mas atualmente sabe-se que se refere ao
aloanticorpo anti-D, que reconhece proteínas transmembrana denominadas antígenos D e que
estão localizadas também na superfície das hemácias.

As características do sistema de tipagem sanguínea ABO/Rh descritas anteriormente


demonstraram a importância da compatibilidade ABO na prática transfusional e da
incompatibilidade materno-fetal, sendo obrigatória a testagem dos eritrócitos do doador e do
receptor antes de qualquer transfusão sanguínea e a investigação da possibilidade de
desenvolvimento de doença hemolítica perinatal, como eritroblastose fetal.

A incompatibilidade sanguínea transfusional ou materno-fetal pode resultar em reações


hemolíticas imediatas, podendo levar à morte de um indivíduo. As manifestações clínicas mais
comuns de reação transfusional hemolítica são febre, calafrios, hematúria, dores torácicas,
hipotensão e náuseas, seguidas ou não por agravamento com coagulações intravasculares,
insuficiências renais e choque.

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