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DISSERTAÇÃO
CURITIBA
2020
ERIKA BERGAMO SANTIAGO
Development of a Rapid Test for Determining the ABO and Rh-blood Typing Systems
CURITIBA
2020
Ao meu professor João Setti pelo carinho, presença e apoio durante toda a
minha caminhada pela UTFPR.
À minha colega e amiga Ana Lúcia Alvarez pelo apoio durante a execução dos
testes.
Aos meus pais Krystiane e Rogério, e avós Leonilda e Waldir por me darem as
ferramentas para sair da minha zona de conforto.
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 13
2.1 DIVERSIDADE IMUNOFENOTÍPICA SANGUÍNEA: UM DESAFIO QUE
PERMANECE ATUAL ÀS PRÁTICAS TERAPÊUTICAS .................................. 13
2.2 ASPECTOS MOLECULARES DOS SISTEMAS ABO E RH ....................... 15
2.3 TÉCNICAS DE IMUNOFENOTIPAGEM SANGUÍNEA… ........................... 18
2.4 DISPOSITIVOS DE TESTAGEM RÁPIDA… .............................................. 19
3 OBJETIVOS .................................................................................................. 24
3.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 24
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS… ................................................................... 24
4 MÉTODOS .................................................................................................... 25
4.1 CASUÍSTICA… .......................................................................................... 25
4.2 PLANEJAMENTO DO ESTUDO ................................................................ 25
4.3 MONTAGEM DOS PROTÓTIPOS… .......................................................... 26
4.4 PREPARO DOS REAGENTES… ............................................................... 27
4.4.1 Tampão Carbonato .................................................................................. 27
4.4.2 Solução BSA 1% ..................................................................................... 28
4.4.3 Solução BCG........................................................................................... 28
4.5 TRATAMENTO DAS MEMBRANAS… ........................................................ 28
4.5.1 Tratamento do Hydrophobic pad ............................................................. 28
4.5.2 Tratamento do Antibody pad.................................................................... 28
4.5.3 Tratamento da Zona de detecção ............................................................ 29
5 RESULTADOS ..................................................................................................... 30
5.1 VIABILIDADE DO SISTEMA COMO VF .................................................... 30
5.1.1 Whatman n.1 e n.4 como Antibody pad ................................................... 30
5.1.2 Whatman n.1 como Hydrophobic pad ..................................................... 31
5.1.3 Membrana SEFAR PETEX® como Hydrophobic pad.............................. 32
5.1.4 Volume de Amostra ................................................................................. 33
5.2 TESTAGEM DO CARTUCHO COM AMOSTRAS CONHECIDAS… .......... 33
5.2.1 Análise das Reações Colorimétricas dos Sistemas ABO e Rh ............... 35
5.2.2 Região controle ....................................................................................... 36
5.2.3 Análise dos Cartuchos como Protótipo Pré-Comercial ............................ 36
5.3 Preparo para Dispositivo de Point of Care.................................................. 37
6 DISCUSSÃO ................................................................................................ 39
6.1 ANÁLISE DE MEMBRANAS WHATMAN COMO ANTIBODY PAD ............. 40
6.2 ANÁLISE DO HYDROPHOBIC PAD ............................................................... 40
6.3 VOLUME DE AMOSTRA… ........................................................................ 41
6.4 UTILIZAÇÃO DOS CARTUCHOS PRODUZIDOS POR IMPRESSÃO 3D 42
6.5 ANÁLISE DOS SISTEMAS ABO E RH NOS PROTÓTIPOS… .................. 42
6.6 TESTES PARA A PORÇÃO CONTROLE… ............................................... 43
6.7 ANÁLISE DOS CARTUCHOS FRENTE A AMOSTRAS REAIS… ..............43
6.8 TESTE RÁPIDO DE TIPAGEM SANGUÍNEA EM MODELO DE POINT OF
CARE… ................................................................................................ 44
7 CONCLUSÃO ............................................................................................... 45
8 PERSPECTIVAS FUTURAS…..................................................................... 48
REFERÊNCIAS… ............................................................................................ 49
12
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
doador não poderá possuir o tipo sanguíneo para o qual o paciente possui
anticorpos. Esta relação de compatibilidade está representada na Figura 1.
Figura 4. Exemplo de reações com e sem aglutinação. A partir de uma amostra A+, é possível
verificar a reação das hemácias sanguíneas quando são postas em contato com aglutininas
anti-A, anti-B e anticorpor anti-RhD, respectivamente. Quando em contato com os soros anti-A
e anti-Rh, observa-se o aparecimento de grumos, indicando a aglutinação das hemácias.
ocasionada pela reação com aglutininas anti-A, anti-B e anticorpos anti-Rh (ZHANG
et al, 2017).
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3 OBJETIVOS
4 MÉTODOS
4.1 Casuística
Sample pad
Antibody pad
Hydrophobic pad
Zona de detecção
carbonato 0,5M. Esta solução foi diluída na proporção 1:5 em água destilada para
obtenção do tampão carbonato 0,1M. Este teve seu pH ajustado em 9,2.
Os papéis filtro que compõem o Antibody pad foram preparados com papel
Whatman n.1 e n.4, tratados com solução tampão carbonato e com anticorpos anti-
A, anti-B, anti-RhD e anti-IgG humano (Fresenius). Primeiramente todas as
membranas foram imersas em solução tampão carbonato por 10 minutos e secas
em temperatura ambiente por 2h. Após secas, as membranas foram separadas em 4
conjuntos, cada um recebendo o tratamento de um dos anticorpos. Cada membrana
foi submersa em uma solução de anticorpo por 10 minutos, e depois secou em
temperatura ambiente por 2h. Após o tratamento, as membranas foram guardadas
separadamente por tipo de anticorpo em recipiente fechado e armazenadas entre 2
a 8°C em refrigerador.
5 RESULTADOS
Figura 8. Comparação com Antibody pads utilizando papel Whatman n.1 e n.4. Na imagem da
esquerda, a membrana utilizada para tratamento do Antibody pad foi o Whatman n.1, e na
imagem da direita, o Whatman n.4. O anticorpo anti-A foi utilizado para tratamento, e a amostra
A+ foi utilizada para teste. Na imagem, as setas vermelhas indicam os pontos onde houve
aparecimento do complexo azul, indicando presença de reação nas membranas.
Figura 9. Análise de Hydrophobic pad. Nas imagens A e B, foram utilizados anticorpos Anti-B
no Antibody pad, sendo que no B a montagem contou com o Hydrophobic pad e no A não. Nas
imagens C e D foram utilizados anticorpos anti-A, no D com Hydrophobic pad e no C sem esta
membrana. O sangue testado possuía tipagem AB+, sendo esperado a reação entre as
hemácias nos quatro protótipos.
A membrana SEFAR PETEX® de menor espessura (75 µm) que o papel filtro
Whatman n.1 (180 µm) foi testada em comparação com a Whatman n.1 como
Hydrophobic pad.
Figura 10. SEFAR PETEX® e Whatman n.1 como Hydrophobic pad. À esquerda a membrana
Whatman n.1 como Hydrophobic pad. À direita a membrana SEFAR PETEX®. Foi utilizado
anticorpo anti-A no Antibody pad e amostras de tipagem A+. Na imagem, as setas vermelhas
indicam os pontos onde houve aparecimento do complexo azul, indicando presença de reação
nas membranas.
Figura 11. Análise do comportamento dos protótipos com o aumento do volume de amostra.
Todos os protótipos possuíam como Antibody pad anticorpos anti-A, e foram testados com um
sangue de tipagem A+. Na imagem, as setas vermelhas indicam os pontos onde houve
aparecimento do complexo azul, indicando presença de reação nas membranas.
Figura 12. Modelo do cartucho aberto impresso por impressora 3D. O modelo possui 4
aberturas independentes para entrada de amostra, dispostas em duas placas. As placas foram
desenhadas para serem complementares entre si, podendo ser encaixadas uma em cima da
outra. Após encaixadas, os dois encaixes laterais unem as placas, realizando a prensa das
membranas em seu interior.
Figura 14. Posicionamento das membranas dentro do cartucho. Cada abertura possui um
conjunto de membranas diferenciadas por seu Antibody pad.
Figura 15. Visualização das reações do sistema ABO Rh nos cartuchos. Na imagem, as setas
vermelhas indicam os pontos onde houve aparecimento do complexo azul, indicando presença
de reação nas membranas.
Figura 16. Teste de anticorpos anti-IgG humano atuando como controle no protótipo. As
membranas foram montadas da mesma forma como em testes com outros anticorpos, e então
as amostras de sangue de diferentes tipagens foram testadas.
Figura 17. Cartuchos completos testados com amostras de diferentes tipagens sanguíneas. Na
imagem, as setas vermelhas indicam os pontos onde houve aparecimento do complexo azul,
indicando presença de reação nas membranas.
Figura 18. Modelo do dispositivo para encaixe das membranas em equipamento de POC. As
membranas foram montadas na seguinte ordem (de cima para baixo): anticorpos anti-A, anti-B
e anti-RhD.
Figura 19. Teste com o dispositivo para POC. O modelo sem adesivo amarelo corresponde a
uma amostra de tipagem A+, e a imagem com adesivo a uma amostra B-.
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÃO
Apesar não ter sido possível a diminuição do protótipo para seu encaixe em
um equipamento de POC, a primeira versão do protótipo em cartucho fabricado por
manufatura aditiva mostrou-se satisfatória, com a demonstração correta dos
sistemas ABO e Rh a partir das amostras padrão utilizadas. Esse bom desempenho
observado guiará análises futuras para aprimoramento deste teste, tornando-o mais
robusto para a sua aplicação comercial.
Este primeiro protótipo possui elevada relevância e ineditismo com relação a
testes rápidos para tipagem sanguínea, podendo no futuro auxiliar o atendimento de
pacientes em situações de emergência e ampliar o acesso à saúde em áreas
remotas.
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8 PERSPECTIVAS FUTURAS
REFERÊNCIAS
AVENT, N. D.; REID, M. E. The Rh blood group system : a review The Rh blood
group system : a review. The American Society of Hematology, v. 95, n. 2, p. 375–
387, 2011.
DEAN L. Blood Groups and Red Cell Antigens. Bethesda (MD): National Center
for Biotechnology Information (US); 2005. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2267/
DIAMOND, L. K.; et al. The Clinical Importance of the Rh Blood Type. The New
England Journal of Medicine, v. 299, p. 230–234, 1945.
JIANG, N., et al. Lateral and Vertical Flow Assays for Point‐of‐CareDignostic.of‐of‐CareDignostic.Care Diagnostics.
Advanced Healthcare Materials, 1900244. 2019.
MERCK MILIPORE. Rapid Lateral Flow Test Strips - Consideration for product
development. Merck Milipore, 2013. Disponível em:
www.merckmilipore.com.br/office
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