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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CAMPUS TOMÉ-AÇU
GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

ALEXANDRE RAYNNE SANTOS DA COSTA


AMANDA COSTA ALMEIDA

COINOCULAÇÃO Azospirillum brasilense E Rhizobium tropici NO DESEMPENHO


PRODUTIVO DE FEIJÃO-COMUM PRETO CULTIVADA EM TOMÉ-AÇU, PARÁ

TOMÉ-AÇU

2023
ALEXANDRE RAYNNE SANTOS DA COSTA
AMANDA COSTA ALMEIDA

COINOCULAÇÃO Azospirillum brasilense E Rhizobium tropici NO DESEMPENHO


PRODUTIVO DE FEIJÃO-COMUM PRETO CULTIVADA EM TOMÉ-AÇU, PARÁ

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de Bacharelado em
Engenharia Agrícola da Universidade
Federal Rural da Amazônia como requisito
para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Agrícola.

Orientador: Prof. Dr. Adriano Bicioni


Pacheco

TOMÉ-AÇU

2023
ALEXANDRE RAYNNE SANTOS DA COSTA

AMANDA COSTA ALMEIDA

COINOCULAÇÃO Azospirillum brasilense E Rhizobium tropici NO DESEMPENHO


PRODUTIVO DE FEIJÃO-COMUM PRETO CULTIVADA EM TOMÉ-AÇU,
PARÁ.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Bacharelado em Engenharia


Agrícola da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito para obtenção do grau
de Bacharel em Engenharia Agrícola.

Aprovado em 20/04/2023

__________________________________

Prof. Dr. Adriano Bicioni Pacheco

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

________________________________

Profª. Drª. Bruna Sayuri Fujiyama

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

_______________________________________

Chefia. Edilson Braga Rodrigues


Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA - Amazônia Oriental
Dedico esse trabalho em primeiro lugar a Deus, a
minha família de sangue e a família que fiz na
universidade, que sempre estiveram ao meu lado.

Alexandre Raynne
Dedico este trabalho a primeiramente a Deus
que me fez chegar até aqui, e a meus bebês
Benjamim Henrique, Amaya Hadassah e
Dominick Heloise que me deram forças para
conseguir concluir essa jornada.
Amanda Costa
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro a Deus, pelo dom da vida, por sempre me fortalecer nós
momentos mais difíceis dessa caminhada.
A minha vó Maria da Conceição Barroso dos Santos, que me criou e educou, e me
ensinou a nunca desistir perante as dificuldades.
A minha mãe Rosa Barroso dos Santos, que nunca mediu esforços para me auxiliar
dentre esses cinco anos de jornada.
A família que a universidade me presenteou, Ackson Luã Ferreira da Silva , Deyvison
Matos do Espírito Santo, Iranilde Marquês Oliveira, Igor Abreu Miranda e o grande Paulo
Roberto França da Costa, pessoas essas que são um pitar central na fundação dessa conquista.
Aos familiares que sempre me incentivaram a persistir, e me auxiliaram sempre que
puderam. A Cristiane Aguiar, minha patroa que sempre me incentivou a nunca desistir do meu
sonho, e nunca mediu esforços para me ajudar nessa caminhada, independente do que fosse.
A minha parceira de trabalho Amanda Costa Almeida, pelo companheirismo e
empenho, juntos concluímos uma fase vital em nossa jornada acadêmica.
Aos discentes Ana Beatriz da Silva Nascimento e Elia Wedja Renata Correa
Nascimento que nos ajudaram imensamente durante o experimento.
Aos docentes Prof. Dr. Ronan Magalhães de Souza e Prof. Dr. Gildenilson Mendes
Duarte, grandes profissionais que foram peças fundamentais na minha formação profissional.
O meu orientador Prof. Dr. Adriano Bicioni Pacheco, que sempre esteve a disposição
para me auxiliar, independente de horário ou dia.
Aos Discentes Emilly Aya Mendes Endo, Esmael Franco Da Graça, Wallace Dos
Santos Rodrigues (Meu Primo), Wilani Maia Dutra, Jessica Miwa Mendes Endo, Rodrigo da
Cruz Souza e Wenderson Willy Lima Ferreira (Meu primo), pela honrosa oportunidade de
convivência e troca de conhecimento e experiência.
A minha turma, por todos os momentos memoráveis que passamos juntos, que nunca
serão esquecidos.

Alexandre Raynne
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que foi minha maior força nos momentos difíceis durante tudo esse
período, sem ele, nada disso seria possível.
A minha família que mesmo em meio a tantas dificuldades conseguimos seguir firmes no
nosso objetivo, nos formar. Aos meus pais Sonia Maria Teixeira da Costa e Agil da Silva
Almeida que me incentivaram a nunca desistir dessa formação, me ajudando da forma que fosse
possível. As minhas irmãs, Andressa da Costa Almeida e Adryen da Costa Almeida que foram
minhas salva vidas durante esse período me ajudando tanto em tudo que podiam e até no que
não podiam. A minha avó Zulmira Dias Teixeira por suas brigas intermináveis e suas palavras
de sabedoria, por sempre interceder por minha vida nos momentos que eu mesma não o fiz.
Agradeço grandiosamente a meu orientador Prof. Dr. Adriano Bicioni Pacheco por sua
grande paciência, gentileza, contribuição e dedicação para que esse trabalho fosse concretizado.
Agradeço aos meus colegas e amigos Ackson Luã Ferreira da Silva , Deyvison Matos do
Espírito Santo, Iranilde Marquês Oliveira, Igor Abreu Miranda e o Paulo Roberto França da
Costa, pelos momentos memoráveis enquanto colocávamos em prática esse projeto, aos
momentos no sol, as conversas paralelas e as risadas, esses momentos vão ficar marcados em
mim para sempre. Ao meu companheiro de trabalho Alexandre Raynne Santos da Costa,
obrigado pela confiança por me aceita como sua dupla nesse momento tão importante da nossa
vida acadêmica e por todo apoio.
Obrigado Universidade Federal Rural da Amazônia pela oportunidade de fazer parte dessa
família e ter me dado o grande prazer de conhecer pessoas memoráveis na turma de Eng.
Agrícola 2018. Agradeço por me oferecer professores incríveis, um ambiente de estudo. Sou
grata não só aos professores, mas também à direção, ao pessoal do administrativo, da limpeza
e demais colaboradores da instituição.
Meu eterno agradecimento a todos os meus amigos e colegas de turma, nunca poderei
esquecer o que fizeram por mim e minha família durante esse tempo, ao cuidarem do meu filho
para eu poder estudar e fazer minhas apresentações de trabalhos, nunca serei capaz de expressar
toda minha gratidão por todos.
A minhas amigas Muriely Silva Alves e Stephany dos Santos Pinheiro, por também
estarem comigo durante essa longa jornada desde sempre, a vocês fica minha gratidão por
nunca me deixarem sozinha e me apoiarem em tudo
Meu eterno agradecimento a todos
Amanda Costa
RESUMO

O feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura agrícola de grande relevância em


aspectos ambientais sociais e econômicos, pois além de apresentar características de simbiose
com microrganismos, é um constituinte principal na alimentação humana e contribui para
geração de renda dos pequenos, médios e grandes agricultores. O objetivo do trabalho foi
avaliar as características biométricas e produtivas do feijão-comum BRS Esteio submetido a
inoculação com Azospirillum brasilense e Rhizobium tropici associado a adubação nitrogenada
em solo Amazônico. O experimento foi conduzido na área experimental da Associação dos
Agricultores do Vale do Acará (AAVA), com uma área experimental medindo 10m x 10 m,
subdivididas em 16 parcelas de 2m x 2m cada uma, localizada no município de Tomé-Açu,
Nordeste do Pará. O delineamento foi inteiramente casualizado. Os tratamentos utilizados
foram: testemunha sem inoculante e adubação nitrogenada, somente inoculante, inoculante
mais adubação nitrogenada, apenas adubação nitrogenada, com quatro repetições. As variáveis
avaliadas foram, altura de plantas, altura de inserção da primeira vagem, número de vagem por
planta, número de grãos por vagem, produtividade e taxa de mortalidade. Notou-se que não
houve diferença significativa entre os tratamentos para as variáveis; Altura da inserção de
primeira Vagem e Grãos por Vagem. O tratamento, inoculante e adubação nitrogenada,
entregou as maiores alturas de planta, em todas as avaliações.

Palavras-chave: Microrganismos; Cultivares; Adubação nitrogenada.


ABSTRACT

The common bean (Phaseolus vulgaris L.) is an agricultural crop of great relevance in
environmental, social and economic aspects, because in addition to presenting characteristics
of symbiosis with microorganisms, it is a main constituent in human food and contributes to
income generation for small, medium and large farmers. The objective of this work was to
evaluate the biometric and productive characteristics of common bean BRS Esteio submitted
to inoculation with Azospirillum brasilense and Rhizobium tropici associated with nitrogen
fertilization in Amazonian soil. The experiment was carried out in the experimental area of the
Associação dos Agricultores do Vale do Acará (AAVA), with an experimental area measuring
10m x 10 m, subdivided into 16 plots of 2m x 2m each, located in the municipality of Tomé-
Açu, Northeast of Brazil. For. The design was completely randomized. The treatments used
were: control without inoculant and nitrogen fertilization, inoculant only, inoculant plus
nitrogen fertilization, nitrogen fertilization only, with four replications. It was noted that there
was no significant difference between treatments for the variables; Insertion height of first Pod
and Grains per Pod. The treatment, inoculant and nitrogen fertilization, delivered the highest
plant heights, in all evaluations.

Keywords: Microorganisms; Cultivars; Nitrogen fertilization.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Localização e vista aérea da área experimental………………………………... 21


Figura 2- Perfil do solo das camadas iniciais do solo da área experimental……………… 22
Figura 3- Precipitação anual em Tomé-Açu/PA........................…………………………... 22
Figura 4- Temperaturas durante estudo………….……………………………......…….... 23
Figura 5- Croqui da área em estudo…………………………………………..................... 23
Figura 6- Deficiência nutricional de nitrogênio em plantas de feijão-Comum.................... 25
Figura 7- Inoculantes .....................................................................................................…. 25
Figura 8- Processo de mistura da solução dos inoculantes com as sementes……………... 26
Figura 9- Semeadura do feijão-comum................................................................................ 26
Figura 10- Adubação manual................................................................................................. 27
Figura 11- Sinais do ataque de vaquinha............................................................................... 27
Figura 12- Cerotoma arcuata (Vaquinha preta) …………………………............................ 28
Figura 13- Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid.………………………......................... 28
Figura 14- Thanatephorus cucumeris (Mela)……………........……..................................... 29
Figura 15- Coleta das alturas de plantas………………………............................................. 30
Figura 16- Contagem de vagem por planta............................................................................ 30
Figura 17- Grãos no processo de contagem........................................................................... 31
Figura 18- Seleção dos 100 grãos.......................................................................................... 31
Figura 19- Altura de plantas aos 30, 45, 60 dias após a semeadura, do feijão preto cultivado
sob coinoculação e adubação nitrogenada............................................................................... 33
Figura 20 - Número de vagem por planta do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada............................................................................................................................... 35
Figura 21 - Massa de 100 grão do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada............................................................................................................................... 36
Figura22 - Produtividade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada............................................................................................................................... 37
Figura 23 - Vista aérea da área experimental com o feijão preto cultivado sob coinoculação e
adubação nitrogenada, com falhas devido mortalidade de plantas............................................ 38
Figura 24 - Taxa de mortalidade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada............................................................................................................................... 38
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Propriedades química do solo………………………………………………… 24


Tabela 2- Resumo da análise de variância para seis variáveis em estudo………………. 32
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………. 13
2 REVISÃO DE LITERATURA…………………………………………………...……. 14
2.1 A cultura do feijão…………………………………………………………………….... 14
2.2 Caracterização da cultivar……………………………………………………………... 17
2.2 Inoculação de microrganismos……………………………………………...…...…….. 17
2.3 Inoculação com Azospirillum…………………………………………….……………. 19
2.4 Inoculação com Rhizobium……………………………………………………….......... 20
3 MATERIAIS E MÉTODOS……………………………………………...………..…… 21
3.1 Características do local do experimento………………………………………..…….. 21
3.2 Delineamento experimental……………………………………………………...…….. 23
3.3 Caracterização e manejo da adubação do solo………………………………...……... 24
3.4 Processo de Inoculação…………………..………………………………….…….….... 25
3.5 Implantação e condução do experimento………………………………………...…… 26
3.5.1 Manejo fitossanitário……………………………………………………………...…… 27
3.6 Variáveis analisadas…………………………………………………………….…..….. 29
3.6.1 Altura das plantas(AP)……………………………………………………….……..…. 29
3.6.2 Altura de inserção da primeira vagem(AIV)................................................................... 30
3.6.3 Vagens por planta(VAGP).......………………………………………………....…..…. 30
3.6.4 Grãos por vagens(GVAG)..……………………………………………………..…….. 31
3.6.5 Massa 100 grãos(MG)...............………………………………………….……..……... 31
3.6.6 Produção e produtividade(PROD)..…………………………………………....……… 32
3.6.7 Análise e estatísticas………………………………………………………..…….…… 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………………………...…...…….… 33
5 CONCLUSÕES…………………………………………………………………..........…. 39
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 40
1. INTRODUÇÃO

Natural das Américas o Phaseolus vulgaris L., vulgo feijão comum, é uma das culturas
mais antigas conhecida pelo homem. Alimento tradicional na mesa dos brasileiros, rico em
proteína, carboidratos e minerais, sendo assim um dos principais pratos da culinária do país
(Rehagro, 2023). No Brasil, há inúmeras variedades de cultivares de feijão distintas por região.

Norte e Nordeste ressalta a produção de feijão-caupi estimando-se na safra 22/23 uma


produção de 539,8 mil toneladas 83,01% da produção no país; Sul, sudeste e Centro-Oeste
destacam-se no feijão-comum com estimativa de 2.010,10 mil toneladas 88,41 % da produção
dessa variedade em território brasileiro (Conab, 2022).

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima uma produção nacional de


2.964,5 mil toneladas de feijão-comum na safra 22/23. Sendo o segundo mais consumido no
país, o feijão-comum preto presume-se uma colheita de 558,3 mil toneladas, com a Região Sul
correspondendo a 95,5 % da produção Nacional (Conab, 2022).

A variedade estudada, BRS Esteio, é uma variedade com alto potencial produtivo, grãos
de cor e tamanho uniforme, alto índice de peneiramento e boa qualidade industrial. As plantas
da BRS Esteio possuem estrutura ereta e são adaptadas para colheita mecanizada direta . A
variedade é resistente à antracnose e tem uma resposta imune à ferrugem.

A centralização de cultivo de feijão preto dificulta a comercialização interna, além de


gerar altos custos de logística. Difundir o cultivo por outras regiões amenizaria o translado e
aumentaria opções de rotação de culturas aos produtores, além da geração de renda aos
pequenos produtores familiares.

A introdução da cultivar em solo amazônico poderá contribuir para o desenvolvimento


regional e nacional. Fomentar um cultivo economicamente viável, em termos de produção e
produtividade, é ecologicamente sustentável e o desafio a ser superado. Bactérias promotoras
de crescimento podem ser a solução desse impasse para a região.

13
As Bactérias Promotoras de Crescimento (BPCP) são epifíticas e endolíticas, não
patogênicas, que promovem o crescimento diretamente ou indiretamente como agente de
controle biológico de doenças de plantas. Com esse benefício a BPCP podem ser vistas em
plantas multiplicadas “in vitro” ou “ex vitro”, especificamente no aumento da área foliar, altura
da planta, diâmetro do caule, número de folhas, matéria seca, redução do tempo de
aclimatização, maior sobrevivência de mudas, controle das doenças e aumento de produção
(MARIANO; SILVEIRA; ASSIS; GOMES; NASCIMENTO; DONATO, 2004).

O presente estudo busca analisar implicações na produção de feijão preto associado a


bactérias promotoras de crescimento de plantas, buscando alta produção e produtividade ligada
à sustentabilidade em solo amazônico. Contribuindo para o estabelecimento das cultivares na
localidade, fomentando seu uso e disseminação de forma sustentável, agregando uma nova
forma de renda aos agricultores familiares.

Diante disso, o objetivo do estudo é avaliar as características biométricas e produtivas


do feijão-comum BRS Esteio submetido a inoculação com Azospirillum brasilense e
Rhizobium tropici associado a adubação nitrogenada em solo Amazônico.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A Cultura do feijão

Segundo CARNEIRO (2002), o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado em


praticamente todos os Estados brasileiros, nas mais variadas condições edafoclimáticas (clima,
relevo, temperatura, umidade do ar, tipo de solo vento, precipitação pluvial) e em diferentes
épocas e sistemas de cultivo. Entretanto, ampla variabilidade fenotípica, para diversas
características tem sido observada entre os diversos grupos comerciais de feijão comum
cultivados no Brasil (ZIMMERMANN et al., 1996).

O feijoeiro apresenta grande variação morfológica, que vai desde o crescimento até ao
tamanho das folhas, das flores, das vagens e tamanho e cor das sementes, permitindo, as
características, separar as formas selvagens das cultivadas (SINGH et al., 1991).

A flor do feijoeiro é formada pelo cálice e pela corola. O cálice é verde e a corola é
composta de cinco pétalas que podem ser brancas, rosadas ou violáceas. As flores do feijoeiro

14
são agrupadas em uma haste que sustenta os botões florais. Esse conjunto é chamado de
inflorescência floral ou racimo floral.(EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).

O fruto é uma vagem formada por duas partes (denominadas valvas): uma superfície
superior e outra inferior. Pode de forma reta, arqueada ou recurvada. A ponta ou extremidade
(denominado ápice) pode ser arqueada ou reta. A cor pode ser uniforme ou não, ou seja, pode
apresentar estrias de outra cor e variar de acordo com o grau de maturação (vagem imatura,
madura e completamente seca), podendo ser verde, verde com estrias vermelhas ou roxas,
vermelha, roxa, amarela, amarela com estrias vermelhas ou roxas. (EMBRAPA ARROZ E
FEIJÃO, 2021).

As plantas de feijoeiro podem ser de hábito de crescimento determinado ou


indeterminado. No determinado, o caule principal termina numa inflorescência. No de hábito
indeterminado, na extremidade do caule existe gema vegetativa ou floral e
vegetativa.(EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).

O feijão-comum é uma cultura de grande relevância social e econômica, por seu alto
valor proteico (TAVARES et al., 2013). É uma leguminosa rica em carboidratos, minerais como
o ferro, aminoácidos essenciais (como a lisina) e vitaminas (PETRY et al., 2015).

O Brasil é um dos grandes produtores de feijão do mundo, com produção anual de 2,9
milhões de toneladas (FAOESTAT, 2020), contudo, cerca de 70% da sua produção é voltada
para o tipo comercial carioca (PEREIRA et al., 2012). O grupo comercial preto é o segundo
mais consumido, representando cerca de 15%. No entanto, o Brasil importa por ano
aproximadamente 120 mil toneladas de feijão preto (CONAB, 2018).

Atualmente, a disponibilidade de diversas cultivares no mercado e acessibilidade às


informações e técnicas de cultivo, surge como alternativa capaz de aumentar a produtividade
das lavouras de feijão no estado do Pará. A produção de uma variedade pode ser afetada pela
localidade na qual é implantada, apresenta um baixo desempenho em razão da interação
genótipo x ambiente. (RODRIGUES et al., 2020, p. 8).

Sousa et al. (2018), através de experimentos com feijão-caupi na região oeste do Pará,
inoculados com estirpes de Bradyrhizobium japonicum, obteve resultados satisfatórios da
eficiência para as cultivares Manteiguinha, apresentando valores elevados de crescimento de
planta e produtividade por hectare, e BRS Tucumaque, com maior crescimento de planta.

15
O feijoeiro, apresenta a propriedade de fixar o nitrogênio da atmosfera quando em
simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, o que contribui para a redução no uso de
fertilizantes nitrogenados. Estudos que visam o aumento da produtividade do feijoeiro, através
da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico, têm mostrado a possibilidade de se obter
rendimento de até 1600 kg há-1, na ausência de adubação nitrogenada (Döbereiner & Duque,
1980).

O feijão preto é bastante apreciado pela culinária internacional, fazendo desse grão um
produto potencial para exportação. O seu consumo promove grandes benefícios para a saúde,
devido suas propriedades antioxidantes das antocianinas, que auxiliam na redução do dano
oxidativo, que fomenta em doenças relacionadas ao envelhecimento, incluindo câncer e
doenças cardiovasculares (CICHY et al., 2014; HU et al., 2014).

O feijoeiro comum é considerado uma cultura incomum por se conseguir três safras
anuais. A safra das "águas" é plantada nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e nos estados do
Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e, também nos estados de Tocantins e Rondônia, sendo
cultivado entre os meses de agosto a novembro. A safra da "seca" ocorre nas Regiões Sul,
Sudeste, Centro-Oeste e em único período de plantio no Norte, onde o feijão-comum é
consorciado com o milho. Essa safra é realizada entre os meses de dezembro a abril. Já a safra
de 3ª época, também designada como safra irrigada, de inverno, acontece com o feijão-comum
cultivado entre os meses de abril a julho, no Centro-Sul do Brasil (EMBRAPA ARROZ E
FEIJÃO, 2012).

Os elementos climáticos que mais influenciam a produção de feijão notam-se a


temperatura do ar, a precipitação pluvial e a radiação solar. A temperatura do ar ocorre uma
grande influência sobre a porcentagem de vigamento de vagens. Para a germinação do feijoeiro,
valores de temperatura em torno de 28 °C são considerados ótimos. Temperaturas mais elevadas
prejudicam o florescimento e a frutificação do feijoeiro (EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO,
2021).

O rendimento do feijoeiro é afetado também pela condição hídrica do solo. Em todo o


seu ciclo, a cultura necessita de precipitação pluviométrica em torno de 300 mm. O estresse
hídrico é mais prejudicial no período de florescimento do que no crescimento vegetativo pois
produz flores. E, independentemente da magnitude do estresse hídrico, cultivares de feijoeiro

16
respondem diferentemente à diminuição de água no solo durante o período de floração
(EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).

Para a cultura do feijoeiro, a irrigação por aspersão, nos sistemas convencional,


autopropelido, irrigação linear e pivô central, tem sido o método mais utilizado. Em menor
escala, também têm sido utilizadas a irrigação por sulcos e a subirrigação em solos de várzeas.
Considerando-se o método de irrigação por aspersão, os sistemas irrigação linear e pivô central
são os mais apropriados para irrigar áreas individuais maiores e, por isso, são os mais usados
na cultura do feijoeiro, visto que o lucro final obtido com essa cultura depende, dentre muitos
fatores, do tamanho da área plantada (EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).

2.2 Caracterização da cultivar BRS Esteio

A cultivar, BRS Esteio, é uma variedade de feijão preta com alto potencial produtivo,
grãos de cor e tamanho uniforme, alto índice de peneiramento e boa qualidade industrial. As
plantas da BRS Esteio possuem estrutura ereta e são adaptadas para colheita mecanizada direta.
A variedade é resistente à antracnose e tem uma resposta imune à ferrugem (coopertradição,
S.D).

A cultura apresenta resistência a vários hospedeiros do fungo causador da antracnose,


mosaico-comum, murcha de fusário e queimadura bacteriana comum nas características. a
cultura é recomendada na média das safras águas e seca em plantio direto (EMBRAPA
ARROZ, FEIJÃO, 2019).

A cultivar BRS Esteio surgiu em associação das culturas FT 85-113/POT realizada em


1992, na Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás. Variedade BRS Esteio tem
consistência Cor, tamanho e qualidade média de 24 gramas em 100 grãos (PEREIRA et al.,
2014).

O BRS Esteio se destaca pelo grande potencial Prolífico, além de ser resistente ao vírus
do mosaico e resistência geral e moderada à antracnose. Essa cultura tem vantagens sobre outras
raças/ variedades de grão preto (PEREIRA et al., 2014).

2.3 Inoculação de microrganismos

Segundo Cardoso e Andreotti (2016, p. 54), “a utilização de microrganismos benéficos


na agricultura pode maximizar a absorção de nutrientes, aumentando o crescimento vegetal,

17
conferindo resistência a estresse abiótico e suprimindo doenças em diversas culturas”. Estes
microrganismos são capazes de auxiliar a nutrição das plantas em quantidade e qualidade,
aumentar a eficiência nutritiva, diminuir o uso de adubos sintéticos, reduzir custos com
adubação, promover aumento da biodiversidade do solo, resultando em rendimentos idênticos
aos com uso de fertilizantes químicos.

A busca pela utilização racional e consciente dos recursos naturais de modo que se
procure ao máximo a mitigação de suavização dos impactos ambientais, são cada vez mais
evidentes no cenário social, ambiental, político e econômico. Com isso, necessita-se gerar
conhecimentos apoiados em tecnologia e inovação que busquem viabilizar e potencializar os
sistemas de produção agropecuários já empregados, inserindo nesses sistemas princípios
ecológicos e naturais (REIS; PEDRAZA; TEIXEIRA, 2010).

Diante do difícil manejo do N no agrossistema, a prática da adubação nitrogenada está


cada vez mais frequente nos sistemas produtivos, promovendo consequências econômicas e
ambientais (HUNGRIA et al., 2001). Todavia, estudos têm sido realizados visando reduzir os
custos de produção e o impacto ambiental decorrente desta prática, principalmente envolvendo
a fixação biológica do nitrogênio (FBN). Assim, a inoculação de sementes com estirpes
eficientes de bactérias do gênero Rhizobium é uma alternativa viável para reduzir o uso da
adubação de nitrogenada (PEREIRA et al., 1991).

As bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP), podem estimular o


crescimento das plantas por diversas maneiras, sendo as mais relevantes: capacidade de fixação
biológica de nitrogênio (HUERGO et al., 2008); aumento na atividade da redutase do nitrato
quando crescem endofiticamente nas plantas (CASSÁN et al., 2008); produção de hormônios
como auxinas, citocininas (TIEN et al., 1979), giberelinas (BOTTINI et al., 1989), etileno
(STRZELCZYK et al., 1994) e uma variedade de outras moléculas (PERRIG et al., 2007);
solubilização de fosfato (RODRIGUEZ et al., 2004); e por atuarem como agente de controle
biológico de patógenos (CORRÊA et al., 2008).

Os agricultores dão preferência a inoculantes líquidos, pela facilidade de aplicação.


Desse modo, a Embrapa Soja desenvolveu uma fórmula líquida que, em uma parceria com a
empresa Total Biotecnologia, foi adaptada para fermentadores de grande porte. (HUNGRIA,
2011).

18
Na literatura, vários estudos indicam a possibilidade da substituição da adubação
nitrogenada do feijoeiro pela FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio). (MENDES et al., 1994,
LEMOS et al., 2003; ROMANINI JÚNIOR et al., 2007).

No entanto, existe diversidade de resposta à inoculação do feijoeiro, sendo atribuída à


alta sensibilidade da planta aos diversos estresses ambientais, ao ataque de pragas e doenças, e
principalmente ao ciclo curto da cultura (STRALIOTTO & TEIXEIRA, 2000).

Hungria (2013), uma das principais pesquisadoras de inoculação, explana que a


coinoculação de microrganismos em diferentes funções representa uma tática simples, barata,
mas inovadora para os sistemas de produção.

2.4 Inoculação com Azospirillum

O gênero Azospirillum abrange um grupo de BPCP ( Bactérias Promotoras de


Crescimentos de Plantas) de vida livre encontra-se em quase todos os lugares da terra; há
relatos, também, de que as bactérias desse gênero podem ser endolíticas (Combinações de
microrganismos e plantas que vivem no interior, sem lhes causar danos) das plantas
facultativas (DÖBEREINER e PEDROSA, 1987; HUERGO et al., 2008). A espécie Spirillum
lipoferum foi inicialmente descrita por Beijerinck e, em 1978, foi proposta a sua reclassificação
como Azospirillum, juntamente com a descrição de duas espécies, Azospirillum lipoferum e
Azospirillum brasilense (TARRAND et al., 1978); hoje estão descritas 14 espécies no gênero.

Molina Favero et al. (2008), cita Azospirillum brasilense como produtora de óxido
nítrico, que age como uma molécula de sinalização e indução da ramificação das raízes. Raízes
mais longas e ramificadas podem explorar mais em maiores volumes de solo, resultando em
absorção de água e nutrientes pelas plantas (HODGE 2004; YORK et. al. 2013).

Apesar dos relatos sobre os benefícios da coinoculação de rizóbios e Azospirillum,


poucos experimentos de campo são realizados com Rhizobium e Azospirillum ou outras rizo
bactérias promotoras de crescimento de plantas (PGPR) (HUNGRIA, 2013).

Bactérias do gênero Azospirillum ganharam grande destaque mundial a partir da década


de 1970 (DÖBEREINER & DAY, 1976; DOBEREINER et al., 1976), com a descoberta pela
pesquisadora da Embrapa, Dra. Johanna Döbereiner (1924-2000), da capacidade de fixação
biológica do nitrogênio dessas bactérias quando associadas com gramíneas (HUNGRIA, 2011).

19
De acordo com Hungria (2011), na literatura existem vários trabalhos confirmando que
Azospirillum produz fito hormônios que estimulam o crescimento em raízes de diversas
espécies de plantas. Tien et al. (1979), por exemplo, verificaram que os componentes
responsáveis pelo estímulo do crescimento de raízes liberadas por A. brasilense eram o ácido
indolacético (AIA), giberelinas e citocininas.

O maior desenvolvimento das raízes pela inoculação com Azospirillum pode implicar
em vários outros efeitos. Já foram relatados de crescimentos na absorção da água e minerais,
maior tolerância a estresses como salinidade e seca, resultando em uma planta mais vigorosa e
produtiva (BASHAN & HOLGUIN, 1997; DOBBELAERE et al., 2001; BASHAN et al.,
2004). Provavelmente pelo maior crescimento radicular e melhor nutrição das plantas, há vários
relatos de maior tolerância a agentes patogênicos de plantas (CORREA et al., 2008).

Um fator chave para o sucesso da inoculação com Azospirillum é a seleção de estirpe(s).


Ainda que não tenha sido claramente evidenciada uma peculiaridade entre as plantas e as
bactérias, há relatos indicando alguma afinidade com determinadas espécies (PENOT et al.,
1992), ou mesmo cultivares (WANI et al., 1985) de plantas.

2.5 Inoculação com Rhizobium

De acordo com Schiavon et al. (2010), a simbiose entre espécies de leguminosas e


bactérias da ordem Rhizobiales, capazes de realizar a fixação biológica do nitrogênio (FBN),
tem grande relevância ambiental e econômica. Os fatores genéticos, tanto do hospedeiro quanto
do microssimbionte, envolvidos nessa interação, são amplos e diversos, sendo necessária a
utilização de técnicas robustas que permitam a análise molecular em larga escala.

Foi mencionado por Pelegrin et al. (2009), que a utilização de inoculante Rhizobium
tropici acrescentou na produtividade final do feijão em relação a testemunha, 165 kg há-1 e
quando utilizado inoculante mais 20 kg há-1 de N, acrescentou 373 kg há-1. De acordo com
Malavolta, (1989) em relação ao feijoeiro, que o mesmo apresenta propriedade de fixar
nitrogênio da atmosfera quando em relação com bactérias do gênero Rhizobium, sendo
intitulado esse processo de fixação biológica de nitrogênio.

Ferreira et al., (2000) detalha também que a utilização de inoculantes eficientes do


gênero Rhizobium, podem possibilitar que a cultura a não utilize fertilizantes nitrogenados, sem
afetar a sua produção, mostrando assim a importância e função do inoculante e alternativas para

20
a cultura, para o suprimento de nitrogênio, elemento fundamental para o desenvolvimento do
feijoeiro, como qualquer outra cultura em geral.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Caracterização do local do experimento

O experimento foi conduzido na área experimental do projeto dinâmica agrícola


(UFRA, 2019), localizado dentro da Associação dos Agricultores do Vale do Acará (AAVA)
localizada no município de Tomé-Açu/PA (Figura 1). Serviu-se de 100 m2 subdivididos em
16 parcelas de 4m2 com ruas de 0.50m de largura, convertendo-se em 64m2 de área útil de
experimento. Área de implantação do experimento passou por um período de pousio de dois
anos, anterior a isso foi cultivada com arroz irrigado. Foram realizadas capinas manuais com
intervalos de 15 dias.

Figura 1: Localização e vista aérea da área experimental.

Fonte: Os autores (2023)

Adotou-se as classes de textura do triângulo americano, que de acordo com o Soil


Survey Division Staff, (2017) é classificada como franco-argiloarenosa, com predominância de
areia. O solo do local é classificado como Latossolo Amarelo eutrófico (EMBRAPA, 2016)
proveniente da baixa saturação por base. Com altitude aproximada de 36 m (Figura 2).

21
Figura 2: Perfil do solo das camadas iniciais do solo da área experimental

Fonte: Os autores (2022)

A região é caracterizada com clima do tipo “Ami” segundo a classificação de Köppen,


particularmente chuvosa, com pequena estação seca e B2rA'a' da classificação de Thornthwaite
(PACHÊCO; BASTOS, 2001), com precipitação durante o estudo em 144,30 mm (Figura 3),
com temperaturas médias em torno de 28 ºC e com máximas atingindo valores de até 36 ºC
(Figura 4).

Figura 3: Precipitações durante o ciclo da cultura em Tomé-Açu/PA

30
Precipitação mm

25
20
15
10
5
0
55
1
7
13
19
25
31
37
43
49

61
67
73
79
85
91
97

Dias

Fonte: AGRITEMPO

22
Figura 4: Temperaturas durante estudo

40
35
30
Temperatura ºC

25
20
15
10
5
0
01/06/2022 01/07/2022 01/08/2022 01/09/2022

Temperatura Minína Temperatura Média Temperatura Máxima

Fonte: AGRITEMPO

3.2 Delineamento experimental

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualisado-DIC com quatro tratamentos:


Testemunha (sem inoculante e sem adubação nitrogenada); somente inoculantes; com
inoculantes e a adubação nitrogenada; somente adubação nitrogenada. Foram adotadas quatro
repetições (Figura 5). A inoculação foi adotada com inoculantes comerciais, estirpe padrão
CIAT 899 (Rhizobium tropici) e ABV - 5 (Azospirillum brasiliense). Foi utilizada na adubação
nitrogenada 60 kg/há.

Figura 5: Croqui da área em estudo

Fonte: Os Autores (2023)

23
3.3 Caracterização e manejo da adubação do solo

Adubação mineral ocorreu baseando-se na análise de solo da Tabela 1, para correção


da fertilidade do solo, adotou-se a recomendação de calagem e adubação para o estado do Pará
(EMBRAPA, 2020), empregando a cultura do feijão-caupi, como base para o manejo
nutricional.

Tabela 1 - Propriedades química do sol

Propriedades Amostra de 0 a 20 cm
pH Água - 5,0
Ca2+ cmolc dm-3 3,4
Mg2+ cmolc dm-3 1,2
Al3+ cmolc dm-3 0,00
H+Al cmolc dm-3 3,9
P cmolc dm-3 14,0
K cmolc dm-3 0,179
MO g kg-1 31
SB cmolc dm-3 4,7
CTC pH7 cmolc dm-3 44,8
Zn mg dm-3 4,7
Fe mg dm-3 260
V % 55
Mn mg dm-3 40
Cu mg dm-3 4,5

Fonte: Autores (2023)

Prevalece as doses de 60 kg/ha de P2O5 e 30 kg/ha de K2O, aplicadas diretamente no


sulco de plantio (EMBRAPA,2020), o adubo nitrogenado dividiu-se em duas doses sendo
inserido 10 kg/ha juntamente com os demais no suco e 10 kg/ha, 17 dias após o plantio. Na
mesma, optou-se no acréscimo de 40 kg/ha, logo em seguida dos autores identificarem sintomas

24
de deficiência nutricional no dia 09 de julho de 2022 (Figura 6). Foram adotadas duas aplicações
foliares nos dias 25/07 e 10/08, de boro, zinco e potássio nas concentrações: 10 mL, 20 mL e 5
mL em 5 litros de água.

Figura 6: Deficiência nutricional de nitrogênio em plantas de feijão-Comum.

Fonte: Os autores (2022)


3.4 Processo de inoculação

A inoculação das sementes de feijão ocorreu na manhã do dia 22 de junho, por


orientação do fabricante esse processo deve ocorrer nos horários mais amenas do dia, além
disso as doses recomendadas foram de 100 mL para 10 kg de sementes, com ABV - 5
(Azospirillum brasiliense) e CIAT 899 (Rhizobium tropici) (Figura 7). A execução decorreu de
forma manual, utilizando sacos plásticos para mistura (Figura 8).

Figura 7: Inoculantes

Fonte: Os autores(2023)

25
Figura 8: Processo de mistura da solução dos inoculantes com as sementes.

Fonte: Os Autores (2022)


3.5 Implantação e condução do experimento

A semeadura sucedeu-se no dia 22 de junho de 2022 (Figura 9) de forma manual, com


abertura das linhas sendo feitas com auxílio de enxadas, logo em diante procedeu-se a adubação
direta em sulco (Figura 10) em seguida, conduziu-se duas sementes por intervalo, 0.3 m entre
plantas e 0.5 entre linhas, totalizando-se mil plantas na área. Precisou decorrer um replantio no
período de 06 dias a semeadura em virtude de falhas germinação. Para a adubação de cobertura
com nitrogênio, elegeu-se a ureia como fonte de nitrogênio, sendo aplicada somente nas
parcelas: Com inoculantes e com adubação nitrogenada; somente adubação nitrogenada.

Figura 9 : Semeadura do feijão-Comum

26
Fonte: Os Autores (2022)

Figura 10: Adubação manual

Fonte: Os Autores (2022)

Área de implantação do experimento passou por um período de pousio de dois anos,


anterior a isso foi cultivada com arroz irrigado. Foram realizadas capinas manuais com
intervalos de 15 dias.

3.5.1 Manejo fitossanitário

Durante o ciclo da cultura, foram detectados ataques de vaquinhas da espécie Cerotoma


arcuata (EMBRAPA, 2014) também conhecida como vaquinha preta e amarela (Figura 11 e
12), em todos os tratamentos.

Figura 11: Sinais do ataque de vaquinha preta e amarela

Fonte: Os Autores (2022)

27
Figura 12: Cerotoma arcuata (Vaquinha preta)

Fonte: Os Autores (2022)

Adotou-se os inseticidas Decis 25 EC e Karate Zeon 25 CS, foram utilizados nas doses
200 mL/ha e 150 mL/ha, sendo duas aplicações de Decis nos dias 09 e 19 de julho e uma de
Karate em 08 de agosto e no dia 13 de agosto foi realizada a aplicação fungicida Serenade para
controle do Podridão Cinzenta do Caule - PCC (Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid) e
Mela (Thanatephorus cucumeris) (CANALE et al., 2020), (Figura 13 e 14), optou-se pelo
manejo fitossanitário em área total.

Figura 13: Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid.

28
Fonte: Os Autores (2022)

Figura 14: Thanatephorus cucumeris (Mela)

Fonte: Os Autores (2022)

3.6 Variáveis analisadas

Foram manipuladas as plantas do interior das parcelas, descartando as linhas laterais e


a primeira e última planta de cada linha central.

29
Os parâmetros avaliados foram: altura de planta a cada 15 dias (AP), altura de inserção
da primeira vagem (AIV), vagens por planta (VAGP), grãos por vagem (GVAG). Na colheita
avaliou-se, massa de 100 grãos (MG), produção e produtividade (PROD) (Kg/ha).

3.6.1 Altura de plantas (AP)

Sucederam as avaliações de altura de planta aos 30, 45 e 60 dias após a primeira


semeadura, utilizando uma trena métrica. (Figura 15)

Figura 15: Coleta das alturas de plantas

Fonte: Os Autores (2022)

3.6.2 Altura de inserção da primeira vagem (AIV)

Foi realizada a medida no estádio de desenvolvimento R7 do feijoeiro, com auxílio de


uma trena.

30
3.6.3 Vagens por planta (VAGP)

Na ocasião, tal contagem se decorreu com as plantas ainda no campo, no estádio


vegetativo R8. Sendo consideradas apenas as linhas centrais, descartando as bordaduras. Foram
consideradas vagens íntegras, com aparente enchimento de grão interno. (Figura16)

Figura 16: Contagem de vagem por planta

Fonte: Os Autores (2022)


3.6.4 Grãos por vagens (GVAG)

A contagem foi realizada manualmente após a colheita, na residência dos autores, todos
os grãos foram considerados, murchos, quebrados, ardidos e danificados (Figura17), os autores
optaram pela não classificação dos grãos em virtude da falta de grãos em certos tratamentos
ocasionadas pela alta mortalidade.

Figura 17: Grãos no processo de contagem

Fonte: França (2022)

31
3.6.5 Massa 100 grãos (MG)

Os grãos de cada tratamento foram separados e divididos em quatro partes (Figura 18)
com objeto de maior homogeneidade, assim selecionando 100 grãos do todo, foi usada uma
balança de precisão no laboratório de Química da UFRA - Tomé-Açu, para aferir o peso dos
grãos.

Os grãos separados anteriormente foram levados para estufa do laboratório de solos da


UFRA - Tomé-Açu, onde permaneceram por 24h na temperatura de 105 ºC, com o objetivo de
retirar a água presente nos grãos.

Figura 18: Seleção dos 100 grãos

Fonte: Os Autores (2022)

3.6.6 Produção e Produtividade (PROD)

Após o fim da colheita, os grãos foram levados para o laboratório de solos da UFRA -
Tomé-Açu, onde foi feita a pesagem dos grãos e a determinação de produção em área útil das
parcelas, e a conversão para kg/ha. Após passarem 24h em estufa a 105 ºC os grãos obtiveram
umidade 11%, posteriormente esses dados foram elevados para grãos a 13%, de acordo com a
instrução normativa 29/2011 do MAPA.

3.6.7 Análise estatística

Os dados foram avaliados na análise de variância pelo teste Fisher ao apresentar


diferença significativa conduziu-se uma comparação de média pelo teste de tukey, ambos os
testes a 5% de probabilidade com auxílio do software Sisvar versão 5.6 (FERREIRA, 2019).

32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Notou-se que não houve diferença significativa (p < 0,05) entre os tratamentos para as
variáveis; Altura da inserção de primeira Vagem (AIV) e Grãos por Vagem (GVAG) (Tabela
2).

Tabela 2: Resumo da análise de variância para seis variáveis em estudo: Altura de Plantas (AP), Altura de inserção
da Vagem (AIV), Vagem Por Planta (VAGP), Grãos Por Vagem (GVAG), Massa de 100g (MG) e Produtividade
(PROD); em experimento conduzido em Tomé-Açu/PA.

AP AP AP
Tratamentos 30dias 45dias 60dias AIV VAGP GVAG MG PROD
(cm) (cm) (cm) (cm) (und) (und) (g) (kg.ha1)
Testemunha 17,57b 24,35b 33,43c 20,95 4,00cb 2,00 26,33a 246,00c
Inoculação 16,76b 21,37ba 35,48cb 19,95 2,25c 2,50 22,00b 93,00d
Inoc + Adub 21,12a 31,18ba 47,08a 20,94 9,25ba 2,00 28,00a 406,33b
Adubação
Nitrogenada 20,79a 35,35a 45,47ba 21,53 12,00a 2,00 30,00a 584,00a
CV (%) 7,7 19,71 13,26 9,18 36,48 13,58 5,43 0,27
Média Geral 19,8** 28,06** 40,36** 20,85 6,88** 2,13 36,58** 332,33**

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).CV =
Coeficiente de variação. (*): Efeitos significativos a 5% no teste F.

Os tratamentos com inoculante e adubação nitrogenada e somente adubação


nitrogenada, entregaram as maiores alturas de planta, em todas as avaliações Tabela 2; Figura
19). Nascente et al. (2017), aponta o nitrogênio como elemento central na produção de massa
seca na cultura do feijão-comum, isso denota o aumento dos teores de clorofilas e subsequente
aumento do índice de área aos níveis de fotossíntese líquida. Tal resultado é alcançado devido
às mudanças fisiológicas, em detrimento do A. brasilense, que causa uma liberação de
hormônios como auxinas e citocininas, que impulsionam o desenvolvimento radicular da
planta, assim absorvendo mais água e nutriente (ZAFAR et. al., 2012).

33
Figura 19: Altura de plantas aos 30, 45, 60 dias após a semeadura, do feijão preto
cultivado sob coinoculação e adubação nitrogenada.

Fonte: Os Autores (2023)

A altura de inserção da primeira vagem, apontou média de 20,85 cm, análogo a Salgado
et al., (2011) com médias em cultivares de feijão preto como; BRS Esplendor, BRS Campeiro,
respectivamente 18,44 e 18,33 cm.

Tais alturas são de extrema relevância em cultivos onde haverá colheita mecanizada,
Kappes et al. (2008) explanam que essa altura varia de acordo com a cultivar em uso, tal
característica, essa, é encontrada na BRS ESTEIO, dentro dos parâmetros aceitáveis, de 15 cm
do solo (SALGADO, et. al., 2011).

A maior parte da produção Paraense de feijão, vem de pequenos agricultores familiares


(Conab, 2023), assim não necessitando de colheita mecanizada, mais, a manutenção dessa altura
15cm, favorece um melhor aproveitamento da arquitetura da planta para a produção de vagens
(Oliveira et al., 2014).

Na variável grãos por vagem, o presente estudo apresentou média de 2,13 grãos por
vagem, Amanda (2020), demonstrou resultados para BRS esteio superiores com médias de 5,9

34
em Uberlândia-MG, Dickson & Boettger, (1984), apontam um fator que influenciou esses
dados, temperatura elevada acima de 30 ºC durante os dias, ocasionando uma alta taxa de
abortamento prematuro das vagens jovens, mais um aumento na respiração, que causa um gasto
energético em forma de ATP, culminando em um déficit no transporte de energia as vagens
provocando uma redução na formação de grãos por vagem.

Na variável vagens por plantas (Tabela 2; Figura 20), destaca-se somente a adubação
nitrogenada com valor de 12 vagem por planta, com todo, não havendo diferença significativa
entre o tratamento Inoculação mais Adubação nitrogenada que apresentaram média de 9,25
vagens.

Hammes, (2020), encontrou resultados similares para inoculação mais adubação


nitrogenada, em Cerro Largo – RS, na cultivar BRS Esteio, com média de 9,3 vagem por planta,
tal congênere é explicada por Araújo et al. (2007), sendo herdabilidade genética fator central.

Figura 20: Número de vagem por planta do feijão preto cultivado sob coinoculação e
adubação nitrogenada.

16,00
14,00
a
12,00
ab
N° de Vagem Por Planta-1

10,00
8,00
6,00
bc
4,00
c
2,00
0,00
Testemunha Inoculação Inoculação + Adubação
Adubação Nitrogenada
Nitrogenada

Fonte: Os Autores (2023).

Para a massa de 100 grãos (Tabela 2; Figura 21), nota-se que o tratamento somente
inoculação apresentou menor massa de 100 grãos, em relação a todos tratamentos. Bassan et al.

35
(2001), encontrou resultados similares. Arf et al. (2011) aponta tal ocorrência a característica
genotípica de cada cultivar.

Pereira et al. (2012) diz que o mercado tem preferência a peso de 100 grãos superiores
a 25 g, no estudo podemos encontrar valores 30, 28 e 26 g (Tabela 2; Figura 21), sendo
tratamento inoculação com 22 g. Souza et al. (2020), mostra que o uso de adubação nitrogenada
juntamente com inoculantes reduzem a taxa de nodulação, aliada às altas temperaturas e
reduções das moléculas de ATP, ocasiona um baixo enchimento dos grãos.

Figura 21: Massa de 100 grão do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada.

Fonte: Os Autores (2023).

Na variável produtividade destacou-se os tratamentos, somente adubação nitrogenada e


inoculação mais adubação nitrogenada, com valores respectivos 584 e 406,33 kg/ha(Tabela 2;
Figura 22), o estudo apresentou uma média geral de 332,33 kg/ha. Carvalho et al., (2017)
demonstrou resultados bem superiores em Macaé, RJ, com média em 2,358 kg/ha com
adubação de 80 kg/ha para a cultivar BRS Esteio.

36
Figura 22: Produtividade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação nitrogenada.
700
a
600

500
Produtividade (kg ha-1)

b
400

300 c
200
d
100

0
Testemunha Inoculação Inoculação + Adubação
Adubação Nitrogenada
Nitrogenada

Fonte: Os Autores (2023)

Tal discrepância nos dados pode se dar em virtude, altas temperaturas é na redução das
reservas energéticas das plantas e a alta taxa de mortalidade no experimento. Essa mortalidade
ocorreu devido ao ataque severo da Podridão Cinzenta do Caule, onde observou-se perda de até
65, 80, 45 e 50% das plantas nos respectivos tratamentos; Testemunha (sem inoculante e sem
adubação nitrogenada); somente inoculantes; com inoculantes e a adubação nitrogenada;
somente adubação nitrogenada.

Canale et al., (2020) aponta a alta temperatura e baixa umidade relativa do ar como fator
de ocorrência desse fungo, às infecções podem decorrer em virtude das sementes contaminadas
ou micélios do fungo já presente no solo.

Outro fator a ser considerado, é a seleção de estirpes de microrganismos adaptados as


condições locais. Pelos dados coletados, notou-se que a coinoculação isolada não foi tão efetiva.
ZILLI, et al.,(2006), ressalta a importância da seleção de estirpes locais e adaptada as condições
e ao genótipo do hospedeiro utilizado (feijoeiro).

Diante do exposto, estudos devem ser realizados para determinação de uma melhor época
de plantio, seleção de cultivares e seleção de estirpes de microrganismos com melhores
adaptações locais. (figura 23 e 24)

37
Figura 23: Vista aérea da área experimental com o feijão preto cultivado sob coinoculação e
adubação nitrogenada, inteiramente casualizado, com falhas devido mortalidade de planta.

Fonte: Os Autores (2023)

Figura 24: Taxa de mortalidade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada.

Fonte: Os Autores (2022)

38
5. CONCLUSÃO
A adubação nitrogenada e a inoculação associada adubação nitrogenada resultou nos
maiores valores das variáveis altura de planta, vagem por planta, massa de 100 grãos e na
mortalidade das plantas.
Para a produtividade o tratamento com adubação nitrogenada foi superior.
O BRS esteio mostrou-se sucessível as doenças na região, estudos devem ser realizados
para melhor determinação de período de plantio e tratamento de sementes.

39
6. REFERENCIAS

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