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TOMÉ-AÇU
2023
ALEXANDRE RAYNNE SANTOS DA COSTA
AMANDA COSTA ALMEIDA
TOMÉ-AÇU
2023
ALEXANDRE RAYNNE SANTOS DA COSTA
Aprovado em 20/04/2023
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_______________________________________
Alexandre Raynne
Dedico este trabalho a primeiramente a Deus
que me fez chegar até aqui, e a meus bebês
Benjamim Henrique, Amaya Hadassah e
Dominick Heloise que me deram forças para
conseguir concluir essa jornada.
Amanda Costa
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro a Deus, pelo dom da vida, por sempre me fortalecer nós
momentos mais difíceis dessa caminhada.
A minha vó Maria da Conceição Barroso dos Santos, que me criou e educou, e me
ensinou a nunca desistir perante as dificuldades.
A minha mãe Rosa Barroso dos Santos, que nunca mediu esforços para me auxiliar
dentre esses cinco anos de jornada.
A família que a universidade me presenteou, Ackson Luã Ferreira da Silva , Deyvison
Matos do Espírito Santo, Iranilde Marquês Oliveira, Igor Abreu Miranda e o grande Paulo
Roberto França da Costa, pessoas essas que são um pitar central na fundação dessa conquista.
Aos familiares que sempre me incentivaram a persistir, e me auxiliaram sempre que
puderam. A Cristiane Aguiar, minha patroa que sempre me incentivou a nunca desistir do meu
sonho, e nunca mediu esforços para me ajudar nessa caminhada, independente do que fosse.
A minha parceira de trabalho Amanda Costa Almeida, pelo companheirismo e
empenho, juntos concluímos uma fase vital em nossa jornada acadêmica.
Aos discentes Ana Beatriz da Silva Nascimento e Elia Wedja Renata Correa
Nascimento que nos ajudaram imensamente durante o experimento.
Aos docentes Prof. Dr. Ronan Magalhães de Souza e Prof. Dr. Gildenilson Mendes
Duarte, grandes profissionais que foram peças fundamentais na minha formação profissional.
O meu orientador Prof. Dr. Adriano Bicioni Pacheco, que sempre esteve a disposição
para me auxiliar, independente de horário ou dia.
Aos Discentes Emilly Aya Mendes Endo, Esmael Franco Da Graça, Wallace Dos
Santos Rodrigues (Meu Primo), Wilani Maia Dutra, Jessica Miwa Mendes Endo, Rodrigo da
Cruz Souza e Wenderson Willy Lima Ferreira (Meu primo), pela honrosa oportunidade de
convivência e troca de conhecimento e experiência.
A minha turma, por todos os momentos memoráveis que passamos juntos, que nunca
serão esquecidos.
Alexandre Raynne
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que foi minha maior força nos momentos difíceis durante tudo esse
período, sem ele, nada disso seria possível.
A minha família que mesmo em meio a tantas dificuldades conseguimos seguir firmes no
nosso objetivo, nos formar. Aos meus pais Sonia Maria Teixeira da Costa e Agil da Silva
Almeida que me incentivaram a nunca desistir dessa formação, me ajudando da forma que fosse
possível. As minhas irmãs, Andressa da Costa Almeida e Adryen da Costa Almeida que foram
minhas salva vidas durante esse período me ajudando tanto em tudo que podiam e até no que
não podiam. A minha avó Zulmira Dias Teixeira por suas brigas intermináveis e suas palavras
de sabedoria, por sempre interceder por minha vida nos momentos que eu mesma não o fiz.
Agradeço grandiosamente a meu orientador Prof. Dr. Adriano Bicioni Pacheco por sua
grande paciência, gentileza, contribuição e dedicação para que esse trabalho fosse concretizado.
Agradeço aos meus colegas e amigos Ackson Luã Ferreira da Silva , Deyvison Matos do
Espírito Santo, Iranilde Marquês Oliveira, Igor Abreu Miranda e o Paulo Roberto França da
Costa, pelos momentos memoráveis enquanto colocávamos em prática esse projeto, aos
momentos no sol, as conversas paralelas e as risadas, esses momentos vão ficar marcados em
mim para sempre. Ao meu companheiro de trabalho Alexandre Raynne Santos da Costa,
obrigado pela confiança por me aceita como sua dupla nesse momento tão importante da nossa
vida acadêmica e por todo apoio.
Obrigado Universidade Federal Rural da Amazônia pela oportunidade de fazer parte dessa
família e ter me dado o grande prazer de conhecer pessoas memoráveis na turma de Eng.
Agrícola 2018. Agradeço por me oferecer professores incríveis, um ambiente de estudo. Sou
grata não só aos professores, mas também à direção, ao pessoal do administrativo, da limpeza
e demais colaboradores da instituição.
Meu eterno agradecimento a todos os meus amigos e colegas de turma, nunca poderei
esquecer o que fizeram por mim e minha família durante esse tempo, ao cuidarem do meu filho
para eu poder estudar e fazer minhas apresentações de trabalhos, nunca serei capaz de expressar
toda minha gratidão por todos.
A minhas amigas Muriely Silva Alves e Stephany dos Santos Pinheiro, por também
estarem comigo durante essa longa jornada desde sempre, a vocês fica minha gratidão por
nunca me deixarem sozinha e me apoiarem em tudo
Meu eterno agradecimento a todos
Amanda Costa
RESUMO
The common bean (Phaseolus vulgaris L.) is an agricultural crop of great relevance in
environmental, social and economic aspects, because in addition to presenting characteristics
of symbiosis with microorganisms, it is a main constituent in human food and contributes to
income generation for small, medium and large farmers. The objective of this work was to
evaluate the biometric and productive characteristics of common bean BRS Esteio submitted
to inoculation with Azospirillum brasilense and Rhizobium tropici associated with nitrogen
fertilization in Amazonian soil. The experiment was carried out in the experimental area of the
Associação dos Agricultores do Vale do Acará (AAVA), with an experimental area measuring
10m x 10 m, subdivided into 16 plots of 2m x 2m each, located in the municipality of Tomé-
Açu, Northeast of Brazil. For. The design was completely randomized. The treatments used
were: control without inoculant and nitrogen fertilization, inoculant only, inoculant plus
nitrogen fertilization, nitrogen fertilization only, with four replications. It was noted that there
was no significant difference between treatments for the variables; Insertion height of first Pod
and Grains per Pod. The treatment, inoculant and nitrogen fertilization, delivered the highest
plant heights, in all evaluations.
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………. 13
2 REVISÃO DE LITERATURA…………………………………………………...……. 14
2.1 A cultura do feijão…………………………………………………………………….... 14
2.2 Caracterização da cultivar……………………………………………………………... 17
2.2 Inoculação de microrganismos……………………………………………...…...…….. 17
2.3 Inoculação com Azospirillum…………………………………………….……………. 19
2.4 Inoculação com Rhizobium……………………………………………………….......... 20
3 MATERIAIS E MÉTODOS……………………………………………...………..…… 21
3.1 Características do local do experimento………………………………………..…….. 21
3.2 Delineamento experimental……………………………………………………...…….. 23
3.3 Caracterização e manejo da adubação do solo………………………………...……... 24
3.4 Processo de Inoculação…………………..………………………………….…….….... 25
3.5 Implantação e condução do experimento………………………………………...…… 26
3.5.1 Manejo fitossanitário……………………………………………………………...…… 27
3.6 Variáveis analisadas…………………………………………………………….…..….. 29
3.6.1 Altura das plantas(AP)……………………………………………………….……..…. 29
3.6.2 Altura de inserção da primeira vagem(AIV)................................................................... 30
3.6.3 Vagens por planta(VAGP).......………………………………………………....…..…. 30
3.6.4 Grãos por vagens(GVAG)..……………………………………………………..…….. 31
3.6.5 Massa 100 grãos(MG)...............………………………………………….……..……... 31
3.6.6 Produção e produtividade(PROD)..…………………………………………....……… 32
3.6.7 Análise e estatísticas………………………………………………………..…….…… 32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………………………...…...…….… 33
5 CONCLUSÕES…………………………………………………………………..........…. 39
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 40
1. INTRODUÇÃO
Natural das Américas o Phaseolus vulgaris L., vulgo feijão comum, é uma das culturas
mais antigas conhecida pelo homem. Alimento tradicional na mesa dos brasileiros, rico em
proteína, carboidratos e minerais, sendo assim um dos principais pratos da culinária do país
(Rehagro, 2023). No Brasil, há inúmeras variedades de cultivares de feijão distintas por região.
A variedade estudada, BRS Esteio, é uma variedade com alto potencial produtivo, grãos
de cor e tamanho uniforme, alto índice de peneiramento e boa qualidade industrial. As plantas
da BRS Esteio possuem estrutura ereta e são adaptadas para colheita mecanizada direta . A
variedade é resistente à antracnose e tem uma resposta imune à ferrugem.
13
As Bactérias Promotoras de Crescimento (BPCP) são epifíticas e endolíticas, não
patogênicas, que promovem o crescimento diretamente ou indiretamente como agente de
controle biológico de doenças de plantas. Com esse benefício a BPCP podem ser vistas em
plantas multiplicadas “in vitro” ou “ex vitro”, especificamente no aumento da área foliar, altura
da planta, diâmetro do caule, número de folhas, matéria seca, redução do tempo de
aclimatização, maior sobrevivência de mudas, controle das doenças e aumento de produção
(MARIANO; SILVEIRA; ASSIS; GOMES; NASCIMENTO; DONATO, 2004).
2. REVISÃO DE LITERATURA
O feijoeiro apresenta grande variação morfológica, que vai desde o crescimento até ao
tamanho das folhas, das flores, das vagens e tamanho e cor das sementes, permitindo, as
características, separar as formas selvagens das cultivadas (SINGH et al., 1991).
A flor do feijoeiro é formada pelo cálice e pela corola. O cálice é verde e a corola é
composta de cinco pétalas que podem ser brancas, rosadas ou violáceas. As flores do feijoeiro
14
são agrupadas em uma haste que sustenta os botões florais. Esse conjunto é chamado de
inflorescência floral ou racimo floral.(EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).
O fruto é uma vagem formada por duas partes (denominadas valvas): uma superfície
superior e outra inferior. Pode de forma reta, arqueada ou recurvada. A ponta ou extremidade
(denominado ápice) pode ser arqueada ou reta. A cor pode ser uniforme ou não, ou seja, pode
apresentar estrias de outra cor e variar de acordo com o grau de maturação (vagem imatura,
madura e completamente seca), podendo ser verde, verde com estrias vermelhas ou roxas,
vermelha, roxa, amarela, amarela com estrias vermelhas ou roxas. (EMBRAPA ARROZ E
FEIJÃO, 2021).
O feijão-comum é uma cultura de grande relevância social e econômica, por seu alto
valor proteico (TAVARES et al., 2013). É uma leguminosa rica em carboidratos, minerais como
o ferro, aminoácidos essenciais (como a lisina) e vitaminas (PETRY et al., 2015).
O Brasil é um dos grandes produtores de feijão do mundo, com produção anual de 2,9
milhões de toneladas (FAOESTAT, 2020), contudo, cerca de 70% da sua produção é voltada
para o tipo comercial carioca (PEREIRA et al., 2012). O grupo comercial preto é o segundo
mais consumido, representando cerca de 15%. No entanto, o Brasil importa por ano
aproximadamente 120 mil toneladas de feijão preto (CONAB, 2018).
Sousa et al. (2018), através de experimentos com feijão-caupi na região oeste do Pará,
inoculados com estirpes de Bradyrhizobium japonicum, obteve resultados satisfatórios da
eficiência para as cultivares Manteiguinha, apresentando valores elevados de crescimento de
planta e produtividade por hectare, e BRS Tucumaque, com maior crescimento de planta.
15
O feijoeiro, apresenta a propriedade de fixar o nitrogênio da atmosfera quando em
simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, o que contribui para a redução no uso de
fertilizantes nitrogenados. Estudos que visam o aumento da produtividade do feijoeiro, através
da fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico, têm mostrado a possibilidade de se obter
rendimento de até 1600 kg há-1, na ausência de adubação nitrogenada (Döbereiner & Duque,
1980).
O feijão preto é bastante apreciado pela culinária internacional, fazendo desse grão um
produto potencial para exportação. O seu consumo promove grandes benefícios para a saúde,
devido suas propriedades antioxidantes das antocianinas, que auxiliam na redução do dano
oxidativo, que fomenta em doenças relacionadas ao envelhecimento, incluindo câncer e
doenças cardiovasculares (CICHY et al., 2014; HU et al., 2014).
O feijoeiro comum é considerado uma cultura incomum por se conseguir três safras
anuais. A safra das "águas" é plantada nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e nos estados do
Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e, também nos estados de Tocantins e Rondônia, sendo
cultivado entre os meses de agosto a novembro. A safra da "seca" ocorre nas Regiões Sul,
Sudeste, Centro-Oeste e em único período de plantio no Norte, onde o feijão-comum é
consorciado com o milho. Essa safra é realizada entre os meses de dezembro a abril. Já a safra
de 3ª época, também designada como safra irrigada, de inverno, acontece com o feijão-comum
cultivado entre os meses de abril a julho, no Centro-Sul do Brasil (EMBRAPA ARROZ E
FEIJÃO, 2012).
16
respondem diferentemente à diminuição de água no solo durante o período de floração
(EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2021).
A cultivar, BRS Esteio, é uma variedade de feijão preta com alto potencial produtivo,
grãos de cor e tamanho uniforme, alto índice de peneiramento e boa qualidade industrial. As
plantas da BRS Esteio possuem estrutura ereta e são adaptadas para colheita mecanizada direta.
A variedade é resistente à antracnose e tem uma resposta imune à ferrugem (coopertradição,
S.D).
O BRS Esteio se destaca pelo grande potencial Prolífico, além de ser resistente ao vírus
do mosaico e resistência geral e moderada à antracnose. Essa cultura tem vantagens sobre outras
raças/ variedades de grão preto (PEREIRA et al., 2014).
17
conferindo resistência a estresse abiótico e suprimindo doenças em diversas culturas”. Estes
microrganismos são capazes de auxiliar a nutrição das plantas em quantidade e qualidade,
aumentar a eficiência nutritiva, diminuir o uso de adubos sintéticos, reduzir custos com
adubação, promover aumento da biodiversidade do solo, resultando em rendimentos idênticos
aos com uso de fertilizantes químicos.
A busca pela utilização racional e consciente dos recursos naturais de modo que se
procure ao máximo a mitigação de suavização dos impactos ambientais, são cada vez mais
evidentes no cenário social, ambiental, político e econômico. Com isso, necessita-se gerar
conhecimentos apoiados em tecnologia e inovação que busquem viabilizar e potencializar os
sistemas de produção agropecuários já empregados, inserindo nesses sistemas princípios
ecológicos e naturais (REIS; PEDRAZA; TEIXEIRA, 2010).
18
Na literatura, vários estudos indicam a possibilidade da substituição da adubação
nitrogenada do feijoeiro pela FBN (Fixação Biológica de Nitrogênio). (MENDES et al., 1994,
LEMOS et al., 2003; ROMANINI JÚNIOR et al., 2007).
Molina Favero et al. (2008), cita Azospirillum brasilense como produtora de óxido
nítrico, que age como uma molécula de sinalização e indução da ramificação das raízes. Raízes
mais longas e ramificadas podem explorar mais em maiores volumes de solo, resultando em
absorção de água e nutrientes pelas plantas (HODGE 2004; YORK et. al. 2013).
19
De acordo com Hungria (2011), na literatura existem vários trabalhos confirmando que
Azospirillum produz fito hormônios que estimulam o crescimento em raízes de diversas
espécies de plantas. Tien et al. (1979), por exemplo, verificaram que os componentes
responsáveis pelo estímulo do crescimento de raízes liberadas por A. brasilense eram o ácido
indolacético (AIA), giberelinas e citocininas.
O maior desenvolvimento das raízes pela inoculação com Azospirillum pode implicar
em vários outros efeitos. Já foram relatados de crescimentos na absorção da água e minerais,
maior tolerância a estresses como salinidade e seca, resultando em uma planta mais vigorosa e
produtiva (BASHAN & HOLGUIN, 1997; DOBBELAERE et al., 2001; BASHAN et al.,
2004). Provavelmente pelo maior crescimento radicular e melhor nutrição das plantas, há vários
relatos de maior tolerância a agentes patogênicos de plantas (CORREA et al., 2008).
Foi mencionado por Pelegrin et al. (2009), que a utilização de inoculante Rhizobium
tropici acrescentou na produtividade final do feijão em relação a testemunha, 165 kg há-1 e
quando utilizado inoculante mais 20 kg há-1 de N, acrescentou 373 kg há-1. De acordo com
Malavolta, (1989) em relação ao feijoeiro, que o mesmo apresenta propriedade de fixar
nitrogênio da atmosfera quando em relação com bactérias do gênero Rhizobium, sendo
intitulado esse processo de fixação biológica de nitrogênio.
20
a cultura, para o suprimento de nitrogênio, elemento fundamental para o desenvolvimento do
feijoeiro, como qualquer outra cultura em geral.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
21
Figura 2: Perfil do solo das camadas iniciais do solo da área experimental
30
Precipitação mm
25
20
15
10
5
0
55
1
7
13
19
25
31
37
43
49
61
67
73
79
85
91
97
Dias
Fonte: AGRITEMPO
22
Figura 4: Temperaturas durante estudo
40
35
30
Temperatura ºC
25
20
15
10
5
0
01/06/2022 01/07/2022 01/08/2022 01/09/2022
Fonte: AGRITEMPO
23
3.3 Caracterização e manejo da adubação do solo
Propriedades Amostra de 0 a 20 cm
pH Água - 5,0
Ca2+ cmolc dm-3 3,4
Mg2+ cmolc dm-3 1,2
Al3+ cmolc dm-3 0,00
H+Al cmolc dm-3 3,9
P cmolc dm-3 14,0
K cmolc dm-3 0,179
MO g kg-1 31
SB cmolc dm-3 4,7
CTC pH7 cmolc dm-3 44,8
Zn mg dm-3 4,7
Fe mg dm-3 260
V % 55
Mn mg dm-3 40
Cu mg dm-3 4,5
24
de deficiência nutricional no dia 09 de julho de 2022 (Figura 6). Foram adotadas duas aplicações
foliares nos dias 25/07 e 10/08, de boro, zinco e potássio nas concentrações: 10 mL, 20 mL e 5
mL em 5 litros de água.
Figura 7: Inoculantes
Fonte: Os autores(2023)
25
Figura 8: Processo de mistura da solução dos inoculantes com as sementes.
26
Fonte: Os Autores (2022)
27
Figura 12: Cerotoma arcuata (Vaquinha preta)
Adotou-se os inseticidas Decis 25 EC e Karate Zeon 25 CS, foram utilizados nas doses
200 mL/ha e 150 mL/ha, sendo duas aplicações de Decis nos dias 09 e 19 de julho e uma de
Karate em 08 de agosto e no dia 13 de agosto foi realizada a aplicação fungicida Serenade para
controle do Podridão Cinzenta do Caule - PCC (Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid) e
Mela (Thanatephorus cucumeris) (CANALE et al., 2020), (Figura 13 e 14), optou-se pelo
manejo fitossanitário em área total.
28
Fonte: Os Autores (2022)
29
Os parâmetros avaliados foram: altura de planta a cada 15 dias (AP), altura de inserção
da primeira vagem (AIV), vagens por planta (VAGP), grãos por vagem (GVAG). Na colheita
avaliou-se, massa de 100 grãos (MG), produção e produtividade (PROD) (Kg/ha).
30
3.6.3 Vagens por planta (VAGP)
A contagem foi realizada manualmente após a colheita, na residência dos autores, todos
os grãos foram considerados, murchos, quebrados, ardidos e danificados (Figura17), os autores
optaram pela não classificação dos grãos em virtude da falta de grãos em certos tratamentos
ocasionadas pela alta mortalidade.
31
3.6.5 Massa 100 grãos (MG)
Os grãos de cada tratamento foram separados e divididos em quatro partes (Figura 18)
com objeto de maior homogeneidade, assim selecionando 100 grãos do todo, foi usada uma
balança de precisão no laboratório de Química da UFRA - Tomé-Açu, para aferir o peso dos
grãos.
Após o fim da colheita, os grãos foram levados para o laboratório de solos da UFRA -
Tomé-Açu, onde foi feita a pesagem dos grãos e a determinação de produção em área útil das
parcelas, e a conversão para kg/ha. Após passarem 24h em estufa a 105 ºC os grãos obtiveram
umidade 11%, posteriormente esses dados foram elevados para grãos a 13%, de acordo com a
instrução normativa 29/2011 do MAPA.
32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Notou-se que não houve diferença significativa (p < 0,05) entre os tratamentos para as
variáveis; Altura da inserção de primeira Vagem (AIV) e Grãos por Vagem (GVAG) (Tabela
2).
Tabela 2: Resumo da análise de variância para seis variáveis em estudo: Altura de Plantas (AP), Altura de inserção
da Vagem (AIV), Vagem Por Planta (VAGP), Grãos Por Vagem (GVAG), Massa de 100g (MG) e Produtividade
(PROD); em experimento conduzido em Tomé-Açu/PA.
AP AP AP
Tratamentos 30dias 45dias 60dias AIV VAGP GVAG MG PROD
(cm) (cm) (cm) (cm) (und) (und) (g) (kg.ha1)
Testemunha 17,57b 24,35b 33,43c 20,95 4,00cb 2,00 26,33a 246,00c
Inoculação 16,76b 21,37ba 35,48cb 19,95 2,25c 2,50 22,00b 93,00d
Inoc + Adub 21,12a 31,18ba 47,08a 20,94 9,25ba 2,00 28,00a 406,33b
Adubação
Nitrogenada 20,79a 35,35a 45,47ba 21,53 12,00a 2,00 30,00a 584,00a
CV (%) 7,7 19,71 13,26 9,18 36,48 13,58 5,43 0,27
Média Geral 19,8** 28,06** 40,36** 20,85 6,88** 2,13 36,58** 332,33**
Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).CV =
Coeficiente de variação. (*): Efeitos significativos a 5% no teste F.
33
Figura 19: Altura de plantas aos 30, 45, 60 dias após a semeadura, do feijão preto
cultivado sob coinoculação e adubação nitrogenada.
A altura de inserção da primeira vagem, apontou média de 20,85 cm, análogo a Salgado
et al., (2011) com médias em cultivares de feijão preto como; BRS Esplendor, BRS Campeiro,
respectivamente 18,44 e 18,33 cm.
Tais alturas são de extrema relevância em cultivos onde haverá colheita mecanizada,
Kappes et al. (2008) explanam que essa altura varia de acordo com a cultivar em uso, tal
característica, essa, é encontrada na BRS ESTEIO, dentro dos parâmetros aceitáveis, de 15 cm
do solo (SALGADO, et. al., 2011).
Na variável grãos por vagem, o presente estudo apresentou média de 2,13 grãos por
vagem, Amanda (2020), demonstrou resultados para BRS esteio superiores com médias de 5,9
34
em Uberlândia-MG, Dickson & Boettger, (1984), apontam um fator que influenciou esses
dados, temperatura elevada acima de 30 ºC durante os dias, ocasionando uma alta taxa de
abortamento prematuro das vagens jovens, mais um aumento na respiração, que causa um gasto
energético em forma de ATP, culminando em um déficit no transporte de energia as vagens
provocando uma redução na formação de grãos por vagem.
Na variável vagens por plantas (Tabela 2; Figura 20), destaca-se somente a adubação
nitrogenada com valor de 12 vagem por planta, com todo, não havendo diferença significativa
entre o tratamento Inoculação mais Adubação nitrogenada que apresentaram média de 9,25
vagens.
Figura 20: Número de vagem por planta do feijão preto cultivado sob coinoculação e
adubação nitrogenada.
16,00
14,00
a
12,00
ab
N° de Vagem Por Planta-1
10,00
8,00
6,00
bc
4,00
c
2,00
0,00
Testemunha Inoculação Inoculação + Adubação
Adubação Nitrogenada
Nitrogenada
Para a massa de 100 grãos (Tabela 2; Figura 21), nota-se que o tratamento somente
inoculação apresentou menor massa de 100 grãos, em relação a todos tratamentos. Bassan et al.
35
(2001), encontrou resultados similares. Arf et al. (2011) aponta tal ocorrência a característica
genotípica de cada cultivar.
Pereira et al. (2012) diz que o mercado tem preferência a peso de 100 grãos superiores
a 25 g, no estudo podemos encontrar valores 30, 28 e 26 g (Tabela 2; Figura 21), sendo
tratamento inoculação com 22 g. Souza et al. (2020), mostra que o uso de adubação nitrogenada
juntamente com inoculantes reduzem a taxa de nodulação, aliada às altas temperaturas e
reduções das moléculas de ATP, ocasiona um baixo enchimento dos grãos.
Figura 21: Massa de 100 grão do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada.
36
Figura 22: Produtividade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação nitrogenada.
700
a
600
500
Produtividade (kg ha-1)
b
400
300 c
200
d
100
0
Testemunha Inoculação Inoculação + Adubação
Adubação Nitrogenada
Nitrogenada
Tal discrepância nos dados pode se dar em virtude, altas temperaturas é na redução das
reservas energéticas das plantas e a alta taxa de mortalidade no experimento. Essa mortalidade
ocorreu devido ao ataque severo da Podridão Cinzenta do Caule, onde observou-se perda de até
65, 80, 45 e 50% das plantas nos respectivos tratamentos; Testemunha (sem inoculante e sem
adubação nitrogenada); somente inoculantes; com inoculantes e a adubação nitrogenada;
somente adubação nitrogenada.
Canale et al., (2020) aponta a alta temperatura e baixa umidade relativa do ar como fator
de ocorrência desse fungo, às infecções podem decorrer em virtude das sementes contaminadas
ou micélios do fungo já presente no solo.
Diante do exposto, estudos devem ser realizados para determinação de uma melhor época
de plantio, seleção de cultivares e seleção de estirpes de microrganismos com melhores
adaptações locais. (figura 23 e 24)
37
Figura 23: Vista aérea da área experimental com o feijão preto cultivado sob coinoculação e
adubação nitrogenada, inteiramente casualizado, com falhas devido mortalidade de planta.
Figura 24: Taxa de mortalidade do feijão preto cultivado sob coinoculação e adubação
nitrogenada.
38
5. CONCLUSÃO
A adubação nitrogenada e a inoculação associada adubação nitrogenada resultou nos
maiores valores das variáveis altura de planta, vagem por planta, massa de 100 grãos e na
mortalidade das plantas.
Para a produtividade o tratamento com adubação nitrogenada foi superior.
O BRS esteio mostrou-se sucessível as doenças na região, estudos devem ser realizados
para melhor determinação de período de plantio e tratamento de sementes.
39
6. REFERENCIAS
ARF, M.V.; BUZETTI, S.; ARF, O.; KAPPES, C.; FERREIRA, J.P.; GITTI, D.C.;
YAMAMOTTO, C.J.T. Fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em fejoeiro de
inversno sob sistema plantio direto. Pesquisa Agropecuária Tropical, 41:430-438,
2011.
BASSAN, D.A.Z.; ARF, O.; BUZETTI, S.; CARVALHO, M.A.C.; SANTOS, N.C.B.;
SÁ, M.E. Inoculação de sementes e aplicação de nitrogênio e molibdênio na cultura
do feijão de inverno: produção e qualidade fisiológica de sementes. Revista
Brasileira de Sementes, 23:76-83, 2001.
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