Você está na página 1de 62

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA AMBIENTAL


Licenciatura em Engenharia Agrícola e Ambiental

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO EM FUNÇÃO


DA PRODUÇÃO DA CULTURA DE FEIJÃO VULGAR (Phaseolus vulgaris L.) SOB
DIFERENTES SISTEMAS DE MANEIO (Plantio Direto e Plantio Convencional)

ALBERTO SEBASTIÃO JANACE

Chimoio
2023

1
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA


Licenciatura em Engenharia Agrícola e Ambiental

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-HÍDRICAS DO SOLO EM FUNÇÃO


DA PRODUÇÃO DA CULTURA DE FEIJÃO VULGAR (Phaseolus vulgaris L.) SOB
DIFERENTES SISTEMAS DE MANEIO (Plantio Direto e Plantio Convencional)

Alberto Sebastião Janace

Monografia apresentada à Faculdade de


Engenharia Ambiental e dos Recursos
Naturais como requisito parcial para
obtenção do grau de Licenciatura em
Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador: Enga. Regina Aleixo, MSc.

_______________________________ _

Data:________/______________________/2023

Chimoio
2023

2
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu, Alberto Sebastião Janace, declaro que este Trabalho de Conclusão de Curso, com
título “Avaliação das propriedades físico-hídricas do solo em função da produção da
cultura de feijão vulgar (Phaseolus vulgaris l.) sob diferentes sistemas de maneio
(plantio direto e plantio convencional)”, é resultado de investigação própria sob orientação
da Enga. Regina Aleixo, com recurso a fontes literárias citadas no texto e listadas nas
referências bibliográfica. Declaro ainda, que este trabalho não foi submetido antes em
nenhuma outra instituição para obtenção de nenhum grau académico.

________________________________________

(Alberto Sebastião Janace)

Chimoio, _____de ___________________de 2023

i
DEDICATÓRIA

À Deus, que me deu toda a sabedoria, força e coragem necessária durante o curso.
À família Chicote, em especial aos meus pais, Sebastião Chicote e Narcisa Chicote, que
deram sempre tudo o que tinham até o que não tinham para que terminasse o curso.
À Minha Namorada Nélia Alda Marcos, que durante boa parte do meu curso sempre
esteve comigo, me apoiando e acreditando em mim.
Aos meus irmãos Julieta, Mariza, Emílio, pelo suporte, pela motivação e pelas orações.
À mim mesmo, por nunca ter desistido, mesmo quando as coisas estavam mal, por
sempre acreditar no meu potencial.
À minha Anjinha (in memorium)
Dedico.

ii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da vida e por ajudar a ultrapassar todos
obstáculos encontrados ao longo da minha jornada académica.

Agradeço a toda minha família, em especial aos meus pais Sebastião Chicote e Narcisa
Chicote e aos meus irmãos, pelo incentivo nos momentos difíceis e compreenderem a
minha ausência enquanto eu me dedicava na realização deste curso.

À minha namorada, pelo apoio incondicional, durante este percurso, por sempre puxar
me para frente.

Agradeço à minha Supervisora Enga. Regina Aleixo, MSc., pela oportunidade que
me foi dada, pela orientação e disponibilização de conhecimentos científicos.

Agradeço a todos docentes do curso de Engenharia Agrícola Ambiental da


FEARN por terem contribuído bastante para a minha aprendizagem, especialmente aos
mestres, Regina Aleixo, Gonçalves Dauala, Geraldo Mabasso, Carvalho Matsinhe.

Agradeço a todos aos meus colegas da turma de engenharia agrícola ambiental


ingresso 2018, em especial, o melhor de turma que já tive, Vasco Julião, Zeferino
Zeferino, Silva Moraes, António Juliasse, Celso Nhamuchua, Abel Guta, Tacunda
Divainde, Calton Agostinho, Telmo Paposseco, Ângela Massango, Sumeia Sahage e
Benizário Huo.

Aos companheiros, Almirante Inharrugue, Yuran Rufai, Bendito Afonso, Isidro


Alexandre, Sadique Carimo e Olga Armando Diolinda Muguio, Domingos Chutar e
Magide Cassamo.

Aos, meus amigos, Isac Moisés, Yara Caetano, Miguel Chaga, Mário Viga,
Fernando Nhacha, Manuel Viga, Valdomar Baptista, que sempre estiveram do meu lado.

A todos aqueles que não pude mencionar, que de forma directa ou indirecta
contribuíram para a minha formação e para a realização do presente trabalho, o meu
especial obrigado, thank you, mayitabhassa, khanimanbo.

iii
EPÍGRAFE

Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os
que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano.

Romanos 8:28

iv
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS
Figura 1. Mapa da localização geográfica da área de estudo....................................15
Gráfico 1 - Curvas da infiltração acumulada e VI (Velocidade de infiltração).........26
Gráfico 2. Produtividade da cultura em estudo em função dos níveis de
cobertura…………………………………………………………………………….29

v
LISTA DE TABELAS E QUADROS
Tabela 1. Croqui da área experimental…………………………………………………15
Tabela 2. Dados da variedade utilizada...........................................................................16
TABELA 3. Velocidade de Infiltração Básica (VIB) e Infiltração no ensaio……..........20
TABELA 4. Determinação da infiltração acumulada (I) e da velocidade de infiltração
básica (VIB) pelo método do infiltrômetro de anel.........................................................22
Tabela 5. Determinação da infiltração acumulada (I) e da velocidade de infiltração básica
(VIB) pelo método de Kostiakov-Lewis..........................................................................23
Tabela 6. Valores da produtividade em função dos dois sistemas de maneio………….27
Tabela 7. Dados de produtividade nas parcelas, em função dos tratamentos………….27
Quadro 1. Granulometria………………………………………………………………16
Quadro 2. Grandezas calculadas relativas à velocidade de infiltração…………………23
Quadro 3. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para densidade
do solo..............................................................................................................................25
Quadro 4. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para
porosidade total................................................................................................................26
Quadro 5. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para
produtividade...................................................................................................................28

vi
LISTA DE SÍMBOLOS
m Metro
cm Centímetro
cm3 Centímetro cúbico
g Grama
ha Hectare
l Litro
ton Tonelada
m2 Metro quadrado
m3 Metro cúbico
mm Milímetro
N Nitrogénio
NPK Nitrogénio, Fosfóro e Potássio

vii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANOVA Análise de Variância

C1 S1 N1 Cultura um Sistema um Nível de cobertura um

C1 S1 N2 Cultura um Sistema um Nível de cobertura dois

C1 S1 N3 Cultura um Sistema um Nível de cobertura três

C1 S1 N4 Cultura um Sistema um Nível de cobertura quatro

C1 S2 N1 Cultura um Sistema dois Nível de cobertura um

C1 S2 N2 Cultura um Sistema dois Nível de cobertura dois

C1 S2 N3 Cultura um Sistema dois Nível de cobertura três

C1 S2 N4 Cultura um Sistema dois Nível de cobertura quatro


et al. E outros
FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations
FAOSTAT Banco de dados estatísticos da FAO
GL Graus de liberdade
Iac Infiltração Acumulada
SPC Sistema de plantio convencional (sistema dois)
SPD Sistema de plantio direto (sistema um)
Tac Tempo acumulado
VI Velocidade de Infiltração
VIB Velocidade de Infiltração Básica

viii
LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1. Análise de variância para densidade na profundidade de 0-10cm antes da


sementeira………………………………………………………………………………38
Apêndice 2. Análise de variância para densidade na profundidade de 0-10cm depois da
colheita………………………………………………………………………………….38

Apêndice 3. Análise de variância para densidade na profundidade de 10-20cm antes da


sementeira…………………………………………………………………………...….38

Apêndice 4. Análise de variância para densidade na profundidade de 10-20cm depois da


colheita…………………………………………………………………………...……..39

Apêndice 5. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 0-10cm antes


da sementeira...................................................................................................................39

Apêndice 6. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 0-10cm depois


da colheita........................................................................................................................39

Apêndice 7. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 10-20cm antes


da sementeira….......…………………………………………………………………....40

Apêndice 8. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 10-20cm


depois da colheita....…………………………………………………………………….40

Apêndice 9. Teste Tukey para a fv tratamento para densidade antes da sementeira na


profundidade (0-10cm)…………………………………........…………………………40
Apêndice 10 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade depois da colheita na
profundidade (0-10cm)…………………………………………………………………41
Apêndice 11 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade antes da sementeira na
profundidade 10-20cm………………………………………………………………….41
Apêndice 12 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade depois da colheita na
profundidade 10-20cm………………………………………………………………….42
Apêndice 13 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total antes da sementeira
na profundidade 0-10cm………………………………………………………………..42
Apêndice 14 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total depois da colheita
na profundidade 0-10cm………………………………………………………………..43

ix
Apêndice 15 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total antes da sementeira
na profundidade 10-20cm………………………………………………………………43
Apêndice 16 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total depois da colheita
na profundidade 10-20cm……………………………………………………………....44
Apêndice 17. Infiltrômetro de anéis concêntricos………………………………………44
Apêndice 18. Teste de infiltração………………………………………………………44
Apêndice 19. Teste de infiltração………………………………………………………45
Apêndice 20. Processo de amostragem do solo…………………………………………45
Apêndice 21. Amostra de solo indeformada……………………………………………45
Apêndice 22. Amostras de solo prontas à secagem…………………………………….45
Apêndice 23. Dados da variedade utilizada…………………………………………….46
Apêndice 24. Processo de pesagem de 100 grãos………………………………………46

x
RESUMO

O trabalho objectivou em avaliar as propriedades físico-hídricas do solo em função da produção da cultura


de feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) sob diferentes sistemas de maneio (Plantio direto e Plantio
convencional). O ensaio foi realizado no campo experimental da Faculdade de Engenharia Ambiental e dos
Recursos Naturais, em solo franco argiloso e uma área de 144m 2. Em sistema (DBCC), seguido de um
esquema factorial 4x2x1 com oito tratamentos e três repetições e quatro níveis de adubação de cobertura
nitrogenada (0 kg/ha, 15 kg/ha, 30 kg/ha e 45 kg/ha. A Velocidade de Infiltração Básica (VIB) de 10mm/h.
As variáveis físicos-hídricas do solo foram sensíveis aos maneios e as maiores alterações ocorrem nas
camadas mais superficiais do solo em todos os sistemas avaliados (0-10 cm) sendo significativo (p<0,05)
no sistema SPC. Os cultivos agrícolas sob sistema de plantio direto proporcionam uma melhoria
significativa nos atributos físicos do solo. Com base nos resultados deste estudo, pode-se afirmar que entre
os sistemas de maneio, as propriedades físico-hídricas e produtividade, o melhor a ser adoptado é o sistema
de plantio direto pois esta técnica altera de maneira mínima as propriedades físico-hídricas de 1.268167
g/cm3 para 1.365917 g/cm3 na densidade do solo e 0.546750 g/cm3 para 0.491750 g/cm3 na porosidade
total, melhorando a qualidade do solo. Entre os tratamentos, nos dois sistemas de maneio, o SPD apresentou
maiores valores de produtividade (0.1206 kg/ha) na dose de 45kg/ha de NPK, porém não apresentou
diferenças significativas com a dose 30kg/ha (0.1196 kg/ha).

Palavras-chave: Feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.), plantio direto, Solo, atributos, plantio
convencional, velocidade de infiltração.

xi
ABSTRACT

The aim of the work was to evaluate the physical-water properties of the soil depending on the production
of the common bean crop (Phaseolus vulgaris L.) under different management systems (Direct planting and
Conventional planting). The test was carried out in the experimental field of the Faculty of Environmental
Engineering and Natural Resources, in clay loam soil and an area of 144m2. In system (DBCC), followed
by a 4x2x1 factorial scheme with eight treatments and three replications and four levels of nitrogen top
dressing (0 kg/ha, 15 kg/ha, 30 kg/ha and 45 kg/ha. Basic Infiltration (VIB) of 10mm/h. The physical-water
variables of the soil were sensitive to management and the greatest changes occur in the most superficial
layers of the soil in all systems evaluated (0-10 cm) being significant (p<0, 05) in the SPC system.
Agricultural crops under direct planting system provide a significant improvement in the physical attributes
of the soil. Based on the results of this study, it can be stated that between the management systems, the
physical-water properties and productivity, The best option to adopt is the direct planting system as this
technique minimally alters the physical-water properties from 1.268167 g/cm3 to 1.365917 g/cm3 in soil
density and 0.546750 g/cm3 to 0.491750 g/cm3 in total porosity , improving soil quality. Among the
treatments, in the two management systems, SPD showed higher productivity values (0.1206 kg/ha) at the
dose of 45kg/ha of NPK, but did not show significant differences with the dose of 30kg/ha (0.1196 kg/ha).

Keywords: Common bean (Phaseolus vulgaris L.), direct planting, Soil, attributes, conventional planting,
infiltration tax.

xii
SUMÁRIO
DECLARAÇÃO DE AUTORIA ...................................................................................... i
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii
EPÍGRAFE ...................................................................................................................... iv
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS .............................................................................. v
LISTA DE TABELAS E QUADROS ............................................................................. vi
LISTA DE SÍMBOLOS ................................................................................................. vii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................... viii
LISTA DE APÊNDICES ................................................................................................ ix
RESUMO ........................................................................................................................ xi
ABSTRACT ................................................................................................................... xii
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
1.1. Generalidades ....................................................................................................... 1
1.2. PROBLEMA DE ESTUDO ................................................................................. 4
1.3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 5
1.4. HIPÓTESES ......................................................................................................... 7
1.5. OBJECTIVOS ...................................................................................................... 8
1.5.1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 8
1.5.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 8
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 9
2.1. Cultura do Feijão vulgar ....................................................................................... 9
2.2. Variáveis Físico-Hídricas dos Solos ................................................................... 10
2.2.1. Porosidade Total ................................................................................................. 10
2.2.2. Densidade do Solo .............................................................................................. 11
2.2.3. Velocidade de Infiltração Básica ........................................................................ 11
2.3. Sistemas de maneio do solo ................................................................................ 12
2.3.1. Sistema de Plantio Direto ................................................................................... 13
III. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 15
3.1. Materiais Genéticos ............................................................................................ 17
3.1. Amostragem do solo ........................................................................................... 17
3.2. Preparo do solo ................................................................................................... 17

0
3.3. Sementeira, Adubação e Rega ............................................................................ 17
3.5. Parâmetros fisíco-hídricos avaliados: ................................................................. 18
Parâmetros da cultura analisadas .................................................................................... 20
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 22
4.1. Velocidade de infiltração básica e infiltração acumulada da água ..................... 22
4.2. Variáveis Físico-Hídricas dos Solos ................................................................... 27
4.2.1. Densidade do Solo .............................................................................................. 27
4.2.2. Porosidade total .................................................................................................. 28
4.3. Parâmetros analisados da cultura ........................................................................ 29
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 31
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 33
VII. APÊNDICES ...................................................................................................... 38

1
I. INTRODUÇÃO
1.1.Generalidades
O feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa originária da América.
Contudo, várias hipóteses foram estabelecidas para explicar o seu centro primário
destacando apenas três centros primários de diversidade genética, tendo como: o
mesoamericano (México e Guatemala), sul dos Andes (desde Peru até o nordeste de
Argentina) e norte dos Andes (desde Colômbia a Venezuela). Além dos centros primários,
várias espécies do género Phaseolus também podem ser encontrados em outros centros
secundários como Europa, África e Ásia (Diniz, 2006).
Em Moçambique, o feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura alimentar
básica e de grande importância socioeconómica, por contribuir significativamente com
proteínas e minerais para a dietas de muitas famílias, e constituir uma fonte importante
de renda para pequenos produtores, comerciantes e exportadores (DEE, 2016).
Segundo dados da FAO, Moçambique ocupa a décima oitava posição no Rank do Top
20 produtores mundias de feijão vulgar, com uma produção média anual estimada em 275
000 toneladas (FAOSTAT, 2016), numa área total de 750 000.00 ha, onde é produzida
maioritariamente por pequenos produtores (sector familiar), em uma área equivalente a
86.28% em pequenas explorações, seguido de 11.02% as grandes explorações. Ocupando
apenas 3.05% da área total cultivadas em culturas alimentares básicas (DEE, 2016).
A produção de feijão vulgar em Moçambique vem aumentando em função da
necessidade cada vez mais crescente de alimentação para a população. A área de produção
esta estimada em 269 885ha, estando a província da Zambézia com a maior área (171.500
ha), seguida de Tete (36.616 ha) e Nampula (27.521 ha) (IAI, 2020).
Para Miguel et al., (2015), o feijão vulgar tem proteínas elevadas, hidratos de carbono
complexos, componentes de vitamina B (tiamina, niacina e ácido fólico) e micro-
nutrientes (ferro e zinco). Para as instituições, como escolas e hospitais, os consumidores
de baixa renda em zonas rurais e urbanas, o feijão é uma fonte acessível de nutrição de
alta qualidade, fonte de renda para os agricultores. O feijão vulgar proporciona uma
oportunidade de mercado, com uma alta demanda em zonas urbanas e rurais em
Moçambique e em mercados internacionais. O feijão vulgar proporciona aos agricultores
altos retornos dos seus investimentos, a cultura exige menos trabalho e uso de insumos
externos em relação a muitas outras culturas. Melhoramento da fertilidade do solo através
da fixação biológica de nitrogénio. Onde os agricultores têm recursos limitados e baixo
acesso aos mercados de insumos, fontes orgânicos de nitrogénio são vitais para melhorar

1
a fertilidade e a estrutura do solo também para culturas competitivos como no caso de
milho.
A necessidade de evitar ou minimizar a degradação do solo tem como resultado a
adoção de sistemas de produção que permitam melhorar o equilíbrio entre os
componentes solo-planta-animal e aumentar a eficiência de uso (SCHEMBERGUE et al.,
2017).
Entre os sistemas de maneio de solo mais utilizados, o plantio direto é o que possibilita
melhor estruturação do solo, com maior incremento na matéria orgânica, aumentando a
estabilidade de agregados (SALES et al., 2016).
A sinergia da interação dos componentes dos sistemas de integração agropecuária é
sua principal característica de exploração, pois a associação de diferentes cultivos
agrícolas e a pecuária em diferentes períodos possibilita a otimização do uso do solo,
minimizando os impactos do maneio e garantindo uma produção agropecuária sustentável
(MORAES et al., 2014), indispensáveis para o desenvolvimento sustentável (COSTA et
al., 2015).
Afirmam Cruz et al., (2021) que o plantio direto não deve ser visto como uma receita
universal, mas sim como um sistema que deve ser adaptado às condições de cada região.
O plantio convencional corresponde a um preparo de solo intenso, o qual envolve uma
ou mais arações e duas gradagens. Neste sistema de maneio os resíduos são incorporados
na quase totalidade, deixando a superfície a mercê da ação erosiva das chuvas. Como
vantagem do plantio convencional pode ser mencionado o momento inicial pós preparo,
em que a pulverização do solo melhora o contato solo-semente. Este fato facilita a
germinação, e no caso da inexistência de um selo superficial, também facilita a
emergência das plântulas (ARAÚJO, 2008). O efeito do maneio sobre as propriedades
físicas do solo é dependente da sua textura e mineralogia, as quais influenciam a
resistência e a resiliência do solo a determinada prática agrícola. O uso de implementos
agrícolas no preparo do solo provoca alterações na distribuição e na estabilidade dos
agregados, diminuindo a percentagem de macro agregados e aumentando a dos micro
agregados. A quebra dos macro agregados expõe a matéria orgânica armazenada no seu
interior ao ataque dos microrganismos, promovendo sua perda reduzindo assim a
qualidade dos solos (FREITAS et al., 2015)
A maior parte da produção moçambicana é exercida pelo setor familiar, caracterizada
por baixos rendimentos em função da tecnologia rudimentar usada, ocorrência de pragas
e doenças e uso de variedades locais de baixa produtividade (CIPRIANO et al., 2017).

2
Os rendimentos obtidos no país para a cultura do feijão vulgar situam-se na ordem dos
0,75 t/ha, considerado baixo tendo em conta as potencialidades agroecologias desta região
Apesar da importância do feijão vulgar em Moçambique para a segurança alimentar,
o seu rendimento médio de grão ainda é considerado baixo, com registo de 408 kg/ha
(FAO, 2018).
Fatores edafoclimáticos afetam diretamente o rendimento da cultura do feijão, sendo
a seca um dos principais problemas. O feijão é considerado uma espécie com pouca
tolerância a estresses hídricos, sendo que 60% do seu cultivo no planeta está submetido a
este fator, tornando a seca o maior redutor da produtividade (DIGNER et al., 2019).

3
1.2.PROBLEMA DE ESTUDO
O solo é um corpo natural e organizado que compreende um arranjo complexo de
partículas sólidas de diferentes tamanhos e formas, que possui seus espaços vazios
preenchidos por água (solução) ou ar, passíveis de serem renovados com a atmosfera,
sendo capaz de armazenar nutrientes e calor e servir como camada de sustentação das
plantas. Sob essa óptica, o solo torna-se um meio natural vital para a produção agrícola,
já que todos esses elementos são imprescindíveis ao pleno desenvolvimento das raízes
(OTTONI, 2005). No que diz respeito à sustentabilidade agrícola, a humidade do solo
torna-se um dos factores mais importantes e limitantes à produtividade das culturas,
interagindo de maneira dinâmica no sistema solo – planta – atmosfera. Sua falta ou
excesso afetam de maneira decisiva o desenvolvimento das plantas. Para a compreensão
dessas inter-relações, torna-se importante o conhecimento e a caracterização dos solos
quanto aos aspetos hidrofísicos.
Conhecendo a característica de agricultura nacional, Moçambicana que é a agricultura
itinerante ou agricultura de queima do solo. Esta prática agrícola tem sido uma das
maiores causas de degradação do solo e de florestas naturais, particularmente
em Moçambique.
O estudo da física do solo é relevante para produção agrícola, se tratando da cultura da
soja e milho, são relatados em pesquisas, as correlações entre atributos físicos do solo com
produtividade e crescimento de raízes (FILHO, 2019).
Das propriedades físico-hídricas do solo, a velocidade de infiltração de água, a
porosidade do solo, a permeabilidade e retenção de água que estão associadas à humidade,
sofrem alterações devido a aplicação de técnicas de maneio inadequadas.
Assim, o presente estudo vai tentar responder a seguinte questão: De que forma as
propriedades físico-hídricas do solo são afectadas pelo maneio do solo na produção da
cultura do feijão vulgar?

4
1.3.JUSTIFICATIVA
Nos sistemas de produção agrícola o solo é a base fundamental por actuar como
substrato físico e nutritivo para as plantas, garantindo a disponibilidade de água, ar e
demais elementos necessários ao crescimento. Diferentes sistemas de produção podem
submeter o solo a um novo estado de equilíbrio, afetando atributos do solo, que podem
ser favoráveis ou desfavoráveis na sua conservação (TEZOLIN, et al., 2021).
No que concerne a velocidade de infiltração básica, sendo esta a principal
característica hídrica para a descrição da água no solo (PINHEIRO et al., 2009), o seu
conhecimento é de grande importância para definir procedimentos de maneio e
conservação do solo e da água, apresentar sistemas de irrigação e drenagem, bem como
avaliar a quantidade de água que efetivamente infiltra no solo e o escoamento superficial
que possa acontecer para não ocorrer problemas de inundações (JOSÉ et al., 2013).
A importância prática de se entender o comportamento físico do solo está associada
ao seu uso e maneio apropriado, ou seja, orientar irrigação, drenagem, preparo e
conservação de solo e água. A avaliação quantitativa mais usada na avaliação da
qualidade da condição estrutural é de natureza indireta e mede outras propriedades físicas
indiretamente influenciadas pela estrutura do solo.
A estrutura do solo é um dos principais atributos físicos do solo, importante
principalmente no que tange à dinâmica da água e ao crescimento vegetal. Esta
propriedade do solo é a que mais sofre alteração quando realizado o uso e maneio
inadequado do mesmo, pela diminuição da porosidade do solo e, consequentemente, a
capacidade de armazenamento da água (ROSSI et al., 2016).
Apesar de o feijão vulgar ser um dos principais produtos agrícolas, devido ao preço
pouco atrativo e constantes oscilações de mercado, este é produzido quase que
essencialmente por pequenos e médios agricultores. Este fato faz com que, em muitos
casos sejam utilizadas áreas às vezes com baixa aptidão para a produção (fundos de vale
e encostas com alta declividade), ou formas inadequadas de maneio, que reduzem a
produtividade e geram diversos problemas ambientais.
O reflexo da forma que os solos estão sendo utilizados, em relação à produtividade e
a sustentabilidade dos sistemas agropecuários se dá por meio da qualidade física do solo,
pois sua avaliação torna-se uma ótima ferramenta para obter informações, assegurando
uma melhor tomada de decisão no emprego de técnicas de maneio mais adequada para
maior produtividade das culturas (ARCOVERDE et al., 2015).

5
Nesse sentido, em função da susceptibilidade agrícola apresentada pela província de
Manica, somada a biodiversidade e abundância de seus recursos naturais é necessário
conciliar a exploração agrícola com a preservação do meio ambiente, pois só assim será
possível garantir o uso racional do solo como recurso económico e ambiental sob a óptica
da sustentabilidade. Em função da degradação física e perda de produtividade pelo plantio
convencional (SPC), tem-se consolidado o sistema de plantio direto (SPD) para o cultivo
de grãos, que apresenta como vantagem a manutenção da agregação do solo, similarmente
com o que observado em áreas de mata nativa. De maneira contrária, o plantio
convencional é caracterizado pela redução do carbono orgânico e desagregação do solo
em função do revolvimento o qual é submetido (SALES et al., 2016).
Através dos resultados desta pesquisa será possível adoptar técnicas de maneio mais
adequadas para a produção de feijão vulgar, dimensionar e instalar um sistema de
irrigação sem desperdício de água, sem acúmulos e escoamento superficial.

6
1.4.HIPÓTESES
Hipótese Nula
➢ O sistema de plantio direto (SPD) e sistema de plantio convencional (SPC)
melhoram os atributos físico-hídricos do solo no cultivo do feijão vulgar.
Hipótese Primária
➢ Pelo menos um dos sistemas de maneio altera negativamente os atributos físico-
hídricos do solo no cultivo do feijão vulgar.

7
1.5.OBJECTIVOS
1.5.1. Objectivo Geral
❖ Avaliar as propriedades físico-hídricas do solo em função da produção da cultura
de feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.) sob diferentes sistemas de maneio
(Plantio direto e Plantio convencional).
1.5.2. Objectivos específicos
❖ Determinar a velocidade de infiltração básica do solo e infiltração acumulada na
área experimental;
❖ Comparar os dados das propriedades físico-hídricas do solo de cada sistema de
maneio do solo na produção de feijão vulgar.
❖ Identificar o sistema de maneio adequado para a cultura que produz melhores
rendimentos e menores distúrbios aos atributos físico-hídricos do solo.

8
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Cultura do Feijão vulgar
O feijoeiro pertence à classe dicotiledónea, família Leguminosae, cujo gênero
Phaseolus originou-se das Américas e possui cerca de 60 espécies, das quais cinco são
cultivadas: P.vulgaris L., P. lunatus L., P. coccineus L., P. acutifolius A. Grau var.
latifolius Freeman e P. polynthus Greenman. Sendo que o feijão-comum (Phaseolus
vulgaris, L.) é a espécie mais cultivada entre as demais do gênero Phaseolus.
Considerando-se, porém, diversos gêneros e espécies, são cultivados em 121 países em
todo o mundo, com produção em torno de 20,7 milhões de toneladas, em área de 25,6
milhões de hectares. Sendo o Brasil o maior produtor do feijão comum (VIEIRA et al.,
2006).
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado por pequenos e grandes
produtores, em diversificados sistemas de produção e em todas as regiões brasileiras.
Dependendo da cultivar e da temperatura ambiente, pode apresentar ciclos variando de
65 a 100 dias, o que o torna uma cultura apropriada para compor, desde sistemas agrícolas
intensivos irrigados, altamente tecnificados, até aqueles com baixo uso tecnológico,
principalmente de subsistência (AIDAR, 2012).
Os feijões são plantas herbáceas, anuais, com morfologia variável, consoante às
cultivares. O sistema radicular do feijão é aprumado e superficial, composta de raiz
principal da qual se desenvolvem, lateralmente, raízes secundárias, terciárias e possuem
nódulos nas raízes laterais devido à simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio
(VIEIRA et al., 2006).
O caule é herbáceo, classificado morfologicamente como haste, e apresenta na planta
adulta nós e entrenós. O primeiro nó constitui os cotilédones (estruturas de reserva da
planta); o segundo corresponde à inserção das folhas primárias; do terceiro nó em diante,
estão inseridas as folhas trifoliadas; a porção alongada entre as raízes e os cotilédones e
as primeiras folhas, epicótilo. O caule possui crescimento determinado ou indeterminado;
o determinado caracteriza-se por o caule e os ramos laterais cessarem o crescimento e
terminarem em flores, enquanto o indeterminado, por apresentar o crescimento contínuo
e as flores serem somente laterais, junto às folhas. O crescimento do caule determina os
principais tipos de planta do feijoeiro: arbustivo, prostrado e trepador (AGUIAR, 2013).
As flores do feijão agrupam-se em racimos, que nascem nas axilas das folhas, a partir
de gemas floríferas e, mais raramente, de gemas mistas. As flores são papilionadas, por
cada flor apresentarem uma Bráctea e duas bractéolas, na base do pedúnculo floral. O

9
fruto é tipo legume (vagem), por possuir um só carpelo, seco, deiscente, zigomorfo,
geralmente alongado e comprido, com as sementes em uma fileira central, cuja deiscência
ocorre na metade do carpelo (VIEIRA et al., 2006).
A semente é exalbuminada, isto é, não possui albume, as reservas nutritivas estão
concentradas nos cotilédones. Constituída, externamente, de um tegumento ou testa, hilo
(cicatriz do pedúnculo), micrópila e rafe; internamente, de um embrião formado pela
plúmula, duas folhas primárias, hipocótilo, dois cotilédones e radícula (VIEIRA et al.,
2006).

2.2.Variáveis Físico-Hídricas dos Solos

Conforme Ottoni (2005), as variáveis físico-hídricas apresentam uma importância


significativa na engenharia de solo e na hidrologia, pois fornecem informações para o
desenvolvimento de projetos de irrigação, para o estabelecimento de sistemas de maneio
de solo e água, na análise dos solos quanto a sua suscetibilidade à erosão, no maneio
agrícola, bem como na modelagem hidrológica.

2.2.1. Porosidade Total


Segundo Ribeiro et al., (2006), a relação entre os volumes dos poros e o volume total
do solo é definida como a porosidade total ou, simplesmente, porosidade. Seu valor
normalmente varia numa faixa de 0,3 a 0,6. Solos com textura (ou granulometria) fina,
como os materiais argilosos, tendem a apresentar uma porosidade maior que aqueles com
textura mais grosseira, como as areias. Vale ressaltar que a porosidade total nos solos
argilosos pode naturalmente variar consideravelmente, uma vez que esses solos podem
se expandir e contrair com a entrada e saída de água, respetivamente. Ressalta se que essa
possibilidade de variação depende fortemente da natureza das argilas.
Os macroporos, de acordo com Teixeira et al., (2017), são basicamente cavidades
interagregadas, onde predominantemente se processam as infiltrações, percolações e
trocas de ar com a atmosfera, sendo de fundamental importância para o desenvolvimento
das raízes. Donagemma et al., (2011) propõe que seus diâmetros sejam aqueles maiores
que 0,06 mm.
Já os microporos são basicamente capilares intragregados, sendo os principais
responsáveis pela retenção de água e solutos para uso vegetal (TEIXEIRA et al., 2017),

10
sendo definidos, como aqueles espaços que apresentam diâmetros equivalentes menores
que 0,06 mm ou 0,05 mm.

2.2.2. Densidade do Solo


A densidade do solo ou densidade global é definida pela razão entre a massa de solo
seco e o volume do solo. Seus valores geralmente situam-se entre 1,0 g/cm³ e 2,0 g/cm³
para solos minerais. Comumente, os solos mais arenosos apresentam-se com densidade
superior a 1,4 g/cm³, sendo que os materiais mais argilosos são frequentemente menos
densos que esse valor (REICHARDT et al., 2010).
Essa propriedade física do solo está diretamente relacionada com sua estrutura e
composição química e granulométrica. Em vista disso, em solos sob condições de intensa
compactação, seja por transporte de máquinas, por pisoteio animal ou maneio que
implique desagregação das partículas, a densidade do solo tende a aumentar,
principalmente nos horizontes superficiais do solo, acompanhada por um aumento de
resistência à penetração, que varia também com a humidade no solo, conjuntamente com
uma diminuição da porosidade, assim como da macro porosidade (OTTONI, 2005).

2.2.3. Velocidade de Infiltração Básica


A infiltração no solo é definida como o processo pelo qual a água penetra no solo
através de sua superfície que atua primordialmente no sentido vertical. A velocidade de
entrada dessa água no solo ocorre em função do gradiente de potencial hidráulico da água
e da condutividade hidráulica na superfície (BERNARDO et al., 2006).
De acordo com Carvalho et al., (2006), a infiltração é, pois, um processo que se inicia
a altas velocidades e decresce gradativamente no tempo até atingir um certo equilíbrio
dinâmico. Nessas condições, quando a velocidade de infiltração passa a ser praticamente
constante no tempo, diz-se que a VIB é, então, estabelecida e que VIB aproxima à Ko.
Vários são os fatores intervenientes na taxa de infiltração básica do solo, sendo eles
associados às propriedades físicas do solo, à própria água, principalmente quanto a sua
viscosidade e aos iões passíveis de permutação com as partículas, e ao maneio do solo.
Essa velocidade de infiltração básica tem relevância na definição do maneio agrícola em
sistemas irrigados, uma vez que serve de referência na escolha dos métodos de aplicação
de água de irrigação a adotar, no dimensionamento das estruturas de conservação de solo
e água, além de representar, de forma parcial e relativa, a permeabilidade de ar nos macro

11
poros. Adicionalmente, a VIB é correntemente utilizada na área de engenharia de recursos
hídricos quando da seleção de locais apropriados para recarga de água subterrânea ou para
despejo de águas servidas ou de drenagem pluvial (OTTONI, 2005).

2.3.Sistemas de maneio do solo


Uma adequada combinação de máquinas e implementos agrícolas, permite reduzir o
consumo de energia e efeitos nocivos sobre o sistema solo-planta-atmosfera garantindo
assim, melhores condições ao ecossistema. Estas combinações definem o tipo de maneio
do solo a estabelecer em um sistema de produção (MARTINS et al., 2022)
O sistema de maneio do solo compreende um conjunto de técnicas que, quando
utilizadas racionalmente, podem proporcionar incremento da produtividade e equilíbrio
do sistema solo-planta-atmosfera, sendo que, se utilizadas de forma inadequada, levam a
rápida degradação dos solos. Deste modo, sistemas de preparo do solo conservacionistas
fornecem condições físicas adequadas para o crescimento, desenvolvimento e aumento
da produtividade das culturas. Assim, o sistema de maneio do solo é uma das práticas
mais importantes que afeta as propriedades físicas e hídricas do solo (JABRO et al.,
2009).
Dentre os vários sistemas de maneio do solo, destacam-se: sistema sem preparo,
sistema de preparo convencional, sistema reduzido, que pode ser uma gradagem média,
uma operação de subsolagem e uma gradagem média, subsolagem cruzada e uma
gradagem média e sistema de cultivo mínimo com uma operação de subsolagem
(CORTEZ et al. 2011; FATIN et al. 2016).
Segundo Freitas et al., (2015), o preparo mínimo ou reduzido do solo deve
proporcionar menor número de operações que o preparo convencional, resultando em
menor incorporação de resíduos vegetais, menor revolvimento do solo, menor gasto de
energia, assim como, menor efeito sobre o sistema solo-máquina-planta-atmosfera.
Ainda consideram maneio conservacionista aquele que proporciona a menor mobilização
possível do solo, visando preservar a sua estrutura, mantendo no mínimo 30% da
superfície do solo coberta com resíduos culturais, entre o período compreendido da
colheita da cultura anterior e a implantação da cultura seguinte. Ainda segundo os autores,
pode-se considerar que tanto o preparo reduzido quanto o sistema de plantio direto podem
ser enquadrados como maneio conservacionista.
O sistema de preparo convencional do solo consiste no revolvimento de camadas
superficiais, com o objetivo de incorporar corretivos e fertilizantes, assim como, aumentar

12
os espaços porosos ao fim de aumentar a permeabilidade e armazenamento de ar e água
e, assim, promover o crescimento das raízes das plantas Motter et al., (2015) apontam que
o revolvimento do solo promove corte e o enterro das plantas daninhas, contribuindo no
controle de pragas e patógenos do solo. O revolvimento do solo é geralmente feito por
meio da operação de aração e gradagens sucessivas, sendo que o arado efetua corte,
elevação, inversão e queda, com um efeito de esboroamento de leivas, enquanto a grade
diminui o tamanho dos torrões na superfície, além de nivelar o terreno (MOTTER et al.,
2015)
2.3.1. Sistema de Plantio Direto
Cruz et al., (2021), afirmam que o SPD fundamenta-se na ausência de revolvimento
do solo, em sua cobertura permanente e na rotação de culturas. A não-mobilização do
solo favorece o acúmulo de material orgânico pela sua menor taxa de decomposição e
menores perdas por erosão. Esses dois fatores, não-revolvimento e acúmulo de matéria
orgânica, provocam alterações nos atributos físico-hídricos do solo.
Furlani et al. (2010) apontam que plantio direto consiste em semear em solo com o
mínimo de revolvimento, diferenciando-se dos outros maneios dada a menor intensidade
de mobilização do solo e redução da frequência de tráfego de máquinas sobre o terreno e,
ainda, por manter sobre sua superfície grande quantidade de massa vegetal.
Segundo Chaveiro et al., (2022), o sistema de plantio direto quando comparado com
preparo convencional apresenta uma série de vantagens do ponto de vista de controle da
erosão (revolvimento do solo somente nas linhas de sementeira, em vez de revolvimento
total do solo pelo método convencional) e economia do combustível nas operações de
preparo do solo.
Nas condições do terreno, o solo sob plantio direto apresenta maior densidade,
menores macro porosidade e porosidade total e maior resistência à penetração que o sob
preparo convencional. Entretanto, o fato de não haver mobilização do solo contribui para
sua maior agregação, expressa pela percentagem de agregados maiores que 2 mm e pelo
diâmetro médio ponderado dos agregados (CHAVEIRO et al., 2022).
Esse estado diferenciado de compactação era de se esperar, pois, como não há o
revolvimento do solo, as pressões causadas pelo tráfego de máquinas e/ou animais e
acomodação natural das partículas elevam o estado de compactação do solo. Essa
compactação pode atingir níveis prejudiciais ao desenvolvimento das plantas e à
produção das culturas. A adoção desse sistema nas agroecossistemas tropicais e
subtropicais, em substituição à prática de agricultura convencional, tem-se caracterizado

13
como um investimento na preservação dos recursos naturais e socioeconómicos, devido
aos seus efeitos positivos na conservação de solos sob aspectos químicos, físicos e
biológicos, na redução de custos em combustíveis e manutenção de máquinas, na menor
demanda de trabalho e na melhoria da rentabilidade das explorações (MARTINS et al.,
2022)
A ausência do revolvimento e a adição de resíduos das culturas provocam um fluxo
continuo de carbono no solo, o qual é responsável pelo aumento da estabilidade dos
agregados na superfície, favorecendo também a infiltração de água, o que dificulta o
escoamento superficial e os processos erosivos consideradas causas da degradação dos
solos agrícolas (COSTA et al., 2009).
O maneio do solo com plantio direto continuo também tem despertado preocupação,
devido ao aumento da densidade do solo, a redução do volume de macro poros e da
rugosidade superficial (SILVA et al., 2011) e o aumento da resistência à penetração
decorrentes, principalmente, da pressão provocada pelo transito de máquinas e
implementos agrícolas. Entretanto apesar de apresentar uma menor porosidade total, o
solo manejado sob plantio direto apresenta maior continuidade de poros, principalmente
pela presença de porosidade biológica (bio poros), oriunda da ação da meso fauna do solo
e da decomposição das raízes das culturas.
2.3.1.2. Vantagens e Desvantagens do sistema de plantio direto (SPD)
Segundo Sbaraini (2020), o sistema de plantio direto tem as seguintes vantagens:
➢ Diminuir os danos gerados a terra no processo de preparo do solo que antecede a
sementeira;
➢ Redução dos custos de produção;
➢ Menor mobilização do solo;
➢ Sistema de fácil adopção pelo agricultor;
➢ Conservação do solo.
Este processo de tratamento do solo usa menos equipamentos e recursos, não
desestrutura o solo e nem reduz os seus nutrientes, fazendo com que ele tenha mais
capacidade para absorver a água, pois há mais facilidade para que haja a infiltração do
líquido. Esta condição evita possíveis erosões que promovem a perda de nutrientes por
arrastos e prejudicam as plantas em larga escala. Uma das únicas desvantagens do sistema
do plantio direto é o tempo que é mais extenso para aplicar esta técnica, pois é preciso
aguardar a decomposição dos resquícios da última plantação, enquanto que os meios
tradicionais do preparo do solo são mais rápidos (SBARAINI, 2020)

14
III. MATERIAIS E MÉTODOS
➢ Descrição da área do ensaio
O ensaio foi conduzido no campo experimental da Universidade Zambeze-FEARN.
localizada na cidade de Chimoio, nas coordenadas 19° 06' 59" S 33° 29' E, o clima da
região é tropical húmido e a precipitação média anual de 1500mm, em geral a estação das
chuvas tem o seu início em Novembro e termina em Março. Abril e Outubro são meses
de transição, com quedas pluviométricas mais baixas (40 e 50 mm), para uma estação
seca onde as precipitações de Maio a Setembro não excedem em média os 20 mm de
chuva.

Figura 1. Mapa da localização geográfica da área do estudo. Fonte: Autor, 2023

O experimento foi conduzido em um esquema factorial 1x4x2 de blocos inteiramente


casualizados com 8 tratamentos e 3 repetições e 4 níveis de adubação de cobertura
nitrogenada (0 kg/ha, 15 kg/ha, 30 kg/ha e 45 kg/ha).

15
A área total do experimento foi de 144m2 com um total de 24 parcelas, 4 blocos, onde
cada parcela ocupou uma área de 4m2 tendo uma área útil de 96m2, a separação entre os
blocos foi de 1 metro, o que corresponde aos corredores.
Com um espaçamento de 0,60mx0,10m, que cada parcela continha 20 plantas somando
assim uma densidade populacional de 480 plantas.

Tabela 1. Croqui da área experimental. Fonte: Autor, 2023.


1m 2m 1m 2m 1m 2m 1m 2m 1m

2m C-S1-N1 C-S2-N1 C-S1-N1 C-S2-N1

1m

2m C-S2-N2 C-S1-N2 C-S2-N2 C-S1-N2

1m

2m C-S1-N3 C-S2-N3 C-S1-N3 C-S2-N3

1m

2m C-S1-N4 C-S2-N4 C-S1-N4 C-S1-N4

1m

2m C-S2-N2 C-S1-N1 C-S2-N1 C-S1-N2

1m

2m C-S1-N3 C-S2-N4 C-S1-N3 C-S2-N4

1m
Onde:
C – Cultura (Feijão vulgar)
S1 – Sistema um (Plantio direto)
S2 – Sistema dois (Plantio convencional)
N1 – Nível de adubação um (0kg/ha controle)
N2 - Nível de adubação dois (15kg/ha)
N3 - Nível de adubação três (30kg/ha)

16
N4 - Nível de adubação quatro (45kg/ha)
1m – corredores

3.1.Materiais Genéticos – Cultura de estudo


O experimento foi conduzido com apenas uma variedade de feijão vulgar que é
comercializada no mercado moçambicano.

Nome da variedade NUA45


Ciclo 120 dias
Poder germinativo 80%
Pureza 99%
Hábito de crescimento indeterminado
Tabela 2. Dados da variedade utilizada
3.1. Amostragem do solo
Para a amostragem do solo utilizou-se uma sonda que fez-se colectas de amostras de
solo, estas que foram levadas ao laboratório de solos do Instituto Superior Politécnico de
Manica (ISPM) para análise da granulometria. O solo no campo experimental apresenta
uma textura Franco – Argiloso.
Profundidade Argila (%) Areia (%) Silte (%)
0-20cm 37,5 32,5 30
Quadro 1. Granulometria

3.2.Preparo do solo
Primeiramente, fez-se uma limpeza na área experimental utilizando uma catana e
corta-relvas para eliminação das infestantes no dia 10 de dezembro. Posto isto no dia 15
de dezembro, definiram-se as áreas de cada parcela, nas parcelas com o SPD, não se
revolveu o solo, apenas um corte das infestantes e deixadas para secar no local. Nas
parcelas de SPC fez uma limpeza do solo, com ajuda de uma enxada revolveu-se o solo
à uma profundidade de 10cm. Após isso, fez-se abertura das linhas e covachos
manualmente e, o parcelamento do campo realizou-se no dia da sementeira manualmente
com auxílio de cordas, estacas e fita-métrica.
3.3.Sementeira, Adubação e Rega
A sementeira foi realizada no dia 11 de janeiro de 2023, manualmente obedecendo um
espaçamento de 0,60m entre as linhas e 0,10m entre as plantas, onde foram semeadas 2

17
sementes por covacho com uma profundidade de aproximadamente 3cm. Duas semanas
após a germinação realizou-se o desbaste para ajustar a densidade de plantas para 18/4m2
Durante o ciclo da cultura foram realizadas 4 adubações, das quais a primeira de fundo
utilizando-se esterco bovino no dia 15 de dezembro de 2023 e as restantes com fertilizante
NPK na formulação (12-24-12) 15, 30 e 45 dias após a sementeira, para o efeito abriu-se
um covacho a 5cm num canto do covacho da semente e aplicou-se 0,34g/planta,
0,67g/planta e 108g/planta para as 3 doses (15, 30 e 45kg/ha). A rega foi manual com
auxílio de regador de 6L duas vezes ao dia nas parcelas de plantio convencional e uma
vez à cada dois dias.

3.4.Controle de pragas
Fez-se o controle pragas com a aplicação do Clorpirifos 480g/l, na concentração de
2ml para 10 litros de água, aos 25 e 45 dias apos a sementeira.
O controlo de infestante foi realizado no dia 30 de janeiro de 2023, com auxílio de
enxada de cabo curto, e as sachas foram realizadas constantemente sempre que necessário
até o fim do experimento.
3.5.Parâmetros fisíco-hídricos avaliados:
3.5.1. Velocidade de infiltração básica
A velocidade de infiltração básica (VIB), foi determinada seguindo a metodologia de
Bernardo et al., (2006), utilizando-se o método do infiltrômetro de anel, que consiste em
dois anéis (externo e interno), sendo o menor com diâmetro de 25 cm (anel interno) e o
maior com 50 cm (anel externo) ambos com 30cm de altura. O ensaio foi realizado no dia
12 de dezembro, primeiro enterraram-se os dois cilindros com ajuda de uma martelo e um
nivelador, a uma profundidade de 15cm. De seguida, tapou-se o anel menor com um
plástico e deitou-se água nele, o plástico lá estava para evitar que água começasse a
infiltrar antes de deitar-se água no anel maior. Posto isto, jogou-se água no anel maior,
removeu-se o plástico no anel menor e iniciou-se a contagem do tempo, com auxílio de
uma régua acoplada ao anel menor, fez-se a leitura da lâmina de água que infiltrava, e ao
fim de 40 minutos quando o valor repetiu-se por pelo menos 3 vezes deu-se por terminado
o estudo.

18
3.5.2. Infiltração acumulada
O modelo de Kostiakov, descrito por Prevedello (1996), é um modelo para cálculo da
infiltração acumulada e velocidade de infiltração onde os parâmetros utilizados não têm
significado físico próprio e são avaliados a partir de dados experimentais, sendo
representada pela equação potencial a seguir:

𝐼=𝑎 ∙𝑇𝑛 (1)

𝐿𝑜𝑔𝐼=𝐿𝑜𝑔 (𝑎∙𝑇𝑛 ) (2)

Onde:
I= infiltração acumulada, em cm;
a= constante dependente do solo;
T= tempo de infiltração, em minutos;
n= constante dependente do solo, variando de 0 a 1.
A equação de velocidade de infiltração foi determinada também por equação potencial,
pela expressão:

𝑉𝐼=𝑎∙𝑛∙𝑇𝑛−1 (3)

Onde:
VI= velocidade de infiltração, em cm h-1;
a= constante dependente do solo;
T= tempo de infiltração, em minutos;
n= constante dependente do solo, variando de 0 a 1.
Utilizar-se-à o modelo de Kostiakov ou potencial, por ser prático, pois à partir dos dados
observados de infiltração (I) em função do tempo (T).

3.5.3. Densidade e Porosidade total


Foi realizada a coleta de amostras de solo indeformadas no dia 04 de janeiro de 2023
uma semana antes da sementeira e 26 de abril de 2023, isto depois da colheita por meio
de anéis voltimétricos de aço, com um volume interno de 0,00004329m3 (43,29cm3), e
posteriormente, submetidas à pesagem e secagem no laboratório de águas da FEARN para
a determinação da densidade e porosidade total.

19
As amostras de solo foram coletadas em um ponto aleatório dentro de cada parcela, na
entrelinha da cultura, nas camadas de 0m - 0,10m e 0,10m - 0,20m. Após serem coletadas,
as amostras de solo foram colocadas a secar na estufa à temperatura de 105 ºC por 24h.

Para determinar Densidade do Solo (Ds), foram utilizadas as mesmas amostras postas
a secar, foi anotado o peso do conjunto antes da secagem e colocaram-se as amostras na
estufa a 105°C e, após 24h foi feita a pesagem desses anéis (conjunto), sendo a densidade
do solo calculada por:

𝜌=𝑚𝑠/𝑉 (4)

Onde:

𝜌 = densidade do solo (g cm-³)


ms= massa do solo seco em estufa (g)
V= volume do anel (cm³)

A porosidade total do solo foi determinada através do resultado da densidade do solo (p)
e da densidade de partículas (DP), dada como 2,65g/cm³, valor padrão conforme Embrapa
(2007) através da equação:
ρ
PT = 1 − (5)
DP

Onde:
PT= porosidade total
ρ = densidade do solo
DP= densidade de partículas

3.5.4. Parâmetros da cultura analisadas


3.5.4.1. Produtividade: a colheita foi realizada no dia 26 de abril de 2023, foi feita na
área útil das parcelas, onde colheram-se apenas as duas linhas centrais,
descartando-se as bordaduras. Realizada a colheita, as amostras debulhadas
manualmente e posteriormente pesadas no mesmo dia.
3.5.4.2.Peso de 100 grãos, encontrado a partir dos dados da produtividade da cultura de
estudo.

20
3.6.Análise estatística dos dados
Os dados foram submetidos a ANOVA pelo teste F a 5 % probabilidade e a comparação
das médias foi feita pelo teste de Tukey a 5% de nível de significância de probabilidade
pelo SISVAR.

21
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1.Velocidade de infiltração básica e infiltração acumulada da água
Após a conclusão do experimento, ocorreu uma infiltração acumulada de 125 mm (Tabela
3). Notou-se no experimento, que, em apenas 2 minutos de ensaio infiltra-se uma lâmina
de 10mm de água, como mostra a tabela 3 abaixo:
Local: Campo experimental da FEARN –UNIZAMBEZE
Tempo (min) Régua (mm) Infiltração
Acum.
No (mm)
de Hora Dif. Acum Tempo Leitura Dif.
Obs (h)
1 10:00 0 110 0
2 10:02 2 2 0,03 95 15 15
3 10:04 2 4 0,07 85 10 25
4 10:06 2 6 0,1 75 10 35
5 10:08 2 8 0,13 65 10 45
6 10:10 2 10 0,17 55 10 55
7 10:12 2 12 0,2 45 10 65
8 10:14 2 14 0,24 35 10 75
9 10:16 2 16 0,27 25 10 85
10 10:18 2 18 0,3 15 10 95
11 10:20 2 20 0,34 5/65 10 105
12 10:30 10 30 0,5 55 10 115
13 10:40 10 40 0,77 55 10 125

LEGENDA: Momento em que o cilindro interno foi reposto


TABELA 3. Velocidade de Infiltração Básica (VIB) e Infiltração no estudo.
Na área experimental da FEARN, grande parte do da área de produção sofreu muitas
modificações, nomeadamente, etapas de preparo do solo, que pode representar uma
porosidade maior, explicando assim a situação da infiltração elevada na área ser intensa.
Esses resultados corroboram com o de José et al. (2018), citando a porosidade como um
dos aspectos que melhor explica a capacidade de infiltração de um solo, onde velocidades
de infiltração elevadas podem representar maiores espaços porosos presentes. A
estabilização da infiltração ocorre após a saturação do solo, neste caso ocorreu entre 10
minutos após o início do teste. Essa rápida estabilização de infiltração no solo pode estar
relacionada à presença do fluxo de máquinas agrícolas e consequentemente, a redução
dos macroporos que tendem a saturar em menor tempo.
Assim, feita a recolha e organização dos dados em planilha aplicou-se a função
logarítmica da infiltração e da velocidade onde foram calculados o coeficiente e o
expoente da equação da infiltração de Kostiakov-Lewis do tipo potencial.

22
Onde temos:
4.1.1. Equações Representativas da Infiltração
4.1.2. Método Analítico
Como o método da regressão linear só pode ser aplicado para equações lineares,
inicialmente a equação de infiltração, que é uma equação exponencial, deverá ser
transformada em uma equação linear. Para isso, basta aplicar as operações logarítmicas
correspondentes à equação de infiltração. Assim,
log I = log k + a logT (6)
Dessa forma, verifica-se que essa apresentação da equação de infiltração nada mais é
que uma equação da reta do tipo Y = A + B X, em que:
- Y = log I
- A = log k
-B=a
- X = log T
No método da regressão linear, os valores de A e B são determinados pelas seguintes
expressões:
𝛴𝑋 𝑥 𝛴𝑋𝑌− 𝛴𝑋 2 𝑥 𝛴𝑌
𝐴= (7)
(𝛴𝑋)2 −𝑚 𝑥 𝛴𝑋 2

𝛴𝑋 𝑥 𝛴𝑌−𝑚 𝑥 𝛴𝑋𝑌
𝐵= (8)
(𝛴𝑋)2 −𝑚 𝑥 𝛴𝑋 2

Onde:
- 𝑚 é o número de pares de dados I e T.
A = log k, k = antilog A, então, k = 10A
B = a, então, a = B

23
Tac (min) Iac(cm) X = log Tac Y = log Iac X2 X .Y
2 1,5 0,3010 0,1760 0,0906 0,0529
4 2,5 0,6020 0,3979 0,3624 0,2395
6 3,5 0,7781 0,5440 0,6054 0,4232
8 4,5 0,9030 0,6532 0,8154 0,5898
10 5,5 1 0,7403 1 0,7403
12 6,5 1,0718 0,8129 1,1487 0,8712
14 7,5 1,1461 0,8750 1,3135 1,0028
16 8,5 1,2041 0,9294 1,4498 1,1190
18 9,5 1,2552 0,9777 1,5755 1,2272
20 10,5 1,3010 1,0211 1,6926 1,3284
30 11,5 1,4771 1,0606 2,1818 1,5666
40 12,5 1,6020 1,0969 2,5664 1,7572
Total 12,6414 9,285 14,8021 10,9181
TABELA 4. Determinação da infiltração acumulada (I) e da velocidade de infiltração
(VIB) pelo método do infiltrômetro de anel.
Em relação ao modelo empírico de Kostiakov, os pares de valores da infiltração
acumulada e tempo obtido pelo ensaio de infiltrômetro de anéis foram utilizados para
determinar os parâmetros das equações.
Calculando os valores de A e B, tem-se:

12,6414 𝑥 10,9181 − 14,8021 x 9,285


𝐴= = −0,0326
(12,6414)2 − 12 𝑥 14,80212

12,6414 𝑥 9,285 − 12 𝑥 10,9181


𝐵= = 0,7655
(12,6414)2 − 12 𝑥 14,8021

A = log k --→ k = Antilog A --→ k = 10-0,0326 --→ k = 1,0779


B = a; logo a = 0,7655

24
Grandezas Calculadas
Constante dependente do solo (a = B) 0,7655
Capacidade de infiltração no primeiro 1,0779
min. (k)
a-1 -0,2345
Velocidade de infiltração básica (mm/h) 10
Equação da infiltração acumulada 1,079.T0,7655
Velocidade de infiltração instantânea 0,8251.T-0,2345
Velocidade de infiltração média 1,0779.T-0,2345
Equação de Kostiakov-Lewis 1,079.T0,7655.10.T
Quadro 2. Grandezas calculadas relativas à velocidade de infiltração.

Local: Campo experimental da FEARN-UNIZAMBEZE


Tempo (min) Régua Infiltraç Velocidade de infiltração
(mm) ão (mm/h)
No Acum.
de (mm)
Obs Hora Dif. Ac Temp Leit Dif. Vel. Vel. Média
um o (h) ura instantânea
1 10:00 0 110 0
2 10:02 2 2 0,03 95 15 15 1,8776 2,4530
3 10:04 2 4 0,07 85 10 25 1,5393 2,0109
4 10:06 2 6 0,1 75 10 35 1,4621 1,8496
5 10:08 2 8 0,13 65 10 45 1,3748 1,7392
6 10:10 2 10 0,17 55 10 55 1,2910 1,6331
7 10:12 2 12 0,2 45 10 65 1,2410 1,1193
8 10:14 2 14 0,24 35 10 75 1,1907 1,5063
9 10:16 2 16 0,27 25 10 85 1,1583 1,4652
10 10:18 2 18 0,3 15 10 95 1,1300 1,4295
11 10:20 2 20 0,34 65 105 1,0973 1,3881
12 10:30 10 30 0,5 55 10 115 1,0024 1,2681
13 10:40 10 40 0,77 55 10 125 0,9059 1,1460

LEGENDA: Momento em que o cilindro interno foi reposto


Tabela 5. Determinação da infiltração acumulada (I) e da velocidade de infiltração (VIB)
pelo método de Kostiakov-Lewis.

25
Como evidencia o gráfico, a curva de infiltração acumulada e curva de velocidade de
infiltração, observa-se a relação inversa entre estas variáveis no decorrer do tempo, isto
é, a infiltração se acumula tendendo a aumentar, enquanto a velocidade tende a diminuir
e se estabilizar.
2

1.8
Infiltração acumulada (mm/h)

Infiltração Acum. (mm/h)


1.6
Velocidade de infiltração mm/h
1.4

1.2

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0,03 0,07 0,1 0,13 0,17 0,2 0,24 0,27 0,3 0,34 0,5 0,77
Tempo (h)

Gráfico 1 - Curvas da infiltração acumulada e VI. Fonte: Autor, 2023.

Inicialmente, a VI, foi de 15 mm/h este valor diminui rapidamente para 10mm/h, tal
que se estabiliza, e passados 40 minutos do teste, a VIB se estabelece em 10mm/h.
Conforme Ribeiro et al. (2019), a partir desta velocidade é possível classificar em: >3
cm/h (VIB muito alta), de 1,5 - 3,0 cm/h (VIB alta), 0,5 - 1,5 cm/h (VIB média) e
<0,5cm/h (VIB baixa). Portanto a classificação será do tipo média pois sua VIB de 1 cm/h
(10 mm/h) está entre os valores 0,5 e 1,5 cm/h. Assim, percebe-se que a VIB depende
diretamente da textura e estrutura do solo. O solo desta feita pode ser classificado como:
arenoso quando a velocidade variar de 25 a 250 mm/h, franco arenosa de 13 a 76 mm/h;
franco-arenosa-argilosa de 5 a 20 mm/h e franco-argilosa de 2,5 a 15 mm/h. Neste caso,
o solo é classificado como franco-argiloso.

26
4.2.Variáveis Físico-Hídricas dos Solos
4.2.1. Densidade do Solo
Densidade (g/cm3)
Antes da Depois da Antes da Depois da
Factor sementeira colheita sementeira colheita
0,0-10cm 0,0-10cm 10-20cm 10-20cm
SPD 1.268167 a 1.365917 a 1.248417 a 1.196250 a
SPC 1.264333 a 1.246583 b 1.403667 b 1.376833 b
CV (%) 9.68 6.11 8.65 11.90
Média Geral 1.2662500 1.30625 1.34883 1.290833
Quadro 3. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para densidade
do solo.
Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna, as médias não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. E letras diferentes na mesma coluna, as médias diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. SPD (sistema plantio direto), SPC (sistema plantio convencional)
O efeito dos sistemas de maneio do solo, promoveram aumento da densidade de solo
nas camadas superficiais (0-10cm) do sistema de plantio direto e diminuição nas camadas
mais profundas (10-20cm) do sistema de plantio convencional e do plantio direto.
Armando (2018), observou, maior densidade de solo na camada superficial,
decrescendo com a profundidade o que corrobora com os dados apresentados no SPD,
sendo que os elevados valores de densidade de solo verificados na camada de superficiais
no SPD, revelam que o menor distúrbio conserva essa propriedade garantindo assim,
melhor e maior densidade de raízes, contribuindo assim para uma melhor sustentação das
plantas e acesso aos recurso disponíveis. Em relação à camada superficial no SPC, os
valores relativamente altos, indicam que essa prática, altera cada vez mais essa
propriedade, e com o tempo esses valores atinge valores críticos, em parte, isso é
resultante de operações de preparo de solo. Concluindo as menores densidades podem
estar relacionadas a maior densidade de raízes das culturas utilizadas, e ao maior teor da
matéria orgânica. As maiores densidades foram observadas na camada 10 – 20cm, o no
SPC que pode ser atribuído à ação de pressão externa, limitação das enxadas em trabalhar
eficientemente nesta profundidade, podendo comprometer o desenvolvimento do sistema
radicular das culturas.
Assim sendo, a mobilização do solo (no SPC) incorporou os resíduos vegetais,
reduzindo assim os valores de densidade do solo para a faixa de não limitação ao

27
crescimento do sistema radicular. Contudo, ressalta-se que a densidade do solo também
é dependente da classe textual do solo.
Dalchiavon et al. (2014), verificaram também maior variação da densidade na camada
superficial do solo, em relação as camadas inferiores. Mesmo com a variação nos índices de
densidade não se pode considerar que as áreas ultrapassaram valores críticos, já que, existe
muita discordância sobre os valores máximos toleráveis para o bom desenvolvimento de
plantas e qualidade ambiental. Reinert et al (2006), expõem o valor de 1,45g cm -³ como
crítico, valores de 1,40 g cm-³ são aceitos como limite de tolerância para a mesma classe
textural dos solos.
4.2.2. Porosidade total
Porosidade total (g/cm3)
Antes da Depois da Antes da Depois da
Factor sementeira colheita sementeira colheita
0,0-10cm 0,0-10cm 10-20cm 10-20cm
SPD 0.546750 a 0.491750 a 0.513000 a 0.559250 a
SPC 0.512083 a 0.539833 b 0.467000 b 0.489167 b
CV (%) 7.42 6.81 7.38 11.41
Média Geral 0.5294167 0.5157917 0.48833 0.514166
Quadro 4. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para
porosidade total.
Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna, as médias não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. E letras diferentes na mesma coluna, as médias diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. SPD (sistema plantio direto), SPC (sistema plantio convencional)
A porosidade total afeta a movimentação de água, ar, nutrientes e raízes no perfil do
solo. Estes valores de porosidade total estão próximos a um solo agrícola ideal, que
preconiza 0,50 g/cm3como sendo adequado para aumento da produtividade agrícola
(MONTANARI, 2015).
A Porosidade total foi maior nas parcelas de plantio direto, mas não diferenciou, mas
nas camadas superficiais (0-10cm) antes da sementeira, que significa que o efeito do
plantio convencional, alterou, aumentando a esta propriedade do solo, o que não é
benéfico para o solo, já que maiores porosidades levam à uma rápida infiltração da água
e consequente indisponibilidade dela para as plantas. De acordo com Gomes et al., (2018)
as áreas conservadas tendem a ter maior quantidade de porosidade devido a um maior
teor de matéria orgânica e menor adensamento ou compactação do solo. O solo estudado

28
apresentou valores de densidade de solo muito próximos o que justifica que a maior
porosidade não foi devido a essa compactação ou adensamento, mas sim provavelmente
ao maneio que foi aplicado nas parcelas de plantio direto.
4.3.Parâmetros analisados da cultura
4.3.1. Produtividade da cultural em estudo
A análise estatística revelou que não houve interação entre os tipos de maneio de solo.
A produtividade se apresentou maior no sistema de plantio convencional e na dose de
45kg/ha de NPK.
Produtividade total (kg/ha)
SPD 0,4047
SPC 0,5049
Tabela 6. Valores da produtividade em função dos dois sistemas de maneio.

Tratamentos Produtividade kg/ha


C-S1N1 0.07908
C-S1N2 0.08541
C-S1N3
0.1196
C-S1N4
0.1206
C-S2N1
0.1162
C-S2N2
0.1199
C-S2N3
0.1316
C-S2N4
0.1372
Tabela 7. Dados de produtividade nas parcelas, em função dos tratamentos.
0.16
0.14
0.12
Produtividade

0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
C-S1N1 C-S1N2 C-S1N3 C-S1N4 C-S2N1 C-S2N2 C-S2N3 C-S2N4
Tratamentos

Gráfico 2. Produtividade da cultura em estudo em função dos níveis de cobertura.


Fonte: Autor, 2023

29
4.3.2. Peso de 100 grãos
➢ SPD = 0,04864kg/ha
➢ SPC = 0,04755kg/ha
Os resultados desta pesquisa corroboram com Batista et al. (2019), os quais avaliaram
as diferentes doses de nitrogênio (0, 15, 30 e 45 kg/ha de NPK) em sistema de plantio
direto e sistema de plantio convencional, e também constataram efeito sobre a
produtividade. Estes resultados indicam que a cultura do feijão apresentou
comportamento semelhante em função do nível de nitrogênio utilizado, quando cultivado
em sistema de monocultura, que é diretamente proporcional à dose aplicada.
A produtividade de grãos dos estudos de Silva (2011) obteve média de produção de 752
kg ha-1, com diferença estatística entre os sistemas de cultivo.
Produtividade
Factor (Kg/ha)

SPD 0.101173a
SPC 0.126225b
CV (%) 5.01
Média Geral 0.1136988
Quadro 5. Síntese dos valores de análise de variância e do teste de medias para
produtividade.
Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna, as médias não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. E letras diferentes na mesma coluna, as médias diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. SPD (sistema plantio direto), SPC (sistema plantio convencional).
Os valores acima, cimentam a ideia de que o cultivo do feijão vulgar, apresentam
melhores resultados quando adoptado o sistema de plantio convencional, no ponto de
vista da produtividade.
Na comparação entre os sistemas de maneio, as propriedades físico-hídricas e
produtividade, o melhor a ser adoptado é o sistema de plantio direto pois esta técnica
altera de maneira mínima as propriedades físico-hídricas, melhorando assim a qualidade
do solo. Entretanto, entre os tratamentos, quer nos dois sistemas de maneio, o SPD
apresentou maiores valores de produtividade na dose de 45kg/ha de NPK, porém não
apresentou diferenças significativas com a dose 30kg/ha, podendo assim afirmar-se que
do ponto de vista de redução/poupança de custos a melhor dose a aplicar é a 30kg/ha. Em
relação as médias das restantes doses, essas duas apresentaram diferenças significativas.

30
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1.Conclusões
Com base no teste feito conclui-se que o solo da área de produção da FEARN possui
uma velocidade de infiltração básica de 10mm/h, e a mesma não apresentou restrições à
infiltração de água no solo, tal fato ocorreu devido às condições de estado natural a qual
o solo se encontrava.
As variáveis físicos-hídricas do solo foram sensíveis aos maneios adotados. Podendo
ser consideradas como bons indicadores de qualidade do solo. As maiores alterações nos
atributos físicos do solo (densidade do solo e porosidade total) ocorrem nas camadas mais
superficiais do solo em nos dois sistemas avaliados (0-10 cm) sendo significativo
(p<0,05) no sistema SPC. Significando que quanto mais elevada for a densidade do solo,
maior será sua compactação e a estrutura degradada, menor sua porosidade total e,
consequentemente, maiores serão as restrições para o crescimento do sistema radicular e
desenvolvimento das plantas, explicando desta maneira, menores rendimentos no sistema
de plantio convencional.
Os cultivos agrícolas sob sistema de plantio direto proporcionam uma melhoria
significativa nos atributos físicos do solo. Com os resultados deste estudo, pode-se
afirmar que entre os sistemas de maneio, as propriedades físico-hídricas e produtividade,
o melhor a ser adoptado é o sistema de plantio direto pois esta técnica altera de maneira
mínima as propriedades físico-hídricas de 1.268167 g/cm3 para 1.365917 g/cm3 na
densidade do solo e 0.546750 g/cm3 para 0.491750 g/cm3 na porosidade total, melhorando
a qualidade do solo. Entre os tratamentos, nos dois sistemas de maneio, o SPD apresentou
maiores valores de produtividade (0.1206 kg/ha) na dose de 45kg/ha de NPK, porém não
apresentou diferenças significativas com a dose 30kg/ha (0.1196 kg/ha). Associando
assim, a ideia de que com a aplicação da dose certa e técnicas de maneios adequadas com
a de plantio direto, tem-se mais vantagens, tanto ao solo quanto ao rendimento de cultura.

5.2.RECOMENDAÇÕES
5.2.1. Aos pesquisadores
Que realizem ensaios da mesma natureza diversificando as épocas de condução da
cultura; quando forem a fazer estudos desta natureza, calculem a necessidade de água
para a cultura para que quando conhecida a VIB, possa se criar um melhor
dimensionamento do sistema de irrigação.

31
5.2.2. Para os agricultores
Adoptem o sistema de plantio direto pois este cria menores distúrbios ao solo e
melhoram a qualidade do mesmo. E para uma melhor gestão dos recursos hídricos e
poupança de dinheiro usem a dose de 30kg/ha de NPK (12-24-12) sendo 0,67g/planta,
podendo o fazer através de uma tampinha de refrigerante. Assim o agricultor poderá ter
uma relação custo-benefício positiva.

32
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGUIAR, A. G. Modulo: AGRICULTURA I: Cultura de Feijão. Pernambuco,


Brasil : Instituto de Formação de Pernambuco, 2013.
2. AIDAR, H. Cultivo do feijoeiro comum: características da cultura.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/CultivodoFeijo
eiro/index.htm Acesso em 17 de Jan de 2023.
3. ARCOVERDE, S. N. S.; SALVIANO, A. M.; OLSZEVSKI, N.; MELO, S. B. de.
CUNHA, T. J. F.; GIONGO, V.; PEREIRA, J. de S. Qualidade Física de Solos em
Uso Agrícola na Região Semiárida do Estado da Bahia. Rev. Bras. Ciênc. Solo 39.
2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/01000683rbcs20140282 Acesso em
22 de Maio de 2022
4. ARMANDO, E. J. Atributos do Solo e Componentes Agronômicos da Soja em
Sistemas de Maneio e Velocidade de Semeadura. Dourados: UFGD, 2018
5. BERNARDO, S; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8.
Ed. Atual. e Ampl. Viçosa: UFV, 2006.
6. CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Manual de infiltração. 2006. Disponível
em:
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=r
ja&uact=8&ved=2ahUKEwj81pPxnp2BAxWKtqQKHeQfC7IQFnoECBkQAQ
&url=http%3A%2F%2Fwww.ufrrj.br%2Finstitutos%2Fit%2Fdeng%2Fleonardo
%2Fdownloads%2FAPOSTILA%2FHIDRO-Cap5-
INF.pdf&usg=AOvVaw3vcpHFmSS4RkN9BXz_6x-j&opi=89978449 Acesso
em 18 de Abr. 2023
7. CHAVEIRO, A. C.; BONINI, C. dos S. B.; FREITAS, P. G. N.; REIS, D. C. de S.;
OLIVEIRA, J. M. K.; SOUZA, J. A. L. de; HIDALGO, G. F.; OLIVEIRA, A. B.
de; Qualidade física e química do solo em sistema de plantio direto cultivado com
hortaliças – Uma revisão. Research, Society and Development, v. 11, n. 9, 2022
Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31564 acesso em 22 de Maio
de 2023.
8. CORTEZ, J. W.; ALVES, A. D. S.; MOURA, R. D.; OLSZEVSKI, N.;
NAGAHAMA, H. J. Atributos físicos do Argissolo amarelo do semiárido
nordestino sob sistemas de preparo. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
Campinas, v. 35, n. 4, p. 1207-1216, 2011.

33
9. COSTA, N. R.; ANDREOTTI, M.; LOPES, K. S. M.; YOKOBATAKE, K. L.;
FERREIRA, J. P.; PARIZ, C. M.; LONGHINI, V. Z. Atributos do solo e acúmulo
de carbono na integração lavoura-pecuária em sistema plantio direto. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, 39 (3), 2015.
10. COSTA, O.V.; CANTARUTTI, R.B.; FONTES, L.E.F.; COSTA, L.M. da;
NACIF, P.G.S.; FARIAS, J.C. Estoque de carbono do solo sob pastagem em área
de Tabuleiro Costeiro no sul da Bahia. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
Campinas, v. 33, n. 1, 2009.
11. CRUZ, J. C.; ALVARENGA, R. C.; VIANA, J. H. M.; FILHO, I. A. P.; FILHO,
M. R. de A.; SANTANA, D. P. Plantio Direto, 2021. Disponível em:
https://www.embrapa.br/agencia-de-
informacaotecnologica/cultivos/milho/producao/manejo-do-solo-e-
adubacao/sistema-de-manejo-dosolo/plantio-direto Acesso em 22 de Jan. de 2023
12. DALCHIAVON, F. C.; CARVALHO, M. P.; MONTANARI, R.; ANDREOTTI,
M.; BEM, E. A. D. Inter-relações da produtividade de cana soca com a resistência
à penetração, umidade e matéria orgânica do solo. Revista Ceres, Viçosa, v. 60, n.
2, p. 225 - 264, 2014.
13. DEE. Descrição dos produtos transaccionáveis na bolsa de mercadorias de
Moçambique. Maputo : BMM, 2016.
14. DIGNER. E.; BARBOSA, E. A. A.; NOGUEIRA, E. M. Características físico-
hídrica do solo após aplicação de hidrogel e irrigações no feijão cultivado em
vaso. VI Reunião Paranaense de Ciência de Solos – RPCS, Ponta-Grossa, 2019.
15. DINIZ, Belísia Lúcia Moreira T. Cultura de feijão vulgar. Santa Catarina: UFSC,
2006.
16. DONAGEMMA, G. K.; CAMPOS, D. V. B. de; CALDERANO, S. B.;
TEIXEIRA, W. G.; VIANA, J. H. M. (Org.). Manual de métodos de análise de
solo. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011.
17. FAOSTAT. Statistics Division 2016.
18. FILHO, J. M. B. Atributos físico-hídricos do solo em sistemas de plantio direto
e convencional no trópico húmido Maranhense, 2019 (Trabalho de Conclusão
de Curso)
19. Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO. FAOSTAT.
(2018). Area harvested, yield and soy production in Africa. Recuperado em 18 de

34
dezembro de 2018. Disponível em: http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC
Acesso em 24 de Out. 2022
20. FREITAS, D. A. F. de; SILVA, M. L. N.; AVANZI, J. C. Qualidade do olo em
áreas de plantio convencional sob latossolos do cerrado. XXXIII Congresso
Brasileiro de Ciência do Solo, 2015.
21. FURLANI, C. E. A.; JÚNIOR, A. P.; CORTEZ, J. W.; SILVA, R. P. E.;
GROTTA, D. C. C. Influência do manejo da cobertura vegetal e da velocidade de
semeadura no estabelecimento da soja (Glycine max). Engenharia na
Agricultura, Viçosa, v. 18, n. 3, p. 227-233, 2010.
22. JABRO, J. D.; STEVENS, W. B.; EVANS, R. G.; IVERSEN, W. M. Tillage
effects on physical properties in two soils of the Northern Great Plains. Applied
Engineering in Agriculture. Michigan, v. 25, n. 3, p. 377- 382, 2009.
23. JOSÉ, J. V.; REZENDE, R.; MARQUES, P. A. A.; FREITAS, P. S. L.; ALVES,
D. S. Determinação da velocidade de infiltração básica de água em dois solos do
Noroeste do Estado do Paraná. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v.6,
2013.
24. JOSÉ, J. V.; REZENDE, R.; MARQUES, P. A. A.; GONÇALVES, A. C. A.;
SOUZA, R. S. Variabilidade espacial de variáveis físico-hídricas de dois Latossolos
da região noroeste do estado do Paraná. Irriga, v. 17, n. 2, p. 208, 2018. Disponível
em: https://doi.org/10.15809/irriga.2012v17n2p208 Acesso em 22 mai. de 2022
25. MARTINS, A. G.; BATISTA, A. H.; WENDLING, B. Manejo do solo em
sistemas integrados de produção. Ponta Grossa - PR: Atena, 2022. Disponível em:
https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/solos/livros/Manejo%20do%20so
lo.pdf Acesso em 12 de Jul de 2023
26. MIGUEL, M. A.; MWAKIWA, E.; SAMBULE, N.; HOMANN – KEETUI, S.;
RAINDE, J. O.; COMA, G. P.; MANDA, D. Projecto: Desenvolvimento de
sistemas de subsistência rural resilientes e rentáveis no semi árido
Moçambique: Uma abordagem conceitual (2012-2015) (MOREP)
27. Moçambique. Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar. Oportunidades
de investimento no agronegócio em Moçambique. Maputo. 2015.
28. MOTTER, P.; ALMEIDA, H.G. Plantio Direto: A Tecnologia que Revolucionou
a Agricultura Brasileira, 2015. Parque Itaipu, Foz do Iguaçu, 2015. Disponível em:
http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/rama/article/view/2166 . Acesso
em: 07 de Out. de 2022.

35
29. OTTONI, M. V. Classificação Físico-Hídrica de Solos e Determinação da
Capacidade de Campo in situ a partir de Testes de Infiltração. Rio de Janeiro.
2005.
30. PINHEIRO, A.; TEIXEIRA, L. P.; KAUFMANN, V. Capacidade de infiltração
de água em solos sob diferentes usos e práticas de manejo agrícola. Revista
Ambiente e Água, v.4, n.2, p.188-199, 2009. Disponível em:<
http://www.ambiagua.net/seer/index.php/ambi-agua/article/view/211>. Acesso
em: 23 de Out. de 2022.
31. REICHARDT, K.Solo, planta e atmosfera: conceitos, processos e aplicações.
Barueri, SP, Manole, 2010.
32. RIBEIRO, K. D.; MENEZES, S. M.; MESQUITA, M. G. B. F.; SAMPAIO, F.
M. T. Propriedades físicas do solo, influenciadas pela distribuição
propriedades físicas do solo, influenciadas pela distribuição de poros, de seis
classes de solos da região de Lavras. 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cagro/a/6dMcQxC43F8tMMKrfrWkBXw/?format=pdf&
lang=pt Acesso em: 22 de Julho de 2023
33. ROSSI, C. Q.; PEREIRA, M. G.; MOURA, O. V. T DE.; ALMEIDA, A. P. C de.
Vias de formação, estabilidade e características químicas de agregados em solos
sob sistemas de manejo agroecológico. Pesquisa Agropecuária Brasileira.,
Brasília, v. 51, n. 9, p. 1677-1685, Set. 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
204X2016000901677&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 23 Out. 2022.
34. SALES, R. P.; PORTUGAL, A. F.; MOREIRA, J. A. A.; KONDO, M. K.;
PEGORARO, R. F. Physical quality of a Latosol under no-tillage and conventional
tillage in the semi-arid region. Revista Ciência Agronômica, 47(3), 2016.
(Tradução nossa)
35. SBARAINI, A. H. Índice de qualidade participativo (iqp) do sistema plantio direto
nos municípios de Terra Roxa e Nova Santa Rosa – Paraná, 2020.
36. SCHEMBERGUE, A.; CUNHA, D. A. D.; CARLOS, S. D. M.; PIRES, M. V.;
Faria, R. M. Sistemas agroflorestais como estratégia de adaptação aos desafios das
mudanças climáticas no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural, 55(1),
9-30, 2017

36
37. SILVA, D. A.; SOUZA, L. C. F.; VITORINO, A. C. T.; GONCALVES, M. C.
Aporte de fitomassa pelas sucessöes de culturas e sua influéncia em atributos fisicos
do solo no sistema plantio direto. Bragantia, v.70, n. l, p. 147-156, 2011.
38. TEIXEIRA, P. C.; DONAGEMMA, G. K.; FONTANA, A.; TEIXEIRA, W. G.
Manual de métodos de análise de solo, 3. ed. rev. e ampl., Brasília, DF : Embrapa,
2017. 573 p.
39. TEZOLIN, T. de A.; MONTEIRO, F. das N.; FALCÃO, K. dos S.; MENEZES,
R. da S.; XIMENES, T. S.; PANACHUKI, E.; CARVALHO, L. A. de. Atributos
físicos do solo em diferentes sistemas de produção agropecuária. Research, Society
and Development, v. 10, n. 1, 2021. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11278 Acesso em: 12 de Abr. 2022
40. VIEIRA FILHO, J. E. R.; SILVEIRA, J. M. F. Competências organizacionais,
trajetória tecnológica e aprendizado local na agricultura: o paradoxo de Prebisch.
Economia e Sociedade, 25(3), 599-630. 2006.

37
VII. APÊNDICES
Apêndice 1. Análise de variância para densidade na profundidade de 0-10cm antes da sementeira.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc

TRATAMENTO 7 0.107842 0.015406 1.050 0.4675

Bloco 3 0.050158 0.016719 1.140 0.3899

TRATAMENTO*BLOCO 3 0.061864 0.020621 0.093 0.5716


erro 10 0.416761 0.041676
Total corrigido 23 0.772324
CV (%) 9.68
Média geral: 1.2662500 Número de observações: 24

Apêndice 2. Análise de variância para densidade na profundidade de 0-10cm depois da colheita.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.057342 0.008192 1.288 0.3625

Blocos 3 0.021225 0.007075 1.113 0.3993


TRATAMENTO*BLOCO 3 0.027763 0.009254 0.037 0.1140
erro 10 0.054565 0.005456
Total corrigido 23 0.181915
CV (%) 6.11
Média geral: 1.30625 Número de observações: 24

Apêndice 3. Análise de variância para densidade na profundidade de 10-20cm antes da sementeira.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.180117 0.025731 1.893 0.1952

Blocos 3 0.085233 0.028411 2.090 0.1799


TRATAMENTO*BLOCO 3 0.073619 0.024540 6.982 0.0042
erro 10 0.108733 0.010873
Total corrigido 23 0.365435
CV (%) 8.65
Média geral: 1.34883 Número de observações: 24

38
Apêndice 4. Análise de variância para densidade na profundidade de 10-20cm depois da colheita.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.255842 0.036549 1.549 0.2759

Blocos 3 0.103492 0.034497 1.462 0.2962


TRATAMENTO*BLOCO 3 0.045137 0.015046 2.759 0.0814
erro 10 0.18880 0.018880
Total corrigido 23 0.632026
CV (%) 11.90
Média geral: 1.290833 Número de observações: 24

Apêndice 5. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 0-10cm antes da sementeira.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.018756 0.002679 1.737 0.1795
Blocos 3 0.007662 0.002554 1.656 0.2218
TRATAMENTO*BLOCO 3 0.003883 0.001294 0.752 0.5360
erro 10 0.021591 0.0021591
Total corrigido 23 0.040816
CV (%) 7.42
Média geral: 0.5294167 Número de observações: 24

Apêndice 6. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 0-10cm depois da colheita.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.017918 0.002560 1.863 0.1524
Blocos 3 0.001303 0.000434 0.316 0.8135
TRATAMENTO*BLOCO 3 0.001303 0.002560 1.863 0.0000
erro 14 0.029253 0.001721
Total corrigido 23 0.040816
CV (%) 6.81
Média geral: 0.5157917 Número de observações: 24

39
Apêndice 7. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 10-20cm antes da sementeira.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.018417 0.002631 2.024 0.1720
Blocos 3 0.009767 0.003256 2.504 0.1331
TRATAMENTO*BLOCO 3 0.008603 0.002868 7.711 0.0028
erro 10 0.010400 0.0010400
Total corrigido 23 0.020167
CV (%) 7.38
Média geral: 0.48833 Número de observações: 24

Apêndice 8. Análise de variância para porosidade total na profundidade de 10-20cm depois da colheita.

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
TRATAMENTO 7 0.037342 0.005335 1.550 0.2755
Blocos 3 0.014758 0.004919 1.429 0.3043
TRATAMENTO*BLOCO 3 0.005817 0.001939 0.703 0.5630
erro 10 0.027533 0.003442
Total corrigido 23 0.040316
CV (%) 11.41
Média geral: 0.514166 Número de observações: 24

Apêndice 9- Teste Tukey para a fv tratamento para densidade antes da sementeira na profundidade
(0-10cm)

--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S2N1 1.050000 a
C1S1N1 1.170000 a
C1S1N4 1.200000 a
C1S1N2 1.220000 a
C1S1N3 1.240000 a
C1S2N4 1.300000 a
C1S2N3 1.350000 a
C1S2N2 1.385000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.586902032852995 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------

40
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.104880884817015

Apêndice 10 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade depois da colheita na profundidade
(0-10cm)
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S2N1 1.180000 a
C1S2N4 1.250000 a
C1S2N2 1.255000 a
C1S2N3 1.290000 a
C1S1N2 1.290000 a
C1S1N3 1.365000 a
C1S1N1 1.375000 a
C1S1N4 1.420000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.744484918472039 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.133041346956501

Apêndice 11 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade antes da sementeira na profundidade
10-20cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S1N2 1.010000 a
C1S1N4 1.290000 a
C1S2N3 1.300000 a
C1S1N3 1.325000 a
C1S1N1 1.360000 a
C1S2N4 1.410000 a
C1S2N2 1.420000 a
C1S2N1 1.550000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.564984144864191 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.100964102531543
------------------------------------------------------------------

41
Apêndice 12 - Teste Tukey para a fv tratamento para densidade depois da colheita na profundidade
10-20cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S1N2 0.910000 a
C1S1N1 1.200000 a
C1S2N2 1.260000 a
C1S1N4 1.290000 a
C1S2N4 1.345000 a
C1S1N3 1.370000 a
C1S2N3 1.400000 a
C1S2N1 1.540000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.744484918472039 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.133041346956501
------------------------------------------------------------------
Apêndice 13 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total antes da sementeira na
profundidade 0-10cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S1N2 0.488333 a
C1S1N1 0.493667 a
C1S2N2 0.505333 a
C1S1N4 0.532333 a
C1S2N4 0.539333 a
C1S1N3 0.556000 a
C1S2N3 0.559333 a
C1S2N1 0.561000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.11320449013748 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.0226730995773503

42
Apêndice 14. Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total depois da colheita
na profundidade 0-10cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S1N2 0.485000 a
C1S1N1 0.488333 a
C1S2N2 0.494333 a
C1S1N4 0.499333 a
C1S2N4 0.514667 a
C1S1N3 0.534333 a
C1S2N3 0.548333 a
C1S2N1 0.562000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.106856633628631 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.0214017225979296

Apêndice 15 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total antes da sementeira na
profundidade 10-20cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S2N1 0.420000 a
C1S2N2 0.465000 a
C1S2N4 0.465000 a
C1S1N1 0.485000 a
C1S1N3 0.500000 a
C1S2N3 0.510000 a
C1S1N4 0.510000 a
C1S1N2 0.590000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.17473165042503 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.031224989991992

43
Apêndice 16 - Teste Tukey para a fv tratamento para porosidade total depois da colheita na
profundidade 10-20cm.
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
C1S2N1 0.420000 a
C1S2N3 0.470000 a
C1S1N3 0.485000 a
C1S2N4 0.495000 a
C1S1N4 0.510000 a
C1S2N2 0.525000 a
C1S1N1 0.550000 a
C1S1N2 0.660000 a
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0.284304874387596 NMS: 0.05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmónica do número de repetições (r): 3
Erro padrão: 0.0508060035822539
Médias seguidas de mesma letra na mesma coluna, as médias não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. E letras diferentes na mesma coluna, as médias diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância. SPD (sistema plantio direto), SPC (sistema plantio convencional)

Apêndice 17. Infiltrômetro de anéis concêntricos. Apêndice 18. Teste de infiltração.

44
Apêndice 19. Teste de infiltração. Apêndice 20. Processo de amostragem do solo.

Apêndice 21. Amostra de solo indeformada. Apêndice 22. Amostras de solo prontas à secagem

45
Apêndice 23. Dados da variedade utilizada. Apêndice 24. Processo de pesagem de 100 grãos

46

Você também pode gostar