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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CAMPUS UNIVERSITÁRIOS DE RIO BRANCO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA NATUREZA

IMUNOLOGIA

CAROLINA DE ARAÚJO SILVA

RUAN PABLO DOS SANTOS DE SÁ

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – TIPAGEM SANGUÍNEA – SISTEMAS


ABO E RH

RIO BRANCO, ACRE

2023
INTRODUÇÃO

O processo de coleta do sangue de um indivíduo para fazer análise é


denominado tipagem sanguínea. Trata-se de um teste feito para estabelecer qual grupo
sanguíneo do sistema ABO e fator Rh (positivo ou negativo) que uma pessoa possui. O
tipo sanguíneo de um indivíduo é o resultado da combinação de características herdadas
de seus pais, pois cada ser recebe 1 gene materno e 1 gene paterno, na qual, essa
combinação vai determinar seu tipo sanguíneo.

O sangue é composto por hemácias que possuem dois antígenos, que são eles A
e B. De acordo com a presença ou a ausência desses antígenos é que será possível
classificar o grupo sanguíneo. Os indivíduos que tem hemácias com o antígeno A, são
do grupo sanguíneo A; os que possuem o antígeno B, são do grupo B; as que têm os
dois antígenos, são do grupo AB e as que não têm nenhum antígeno, são do grupo O. O
Rh é outro antígeno importante e as pessoas que os tem, são chamados Rh-positivo e os
que não p tem, de Rh-negativo, é muito importante os indivíduos saberem seu grupo
sanguíneo, para que na hora de um atendimento de urgência o profissional tenha um
caminho a seguir, para fazer transfusão, entre outros. (FIGURA 01)

Figura 01. Sistema ABO.


MATERIAIS E MÉTODOS

Na aula prática de tipagem sanguínea foram usadas lancetas semiautomáticas


para cada indivíduo com o intuito de não ocorrer contaminações. Lâminas para coletar
as amostras de sangue, nas quais receberam quatro gotas de sangue. Uma gota para
reagir com o soro ant-A, outra com o soro anti-B, e mais uma para o soro anti-D (fator
Rh). A quarta gota foi utilizada como controle. Na realização da aula prática, contamos
com luvas para garantir a proteção do indivíduo, algodão e álcool 70% para fazer a
higiene e a esterilização do dedo que seria utilizado para extrair a amostra.

No procedimento 1, foi feita a assepsia do dedo, a área foi massageada e


pressionada para reter o fluxo sanguíneo, antes de fazer a perfuração com a lanceta.

No procedimento 2, o dedo foi perfurado com o auxílio da lanceta e feito o


gotejamento de quatro gotas de sangue sobre a lâmina de vidro. A primeira gota reagiu
com o soro anti-A, a segunda com o soro anti-B, a terceira com o soro anti-D e a quarta
com foi utilizada como controle, isto é, a mesma não foi submetida a nenhum outro
reagente.

No procedimento 3, foram aguardados aproximadamente 5 minutos para que se


observasse a ausência ou a presença de uma aglutinação. Logo após a verificação das
lâminas, foram analisados os seguintes critérios para conter a identificação da tipagem
sanguínea do indivíduo:

a) Caso não haja aglutinação em nenhum dos lados, o sangue é pertencente ao


grupo O.
b) Caso houver aglutinação nos soros Anti-A e anti-B, o sangue é pertencente ao
grupo AB.
c) Caso houver aglutinação somente no soro anti-A, o sangue é pertencente ao
grupo A.
d) Se somente ocorrer aglutinação no com o soro anti-B, o sangue é pertencente ao
Grupo B.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a reação antígeno-anticorpo faz-se a “leitura’’ do tipo de sangue


observando a presença ou ausência de aglutinação, visto que a caracterização dos tipos
sanguíneos se dá pela presença ou ausência de aglutinogênios em suas hemácias e de
aglutininas em seu plasma.

Quanto ao sistema ABO, se houver aglutinação somente no soro anti-A, o


indivíduo possui o sangue do tipo A; se houver aglutinação somente no soro anti-B, o
indivíduo possui o sangue do tipo B, se houver aglutinação nos dois o indivíduo possui
sangue do tipo AB e se não houver aglutinação em ambos os soros anti-A e anti-B o
indivíduo possui sangue do tipo O.

Já o sistema Rh, se houver aglutinação no soro anti-Rh, significa que o indivíduo


possui o fator Rh em seu plasma e, portanto, é Rh+, e se não aglutinar, significa
ausência de fator Rh, então é Rh-.

Na realização da aula prática foi feita a tipagem sanguínea de 21 alunos e a


análise de seus respectivos tipos sanguíneos. Abaixo, verifica-se o resultado da testagem
de dois alunos (Figura 02).

Figura 02. Na imagem acima, podemos observar os resultados dos alunos Carolina e
Ruan Pablo, nos quais obtiveram o resultado O- e O+, respectivamente.

CONCLUSÃO

A realização desta prática proporcionou aos alunos do curso de Imunologia da


UFAC além de trabalhar os conceitos básicos de genética aplicada a tipagem sanguínea,
mas também a observação de uma prática laboratorial cotidiana (análise sanguínea) nas
análises clínicas.
É importante que cada pessoa conheça seu tipo sanguíneo, principalmente na
prática transfusional, pois uma transfusão sanguínea realizada com incompatibilidade
ABO pode resultar na morte de um paciente.

REFERÊNCIAS

VAZ, Adelaide José; TAKEI, Kioko; BUENO, Ednéia Casagranda. Imunoensaios:


fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 371p.

CAMPOS JÚNIOR, et al. Sistema sanguíneo sem mistério: uma proposta alternativa.
Genética na Escola, v.3, n.2, Ribeirão Preto: 2009.

DASILIO, K.L.A.; PAES, M.F. Genética no cotidiano: O sistema ABO na transfusão


sanguínea. Genética na escola, v.4, n.2, Ribeirão Preto: 2009.

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