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Fármacos
ANTIMICROBIANOS
Prof. Dr. Ricardo Hakime
Coloração de Gram
(1884, Hans Christian Gram)
Membrana com 20 – 25 nm
Membrana com 10 – 15 nm
de espessura, porém menos
de espessura, porém mais
resistentes a passagem de
complexa e resistentes aos
fármacos.
fármacos.
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Coloração Staphylococcus spp
S. aureus
S. epidermidis
de Gram
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus spp
Streptococcus pyogenes (Grupo A)
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/pop_mecanismo.htm
Fármacos Norfoxacino
Ciprofloxacino
Quinolonas
Antimicrobianos Benzilpenicilinas
Penicilina G cristalina
Penicilina G benzatina
Levofloxacina
ofloxacina
Penicilina G procaína
Naturais
Fenoximetilpenicilinas Penicilina V) Azitromicina
Carbenicilina Macrolídeos Claritromicina
Penicilinas Roxitomicina
Amoxicilina, ampicilina
Sintéticas oxaciclina, ticarcilia, Macrocíclicos - rifampicina
piperacilina
Amicacina
Gentamicina
cefalexina Aminoglicosídeos
Neomicina
Cefadroxila Estreptomicina
1ª Geração:
Cefalotina
Cefadroxila Polimixina B
Polipeptídicos Bacitracina
2ª Geração: Cefaclor
Beta-lactâmicos Cefuroxima
Cefalosporinas Glicopeptídeos Vancomicina
Ceftriaxona Teicoplamina
3ª Geração cefataxima
ceftazidina Tetraciclinas - Daxiciclina
Lipopeptídeos - daptomicina
4ª Geração: Cefepima
Nitroimidazólicos: Metronidazol
Imipenem Nitrofuranos: Nitrofurantoína
Meropenem Quinopristina
Carbapenemos Estapenem Estreptograminas Dalfonopristina
Sulfametoxazol (SMZ)
Trimetoprima (TMP)
Dapsona
Sulfadiazima
O efeito antibacteriano da associação SMZ-TMP in vitro atinge um amplo espectro de organismos patogênicos Gram-positivos
e Gram-negativos embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é utilizado.
Descoberta dos Antibióticos
1928: Alexander Fleming – Identificou a inibição do crescimento bacteriano por fungos.
Alexander Fleming
Penicillium notatum
cefalexina
Cefadroxila
1ª Geração:
Cefalotina
Cefadroxila
2ª Geração: Cefaclor
Beta-lactâmicos Cefuroxima
Cefalosporinas
Ceftriaxona
3ª Geração cefataxima
ceftazidina
4ª Geração: Cefepima
Imipenem
Carbapenemos Meropenem
Estapenem
Monobactânicos - Aztreonam
β-lactamase
A beta-lactamase é um enzima (presente em Gram + e -) que hidrolisa o anel beta-lactâmico pela quebra da ligação
amida, perdendo assim, a capacidade de inibir a síntese da parede celular bacteriana.
Ácido 6-Aminopenicillanic (6-APA)
Ampicilina Amplo espectro
Ácido resistente:
Amoxicilina
Fenoximetilpenicilina
Meticilina
β-lactamase resistente:
Nafcilina
Oxacilina
Ácido e β-lactamase resistente: Cloxacilina
Dicloxacilina
CEFALOSPORINAS
Foram isoladas de culturas de Cephalosporium acremonium
FARINHA, Sofia et al . Perfis de sensibilização às cefalosporinas na prática clínica. Rev Port Imunoalergologia, Lisboa , v. 26, n. 4, p. 263-271, dez. 2018
. Disponível em http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212018000400004&lng=pt&nrm=iso
Na 5ª geração das
cefalosporinas estão
englobados o
ceftobiprole e a
ceftarolina.
• Ertapenem
• Os dois CH3 e COOH na cadeia lateral do componente oxima é responsável pela forte
atividade contra a Pseudomonas aeruginosa
Aztreonam
(Azactam®)
GLICOPEPTÍDEOS
São produzidos pelos Streptomyces orientalis, isolado em 1956.
São formados pela associação de cadeias poipeptídicas com açúcares
São resistentes à ação das beta-lactamases.
Teicoplamina
Mecanismo de ação: ligam-se e formam complexos com as unidades N- Vancomicina
Indicações
•Sepse com Gram-negativos.
•Infecções com bactérias Gram-negativas aeróbias,
como Pseudomonas, Acinetobacter e Enterobacter.
•Contra Streptococcus e Listeria concomitantemente com penicilina.
•Usadas secundariamente em infecções por Mycobacterium, como na Tuberculose.
São caracterizados por um efeito pós-antibiótico, isto é, a atividade bactericida permanece mesmo
Amicacina: Antibiótico mais
com a diminuição da concentração sérica abaixo da concentração mínima inibitória (CIM). usado em caso de resistência
bacteriana, principalmente na
septicemia bacteriana.
Aminoglicosídeo
MECANISMO DE AÇÃO: Estes antibióticos penetram no interior das bactérias Gram
negativas, por difusão facilitada nas porinas presentes na membrana externa.
O local de ação é a subunidade 30s dos ribossomo, o que leva a um erro de leitura do
código genético.
A síntese proteica pode ser inibida de duas formas diferentes, por interferência sobre o
complexo de iniciação ou a leitura errônea do RNAm, que leva à incorporação de
diferentes aminoácidos, resultando numa proteína não funcional
Efeitos adversos
São reversíveis se detectados prematuramente e a administração cessada.
• Ototoxicidade: danos progressivos nas células sensoriais do sentido da audição e do equilíbrio no ouvido interno: pode resultar
em ataxia (andar desequilibrado), vertigens; surdez.
Ex: Estreptomicina
• Nefrotoxicidade: danos nos túbulos do rim. É aconselhável o controle dos níveis plasmáticos.
•Bloqueio neuromuscular e paralisia: raramente observado. A miastenia grave é uma contraindicação absoluta para o uso dos
aminoglicosídeos.
Quinolonas (Fluroquinolonas)
Norfoxacino
Ciprofloxacino Ciprofloxacino
Quinolonas Levofloxacina
ofloxacina
São derivados do ácido nalidíxico, usados no tratamento das infecções bacterianas (Gram -).
Os fármacos da classe podem desencadear uma vasta onda de efeitos adversos debilitantes (diminuição da síntese de
colágeno) e portanto não devem ser usadas como primeira linha de tratamento. Na prática, são utilizadas apenas quando
não houver resposta ao primeiro esquema antimicrobiano.
Azitromicina
Macrolídeos Claritromicina
Roxitomicina
Os efeitos adversos mais comuns incluem cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
ANTIBIOGRAMA
Antibiogramas são exames de diagnóstico que conseguem testar a sensibilidade da bactéria frente aos
antimicrobianos, os mais indicado para o seu tratamento.
(mm)
Para tal, primeiramente deverá ser feito uma cultura do tecido/fluído infectado e identificado os possíveis Zona de inibição (ZI) - diâmetro do halo estéril
em torno do disco, em placas semeadas com as
agentes etiológicos. mesmas cepas bacterianas.
Teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) O TSA deve ser sempre realizado na avaliação das
seguintes bactérias: A categoria “sensível” significa que uma
• Enterobactérias; infecção por uma determinada cepa pode
ser tratada adequadamente com a dose
• Pseudomonas spp., do agente antimicrobiano recomendada
• Acinetobacter spp.; para esse tipo de infecção e patógeno,
exceto quando contraindicado .
• Staphylococcus spp.;
• Enterococcus spp.; As cepas “resistentes” não são inibidas
pelas concentrações sistêmicas dos
• Streptococcus pneumoniae; agentes antimicrobianos que geralmente
• Streptococcus do grupo viridans e beta-hemolítico; atingíveis nos regimes terapêuticos
habituais; e/ou podem ter os diâmetros
• Haemophilus influenzae; do halo de inibição dentro de uma faixa
• Complexo Burkholderia cepacia; de maior probabilidade de ocorrência de
mecanismos específicos de resistência
TSA em discos de difusão. Para obter um antibiograma, uma suspensão de • Stenotrophomonas maltophilia; microbiana (|Intermediário), além de a
bactérias de cultivo recente é inoculada na superfície de uma placa de ágar
(Mueller Hinton), à qual são adicionados discos de papel impregnados com • Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis. eficácia clínica não ter sido confiável nos
concentrações iguais de antibióticos (método de Kirbay e Bauer). estudos terapêuticos.
Mecanismos de resistência Ex: Gram negativos desenvolve canais
bacteriana porinas que não permitem a passagem
dos antibióticos
Ex: alterações
estruturais na
enzimas chaves e
nos ribossomos
Ex: expulsão do fármaco pela bomba de efluxo
RESISTÊNCIA BACTERIANA
A resistência antibiótica ou resistência antimicrobiana é a capacidade de uma cepa de bactéria de resistir aos efeitos da medicação
anteriormente utilizada para tratá-los (antibióticos).
O termo multirresistência ou resistência multidroga (MDR, do inglês multi-drug-resistant) é utilizado para designar a resistência a três ou
mais classes de antibióticos.
Resistência extensiva (XDR, do inglês extensively-drug-resistant) é utilizado quando há resistência a todos os antibióticos, com exceção
de um ou dois.
O termo pan-resistência (PDR, do inglês pan-drug-resistant) é aplicado para designar a resistência a todos os antibióticos.
Essa nova propriedade é resultado de alterações estruturais e/ou bioquímicas da célula bacteriana, determinada por alterações genéticas
cromossômicas ou extra-cromossômicas (plasmídios).
Mecanismos de Resistência Bacteriana
A resistência bacteriana ao antibióticos ocorrem principalmente por mutações e recombinação gênica bacteriana, ou corre quando um dado
microrganismo recebe material genético (plasmídeo) de outro microrganismo, passando a expressar a característica contida no gene
recentemente adquirido.
Essas alterações gênicas podem promover:
• Alteração do sítio de ligação dos β-lactâmicos ás transpeptidases (PLP);
• Produção β-lactamases resistentes;
• Alterações estruturais de ribossomos e bombas de efluxo.
• Canais de porinas modificadas (Gram negativas)
Baseado em seus conhecimentos, como você poderia explicar ao Hector o mecanismo de ação dos fármacos
prescritos?
Caso 2:
No mesmo período de estágio do aluno Hector e ainda acompanhando o quadro clinico com pneumonia, Dr.
Policarpo observou que antibioticoterapia prescrita anteriormente não havia tido eficácia terapêutica e pediu
para a enfermagem perguntar à Farmácia Hospitalar quais tipos de antibacterianos havia disponíveis
no momento. O Farmacêutico responsável respondeu que só tinha a cefalexina e amoxicilina.
Mediante resposta, Dr. Policarpo perguntou a Hector, qual dos fármacos disponíveis ele elegeria para a
farmacoterapia, uma vez que o paciente havia tido resistência aos fármacos anteriores.
Baseado em seus conhecimentos, qual fármaco Hector deveria eleger? Justifique sua resposta.
Caso 3:
Helena, 45 anos, procurou a Unidade Básica de Saúde com queixa de dores e dificuldades ao urinar. Dra.
Katrina, prescreveu um exame de urina tipo I e uma urinocultura. Após retorno com os exames realizados, Dra.
Katrina pode concluir que a paciente estava com infecção urinária, decorrente a infecção por Escherichia coli
(Gram negativa). A médica então prescreveu o fármaco fosfomicina. Helena, ciente da prescrição, advertiu a
médica que já havia tido vários episódios de infecções urinárias e que este fármaco não mais resolvia e não
adiantava prescrevê-lo mais. Neste contexto, a Médica mudou sua prescrição para o fármaco Ciprofloxacino.
Após a saída da paciente do consultório, Dra. Katrina questiona a aluna Isadora, estudante do 2° ano de
Medicina da UniPOLIS, qual a provável razão do primeiro fármaco escolhido não ter mais eficácia terapêutica
nesta paciente.
Baseado em seus conhecimentos, qual seria aprovável hipótese dessa questão? Justifique sua resposta.
Bibliografia
Bruton, L. L.; Chabner, B. A.; Knollmann, B. C. As bases farmacológicas de Goodman e Gilman. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
Golan, D. et al. Princípios de Farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. Guanabara Koogan, 3ª Ed., 2018.
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