Você está na página 1de 39

Mecanismos de

Agressão e Defesa
Prof. Dr. José Roberto Fogaça de Almeida
A3
ETAPA 1: OUTUBRO (até 14/10) - Ideia do game com
fundamentação teórica – no classroom

ETAPA 2: NOVEMBRO (07/11) - Protótipo do game


com os conteúdos que serão colocados em teste – na sala
de aula mostrar as fotos para o professor

APRESENTAÇÃO (05/12) -EXPO SÃO JUDAS


AULA 6 – Antibiograma e resistência a
antibióticos
Objetivos de Aprendizagem

Diferenciar os mecanismos de ação dos antibióticos

Compreender como funciona a resistência a antibióticos


IDENTIFICAÇÃO Identificação é obtida pela detecção do
MICROBIANA microrganismo ou seus produtos:
1905 – Robert Koch - Alemanha

"for his investigations and discoveries in relation to tuberculosis“

Os postulados de Koch para DIAGNÓSTICO infeccioso:


- O patógeno deve ser encontrado no hospedeiro;
- O patógeno deve ser isolado e crescido em meio de cultura nutritivo e suas características descritas

Os postulados moleculares de Koch para DIAGNÓSTICO infeccioso:


- Um gene, um produto de virulência, um antígeno, um produto da resposta imunológico associado ao patógeno
deve ser encontrado no hospedeiro;
Diagnóstico
parcial
Semear em
meio de
cultura

Testes de
Amostra clínica bioquímica ou
metabolismo
Coloração de
Gram

Identificação
bacteriana

Diagnóstico
Antibiograma
Final
ASSIM...SABEREMOS
FORMA
ARRANJO
LÂMINAS
GRAM+ OU GRAM –

E MORFOLOGIA DE COLÔNIAS
CULTURA

Como identificar a bactéria???


TESTES
BIOQUÍMICOS
Como avaliar se a
bactéria é resistente
contra um antibiotíco?
Sensível: Significa que o microorganismo é inibido na presença na dosagem habitual do
antimicrobiano;
Intermediário: Significa que o microorganismo pode ser inibido na presença de dosagem
superiores do antimicrobiano;
Resistente: Significa que o microorganismo não é inibido na presença do antimicrobiano;
MÉTODO DE DIFUSÃO COM DISCO
Meio de cultura: Muller Hinton
1 – Faz um inóculo da colônia bacteriana em um tubo com solução
fisiológica estéreo;

2 – A turbidez do tubo fica na escala 0,5 de McFarland;

3- Com um Swab inocular a amostra bacteriana no meio de


cultura;

4 – São inoculados os discos de antibióticos no meio;

5 – Após 24 horas a 37ºC é avaliado se a bactéria é S, I ou R


MÉTODO DE DIFUSÃO COM DISCO
1945 - "for the discovery of
penicillin and its curative effect
in various infectious diseases"

Howard Alexander
Ernst Chain
Florey Fleming

1929 – Alexander Fleming descobriu que alguns fungos matavam bactérias em


laboratório – 1º antibiótico*
1929 – Alexandre Fleming

Penicilina
Estima-se que sem a penicilina
cerca de 300.000 soldados
morreriam na II Guerra mundial
Ano Antimicrobianos
1940 Penicilinas
1945 Cefalosporinas
1944 Aminoglicosídeos
1949 Cloranfenicol
1950 Tetraciclinas
1952 Macrolídeos, Estreptomicinas
1956 Glicopeptideos
1957 Rifamicinas
1959 Nitroimidazoles
1962 Quinolonas
1968 Trimetoprim
2000 Oxazolidinonas
2003 Lipopeptideos
▪ Penicillium notatum – penicilina
▪ Penicillium aureofaciens – tetraciclina
▪ Cephalosporium spp. – cefalosporinas
▪ Streptomyces spp. – cloranfenicol
▪ Bacillus subtillis - bacitracina
Existem grupos de antimicrobianos que
- matam a bactéria ou inibem a multiplicação

Morte celular Bactericidas


Penicilina
Antimicrobiano
Inibe a multiplicação Bacteriostáticas
Tetraciclina/cloranfenicol

As bacteriostáticas necessitam do sistema imunológico - pois se pararmos de


administrar ao paciente a droga, as bactérias voltam a se multiplicar
Bactericidas ou bacteriostáticas – Qual usar?

Do ponto de vista clínico: ambas são eficientes


Pacientes com deficiência do sistema imunológico: o uso
de bactericidas
O AUMENTO DE USO DE ANTIBIÓTICOS
Uso frequente de antimicrobianos no meio ambiente hospitalar e na
comunidade;

Uso crescente de dispositivos e procedimentos invasivos;

Aumento da sobrevida de pacientes imunodeprimidos (transplantados);

Falhas nas medidas de prevenção e controle das infecções relacionadas a


assistência à saúde;

Antibióticos usados na agricultura e na criação de animais oferecem


condições favoráveis para a seleção de microorganismos resistentes;
Existem antibióticos que agem:
Aminoglicosídeo
✓ Parede celular;
Macrolídeos Gentamicina, eritromicina, clindamicina, azitromicina,
✓ Síntese de proteínas;
Tetraciclinas claritromicina, amicacina
✓ Síntese de DNA; Clorafenicol
Existem antibióticos que agem:
✓ Parede celular;
Quinolonas
✓ Síntese de proteínas; Norfloxacino, Ciprofloxacino, Levofloxacina,
Metronidazol
Sulfametoxazol, Trimetoprim e Cotrimoxazol
✓ Síntese de DNA; Sulfonamidas
PAREDE
CELULAR
Polipeptídeos
1º - Síntese dos monômeros de peptideoglicanos
2º - Polimerização (transglicosidades) Glicopeptídeos
b-lactâmicos
3º - Ligações cruzadas das cadeias de peptideoglicanos (transpeptases)
Polipeptídeos

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

PBP b-lactâmicos PBP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

PBP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

Glicopeptídeos
Polipeptídeos Inibem a formação dos monômeros do peptidoglicano.
Ativos contra bactérias Gram negativas

Em razão das toxicidades significativas decorrentes de sua administração sistêmica (especialmente


nefrotoxicidade), até recentemente as polimixinas estavam em grande parte restritas ao uso tópico.
b-lactâmicos Penicilinas;
Cefalosporinas;
Carbapenêmicos;
Monobactâmicos;
Inibidores de b-lactamases

➢Profilaxia: febre reumática, procedimentos cirúrgicos em pacientes cardiopatas


➢Faringites/amigdalites/otite
➢IST: gonorréia, sífilis
➢Endocardite bacteriana
➢Pnemonia pneumocócica ou estreptocócica
➢Tétano
➢Meningite
➢Infecções Respiratórias (bronquite, sinusite)
➢Infecções Urinárias não complicadas
b-lactâmicos Inibem as transpeptidases (PBP)

PENICILINAS
Benzilpenicilina;

Amplo espectro
Ampicilina, Amoxacilina;

Espectro reduzido e resistentes a b–lactamases


Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina, Flucloxacina,
Meticilina;

Penicilinas antipseudomonas
Carbenicilina, Ticarcilina, Piperacilina, Azlocilina,
Mezlocilina
NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

PLP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

Inibidores da
b-lactamase b-Lactâmico
b-lactamase
NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

PLP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

Inibidores da
b-lactamase b-Lactâmico
b-lactamase
NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

?
PLP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

Inibidores da
b-lactamase b-Lactâmico
b-lactamase
NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

PLP

NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG NAM NAG

Inibidores da
b-lactamase b-Lactâmico
b-lactamase

INIBIDORES DE b-LACTAMASES
Inibem a enzima b-lactamase, denominados fármacos “suicidas”. Sempre são associados com outros
fármacos
Ácido clavulânico, Tazobactam e Sulbactam sódico
CEFALOSPORINAS

Originadas do fungo Cephalosporium spp.

Existem 5 gerações de cefalosporinas, onde se


diferenciam:
➢ Espectro de ação;
➢ Resistência a beta lactamase;
➢ Farmacocinética;

1ª GERAÇÃO – São ativos contra bactérias Gram positivas e algumas Gram negativas. Suas principais
indicações clínicas são em infecções estafilocócicas, infecções respiratórias, pneumococo sensível a
penicilina, prevenção cirúrgica e alguns Streptococcus spp.
Cefalotina, Cefazolina, Cefalexina , Cefadroxil e Cefradina;
2ª GERAÇÃO – Mais resistentes a b-lactamases das 3ª GERAÇÃO – Mais resistentes contra a b-lactamases. São
bactérias Gram negativas. Indicada contra bactérias indicadas em infecções causadas por bactérias Gram negativas
anaeróbias estritas e contra algumas enterobactérias. Não resistentes a outros antimicrobianos (Infecções hospitalares).
é indicado contra estafilococos. Usada em meningites bacterianas por passar a barreira
hematoencefálica;
Cefamicina, Cefoxitina , Cefamandol, Cefaclor e
Cefuroxima; Ceftriaxona, Cefotaxima, Cefoperazona, Ceftazidima ,
Cefpodoxima, Cefixima

Pode ser utilizado na São fármacos usados


gravidez em meningites
bacterianas

5ª GERAÇÃO – Únicos contra S. aureus resistentes a


4ª GERAÇÃO – Mesmo espectro anterior e também Oxacilina
atuam também contra Streptococcus e
Staphylococcus. Ceftarolina e Ceftobiprole
Cefepima e Cefpiroma (Parenterais)

Nefrotóxicos
CARBAPENÊMICOS – Amplo espectro e altamente resistentes a b-lactamases

Antibióticos betalactâmicos com anel pentacíclico não-saturado (anel


carbapenêmico) ligado ao anel betalactâmico

Imipenem, Meropenem, Ertapenem e Doripenem

Bactérias resistentes
Legionella spp.
Pseudomonas aeruginosa
Acinetobacter spp.
MONOBACTÂMICOS
Boa atividade contra bactérias Gram negativas e nenhuma atividade contra bactérias Gram positivas
Liga-se à (PBPg3) das bactérias Gram-negativas
Que é responsável pela formação do septo que divide a
bactéria durante a multiplicação.

Eficaz nas sistêmicas como septicemia,


pneumonias, infecções urinárias,
infecções intra-abdominais cirúrgicas e
meningoencefalites por Gram negativos

Aztreonam
Glicopeptídeos Liga-se à extremidade terminal de monômeros de peptidoglicano
inibindo a transglicosidase e adição de novos monômeros.

➢ Adm EV em casos de sepse e endocardite bacteriana por S. aureus;

➢ Adm VO em infecções gastrointestinais (não é absorvida por VO);

Vancomicina
Teicoplanina
CONJUGAÇÃO

Pili sexual
????????????

1) Os antibióticos podem agir em quais estruturas e sistemas de bactérias?

2) Como é realizado o antibiograma?

3) Quais os mecanismos de resistência das bactérias?

4) Por que as bactérias gram negativas podem ser mais resistentes do que as bactérias gram
positivas?
CALOUROS

ANTIBIOGRAMA

Você também pode gostar