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Tipos:
• Febre de origem desconhecida clássica: febre por > 3 semanas, sem se descobrir a causa após 3 dias de
avaliação no hospital ou ≥ 3 consultas ambulatoriais
• Febre de origem desconhecida associada a cuidados de saúde: febre em pacientes hospitalizados
recebendo atendimento intensivo e sem presença de infecção, ou infecção incubada na internação, se o
diagnóstico permanecer incerto após 3 dias de avaliação apropriada/ nosocomial(internação)
• Febre de origem obscura com imunodeficiência: febre em pacientes com neutropenia e outras
imunodeficiências se o diagnóstico permanecer incerto depois de 3 dias de avaliação adequada, incluindo
culturas negativas após 48 h
• Febre de origem desconhecida relacionada com HIV: febre por > 4 semanas em pacientes ambulatoriais com
infecção por HIV confirmada ou > 3 dias em pacientes internados com infecção por HIV confirmada se o
diagnóstico permanecer incerto após avaliação adequada
➔ Hemoptise maciça; sangramento com risco agudo a vida-esses devem ser internados na UTI; maioria dos
casos de hemoptise maciça são provenientes da circulação sistêmica (artérias brônquicas) → Maioria das
H. maciças: Tuberculose, bronquiectasias e abscesso pulmonar/ crianças são Infecções respiratórias,
aspiração de corpo estranho e bronquiectasias
➔ Hemoptise não maciça;
➔ É importante diferencias da pseudo-hemoptise, que é expectoração de sangue de outro local, não do TRI
OBS’S: Hemorragia alveolar pode ser uma causa- ocorre devido a AIDS, transplante de medula óssea, lúpus, granulomatose de
wegener
No caso de doenças crônicas, uma neoformação vascular na área afetada geralmente está envolvida do episódio de
sangramento.
1. Infecção(causa mais comum, especialmente bactérias invasivas e fungos): Bronquite, pneumonia, tuberculose,
abscesso pulmonar
3. Bronquiectasia(irritação, secundária à infecção, do tecido de granulação que substitui o tecido normal da parede
brônquica):Inflamação crônicas das vias aéreas, causando hipertrofia e tortuosidade das A. brônquicas e expansão do
plexo submucoso e peribrônquico dos vasos. Vasos tortuosos e do plexo costumam ser perfundidos por C. sistêmica
➔ Causas comuns: Infc bacteriana(tuberculose), viral, fibrose cística, imunideficiência e distúrbios do aparelho
mucociliar
➔ Broncolitíase: ??
➔ Síndrome de goodpasture: Autoimune→ atacam colágeno IV da membrana basal alveolar e
glomerular(glomerulonefrite e hemorragia pulmonar)
➔ Hemossiderose pulmonar: Idiopático; sangramento repetidos que levam ao acúmulo de ferro no pulmão
➔ Granulomatose de wegener: Autoimune→ Vasculite(inflamação dos vasos)
➔ Pneumona lúpica: Lupus??
➔ Endometriose pulmonar: Só atinge mulheres→ tecido endometrial fora do útero, no pulmão
o Pós RX; broncoscopia(mais de 40 anos, fatores de risco para neoplasia, hemoptise>1 semana); realizar coleta
para biópsia e visualização direta
o TC: Complementar a broncoscopia(permite visualização de estruturas que o broncoscópio não alcançou),
para doenças parenquimatosas- bronquiectasias
o Angiotomografia; tromboembolismo pulmonar
**Exames Laboratoriais:**
1. **Hemograma completo:** Pode ajudar a identificar sinais de infecções, inflamação ou anemia associados a
algumas condições respiratórias.
2. **Testes de função pulmonar (espirometria):** Avalia a capacidade pulmonar e ajuda a diagnosticar doenças
como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
3. **Testes de alergia:** Pode ser útil para identificar alérgenos que podem estar desencadeando ou agravando a
tosse, especialmente se houver suspeita de rinite alérgica.
4. **Testes de refluxo gastroesofágico:** Pode ser necessário para avaliar a presença de refluxo ácido se a doença do
refluxo gastroesofágico (DRGE) for uma suspeita.
5. **Cultura de escarro:** Pode ser realizada para identificar bactérias, vírus ou fungos que possam estar causando
infecções respiratórias.
6. **Dosagem de IgE específica:** Pode ser útil para detectar sensibilização a alérgenos específicos.
**Exames de Imagem:**
1. **Radiografia de tórax:** Pode mostrar evidências de infecções, doenças pulmonares crônicas, câncer de pulmão
ou outras anomalias pulmonares.
2. **Tomografia computadorizada (TC) do tórax:** Oferece imagens mais detalhadas dos pulmões e pode ser útil
para avaliar doenças pulmonares intersticiais, câncer de pulmão, bronquiectasias e outras condições.
3. **Ressonância magnética (RM) do tórax:** Pode ser usada para avaliar mais detalhadamente certas condições,
como fibrose pulmonar.
4. **Broncoscopia:** Um procedimento em que um tubo flexível é inserido nas vias aéreas para visualização direta e
coleta de amostras, podendo identificar anomalias ou infecções
5. **Ultrassonografia:** Pode ser útil para avaliar áreas específicas dos pulmões, como derrames pleurais.
**Exames bioquímicos gerais, como hemograma, eletrólitos, glicemia, função renal e hepática
• Gasometria arterial:
Pela correlação entre a pO2, a pCO2 e o pH, podemos inferir qual o distúrbio metabólico apresentado pelo
paciente, algumas vezes permitindo diferenciar os quadros pulmonares dos sistêmicos; Requer cuidado, tem
risco de complicação(especialmente em pessoas com distúrbios de coagulação)
Os marcadores de necrose miocárdica, como a troponina e a CK-MB massa, contribuem para o diagnóstico e o
prognóstico de uma síndrome coronária aguda, particularmente o infarto agudo do miocárdio, determinando o
desconforto respiratório. Apresentam alta sensibilidade e especificidade nas 10 horas subsequentes ao quadro
clínico. Apesar de ajudarem muito no diagnóstico dos quadros isquêmicos miocárdicos, vale lembrar que a
elevação desses marcadores revela morte celular, mas não necessariamente por mecanismos isquêmicos
secundários a aterosclerose coronária. Em qualquer situação em que haja sofrimento do músculo cardíaco
poderá ocorrer liberação de marcadores de necrose, como no tromboembolismo pulmonar, na insuficiência
cardíaca descompensada ou até mesmo na sepse, em que há hipoperfusão pelo choque e consequente morte
celular
• D-dímeros:
Formação e Ação dos D-dímeros: Os D-dímeros são peptídeos gerados pela ação da plasmina, que promove a
degradação da malha de fibrina em trombos. Elevação dos níveis séricos acima de 500 ng/ml indica a presença
de D-dímeros.
o Idade avançada.
o Gravidez.
o Trauma com formação de hematomas.
o Pós-operatório.
o Câncer.
o Estados inflamatórios.
Elevação dos níveis de D-dímeros em pacientes com alta probabilidade de tromboembolismo pulmonar indica a
necessidade de exames confirmatórios e avaliação do prognóstico. Em casos de probabilidade clínica baixa ou
intermediária, níveis normais de D-dímeros podem dispensar exames mais complexos, como cintilografia,
ultrassom Doppler de membros inferiores ou angiotomografia pulmonar
• Peptídeo natriurético do tipo B: É produzido predominantemente pelos ventrículos, o que faz com que seja
o marcador mais sensível e específico das alterações ventriculares, sendo o mais pesquisado e o mais
utilizado na prática médica;
- Hormônio de 32 aminoácidos, produzido principalmente pelos ventrículos cardíacos.
Utilidade Diagnóstica:
- Estudo em pacientes com dispneia aguda: BNP mostrou sensibilidade de 90% e especificidade de 76%, com
valor preditivo negativo de 89% e acurácia de 83% para insuficiência cardíaca congestiva.
- Valores acima de 400 pg/ml indicam provável causa cardíaca da dispneia, enquanto valores abaixo de 100 pg/ml
praticamente a excluem.
- Uso do BNP na avaliação da dispneia aguda reduziu internações, tempo hospitalar e custos.
Painel de Diagnóstico:
- BNP, juntamente com troponina, CK-MB e D-dímero, contribui para o diagnóstico etiológico de dispneia aguda
de difícil esclarecimento.
• RX: Sem alteração no tromboembolismo; A análise do parênquima pulmonar pode mostrar presença de
edema, de infecção, de nódulos e massas, de pneumotórax ou, ainda, de derrames pleurais. A silhueta
cardíaca pode contribuir para a definição etiológica, sugerindo uma cardiopatia como causa da dispneia,
principalmente quando associada à presença de sinais de congestão pulmonar. A avaliação dos grandes
vasos, da aorta e da artéria pulmonar permite, muitas vezes, melhor definição da cardiopatia de base
• ECG: Avalia se é causa cardíaca; beira do leito; pronto socorro;
• TC e angioTC do tórax: Analisa parênquima pulmonar em alta resolução(TC); perfusão(Angio). No caso da
tomografia sem contraste, seu valor está em esclarecer possíveis alterações encontradas na radiografia,
assim como identificar outras não mostradas por ela. É um exame que tem valor consideravelmente maior
no ambiente ambulatorial, principalmente no acompanhamento de pacientes com pneumopatias. A
angiotomografia, por sua vez, tem espaço maior num contexto emergencial, já que sua aplicação está na
definição da presença ou não de tromboembolismo pulmonar. Apresenta alta sensibilidade, identificando a
maioria dos pacientes que apresentam a doença
• Cintilografia pulmonar: Embolia pulmonar; material radioativo(2 fases- ventilação e perfusão)- compara
imagens obtidas e cada fase→ Avalia presença de áreas com hipoperfusão com ventilação normal; útil
quando RX não tem alteração
• Ecocardiografia Doppler: Dispneia aguda; avalia estrutura e fluxo cardíaco; Apesar de não confirmar ou
excluir o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, nos casos em que há aumento isolado do ventrículo
direito, hipertensão pulmonar ou abaulamento do septo interventricular o diagnóstico torna-se mais
provável. O exame traz informações relevantes mesmo quando normal, pois nesses casos as doenças
cardiológicas tornam-se menos prováveis
Obs(diagnósticos diferenciais);
Coinfecção HIV-TB:
A escrófula corresponde a uma linfadenite cervical micobacteriana que se apresenta na forma de linfonodos
intumescidos e não sensíveis, geralmente com distribuição unilateral. O M. tuberculosis é o agente causador da
maior parte dos casos de escrófula. A linfadenite é a manifestação extrapulmonar mais comum da tuberculose.
Pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) são mais propensos a apresentar a linfadenite
multifocal do que aqueles não infectados pelo HIV.
Em alguns pacientes com Aids que são infectados pelo M. tuberculosis, o uso da terapia antirretroviral altamente
ativa (HAART, highly active antirretroviral therapy) causa uma exacerbação dos sintomas. Esse fenômeno é chamado
de síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI). A explicação para essa exacerbação é que a HAART aumenta
o número de células CD4, o que eleva a resposta inflamatória. Para prevenir esse fenômeno, os pacientes devem ser
tratados para as infecções subjacentes antes do início da terapia HAART.
A resistência à INH e a outros fármacos antituberculose é observada com frequência crescente nos Estados Unidos,
sobretudo em imigrantes do Sudeste Asiático e da América Latina. Cepas de M. tuberculosis resistentes a múltiplos
fármacos (cepas MDR) surgiram, principalmente em pacientes com Aids. O padrão mais comum corresponde à
resistência à INH(isoniazida-base do tratamento) e à rifampicina, mas alguns isolados são resistentes a três ou mais
fármacos.
A vacina BCG não deve ser administrada em indivíduos imunocomprometidos, uma vez que os microrganismos BCG
vivos podem causar doença disseminada.
CASO DA SEMANA:
HMA: Paciente regulada via CER da UPA de Brotas com história de odinofagia intensa e
disfagia há cerca de 01 semana. Refere que o quadro iniciou há 2 meses com tosse
produtiva com expectoração amarelada e febre vespertina não mensurada, evoluindo
com dispneia progressiva há cerca de 02 dias.
Interrogatório Sistemático:
Geral: Refere astenia, inapetência e perda de peso 15kg, febre com sudorese noturna nos
últimos 2 meses.
Pele e fâneros: Nega surgimento de lesões de pele, nega alterações em pelos e unhas.
Aparelho gastrointestinal: Nega alterações de ritmo intestinal, nega alterações nas fezes.
Geniturinário: Nega disúria ou alterações na cor da urina. Refere ciclo menstrual regular.
HPS: A paciente trabalha como jornalista. Não possui animais de estimação. Ela é casada
e reside com esposo. Quatro anos antes, a paciente havia residido no nordeste da Índia
por 1 ano para compromissos de trabalho. A casa possui água filtrada e rede de esgoto. o
Refere bom relacionamento com o esposo e colegas de trabalho.
Exame Físico
Geral: Paciente em regular estado geral e nutricional, fácies atípica, febril ao toque,
mucosas hipocrômicas (II/IV), anictérica.
Sinai vitais: PA 110x70 mmHg; FC: 102 bpm; FR: 24 ipm; SatO2: 94% em ar ambiente;
Temperatura axilar 38,5°C.
Pescoço: tireóide tópica com consistência fibroelástica, superfície lisa, indolor, sem
nódulos. Presença de linfonodos palpáveis em cadeias cervicais superficiais e posterior e
profundas bilateralmente, móveis, consistência fibroelástica, não dolorosos. Ausência de
estase de jugular.
Pele e fâneros: Pele com turgor e elasticidade preservados, pelos com distribuição
compatível com idade e sexo, unhas sem alterações . Petéquias difusas nas pernas e
algumas petéquias no tronco, flancos e antebraços.
Abdome: plano, cicatriz umbilical intrusa, sem cicatrizes ou circulação colateral, RHA
presentes, flácido, hepatimetria 4 cm na linha esternal média e 8 cm na linha clavicular
média direita, indolor à palpação superficial, sem sinais de irritação peritoneal. Espaço de
Traube livre.
1)MINHA RESPOSTA;
Suspeitas diagnósticas(SD):
SD 2: Pneumonia
SD 3: Sarcoidose
SD 4: Micose pulmonar
P2: Imunodeficiência
SD 1: AIDS
SD 2: Trombocitopenia autoimune
SD 1: Candidíase oral(podia botar como problema, e sem botar como secundário à HIV)
OBS’S PÓS AULA: Mucosas descoradas secundário a anemia podia ser problema; Anemia secundária a problema
nutricional também; Uma causa de anemia(não nesse caso) poderia ser edema(anasarca)- sangue diluído e pouca
HB(diurético melhora)-desidratação é o oposto
Tuberculose miliar é a mais comum em imunodeprimidos, não a cavitaria(mas pode ser ela)- Foco de tuberculose
costuma ser ápice pulmonar, mas em imunodeprimido pode ser em qualquer local
IGRA é um teste triagem para tuberculose melhor que PPD, pq não depende da imunidade(mas é mais caro)
Na prática, 1 teste positivo é suficiente(Baciloscopia, cultura ou teste rápido) para diagnóstico de tuberculose
Atelectasia(brônquio obstruído- ar não chega nos alvéolos- colaba- pode até evoluir para pneumotórax)
RESPOSTA DA PROF;
P1 - Infecção respiratória
- SD1 - Tuberculose
- SD2 - Pneumonia
- SD3 - Secundária a HIV?
P2 - Odinofagia e disfagia + Púrpuras e placas esbranquiçadas em orofaringe
- SD1 - Faringite
- SD2 - Candidíase oral
- SD3 - Secundária a HIV?
P3 - Perda ponderal (15 kg) / Magreza grave
- SD1 - Tuberculose
- SD2 - HIV
- SD3 - Anemia
P4- Petéquias difusas no corpo
- SD1 - Alergias
- SD2 - HIV
P5 - Antecedente familiar de tuberculose
3) A principal suspeita, haja vista o caso como um todo, é tuberculose pulmonar. Mas,
outros diagnósticos diferenciais são:
-Pneumonia
-Bronquite
-Embolia pulmonar
-Neoplasia pulmonar
-Bronquiectasia
-Abscesso pulmonar
-Diátese hemorrágica
Resposta 2:
1. Tuberculose pulmonar
2. Pneumonia
3. Sarcoidose
4. Micose pulmonar
4 4.1.
Perda de peso maior que 15%, com IMC de desnutrição, Anemia, febre persistente,
trombocitopenia. Ademais, possui como suspeitas diagnósticas uma candidose oral,
Tuberculose pulmonar e pneumonia, suspeitas indicadoras de AIDS
4.2
e/ou Contagem de linfócitos T CD4+ <350 células/mm3 e/ou Somatório de, pelo menos, 10
pontos, de acordo com uma escala de sinais, sintomas ou doenças
5.2. Para o diagnóstico da doença ativa em adultos, primeiro, se chega a suspeita clínica
a partir da anamnese e exame físico. Depois, se faz a confirmação por meio de exames de
imagem(sensíveis, mas de baixa precisão- RX- Tc em casos específicos) e por exames
laboratoriais.
7) Plano Diagnóstico
P1: Avaliar possibilidade de tuberculose pulmonar ou outra causa de Infecção de via aérea
inferior(pneumonia, micose e sarcoidose)
OBS: EU ERREI! Plano diagnóstico são os exames complementares que voce vai solicitar
para o paciente