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Orelha externa: pavilhão auricular, CAE até a contração do músculo tensor do véu
camada externa do tímpano. palatino)
Orelha media: Camada media tímpano, caixa • Pró-inflamatória
timpânica (cadeia ossicular) e tuba auditiva e
• Lembrar que a angulação na criança a
mastóide.
tuba é 10 graus e no adulto é 30 a 45
Orelha interna: labirinto (ósseo e membranoso), graus, além disso, na criança a tuba é
Canais Semi Circulares e cóclea. menor ainda. Por isso crianças tem mais
propensão a infecções (OTITES)
• Otoscopia normal: triangulo luminoso fica
ORELHA EXTERNA anterior! Martelo, manúbrio do martelo e
•Pavilhão: direcionamento das ondas sonoras, umbigo.
proteção do meato acústico externo. Produção de MASTOIDE: Aeração ocorre a partir do antro
cera de forma centrifuga, para fora. Descamação mastoideo, podendo ser comprometido com
posteriormente processos infecciosos ou alterações anatômicas
•Canal auditivo externo: tubo assimétrico, mais que levem a ventilação deficiente.
estreito na porção medial. 1/3 externo
cartilaginoso, 2/3 interno ósseo, lateral folículos
pilosos, glândulas sebáceas e ceruminosas ORELHA INTERNA: Labirinto Ósseo, dentro do
(cerume de pH ácido e fétido). Pele intimamente qual está o Labirinto Membranoso (separados
aderida ao pericôndrio e periósteo (DOR); pela PERILINFA). ENDOLINFA preenche o LM,
rica em K e pobre em Na, semelhante ao
•Membrana timpânica: 3 camadas externa intracelular.
epitelial + interna (mucosa orelha media),
interposta por tecido fibroso, flácida parte - Labirinto anterior: cóclea
superior e tensa na parte inferior. Posição
oblíqua, retraída em área de fixação ao cabo + -Labirinto posterior: canais semicirculares
processo curto do martelo. Basicamente: externa (anterior, lateral, posterior – vestíbulo),
epitelial + interna mucosa e no meio tem a AMPOLA dilatação onde encontram-se os
camada fibrosa CSC, região inervada. Ouvido interno é inervado
pelo NC VIII, entra pelo CAI, chega ao labirinto
(ramo coclear anterior; ramo vestibular
posterior ligado aos CSC e vestíbulo).
ORELHA MEDIA
COCLEA: liquido indo por uma rampa (vestibular
INTIMAMENTE LIGADA A TUBA AUDITIVA –
e timpânica) e voltando pela rampa média
ligada na nasofaringe (OMA, PERDA AUDITIVA
CONDUTIVA, etc) e íntima ligação com mastoide. (ÓRGÃO DE CORTI, responsável pela detecção
dos estímulos auditivos); Células ciliadas 1°
SISTEMA TIMPANO-OSSICULAR (caixa neurônio na cóclea
timpânica e cadeia ossicular martelo, bigorna e
estribo/janela oval): martelo músculo tensor do ENDOLINFA E PERILINFA MANTER
tímpano; estribo músculo estapédio. POTENCIAL IONICO PARA ENTRAR NA
Transmissao da onda sonora de um meio de CELULA E PROPORCIONAR TRANSMISSÃO
baixa impedância (ar), para um meio de alta • Órgão sensorial: células ciliadas ->
impedância (sistema-coclear) gânglio espiral -> NCVIII – porção coclear
TUBA AUDITIVA: -Mecanismo de proteção:
• Equalização da pressão da OM e o meio • Movimento ciliar, cera.
externo.
• Reflexo estapediano (veio som de alta
• Drenagem de secreção/fluidos e detritos intensidade, enrijece a cadeia inteira para
da OM pelo sistema muco-ciliar (Abre-se proteger).
no Ostio faríngeo na região da
nasofaringe, torna-se permeável com a • Tensor do tímpano
• Protegem OI de sons intensos • Detecta movimentos da cabeça: lineares
(sáculo vertical; utrículo horizontal)
• Atenuam a própria voz CSC angulares
• Ambientes ruidosos • Informa posição da cabeça em repouso
-Labirinto: sáculo, utrículo (aceleração linear) e • NCVIII – porção vestibular
canais semicirculares (aceleração circular)
PERDAS AUDITIVAS
A perda auditiva provocada por uma lesão do canal auditivo (canal auditivo externo) ou do ouvido médio é
chamada de condutiva, e a perda auditiva decorrente de uma lesão do ouvido interno ou do VIII nervo é
chamada de neurossensorial. A perda auditiva neurossensorial pode ser classificada
como sensorial (cóclea) ou neural (VIII nervo). Esta distinção é importante, pois a perda auditiva neural é
geralmente provocada por tumores potencialmente curáveis.
Impedanciometria: aparelho joga uma pressão PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO
no ouvido e faz a vibração da membrana. Os TRAUMA ACÚSTICO: (TA) ocorre quando um
picos das curvas são as vibrações (curvas de clique ou múltiplos cliques sonoros com menos
Jerger). O normal é ter a curva A: faz o pico de de 1 segundo de duração e mais de 140 dB
vibração da MT e volta. Quando tem otite vem a levam a perda auditiva imediata, de grau variável.
curva B: significa perda de condução. Ela indica O reflexo acústico do músculo estapediano
que a MT não está vibrando. Curva C: demonstra representa a contração do seu tendão inserido no
disfunção tubária. Faz o pico normal, mas numa estribo e é desencadeado por estímulo acústico
pressão muito negativa. Reflexo estapedio só elevado, que diminui a quantidade de energia
existe se a orelha média não tiver líquido. Logo, transmitida através da janela oval para a orelha
quem tem OMA não tem reflexo! interna, protegendo-a de sons intensos. No
entanto, existe um atraso de 25 a 150 ms entre o
AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA INFANTIL acontecimento sonoro e a contração do músculo,
OTOEMISSÕES: teste da orelhinha quando fazendo com que sons de curta duração tenham
nasce para ver se tem ou não. O normal é ter efeitos mais deletérios. A perda auditiva após TA
otoemissões. Se não tiver, faz o BERA. pode ocorrer de forma permanente ou
completamente reversível em até 24 horas. O TA
POTENCIAL ELÉTRICO AUDITIVO DE TE resulta do acometimento das células ciliadas
(BERA/ABR/PEAT): Analisa a via auditiva da externas e internas. As ciliadas externas, são as
cóclea até chegar ao SNC. Cada onda é de um primeiras a serem lesadas. No TAT, podem
ponto do SNC que faz conexão formando a via ocorrer como diminuição temporária da
auditiva. Bom, pq não precisa de colaboração. É elasticidade da membrana basilar; edema e
o que faz quando se desconfia que o RN não tem alterações metabólicas intracelulares por
audição e vc fez o teste da orelhinha e deu exaustão das células ciliadas; e edema das
negativo. Ele confirmar mesmo se há ou não terminações nervosas auditivas. No TAP, as
otoemissões e identifica onde está a falha da lesões incluem ruptura do ducto coclear,
conexão da via auditiva. disjunção estrutural do epitélio do órgão de Corti,
perda de células ciliadas e degeneração de fibras
Eletrococleografia (ecOg): medir indiretamente do nervo coclear.
a pressão dentro da cóclea = pesquisa de
hidropsia endolinfática. Usado para a doença de Quadro clínico: A sintomatologia inclui como
Meniere. queixas principais hipoacusia e zumbido após
exposição a som de alta intensidade e curta
PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL duração ou som mais prolongado. O TA pode
Para quem escuta, mas tem dificuldade na apresentar-se apenas como plenitude aural e
compreensão. Quando vc tem uma criança que zumbido após exposição a ruído intenso. A
não aprende na escola de jeito nenhum: primeira hipoacusia pode ser unilateral ou bilateral,
coisa que vc faz é o exame de audição. Se vier conforme a intensidade do trauma e a forma
normal, mas ela continua com o rendimento como ocorreu.
escolar baixo, vc faz o processamento auditivo
central que trabalha com lógica. A fono que faz, Causas: som de alta intensidade e curta duração
necessita de colaboração do pcte e utilizadas é o principal responsável. O clique sonoro, som
medidas subjetivas. O pcte que é diagnosticado de curta duração e banda estreita, nas
toma metilfenidato e pode ter vida normal. frequências mais agudas é o som mais lesivo ao
órgão de Corti, pois além de burlar o efeito
P300: a medida elétrica (direta) do que o protetor do reflexo estapediano, concentra toda a
processamento auditivo central avalia energia cinética de vibração em uma área restrita
(indiretamente). Mede a onda elétrica no córtex da membrana basilar, aumentando o poder
auditivo – muito importante nos pacientes com destrutivo do evento. O que mais se relaciona a
TA são bailes, shows, tiro, corridas de carros, ansiedade, dificuldade nas relações familiares,
explosões de fogos de artifício. Profissionais da cefaleia, irritabilidade, isolamento, alterações no
música e trabalhadores de indústrias estão mais sono, transtornos vestibulares, digestivos,
expostos a uma perda auditiva pela exposição cardiovasculares e hormonais.
crônica ao som; Fatores de saúde e hábitos
podem tornar o indivíduo mais sensível à Causas: quando o ruído é intenso e a exposição
agressão exercida pelo som, DM, HAS, é prolongada, podem ocorrer alterações
dislipidemias e tabagismo, situações que estruturais cocleares ou alterações metabólicas,
prejudicam a boa perfusão do sistema auditivo envolvendo as estruturas vasculares e o órgão de
periférico, pobre em irrigação colateral, que em Corti, no qual as células ciliadas externas são as
situações de estresse metabólico, como um TA, mais atingidas.
favorece a formação de radicais livres, lesivos às
células do órgão de Corti. Diagnóstico: avaliação do trabalhador exposto
ao ruído consta de avaliação clínica e
Diagnóstico e diagnóstico diferencial: ocupacional na qual se pesquisa a exposição ao
diagnóstico é baseado nas queixas de hipoacusia risco, pregressa e atual. Para confirmação da
e zumbido associado ao evento traumático existência de alterações auditivas, é fundamental
referido. O exame físico costuma ser normal. realizar avaliação audiológica, constituída por
Audiometria tonal mostra uma perda auditiva exame otológico, audiometria tonal limiar por vias
neurossensorial e, menos comumente, mista. A aérea e óssea, logoaudiometria e imitanciometria.
perda neurossensorial pode ter gravidade
variável, dependendo da intensidade do trauma. RESUMO:
Exames de maior pressão sonora, como
Perda auditiva progressiva em razão da
pesquisa do reflexo do estapédio, mascaramento
exposição contínua à pressão sonora.
e potenciais evocados e timpanometria, devem
Normalmente se relaciona a atividades
ser evitados na fase inicial. As otoemissões
ocupacionais.
acústicas ajudam a detectar lesões das células
Doença profissional irreversível mais
ciliadas externas temporárias, ou mesmo antes
prevalente do mundo.
que ocorram lesões clinicamente evidentes.