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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS PARAGOMINAS
CURSO DE AGRONOMIA

BÁRBARA PRATES AMARAL DE SOUZA

Sementes de Parkia multijuga Benth, submetidas a tratamentos pré-germinativos

PARAGOMINAS
2019
BÁRBARA PRATES AMARAL DE SOUZA

Sementes de Parkia multijuga Benth, submetidas a tratamentos pré-germinativos.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Engenharia Agronômica da
Universidade Federal Rural da Amazônia como
requisito para obtenção do grau de Engenheira
Agrônoma – Área de concentração em
Tecnologia e Produção de Sementes.
Orientadora: Dr.ª Bárbara Rodrigues de Quadros.

PARAGOMINAS
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal Rural da Amazônia

Bibliotecário: Milton Fernandes – CRB-2 1325

Souza, Bárbara Prates Amaral de

Sementes de Parkia multijuga Benth, submetidas a


tratamentos pré-germinativos / Bárbara Prates Amaral de Souza
– Paragominas, PA, 2019.

30 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em


Engenharia Agronômica) - Universidade Federal Rural da
Amazônia, 2019.

Orientadora: Profª. Drª. Bárbara Rodrigues de Quadros

1. Germinação - Parkia multijuga Benth 2. Dormência 3.


Emergência I. Souza, Bárbara Prates Amaral de II. Quadros,
Bárbara Rodrigues de (orient.) III. Título.

CDD – 581.467
Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os
seus planos serão bem-sucedidos.
(Provérbios 16:3)
AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por tudo. Por toda a coragem, luz, determinação e força na escolha
da direção correta a tomar e por dar-me a oportunidade de estar finalizando mais essa etapa da
minha vida. Agradeço à Ele por todas as vitórias e conquistas alcançadas durante minha
jornada aqui na terra.
Aos meus pais pelo amor, cuidado e incentivo. Meu eterno agradecimento à minha
mãe, Adenildes Prates, que sempre acreditou em mim e mesmo com dificuldades me ajudou a
concretizar este sonho e a não desistir. Ao meu pai, Valdeir Messias, por me encorajar sempre
e ser o melhor apoio que eu poderia desejar. Obrigada por serem os melhores avós do mundo
e serem amparo quando não pude estar com meu filho. Obrigada por me ensinarem valores
que levarei para a minha. Vocês são meus primeiros amores e meus maiores exemplos.
Às minhas queridas irmãs caçulas Vitória e Yasmim Prates que sempre torceram por
mim. À minha irmã mais velha, Deborah Prates, pelo apoio, amor e por confiar a mim a honra
de ser a primeira da nossa irmandade a concluir o ensino superior.
Ao meu sobrinho Ruan Prates por ser um pedaço da minha alegria nessa jornada.
Ao meu amado esposo, Diones Alves, por sempre estar ao meu lado me apoiando em
minhas decisões, sendo compreensivo e sonhando junto comigo. Ao meu filho, Enzo Prates,
que foi minha força e o motivo para não desistir. Vocês são o maior presente que Deus
poderia ter me dado nesta vida.
À Prof. Dra. Bárbara Rodrigues Quadros, minha orientadora, e ouso dizer amiga, pela
confiança em mim depositada. Agradeço por ter acreditado no meu potencial e por todas as
oportunidades que me deu. Sabe que é muito mais que um orientador, que além de sabedoria e
competência, possui uma grande determinação, dinamismo e carisma, que a tornam uma
pessoa muito especial e faz com que todos queiram estar à sua volta. A considero uma
excelente profissional e uma pessoa melhor ainda. Muito obrigado Bárbara, por tudo.
Aos meus amigos, José Rodrigo, Andressa Froz, Julyane Sued, Ireny Sousa e Devid
Santana, que de maneira distante ou próxima, sempre estiveram ao meu lado quando foi
preciso e pelos momentos divertidos que só amigos podem proporcionar.
À Universidade Federal Rural da Amazônia – Campus de Paragominas, à coordenação
do curso de Agronomia, na pessoa do Prof. Dr. Luís Freitas, e a todos os professores,
funcionários e colegas que fizeram parte da minha vida acadêmica durante esses anos. Meu
muito obrigada, sem vocês essa etapa da minha vida não seria concluída.
RESUMO

A Parkia multijuga é uma espécie florestal que ocorre em florestas de terra firme e várzea alta
em solo argiloso da região amazônica. Na prática florestal é desejável que as sementes
germinem o mais rápido possível, assim o objetivo deste trabalho foi testar tratamentos pré-
germinativos em sementes de Parkia multijuga. Os tratamentos foram constituídos por: T1-
Testesmunha, T2-Imersão em água destilada durante 24 horas, T3-Imersão em água quente a
40°C, - T4-Escarificação mecânica do tegumento com lixa e T5- Imersão em ácido sulfúrico
(H2SO4) concentrado. Foram avaliados o ter de água das sementes, peso de mil sementes,
emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência de plântulas, tempo médio de
emergência de plântulas, sementes duras e mortas ao final do experimento. Para a comparação
dos tratamentos foram utilizados os Testes Stepwise Step-down e de Tukey. Entre os
tratamentos para superação de dormência destacaram-se a escarificação ácida e a
escarificação mecânica.

Palavras-chave: Fava arara tucupi, Emergência, Dormência


ABSTRACT

The Parkia multijuga is a forest species that occurs in upland forest and meadow high in clay
soil of the Amazon region. In the forestry practice it is desirable that the seeds germinate as
quickly as possible. So the aim of this study was to test pre-germination treatments in seeds of
Parkia multijuga. The treatments were evaluated: T1-Testesmunha, T2-Immersion in distilled
water for 24 hours, T3-immersion in hot water at 40 ° C - mechanical T4-scarification of the
seed coat with sandpaper and T5 Immersion in sulfuric acid (H2SO4) concentrated. We
evaluated the need to water the seeds, weight of thousand seeds, seedling emergence, seedling
emergence speed index, average time of seedling emergence, hard seeds and dead at the end
of the experiment. For comparison of treatments were used for tests Stepwise step-down and
Tukey. Between treatments to overcome dormancy highlights were the acid scarification and
mechanical scarification.

Key words: Fava macaw tucupi, Emergency, Dormancy


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Porte arbóreo (A), fuste (B) e folhas (C) da Parkia multijuga................................14

Figura 2 - Flores (A), fruto (B) e sementes (C) de Parkia multijuga......................................15

Figura 3 - Semeadura das sementes de Parkia multijuga........................................................22

Figura 4 - Plântula de Parkia multijuga considerada como emersa........................................23


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Influência dos tratamentos pré-germinativos sobre a emergência de plântulas (EP),


índice de velocidade de emergência de plântulas (IVE) e tempo médio de emergência de
emergência de plântulas (TME) de Parkia multijuga..............................................................26

Tabela 2 - Percentagem de sementes mortas e duras de Parkia multijuga..............................28


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 11
1.1 Objetivos ................................................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 13
1.1.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 13
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 14
2.1 Espécie Parkia multijuga (Benth.)............................................................................. 14
2.2 Dormência de sementes............................................................................................. 16
2.3 Dormência tegumentar ............................................................................................. 18
2.4 Métodos artificiais para superação de dormência tegumentar ............................... 19
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 21
3.1 Localização e caracterização da área experimental ................................................ 21
3.2.2 Grau de umidade ......................................................................................................... 21
3.3 Tratamentos .............................................................................................................. 22
3.4 Instalação e realização do experimento .................................................................... 22
3.5 Características avaliadas .......................................................................................... 23
3.5.1 Emergência de plântulas ............................................................................................. 23
3.5.2 Índice de velocidade de emergência de plântulas ......................................................... 23
3.5.3 Tempo médio de emergência de plântulas ................................................................... 24
3.5.4 Sementes duras e mortas ............................................................................................. 24
3.6 Análise de dados ........................................................................................................ 25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 26
5 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 29
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 30
11

1 INTRODUÇÃO
Considerada a maior reserva florestal contínua do mundo, a Amazônia possui grande
potencial alimentício e farmacológico se mostrando de grande importância para a
humanidade. Entretanto, sua diversidade encontra-se ameaçada, já que seus recursos florestais
são amplamente explorados de forma desordenada, principalmente pela retirada de produtos
florestais madeireiros, o que tem ocasionado uma perda significativa deste banco natural de
germoplasma (MELO, 2011; SILVA et al., 2017).
Nos últimos anos houve um aumento significativo visando a recuperação de áreas
degradadas e a utilização de sistemas agroflorestais. De acordo com o Ministério da
Agricultura e Pesquisa Agropecuária - MAPA (2013), a recuperação de pelo menos 15
milhões de hectares de áreas degradadas até o ano de 2020 é uma das metas para o programa
do governo federal de redução da emissão de gases de efeito estufa. Contudo, pouco se
conhece sobre o comportamento silvicultural das espécies nativas utilizadas nesse processo,
devido à vasta diversidade florestal encontrada em território nacional, o que acarreta em
longas e demoradas pesquisas (MELO, 2011; PELISSARI, 2013).
Apesar do aumento considerável dos estudos com sementes de espécies florestais, para
a grande maioria delas ainda não se dispõe de informações básicas referentes à dados físicos,
superação de dormência, entre outros (MELO, 2011). Segundo Santos (2012) a semente é a
principal forma de propagação da grande maioria das espécies florestais arbóreas da
Amazônia, e características como uniformidade, alta porcentagem e rapidez no seu processo
de germinação, além de alta sobrevivência, se tornam exigências em plantios comerciais para
que sua produção se torne economicamente viável, além de se obter mais sucesso em
programas de reflorestamento.
No entanto, nem sempre é possível a obtenção de sementes com todas as
características desejáveis, se tornando indispensável o conhecimento a respeito das condições
ideais para que o processo de germinação ocorra normalmente, principalmente pelo fato de
que as espécies podem apresentar respostas variadas em função de diferentes fatores, como
dormência, viabilidade, condições ambientais, que envolve água, luz, temperatura oxigênio e
ausência de patógenos, associados ao tipo de substrato utilizado (CARVALHO;
NAKAGAWA, 2012; SILVA et al., 2017).
Nesse contexto, Nascimento et. al. (2009) apontam como principal fator limitante da
propagação de espécies florestais amazônicas, o alto grau de dormência tegumentar nas
sementes, o que impede a entrada de água e, consequentemente, a germinação e emergência
12

da plântula. Fowler e Bianchetti (2000) caracterizam a dormência por sementes que não
germinam mesmo sendo viáveis e expostas às condições ambientais favoráveis. Ainda que na
natureza é um recurso usado pelas plantas produtoras de sementes para perpetuação de suas
espécies aumentando sua chance de sobrevivência e diminuindo o risco de extinção da
espécie, se constitui num fator limitante à sua propagação, tendo em vista que apenas pequena
porcentagem das sementes germina em condições naturais (CARVALHO e NAKAGAWA,
2000; OLIVEIRA et al., 2003; NASCIMENTO et. al., 2009).
Dentre as espécies nativas, a dormência tegumentar é uma característica hereditária
das leguminosas, ocorrendo com maior freqüência nas subfamílias Caesalpinioideae e
Mimosoideae. As sementes da Parkia multijuga, pertencente à família Fabaceae, apresentam
dormência devido à impermeabilidade do tegumento (FOWLER & BIANCHETTI, 2000)
A P. multijuga, conhecida popularmente no Pará como fava-arara-tucupi, é uma
espécie tropical com ocorrência em matas de terra firme e várzea alta, possui madeira de
baixa densidade que pode ser utilizada na fabricação de compensados, caixotes e brinquedos.
Também é considerada uma alternativa para arborização e plantio de áreas degradadas,
visando à recomposição da vegetação, devido seu rápido crescimento (CARVALHO, 2009;
LORENZI, 2009).
Dessa forma, as pesquisas relacionadas à espécie P. multijuga são fundamentais, tanto
sob o aspecto ecológico como econômico, pois se tornam relevantes na elaboração de projetos
importantes, principalmente para as atividades de reflorestamento e para plantios comerciais
(ROCHA et al., 2014).
Consta na literatura uma diversidade de métodos para a quebra de dormência de
sementes florestais (NUNES, 2011; OLIVEIRA et al., 2012; PELISSARI, 2013; SANTOS,
2015) sendo a escarificação química e mecânica as práticas mais comuns. Porém, a aplicação
e eficiência desses tratamentos dependem do grau de dormência tergumentar e é variável entre
diferentes espécies, procedências e anos de coleta (OLIVEIRA et al., 2003). Com isso, tem-se
a necessidade de testar métodos práticos de superação da dormência que melhorem a
germinação e o desenvolvimento das plântulas, no intuito de o estabelecimento inicial de
plantas no campo (NASCIMENTO et. al., 2009).
13

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho foi testar tratamentos pré-germinativos em sementes de


Parkia multijuga com a finalidade de superar a dormência tegumentar da espécie.

1.1.2 Objetivos específicos

Avaliar a emergência de plântulas, o índice de velocidade de emergência de plântulas


e o tempo médio da emergência de plântulas de Parkia multijuga submetidas a tratamentos
pré germinativos para superação da sua dormência;
Avaliar o percentual de sementes duras e mortas ao final do teste de emergência de
plântulas de Parkia multijuga submetidas a tratamentos pré-germinativos para superação da
sua dormência.
14

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Espécie Parkia multijuga (Benth.)

O gênero Parkia, da família Leguminosae, é encontrada por toda floresta Amazônica,


onde existem aproximadamente 30 espécies, metade destas ocorre nos neotrópicos de
Honduras até o sudeste do Brasil, onde a temperatura varia de 20 à 35°C e a predominância de
solos argilosos (CARVALHO, 2009; OLIVEIRA, 2012). Entre as espécies florestais de
potencial econômico pertencentes ao gênero, encontra-se a Parkia multijuga Benth. (SILVA,
2012), também conhecida como fava-arara-tucupi, benguê, visgueiro, faveira-benguê, faveira-
branca, paricá-grande-de-terra-firme, varjão, barjão, favão, pinho-cuiabano, angico-da-folha-
grande e faveira-maracá (BIANCHETTI et al.,1998; NUNES et al., 2010; MELO et al., 2014;
ROCHA et al., 2014).
É uma árvore de comportamento sempre-verde ou perenifólio de mudança foliar e
possui um porte significativo de 20 a 30 m, sendo que as árvores maiores atingem dimensões
próximas a 40 m de altura e 100 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do
solo) na idade adulta. O fuste pode medir até 15m de comprimento e é reto, cilíndrico, com
casca acinzentada e fina que se desprende facilmente do tronco e exala um forte odor de
legume. A copa é globosa ou ligeiramente em forma de guarda-chuva possuindo folhas
compostas bipinadas, dispostas em espiral (figura 1) (CARVALHO, 2009; CARRERO et al.,
2014).

Figura 1. Porte arbóreo (A), fuste (B) e folhas (C) da Parkia multijuga.

A B C

FONTE: Carvalho, 2009; Pelissari, 2012; Carrero et al., 2014.

É uma espécie que possui inflorescências dispostas em capítulos globulares eretos


sobre a folhagem, com uma quantidade numerosa de flores hermafroditas de cores creme-
amareladas (figura 2). A sua floração ocorre em diferentes épocas do ano de acordo com o
15

local de sua ocorrência. Em agosto, no Acre; em setembro, em Rondônia; de setembro a abril,


no Amazonas, e de setembro a maio, no Pará. Uma outra característica dessa espécie é a
síndrome de polinização quiropterófila - polinização feita por morcegos (BIANCHETTI et al.,
1997; CARVALHO, 2009).
Os frutos da Parkia multijuga são do tipo legume, característico da família
Leguminosae. São lenhosos, indeiscentes, planos, curvados, e medem em média 20cm a 25cm
de comprimento por 7cm a 10cm de largura. São frutos estipitado que escurecem quando
chegam em sua fase de maturação, sendo sustentados num pedúnculo erguido. Em cada fruto
há cerca de 14 sementes de coloração marrom-escura a preta, que medem cerca de 3,4 cm a
5,2 cm de comprimento por 1,2cm a 1,8cm de largura. As sementes são grandes e alongadas,
contudo, apresenta uma forma tri-dimensional de difícil caracterização (figura 2), além de
apresentar dormência física, imposta pelo tegumento duro e impermeável à água. A dispersão
dos frutos e sementes é autocórica, do tipo barocórica – por gravidade (CARVALHO, 2009;
PELISSARI, 2013; CARRERO et al., 2014).

Figura 2. Flores (A), fruto (B) e sementes (C) de Parkia multijuga.

A B C

FONTE: Pelissari, 2013; Cruz e Pereira, 2015; Carrero et al., 2014.

De modo geral as espécies de Parkia são de interesse madeireiro no Estado do Pará,


sendo bem comercializadas em vários ramos da indústria (FARO, 2016). Dentre essas
espécies a Parkia multijuga possui o tipo de madeira adequada para produção de celulose e
papel, porém possui outras utilidades comerciais como, por exemplo, fabricação de canoas -
atividade comercial característica do Equador, de molduras, compensados, engradados,
brinquedos, produção de energia, (CARVALHO, 2009), construção civil, móveis, carpintaria,
assoalhos e tacos (CARRERO et al., 2014). Também pode ser empregada com sucesso no
paisagismo, principalmente na arborização urbana e de praças públicas (MELO, 2011) além
16

de ser uma excelente alternativa para recuperação de áreas degradadas, por apresentar um
rápido crescimento (LORENZI, 2009).

2.2 Dormência de sementes

As espécies florestais nativas vêm ganhando grande importância na pesquisa para


obtenção de dados técnicos que tornem viável a produção de mudas adequadas para diferentes
finalidades. As sementes são essenciais na sobrevivência dessas espécies florestais
simbolizando sua perpetuação, se tornando, dessa forma, a parte mais importante no processo
de produção de mudas de essência nativa. (LORENZI, 2002; ABDO; FABRI, 2015).
O desenvolvimento das sementes se divide em três fases, a divisão celular, o
armazenamento de reservas e fase de dormência, que acontece principalmente com as
sementes ortodoxas. Após seu desenvolvimento, a germinação ocorre em decorrência das suas
características morfofisiológicas e os fatores ambientais, assegurando a retomada do
crescimento do embrião para a formação de uma nova plântula (CARDOSO, 2009;
FONSECA; ABREU, 2017).
Entretanto, Molizane (2012) diz que, sementes de diversas espécies podem
desenvolver mecanismos que impedem a germinação mesmo sob condições favoráveis,
caracterizando diferentes tipos de dormência, no qual é transmitida geneticamente, ou ao final
da maturação, sendo neste ultimo necessário condições especificas para superá-lo.
Para Abdo e Fabri (2015) a dormência é “um processo que retarda ou impede a
germinação das sementes e consiste num mecanismo evolutivo que procura resguardar a
perpetuação da espécie, mantendo-as viáveis por longos períodos de tempo, germinando de
forma esparsa sob determinadas condições”. Nas espécies florestais nativas é comum a
presença de sementes que necessitam de quebra de dormência para que haja germinação,
mesmo em condições ambientais aparentemente favoráveis (BEWLEY; BLACK, 1994).
Segundo Cardoso (2009) a dormência de sementes é normalmente definida como uma
condição negativa, ou seja, um estado em que uma semente viável falha em germinar sob
condições ambientais „favoráveis‟ ou „normalmente adequadas‟ à germinação. Por outro lado,
Costa e Leal (2010) afirmam que tais ambientes desfavoráveis, que elabora essa resistência ao
mecanismo, se torna essencial para a semente, no qual o impedimento estabelecido pela
dormência se constitui numa estratégia benéfica, pela distribuição da germinação ao longo do
tempo, aumentando a probabilidade de sobrevivência da espécie.
17

Rodrigues e Martins (2012) relacionam a adaptação das espécies aos diferentes


ambientes e às dinâmicas dos ecossistemas com os mecanismos de dormência:
Assim, em climas áridos, muitas espécies apresentam dormência, pois devem ser
capazes de se manter viáveis até a chegada do período das águas para iniciar o
desenvolvimento. Outras requerem a lavagem pela chuva de substâncias que inibem
a germinação, e por isso permanecem dormentes no solo até o período mais úmido.
Por outro lado, em matas tropicais úmidas, as sementes que caem das árvores podem
tanto germinar imediatamente como permanecer no solo por encontrar obstáculos à
entrada de água e oxigênio ou pela redução da quantidade de luz incidente
(RODRIGUES; MARTINS, 2012. p.20).

Os principais fatores externos que possuem influência sobre o processo germinativo


das sementes são a água, favorecendo a retomada dos processos metabólicos, a luz,
controlando o tempo de germinação, e a temperatura, que pode afetar as reações bioquímicas
que determinam todo o processo germinativo. Além das condições ambientais, características
da própria semente podem impedir a germinação, sendo a causa da dormência a semente e
não o ambiente (FONSECA; ABREU, 2017). Cardoso (2004) descrevem a dormência em
sementes em decorrência de fatores endógenos e exógenos.
A dormência endógena está relacionada a algum bloqueio que o embrião apresenta, ou
seja, mesmo quando a remoção do tegumento da semente viável não permite que a mesma
germine (MOLIZANE, 2012). Segundo Fowler e Bianchetti (2000), existem os cotilédones e
as substancias inibidoras de germinação estão envolvidos nessa dormência. A constatação foi
feita quando os cotilédones foram retirados do embrião dormente, sendo que estes
continuaram a se desenvolverem, concluindo então, que os cotilédones exercem
aparentemente algum efeito inibidor da germinação sobre o eixo embrionário.
Essa dormência pode ser subdividida em fisiológica, onde a dormência é causada por
fatores relacionados a processos fisiológicos e pela ausência de substâncias essenciais para a
germinação física ou presença de substancias que inibem a germinação; morfológica, causada
pela imaturidade do embrião, exigindo condições especiais para completar seu
desenvolvimento; e morfofisiológica, quando mais de um fator pode estar impedindo
germinação, não se pode afirmar se a dormência é decorrente de características morfológicas
ou fisiológicas (RODRIGUES; MARTINS, 2012).
No caso da dormência exógena ou tegumentar, as sementes viáveis não germinam,
mesmo sob condições favoráveis. Porém, em muitos casos, o embrião destas quando isolado,
germina normalmente. Esta é a mais comum das categorias de dormência, e está relacionada
com a impermeabilidade do tegumento ou do pericarpo à água e ao oxigênio, com a presença
de inibidores químicos no tegumento ou no pericarpo, tais como a cumarina ou o ácido
18

parasórbico, ou com a resistência mecânica do tegumento ou do pericarpo ao crescimento do


embrião (FOWLER; BIANCHETTI, 2000).

2.3 Dormência tegumentar

Na ausência de dormência, a embebição de uma semente fisiologicamente madura


causa a reativação do seu sistema metabólico, complementado pela síntese de novos
compostos que levam à divisão e à expansão celular, resultando na retomada do crescimento
do embrião e o crescimento da raiz primaria. Assim sendo a agua é considerado um fator
primordial para a formação de uma nova plântula (VILELLA, 2007). No entanto uma grande
parte das sementes de espécies florestais apresentam características que impedem a entrada de
agua e oxigênio no seu interior, impedindo as reações bioquímicas necessárias para a
germinação.
Na semente, o tegumento funciona como uma forma de proteção contra intempéries
que possam afetar o seu interior e, consequentemente, seu vigor e viabilidade. Em outros
casos o tegumento desempenha um papel de barreira física impedindo a entrada de água.
Nesse caso, Cardoso (2009) caracteriza as sementes com dormência exógena e/ou tegumentar
e essa pode estar associada à resistência mecânica ou sinalização molecular restritiva exercida
pelos tecidos extra-embrionários, à impermeabilidade à água, ou à presença de possíveis
inibidores químicos nos tecidos extra-seminais.
Basicamente, o tegumento é formado por quatro camadas, a mais externa é a cutícula
cerosa, formada por uma camada de cera que tem espessura variada e é a primeira barreira
para que ocorra a embebição. A segunda é a epiderme, formada por apenas uma camada de
células paliçadas e alongadas perpendicularmente à superfície externa da semente, chamada
de macroesclereides e é muito comum em espécies da família Fabaceae, onde o nível de
lignificação da camada paliçada de suas sementes é superior se comparadas com outras
espécies. A hipoderme é formada por uma única camada de células em formato de ampulheta,
chamadas de osteoesclereides, separados por amplos espaços intercelulares formando, assim,
a terceira camada. A quarta e última camada é formada por parênquima contando de seis a
oito camadas de paredes finas tangencialmente alongadas e distribuídas uniformemente. No
tegumento maduro, as células do parênquima muitas vezes são parcialmente ou
completamente condensadas (PEREZ, 2004; MOLIZANE, 2012).
Segundo Molizane, (2012) a espessura do tegumento, por si só, não indica seu grau de
impermeabilidade:
19

O mecanismo bioquímico no processo de endurecimento varia de acordo com a


espécie e genótipo. Algumas sementes tem a impermeabilidade relacionada com a
cutícula cerosa, para outras espécies está relacionado com a presença de altos níveis
de cálcio e fósforo. É possível citar, ainda, a presença de quinonas na camada
paliçada ou na hipoderme. Há sementes que apresentam uma camada de fenóis, falta
de poros, presença da linha lúcida, cutina na região do hilo, cera presente entre as
células da camada paliçada e, ainda, níveis elevados de lignina na base da camada de
macroesclereides e topo de osteoesclereides e a calose presente na linha lúcida,
todos como potenciais causadores de impermeabilidade à água (MOLIZANE, 2012.
pag. 19).

Dessa forma, a embebição e por conseguinte a quebra de dormência estão


intrinsicamente ligados à formação de aberturas em estruturas anatômicas especializadas, por
exemplo, o hilo e a lente, que ficam localizadas no tegumento da semente, ocasionando uma
diminuição da resistência à entrada de água no seu interior. Na natureza muitas situações se
encarregam de eliminar os fatores que induzem a dormência, como a passagem pelo trato
digestivo de aves ou outros animais, formação de clareiras com entrada de luz e o frio do
inverno, por microorganismos e a acidez presente no solo. Mas, para a produção de mudas
comerciais esse processo natural pode inviabilizar a atividade e deve-se acelerar a germinação
com as chamadas técnicas de quebra de dormência (MOLIZANE, 2012; RODRIGUES &
MARTINS, 2012).

2.4 Métodos artificiais para superação de dormência tegumentar

Para os casos de dormência tegumentar há duas formas mais eficazes para sua
superação, que são a escarificação química e a mecânica. A escarificação química consiste na
imersão das sementes em substâncias abrasivas, que promovam a corrosão do tegumento sem
danificá-las como ácido sulfúrico, água oxigenada e acido muriático por um período e
temperatura variável conforme o tipo de semente (RODRIGUES; MARTINS, 2012; ABDO;
FABRI, 2015).
A celulose e a lignina estão entre os principais componentes das paredes celulares, de
modo que a escarificação química por ácido sulfúrico se torne altamente eficaz, já que o
mesmo combinado com determinada temperatura tem a capacidade de quebrar as cadeias da
celulose, liberando assim a glicose, além de penetrar na lignina promovendo sua
decomposição. Apesar da larga utilização do ácido sulfúrico para a superação de dormência
em sementes, pouco se sabe a respeito dos efeitos deletérios da ação desse ácido no
tegumento da semente. (MOLIZANE, 2012).
20

O processo de abrasão ou raspagem da sementes para que o tegumento seja


desgastado, tornando-se permeável à água e ao oxigênio, é chamado de escarificação
mecânica. Esse tipo de quebra de dormência é viável e eficaz, porém, devem-se tomar
cuidados para não exceder o limite de escarificação do tegumento para não causar danos e
atrapalhar a germinação. Curvas de embebição de amostras de sementes escarificadas
mecanicamente e sementes não escarificadas podem servir como indicadores dessa
modalidade de dormência. É provável que, em alguns casos, os tegumentos e envoltórios da
semente também possam restringir a difusão de oxigênio, principalmente em temperaturas
mais elevadas, as quais tendem a diminuir a solubilidade do oxigênio na água e, portanto,
reduzir sua disponibilidade para o embrião (SANTOS et al., 2004; MOLIZANE, 2012).
Rodrigues e Martins (2012) ainda relatam outros tipos de superação de dormência,
como a imersão em água quente, onde as sementes são colocadas em água quente e a
temperatura e o tempo de imersão são determinados de acordo com a espécie; e imersão em
água fria, onde o método é empregado, na maioria das vezes, para casos de espécies que não
são consideradas dormentes, porém apresentam germinação lenta ou que, devido ao transporte
e ao período de armazenamento, se desidrataram. Há ainda a imersão em água à temperatura
ambiente por um período de 24 horas que facilita e homogeneiza a germinação.
21

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização e caracterização da área experimental

O experimento foi instalado e conduzido no viveiro da Universidade Federal Rural da


Amazônia, no município de Paragominas. O município está localizado a sudeste do Estado do
Pará, situado a 2° 59‟ S e 47° 21‟ O, com altitude média de 89 m, apresentando um clima do
tipo “Aw”, com temperatura média anual de 26,3°C e precipitação pluviométrica 1.743
mm/ano (ALVES et al., 2014).
As sementes de P. multijuga foram adquiridas na Associação das Indústrias
Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX).

3.2 Determinações preliminares

3.2.1 Peso de mil sementes

Para determinar o peso de 1000 sementes, foi efetuada a pesagem de oito sub
amostras de 100 sementes, em balança analítica com sensibilidade de 0,0001g. Em seguida
foram calculados a variância, desvio padrão e coeficiente de variação. O peso de 1000
sementes foi calculado pela multiplicação por 10 do peso médio obtido nas sub amostras,
segundo recomendações das Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009).

3.2.2 Grau de umidade

O teor de água das sementes foi determinado utilizando-se o método da estufa a 105 ±
3 ºC por 24 horas, segundo as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009), utilizando-
se duas repetições contendo 50g de sementes cada. A porcentagem de umidade foi calculada
na base do peso úmido, aplicando-se a seguinte fórmula:

Onde:

P = peso inicial, peso do recipiente e sua tampa mais o peso da semente úmida;
p = peso final, peso do recipiente e sua tampa mais o peso da semente seca;
t = tara, peso do recipiente com sua tampa.
22

3.3 Tratamentos

Os tratamentos foram:
T1- Testemunha (sementes sem tratamento algum);
T2 - Imersão em água destilada durante 24 horas, onde as sementes foram
acondicionadas em recipientes plásticos contendo água suficiente para cobri-las;
T3 - Imersão em água quente a 40°C, seguido de repouso por 24 horas na mesma
água, onde as sementes foram acondicionadas em recipientes plásticos contendo água quente
suficiente para cobri-las;
T4 - Escarificação mecânica do tegumento com lixa d‟água nº 80, onde as sementes
foram friccionadas manualmente em lixa até o desgaste visível do tegumento no lado oposto à
micrópila;
T5 - Imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado por 16 minutos, e posterior
lavagem das sementes por aproximadamente cinco minutos em água corrente, com a
finalidade de retirar o excesso de ácido.

3.4. Instalação e Realização do Experimento

Após a exposição das sementes aos diferentes tratamentos pré-germinativos, as


mesmas foram submetidas ao teste de emergência de plântulas, sendo distribuídas em
bandejas plásticas (4,8 litros) de forma equidistante, com um centímetro de profundidade,
usando-se como substrato vermiculita de granulometria superfina (Figura 3), permanecendo
em viveiro com 70% de sombreamento, temperatura variando de 21°C a 39°C e umidade de
30% a 95%. A umidade do substrato foi mantida com irrigações a cada dois dias.

Figura 3. Semeadura das sementes de Parkia multijuga.

Fonte: Autora
23

3.5 Características avaliadas

3.5.1 Emergência de plântulas

Foi avaliada diariamente por de 35 dias, sendo considerada como plântulas emersas a
partir do aparecimento dos cotilédones acima da superfície do substrato (Figura 4).

Figura 4. Plântula de Parkia multijuga considerada como emersa.

Fonte: Autora

Os cálculos da porcentagem de emergência foram realizados conforme Labouriau e


Valadares (1976):

E = (N/A) x 100

Onde:
E= porcentagem de emergência de plântulas;
N= número de plântulas emersas;
A= número total de sementes colocadas para emergir.

3.5.2 Índice de velocidade de emergência de plântulas

Foi realizado durante o teste de emergência de plântulas, com valores de sementes


germinadas dia a dia, através da somatória do número de plântulas emersas em cada dia (não
24

cumulativo), dividida pelo número de dias decorridos entre a semeadura e a emersão da


plântula, conforme a metodologia descrita por Maguire (1962):

IVE = E1 + E2 + ... En,


N1 N2 Nn

Onde:
IVE = índice de velocidade de emergência de plântulas;
G1, G2,...,Gn = número de plântulas emersas a cada dia;
N1, N2,...,Nn = número de dias decorridos da semeadura a primeira, segunda e última
contagem.

3.5.3 Tempo médio de emergência de plântulas

Foi determinado pelo critério estabelecido por Edmond e Drapala (1958),


contabilizando diariamente o número de sementes germinadas após a instalação do teste.
Esse índice representa a média ponderada do tempo necessário para a germinação,
tendo como fator de ponderação a germinação diária, calculado pela equação:

Tm = E1T1+ E2T2 + ... EnTn,


E1+ E2 + ...+ En

Onde:
Tm = tempo médio, em dias, necessário para atingir a emergência máxima;
E1, E2 e En = número de plântulas emersas a cada dia;
T1, T2 e Tn= tempo em dias decorridos entre a semeadura e a emersão da plântula.

3.5.4 Sementes duras e mortas

Consideraram-se como duras, as sementes intactas, que ao término do experimento


não apresentavam sinais de deterioração ou embebição e como mortas, as sementes que se
apresentavam amolecidas, atacadas por microorganismos e não apresentaram sinal de início
de germinação (BRASIL, 2009).
25

3.6 Análise de dados

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, constituído de


cinco tratamentos pré-germinativos, com quatro repetições de vinte e cinco sementes cada. Os
dados foram submetidos ao teste de Shapiro-Wilk visando analisar a normalidade da
distribuição. Quando os dados apresentaram-se normais (p ≥ 0,05), aplicou-se a análise de
variância (ANOVA) e posteriormente o teste de Tukey, quando não normais os dados foram
submetidos a teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e em seguida o teste stepwise
stepdown. As análises estatísticas foram obtidas com o auxílio do software SPSSTM, versão
20.0.
26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas análises físicas das sementes obteve-se o peso de mil sementes de 4.058g, e o teor
de água foi de 7,23%. Na avaliação da qualidade fisiológica, diferenças significativas foram
observadas para as variáveis: emergência de plântulas, índice de velocidade de germinação e
tempo médio de emergência.
Pode-se observar na Tabela 1 que as maiores porcentagens de emergência ocorreram
quando as sementes foram expostas a imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) e escarificação
mecânica do tegumento com lixa d‟água, com mediana de 68% e 54% respectivamente, sem
apresentarem diferenças estatísticas significativas.

Tabela 1. Influência dos tratamentos pré-germinativos sobre a emergência de plântulas (EP),


índice de velocidade de emergência de plântulas (IVE) e tempo médio de emergênciade
emergência de plântulas (TME) de Parkia multijuga.
Características Avaliadas
1
Tratamentos EP (%) IVE2 TME2 (d)
T1-Testemunha 2 (0-4) b 0,28 ± 0,32 c 0,10 ± 0,11 b
T2-Imersão em água destilada por 24 h 2 (0-4) b 0,04 ± 0,05 c 6,50 ± 8,62 ab
T3-Imersão em água quente a 40°C 2 (0-4) b 0,04 ± 0,05 c 6,50 ±7,68 ab
T4-Escarificação mecânica 54 (44-68) a 0,83 ± 0,14 b 16,99 ± 1,05 a
T5-Imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) 68 (60-72) a 1,16 ± 0,12 a 14,91 ± 0,74 a
1
Teste Stepwise Step-down: Mediana (valor mínimo – valor máximo); 2 Teste de Tukey: Média ± Desvio-
padrão. Resultados seguidos da mesma letra não apresentam diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade.

Apesar do bom desempenho do ácido sulfúrico na germinação das sementes de P.


multijuga, é importante ressaltar que o manuseio deste produto químico deve ser realizado por
pessoa qualificada, além do uso de equipamento de proteção individual (EPI), pois o ácido
pode causar queimaduras graves, além de originar resíduos poluentes nas águas. Outro fator a
ser considerado em relação ao uso do ácido sulfúrico é a dificuldade para adquiri-lo, pois a
sua comercialização é controlada. (PACHECO; MATOS, 2009; CRUZ; PEREIRA, 2015).
A escarificação mecânica também se mostrou eficiente na superação de dormência da
espécie permitindo o início do processo germinativo, a partir da embebição da semente
(MARCOS FILHO, 2005). O uso de tratamentos físicos para superação de dormência de
sementes de leguminosas tem sido descrito como eficazes por vários autores. Resultados
similares em relação à escarificação mecânica foram encontrados em sementes de faveira
(Parkia gigantocarpa Ducke.) (OLIVEIRA et al., 2012), já em sementes de favão (Parkia
multijuga Beth), a escarificação mecânica promoveu uma taxa de emergência de 100%
(NUNES et al., 2010).
27

Os demais tratamentos apresentaram pouca eficiência na superação de dormência, com


mediana de apenas 2% de germinação aos 35 dias de avaliação. Essa baixa percentagem deve-
se ao fato de que o restante das sementes permaneceram com o tegumento duro após esses
tratamentos, impossibilitando a embebição de água pelas sementes. Segundo Marcos Filho
(2005) e Andrade et al. (2006), a germinação das sementes inicia-se com a embebição, que é
o mecanismo de absorção de água.
O tratamento que resultou em maior índice de velocidade de emergência (IVE) de
plântulas foi o de T5 - escarificação com ácido. Comportamento semelhante também foi
verificado por Cruz e Pereira (2015) quando as sementes de Parkia multijuga foram imersas
no ácido por 0,5, 3 e 5 minutos.
Nesse sentido a escarificação com ácido, possivelmente promoveu fissuras no
envoltório das sementes e facilitou a entrada de água nas mesmas e, posteriormente, a
reativação dos processos metabólicos acelerou a velocidade de emergência de plântulas
(ABREU et. al, 2017).
Entretanto Nascimento et al. (2009), trabalhando com Parkia platycephala,
verificaram que que o valor mais elevado do IVE foi obtido com sementes submetidas aos
tratamentos de escarificação manual com lixa. Dessa forma podemos constatar que a
escarificação química e mecânica são eficientes para superar a dormência das sementes de
Parkia multijuga, expressando o seu máximo potencial fisiológico.
Em relação ao vigor, determinado pelo tempo médio de emergência (TME) de
plântulas, obteve-se o melhor resultado com sementes submetidas à escarificação mecânica
com lixa seguida pela imersão em ácido sulfúrico, onde ambos não apresentaram diferença
significativa entre si. Resultados semelhantes foram encontrados por Oliveira et. al (2012)
trabalhando com sementes de Parkia gigantocarpa, onde as sementes tratadas com ácido
sulfúrico por períodos entre 5 e 20 minutos também não apresentaram diferença significativa
entre os tratamentos. O tempo pode ser considerado como fator determinante no momento da
imersão, pois após aumentarem a permanência das sementes no ácido sulfúrico para 30 e 40
minutos, obtiveram-se resultados superiores aos demais tratamentos.
Para percentagem de sementes mortas e duras, foi registrada diferença entre os
tratamentos. O uso da escarificação química e mecânica foram tratamentos eficientes
reduzindo o número de sementes duras a zero (Tabela 2). É provável que o tempo de imersão
em água quente e fria (T1 e T2) não tenha sido suficiente para causar dano no tegumento e
28

proporcionar a superação da dormência e posterior germinação, uma vez que a maioria das
sementes permaneceu sem embebição aparente.
Em estudos realizados com sementes de leguminosas sobre superação de dormência
tegumentar, Escobar et al (2010) e Martins et al. (2008) trabalhando com Acacia caven (Mol.)
e Stryphnodendron adstringens, respectivamente, constataram que as sementes submetidas
aos tratamentos de imersão em água quente em temperaturas entre 30ºC a 65ºC, se mostraram
ineficientes na superação de dormência, já que obtiveram uma média de 80% de sementes
duras, seguida de 19% de sementes mortas. Em temperatura mais elevada, Pelissari et al.
(2013) descrevem que as sementes de P. platycephala apresentaram vestígios de deterioração,
uma vez que foi observado extravasamento de exsudatos e presença de bactérias, podendo ter
ocorrido dano ao embrião em função do tempo de exposição em excesso à água quente
(80°C).

Tabela 2. Percentagem de sementes mortas e duras de Parkia multijuga.


Tratamentos Mortas1 Duras2
T1-Testemunha 4 (0-4) c 96 ±3,27 a
T2-Imersão em água destilada por 24 h 2 (0-4) c 97 ±3,83 a
T3-Imersão em água quente a 40 °C 2 (0-16) c 93 ± 9,45 a
T4-Escarificação mecânica 46 (40-52) a 0±0b
T5-Imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) 22 (16-32) b 0±0b
1
Teste Stepwise Step-down: Mediana (valor mínimo – valo máximo); 2 Teste de Tukey: Média ±
Desvio-padrão; Resultados seguidos da mesma letra não apresentam diferença significativa ao nível
de 5%.

A escarificação mecânica provocou o maior número de sementes mortas seguido pela


imersão em ácido sulfúrico. Isso pode se explicar ao fato da alta permeabilidade do tegumento
promovida por este tratamentos, fazendo com que muitas sementes fossem atacadas por
fungos (CRUZ et al., 2001). A alta capacidade de retenção de umidade do substrato
vermiculita também pode ter contribuindo para o aumento da morte das sementes dormentes
devido ao ataque de microorganismos, (PIVETA et al., 2010).
Cruz et. al (2001) ainda explicam que a eficiência do ácido sulfúrico na superação da
dormência em sementes está relacionada com a espécie e o tempo de exposição da semente ao
ácido, o que justifica o estudo de Pelissari et. al. (2013), onde as sementes de Parkia
submetidas a imersão em ácido sulfúrico por um período de mais de 10 min, se mostrou
ineficiente, já que houve um índice baixo de germinação. Nesses casos, a explicação mais
concisa para sementes mortas com o uso de ácido sulfúrico é de que, possivelmente, este
produto químico penetrou na parte interna da semente danificando ou matando o embrião.
29

5 CONCLUSÕES

A escarificação química com ácido sulfúrico por 16 minutos e a escarificação


mecânica com lixa d‟água nº 80 se mostraram mais eficazes na superação de dormência de
sementes de Parkia multijuga Benth. No entanto, o uso de ácido sulfúrico é insalubre e, por
isso, não recomendado ao produtor. Alternativamente, a escarificação mecânica com lixa
d‟água nº 80 pode ser utilizada.
30

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