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P1 - Anatomia Aplicada à Medicina

• O que precisa saber está em negrito Embriologia


• Ectoderma superficial forma cristalino, glândulas
Cirurgia pediátrica lacrimais, epitélio da córnea, conjuntiva
glândulas anexas e epiderme das pálpebras
• Ectoderma neural forma a vesícula óptica e cálice
• Sintomatologia da apendicite: dor abdominal, óptico à retina
inicialmente com localização periumbilical e • Mesoderma forma músculos extraoculares
depois QID (após 12h); a dor é contínua, com • Endoderma não entra na formação do olho!
intensidade progressiva e piora com movimentos
corporais; febre, perda de apetite, vômitos
Fisiologia e anatomia
• A apendicite aguda é a inflamação do apêndice
cecal, geralmente por obstrução do lúmen; • Três túnicas concêntricas: externa (fibrosa;
hiperplasia linfoide é a principal causa em formada por córnea e esclera); uveal (média,
crianças; tamanho até 0,6cm na ecografia e 0,7cm vascular ou pigmentar; formada por coroide,
na ressonância é normal corpo ciliar e íris) e interna (neural; formada pela
• Sinal de Blumberg: sinal de irritação peritoneal; retina e neuroepitélios pigmentar e não
ao comprimir o QID e soltar repentinamente, o pigmentar; comunica-se com o nervo óptico)
paciente queixa-se de dor quando solta; se • Três compartimentos: câmara anterior (entre
negativo, não descartar diagnóstico (pode ser córnea e íris; preenchida pelo humor aquoso,
início do quadro) que é rico em proteínas), posterior (entre íris e
• Anatomia e vascularização do ceco e apêndice cristalino; preenchida pelo humor aquoso) e
cecal: ceco é irrigado pela artéria ileocólica vítrea (espaço vítreo; entre cristalino e retina;
(ileocecal; ramo terminal da AMS); apêndice é preenchido pelo humor vítreo, que é viscoso e
irrigado pela artéria apendicular (ramo da artéria gelatinoso)
ileocólica); veia ileocólica drena ceco e apêndice
Descolamento de retina
• Retina: é responsável pela absorção de luz,
transformação de luz em estímulo elétrico (que é
transmitido aos centros visuais pelas vias ópticas
à interpretação)
• O ectoderma neural interno se desloca do
ectoderma neural externo

• Na cirurgia de apendicite, precisa ligar a


artéria apendicular!

Oftalmologia
• Focar em catarata congênita e descolamento de • Isso ocorre pois, na formação embrionária, essas
retina duas camadas são juntas virtualmente à já que
• Não precisa saber tanto de embriologia, a origem embriológica das camadas da retina
fisiologia e anatomia é diferente (epitélio pigmentar/resto da retina)

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• Sempre ocorre na junção do epitélio pigmentar
da retina com as células fotorreceptoras (9 Glaucoma
camadas retinianas soltas, descoladas do epitélio • OBS.: não estava no pré-prova, mas o
pigmentar) professor falou bastante em aula
• Míopes têm mais chances de sofrerem • Obstrução na saída do humor aquoso do olho
descolamento de retina • Paciente começa a ter dor nos olhos
• Se não baixar a pressão do olho rapidamente,
Catarata congênita provoca cegueira
• Cristalino: formato de lente biconvexa; grande • Glaucoma secundário à catarata à cristalino
elasticidade; não tem vasos ou nervos; “lente pode ficar mais espesso
natural do olho”; normalmente é transparente • Glaucoma de ângulo fechado à dificulta a
• A catarata é caracterizada pela opacidade do saída do humor aquoso
cristalino; na catarata congênita, isso está • Glaucoma de ângulo aberto (normalmente, no
presente no nascimento ou até os seis meses de glaucoma o ângulo é fechado) à genética,
vida problema na origem – olho forma muito
humor aquoso, a saída do humor aquoso está
normal
• Tomar betabloqueadores à reduz o volume
produzido

Pericárdio e coração
• Principais pontos: anatomia, irrigação,
pericárdio, tamponamento cardíaco e síndrome
de May-Thurner
• Unilateral ou bilateral
• Identificada pelo teste do olhinho até o 2º dia de Anatomia cardíaca
vida à normal = reflexo vermelho; alterado = • O coração fica no mediastino inferior médio
reflexo branco, opaco (dentro do pericárdio)
• Tipos: • AD: tendão de Todaro, mm. pectíneos, triangulo
o Esporádica: autossômica dominante; em geral de Koch, fossa oval, óstio da VCS, óstio é válvula
unilateral; precisa de intervenção cirúrgica da VCI, óstio e válvula do seio coronário
imediata
o Secundária: a infecções congênitas (como
rubéola), doenças metabólicas ou alterações
cromossômicas (Down, Pateau, Edwards)
• Complicação: ambliopia à desenvolvimento
desigual do sistema visual central por causa da
grande diferença de acuidade visual (quando vias
nervosas entre o cérebro e um olho não são
adequadamente estimuladas, o cérebro favorece
o outro olho); a correção até os 3 anos torna a
visão normal; a correção até os 6 anos evita
amaurose; popularmente conhecida como “olho
preguiçoso”
• Tratamento: retirada de todo o cristalino e da
parte anterior do vítreo

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• VD: cordas tendíneas, trabéculas cárneas (crista, • Valvas atrioventriculares: tricúspide e mitral
ponte e mm. papilares anterior, posterior e septal,
trabécula septomarginal, válvulas semilunares
(direita, esquerda e anterior), crista
supraventricular

• AE: mm. pectíneos, óstios das veias pulmonares


• Valvas semilunares: aórtica e pulmonar

• VE: cordas tendíneas, trabéculas cárneas (crista,


ponte e mm. papilares anterior e posterior), Irrigação
válvulas semilunares (esquerda, direita e • Artéria coronária esquerda: os principais
posterior) ramos são o ramo circunflexo esquerdo (que
emite ramos para o nodo sinoatrial e o ramo
marginal esquerdo) e artéria interventricular
anterior; irriga AE, VE (maioria), VD
(pequena parte), septo IV (2/3), nó sinoatrial
(40%)
• Artéria coronária direita: os principais ramos
são o ramo para o nodo sinoatrial, ramo marginal
direito, ramo do cone, ramo interventricular
posterior (dominância) e ramo para o nó
atrioventricular; irriga AD, VD, VE (face
diafragmática), terço posterior do septo IV, nó
sinoatrial (60%) e nó atrioventricular (80%)

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• Veia cardíaca magna irriga os mesmos Tamponamento cardíaco
territórios irrigados pela ACE • Provocado pela pericardite
• Veia parva acompanha ACD • Lesão ameaçadora da vida
• Prejudica o bombeamento cardíaco
• Tríade de Beck: conjunto de sinais que indicam
tamponamento cardíaco; abafamento de bulhas
cardíacas, hipotensão arterial, aumento da
pressão venosa (turgência jugular)
• Pericardiocentese: procedimento de urgência/
emergência; entra-se no pericárdio através do
ângulo xifocostal direito ou esquerdo ou da ponta
do processo xifoide com a agulha direcionada
para dentro, para cima e perto da parede torácica

Síndrome de May-Thurner (SMT)


• Síndrome de Cockett, síndrome da compressão
da veia ilíaca
• Causada pela compressão da veia ilíaca
esquerda pela artéria ilíaca comum direita,
logo após a sua origem na aorta abdominal e
antes da junção iliofemoral
Pericárdio
• Dividido em fibroso (externo) e seroso (divisão
em parietal e visceral/epicárdio)
• Cavidade pericárdica: entre as duas lâminas do
pericárdio seroso; contém líquido que diminui o
atrito com os tecidos adjacentes

• Mais comum na segunda e terceira décadas de


vida
• Mulheres jovens mais afetadas que homens
• Quando sintomática, há edema progressivo do
membro inferior esquerdo em individuo sem
fator de risco aparente para trombose

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26



Ortopedia – Membro Superior Sinal tecla de piano: luxação acromioclavicular;
a extremidade lateral da clavícula fica elevada
sob a pele
• Artrodese: perda de movimento articular por
meio cirúrgico (há procedimento para causar
fusão óssea em certa articulação, causando sua
imobilidade)
• Fratura: perda da solução de continuidade de
um osso Síndrome cubital
• Luxação: perda da relação anatômica entre duas
superfícies articulares; perda do contato articular • Nervo ulnar é comprimido no túnel cubital
• Artroplastia: substituição de uma articulação
total ou parcial
• Prótese: material que substitui um segmento ou
articulação
• Órtese: aparelho que ampara, realinha e substitui
um segmento corporal
• Terminologias anatômicas: adução/abdução,
supinação/pronação, valgo (a articulação se
aproxima da linha média), varo (afasta-se)
• Claudicação: alteração da marcha normal
• Conceitos em exame físico à deformidade é • Sintomas: dor na parte interna do cotovelo (pode
uma alteração ocasionada por forças intrínsecas irradiar para o antebraço), parestesia no 4º e 5º
ou extrínsecas em um membro ou segmento; dedos da mão, diminuição da sensibilidade
malformação é uma alteração que acontece na nesses locais
fase de diferenciação dos folhetos embrionários • Causas: cotovelo flexionado e apoiado por muito
tempo (compressão mecânica repetitiva crônica;
• Saber a lesão pelo nome do sinal/da fratura mais comum); tumores, nódulos, bandas fibrosas,
fraturas de cotovelo

Lesões de ombro Lesões de antebraço, punho e mão


• Sinal de Dragona/cabide vazio: luxação no • Fratura galho verde: crianças; fratura
ombro anterior (parte anterior da articulação incompleta do osso (um lado dele fica íntegro)
escapuloumeral); o ombro fica com aspecto
“quadrado” e vê-se uma ponta

• Fratura de Colles: em adultos; fratura do rádio


• Sinal de Popeye: ruptura na cabeça longa do no terço distal, sem envolver a articulacao;
bíceps; o bíceps fica encurtado e mais saliente; formato de “garfo invertido”
“teste Yegarson”

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• Dedo em martelo: tendão extensor rompe-se
Aparelho genital feminino
• Principal: anatomia (útero, ovário, trompas),
ligamentos, irrigação, patologias

Anatomia interna
• Tubas uterinas: divididas em intramural, istmo,
• Fratura de boxer: no colo do 5º metacarpo ampola e infundíbulo (onde estão as fimbrias)
• Vagina: irrigada pela artéria vaginal (ramo da a.
uterina), ramos vaginais da a. ilíaca interna e da
a. retal média; inervada pelo plexo uterovaginal e
nervo pudendo
• Útero: peritonizado; anterovertido; formado por
endométrio (mucosa), miométrio (muscular) e
serosa (permétrio/peritônio); fundo, corpo,
istmo, cérvix/colo; três tipos de epitélio
(ectocérvix, endocérvix e junção escamocolunar)
• Ovário: retroperitoneal; ligamento suspensor,
próprio do ovário/útero-ovárixo e mesovário;
• Mão em gota: lesão no nervo radial; a extensão fossa ovárica (anterior – a. umbilical; posterior –
e a supinação são prejudicadas; “mão caída” ureter e a. ilíaca interna); irrigacao pela a.
ovárica/gonadal (ligamento suspensor) e ramo
ovário da artéria uterina (ligamento próprio)

Síndrome do túnel do carpo


• Compressão do nervo mediano no canal do
carpo
• Causas: movimentos repetitivos (digitar, tocar
instrumentos musicais...; LER = lesão do esforço
repetitivo); ou traumáticas, inflamatórias,
hormonais, medicamentosas
• Sintomas: parestesia no território de inervação

Ligamentos uterinos
• Largo do útero: dividido em mesométrio,
mesossalpinge e mesovário
• Redondo: atravessa o canal inguinal; homólogo
ao funículo espermático no homem
• Cervical lateral/transverso do colo/cardinal/
de Mackenrodt: espessamento da fáscia
superior (parietal) da pelve; vai do colo do útero

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


até as paredes laterais da pelve; conduz vasos • Na junção escamo-colunar
uterinos até o colo • HPV é a principal causa de câncer de colo de
• Uterossacral: vai das laterais do colo uterino até útero em mulheres à ter o vírus HPV não
as paredes laterais da pelve significa ter o câncer de colo de útero; “normal”
que homens e mulheres tenham o vírus do HPV
nos genitais à poucas mulheres têm as lesões
causadas pelo HPV (neoplasias – tratáveis)
• Não há peritônio entre a parte anterior do colo e
a base da bexiga à câncer pode se disseminar
por contiguidade
• Metástase linfogênica à propagação para os
linfonodos ilíacos ou sacrais externos ou internos
• Metástase hematogênica à disseminação pelas
veias ilíacas ou plexo venoso vertebral interno
• Prevenção primária: vacinação
• Prevenção secundária: exame preventivo
(Papanicolau)
• Neoplasia Intra-epitelial Cervical (NIC): grau
I (lesão de baixo grau), grau II (lesão de alto
grau; alterações moderadamente atípicas; nos 2/3
basais do epitélio; preservação da maturação
epitelial); grau III (lesão de alto grau; alterações
Vascularização seriamente atípicas; mais de 2/3 da espessura
• Pelve: artéria ilíaca interna ou hipogástrica à epitelial; incluem lesões de espessura total)
inicia na articulação sacro-ilíaca; ramos
extrapélvicos e intrapélvicos Câncer de endométrio
• Não falou que vai cobrar
• No corpo uterino
• Ocorre na paciente em menopausa
• Mais incidência em obesas
• Não tem método de rastreio!

Câncer de ovário
• Não falou que vai cobrar
• É o câncer ginecológico mais agressivo
• Quando sintomático, já está avançado
• A principal via de disseminação é a peritoneal
• A biopsia do ovário guiada por imagem não é
recomendada

Histerectomia
• Não estava nos slides da monitora, mas foi falado
• Útero: artérias uterinas (direita e esquerda) à bastante em aula
ramos da a. ilíaca interna; trajeto inferossuperior • Retirada do útero
• Relativamente fácil
Câncer de colo de útero • Cuidar = ruptura da bexiga e do reto
• Mais comum em mulheres de de 35 a 45 anos • Realizar em caso de doença uterina à grandes
• Em países desenvolvidos há pouca incidência de miomas uterinos; endometriose; câncer uterino
câncer de colo do útero à detecção

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• Além da cirurgia, precisa de radioterapia no cerebrovasculares, acalasia esofágica,
câncer de colo de útero demências, doença de Parkinson, esclerose
• Abordagem transabdominal ou transvaginal múltipla) ou alterações da função da musculatura
• Ureter passa a 2cm da parede uterina à pode ser lisa ou estriada (poliomiosite, miastenia gravis,
rompido na colocação de pinças – cuidar esclerose progressiva sistêmica, síndrome de
• Histerectomia radical: retira útero e sistema Kearns-Sayre, síndrome de Eaton-Lambert,
linfático (diferente no Moore) distrofias musculares e miotônicas
• Pan-histerectomia ou histerectomia global: • Mecânica: 25% dos casos; a causa principal é o
retira útero e anexos (ovários e tubas); é bilateral câncer de esôfago (mas não a única); causada
• Histerectomia subtotal: útero é seccionado no também por alterações estruturais, neoplasias
istmo (cabeça e pescoço; metaplasia de Barret),
• Câncer do endométrio: está mais para cima à compressão vascular, divertículo, refluxo por
não precisa cortar ligamentos cardinais (não é indução de drogas, lesões esofágicas, acalasia,
radical) diabetes, aperistaltases idiopáticas,
esclerodermia, doença de Parkinson
• Sintomas: dificuldade na deglutição; tosse após
Deglutição deglutir; bloqueio das vias aéreas após deglutir;
voz fraca e/ou molhada após a deglutição;
sensação de estase do alimento; dor ou pressão na
Fase oral
faringe, pescoço ou tórax; regurgitação do
• Voluntária alimento; pensar em divertículo de Zenker e
• Controle sensorial: V par craniano (receptores broncopneumonia
de tato e pressão), VII e IX pares (paladar) • Avaliação clínica: anamnese para verificar
• Controle motor: X par (m. glossoestafilino), VII sintomas acima (+ regurgitação nasal, aspiração
par (movimentos dos lábios, bochechas; rima silente, desnutrição, desidratação); tumores de
labial – V3), alça cervical C1 e C2 (m. hipofaringe têm prognostico ruim, assim como
extrínsecos), XII par (m. intrínsecos; câncer de esôfago; síndrome de Eagle
movimentos da língua); V par (movimentos da (neuralgia do nervo glossofaríngeo; diagnóstico
mandíbula) pela palpação – paciente sentirá dor)
• Avaliação por imagem para diferenciar as
Fase faríngea causas à oronasofaringolaringoscopia e
• Involuntária videofluoroscopia; avaliar risco de aspiração e se
• Controle sensorial: V, IX e X pares é possível retirar a sonda
• Controle motor: V, VII, IX, X e XII; C1 a C3 • Paciente com disfagia + otalgia à pensar que
• Ponte/forame jugular são importantes à saída é neoplasia; se perder muito peso também;
dos principais pares cranianos que controlam a confirmar por ectoscopia, palpação, endoscopia,
deglutição; no pós-operatório, pode ocorrer imaginologia
disfagia alta (neurogênica) • Tratamento: a abordagem cirúrgica só é feita
quando todos os outros métodos tenham sido
exaustivamente empregados por pelo menos seis
Fase esofágica
meses; cirurgias conservadoras (suspensão
• Involuntária laríngea; medialização por tireoplastia;
• Disfagia medialização por injeções (gordura - teflon -
ácido hialurônico); dilatações do cricofaríngeo;
Disfagia injeção de toxina botulínica; miotomia
• É a dificuldade para engolir/deglutir cricofaríngea); cirurgias radicais (laringorrafias
• Neurogênica: 75% dos casos; frequente após – epiglotorrafias; separação laringotraqueal com
AVC agudo; pode ser por destruição ou ou sem derivação esofágica; laringectomia total;
disfunção das vias neurais que controlam a gastrostomia; jejunostomia
deglutição (por paralisia cerebral, poliomielite, • Idosos têm mais chances de ter disfagia à
encefalopatias, lesões intracranianas, distúrbios diminuição da amplitude do peristaltismo

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esofágico; capacidade de deglutir diminui com • Cricoaritenoideas: articulações sinoviais selares;
a idade; necessita de mais deglutições para a permitem que cartilagens aritenoideas se
limpeza da cavidade oral; inspiram logo após a aproximem ou se afastem
deglutição; mais risco de aspiração
Musculatura
Laringe • Intrínsecos (origem e inserção na laringe) e
extrínsecos (apenas uma das inserções na laringe)
• Adutores internos/esfincterianos: responsáveis
• Funções: fonação, respiração (permite passagem pelo fechamento da glote; são eles o
de ar), proteção das vias aéreas inferiores, cricoaritenoideo lateral, aritenoideo oblíquo e
manobra de Valsalva (força – parto, defecação...) transverso, tireoaritenoideo, tireoepiglótico e
vocal
Cartilagens • Adutor externo/tensor: responsável por fechar a
• Três ímpares à tireoide, cricoide e epiglote glote e tensionar as pregas vocais; é o m.
• Quatro pares à aritenoideas, corniculadas, cricotireoideo
cuneiformes e tritíceas • Abdutor interno/dilatador: único responsável
pela abertura da glote; considerado o músculo
da vida; permite a passagem do ar para os
pulmões; é o m. cricoaritenoideo posterior
(CAP)
• Músculos que fecham o ádito da laringe: m.
ariepiglótico e m. aritenoideo obliquo

Articulações
• Cricotireoideas: são articulações sinoviais
esferoides; permitem a mudança de comprimento
das pregas vocais pela rotação e deslizamento da
cartilagem tireóidea

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Produção da voz de ocorrência é na bifurcação carótida (56% dos
casos); essa bifurcação é mais comumente
• Passagem do ar pela laringe à toca nas pregas
vogais aduzidas (epiglote fechada) à vibram à encontrada entre CII e CIII
som • Dissecção aórtica: síndrome clínica mais
• A amplificação acontece nas cavidades importante; é quando a camada interna da parede
ressonantes que ficam posteriormente à saída do da aorta se rompe à o sangue pode penetrar na
ar pela glote ruptura e separar (dissecar) a camada média da
camada externa; forma-se um “canal falso” na
parede da aorta; a causa mais comum é a
Inervação hipertensão arterial; emergência; tratamento é
• Motora: ramos do nervo vago (X) à nervo aberto ou endovascular, e é realizada a colocação
laríngeo recorrente (m. intrínsecos da laringe, de um stent
exceto o m. cricotireoideo) e nervo laríngeo
superior (o seu ramo externo/motor inerva o m.
cricotireoideo); lesão no nervo vago ou em algum
desses ramos provoca paralisia da prega vocal
• Nervo laríngeo superior é um nervo misto à
emite ramo interno (nervo laríngeo interno) e
ramo externo
• O nervo laríngeo interno faz a inervação
sensitiva da epiglote até as pregas vocais da
laringe + propriocepção + reflexo de tosse
• Inervação sensitiva abaixo das pregas vocais é
pelo nervo laríngeo recorrente

Sistema vascular periférico


Tórax
Região cervical • Na região superior do mediastino estão o arco
• Irriga SNC e estruturas da face aórtico e a VCS (no plano vascular - 2º)
• Estruturas importantes: aa. carótidas, veias • Dissecção aórtica: síndrome clínica importante
jugulares e aa. vertebrais da região

• Síndromes clínicas importantes: obstruções


ateroscleróticas e dissecção aórtica
• Obstruções ateroscleróticas: o local mais
comum (considerando os ramos do arco aórtico)

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Abdômen • Doença obstrutiva aorto-ilíaca/síndrome de
• Aorta abdominal + ramos parietais (frênicas Lerich: bloqueio por placas ateroscleróticas da
inferiores, lombares, ilíacas comuns e sacral aorta abdominal à medida que ela passa para as
mediana) e viscerais (suprarrenal média, artérias ilíacas comuns
gonadal, renal, tronco encefálico e mesentéricas)
• Aneurisma de aorta: dilatação anormal da
artéria por causa do enfraquecimento da parede
arterial; causas como hipertensão, aterosclerose,
trauma...; quando rompe, é muito perigoso;
precisa retirar o mais rápido possível; dois
métodos (aberto ou fechado), em ambos usa-se
stent para manter a forma da aorta

Membro inferior
• Doença arterial obstrutiva periférica: há
obstrução ou estreitamento em alguma artéria
(femoral, poplítea...); marcha claudicante (muita
dor ao caminhar); tratamento é a realização de
pontes (com próteses sintéticas ou com a veia
safena); comumente resulta da aterosclerose
• Trombose venosa profunda: formação de
trombos nas veias profundas, retardando o
retorno venoso para o coração; dor e edema; fator
de risco para tromboembolismo pulmonar

Cirurgia plástica
• Em vermelho: saber

Trauma
Maxila
• Faz parte do viscerocrânio
• Sustenta dentes na parte superior da boca (arco
dental superior)
• Osso duplo
• As fraturas são classificadas em três níveis:

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• Relação com ossos zigomático e nasal • Acúmulo de sangue nos tecidos ao redor dos
• Assoalho da cavidade orbital olhos à como é região fina, é fácil de um trauma
• Participa do forame infraorbitário (passam os provocar isso
nervos e vasos infraorbitários) • É diferente do sinal de Guaxinim (equimose
periorbital bilateral; olho roxo em ambos os
Mandíbula lados; evidencia lesão de base de crânio)
• Faz parte do viscerocrânio • Quando há hematoma na região, é importante
avaliar a compressão do nervo oftálmico à se
• Forma arco dental inferior
ocorrer por muito tempo, pode levar à cegueira
• Tem os forames mentuais, por onde passam por interrupção da transmissão de impulsos da
vasos e nervos mentuais retina ao cérebro
• Divisão anatômica = protuberância mentual,
corpo, ângulo (ponto de referência para encontrar
Sintomatologia das fraturas
o pulso carotídeo), ramo, processo condilar e
processo coronoide • Dor
• Fratura: geralmente é dupla (em ambos os lados); • Edema
• Equimoses
• Crepitação
• Assimetria
• Deformidades
• Hipoestasia
• Paralisia
• Distúrbios visuais
• Desoclusão dentária (desalinhamento)

Raio-X
• Várias incidências da radiografia simples: frente,
perfil, oblíquas, de ossos nasais, incidência de
Waters (vê melhor lesão do nariz), de Caldwell,
de Towne, de Hirtz
a fratura no processo coronoide é rara; fratura no • Radiografia panorâmica de mandíbula
corpo geralmente afeta o dente canino; a fratura • Não é o padrão ouro para análise de fraturas
no ângulo da mandíbula geralmente é oblíqua e faciais à pois é uma imagem em 2D; há
machuca o 3º dente molar muitos ossos, muita sobreposição, presença de
• Processo condilar: formado por cabeça e colo; é ossos pneumáticos e compactos; difícil de
o local da mandíbula em que ocorrem mais determinar algo
fraturas; quando a fratura ocorre, normalmente
é acompanhada pela luxação da articulação
Tomografia computadorizada
temporomandibular (ATM) ipsilateral
• Tipos: axial, coronal sagital
Nasal • Reconstruções em 3D – noção melhor de
profundidade
• Viscerocrânio • É o exame de escolha para avaliar fraturas
• A inserção entre o osso nasal e o frontal é o násio
(ponto craniométrico radiológico)
• Osso duplo (unido pela sutura internasal) Irrigação
• A fratura em nariz é a mais comum da face • Artéria aorta tem três ramos à tronco
• Raio-X pela incidência de Waters – ver fratura braquiocefálico, a. carótida comum esquerda e a.
subclávia esquerda
Hematoma periorbitário • Tronco braquiocefálico divide-se em a. carótida
• Pode ser um sinal de fratura de face comum direita e a. subclávia direita

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• Artérias carótidas comuns dividem se em interna • Enfraquecimento também dos mm. bucinador,
e externa à a carótida interna irriga o SNC e a orbicular da boca, esfíncteres e dilatadores da
carótida externa irriga a face e o couro boca, labiais
cabeludo • Quando houver lesão em nervo facial, sempre
investigar o tônus do m. orbicular!!! (prevenir
ulceração)
• Para diferenciar de AVC, pedir para o paciente
ficar parado em supinação (se manter os braços
levantados, não é AVC e sim paralisia de Bell)

Região inframesocólica + pelve


• Anotações com base na aula do prof. Lúcio

Intestino delgado
• Parte mais longa do tubo digestivo
• Principal responsável pelo processo digestivo
• Segmento do trato digestivo menos propenso a
patologias
Inervação – nervo facial • Único segmento do tubo digestivo cuja
ressecção completa é incompatível com a vida
• Tem raiz motora e raiz sensitiva/parassimpática
• Raíz motora inerva os músculos da face
Duodeno
Paralisia de Bell • Parte mais curta e fixa do ID
• Dividido em 4 partes, sendo que a primeira é a
• Lesão do nervo facial ou de seus ramos única peritonizada

• Flacidez na área afetada


• Distorção da expressão facial • Pregueamento: importante pois aumenta a
• Perda de tônus do m. orbicular à dificuldade/ superfície de contato; começa da primeira para a
impedimento de lubrificar a córnea à pode segunda porcao
surgir úlcera de córnea, que pode levar à • Veia porta, ducto colédoco e artéria hepática
cegueira passam atrás dele

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


• Ampola de Vater, papila de Vater à chegada do • Pancreatite: obstrução da via biliar; cálculo e
ducto colédoco na papila maior e do ducto ingestão exagerada de álcool são as principais
pancreático principal na papila menor causas
• Ligamento de Treitz: produz a flexura • Úlceras pépticas: maioria na 1ª ou 2ª porção do
duodenojejunal, no ângulo de Treitz; divide TGI duodeno; úlcera na parede posterior do duodeno
proximal e distal à pode atingir ramos arteriais à vê-se sangue;
precisa tratar rapidamente, pois pode morrer por
Vascularização hemorragia digestiva; primeiro o endoscopista
clampeia a artéria e depois se faz cirurgia aberta
• Artérias pancreatoduodenais (4), supraduodenal
e retroduodenais
Jejuno e íleo
• Início no ângulo de Treitz
• 6 a 7m
• Totalmente intraperitoneais
• 2/5 proximais à jejuno; 3/5 distais à íleo
• Saber diferenciar

• Há suficiência vascular redundante à se uma


for clampeada, as outras mantém a irrigação
• Veias pancreatoduodenais (4)

Relações clínicas
• Coledocolitíase: ducto colédoco entupido por
cálculos; paciente ictérico e com prurido; ver
níveis da bilirrubina conjugada e não conjugada,
transaminases, fosfatase alcalina; acontece mais
na porção terminal, perto da papila de Vater;
• Jejuno: floculamento da imagem por causa das
cálculos nascem na vesícula biliar, que se contrai
pregas; não há no íleo
e empurra-os para fora; bile começa a refluir para
o fígado e, daí, para a corrente sanguínea; • Íleo: há vários nódulos linfáticos (ele + ceco)
tratamento por colocação de stent no ducto
Relações clínicas
• É raro ter câncer e doenças inflamatórias à bom,
pois são locais de difícil acesso
• Cirurgias para controle de obesidade
mórbida:
o Cirurgia restritiva: remoção de parte do
estômago; paciente come menos; saciedade
chega mais rápido; se paciente não segue dieta
restrita, estômago dilata de novo e volta a
engordar

Laura Randon Chapochnicoff – ATM 26


o Cirurgia obstrutiva: é o mais eficiente; se faz delgado, onde a m. longitudinal está distribuída
by-pass de todo o intestino delgado à junta-se uniformemente
estômago ao íleo, tirando comprimento do
estômago; tira superfície absortiva, além de ter
o estômago menor; é bem mais difícil voltar a
engordar; precisam de acompanhamento
médico pelo resto da vida para suplementar
vitaminas e outros nutrientes
o Não há padrão de escolha entre as duas, é de
opção do médico com o paciente

• ID está sempre se movimentando; IG não

• Ceco à cólon ascendente à transverso à


descendente à sigmoide

• A única função é formar o bolo fecal,


desidratando o conteúdo
• Uma ou duas vezes por dia, há uma grande
contração do intestino grosso (defecação) à a
musculatura longitudinal está agregada para
fazer isso mais eficientemente
• Haustrações
• Válvula ileocecal: funciona como lábios à
juntam-se quando pressão aumenta; é um
mecanismo valvar, e não esfincteriano (não há
musculatura)

• Para acessar o duodeno ou o rim, solta-se o cólon


ascendente
• Cólon transverso tem mesocólon até a altura do
ângulo esplênico à depois fica retroperitoneal
• Cólon sigmoide torna-se intraperitoneal de novo
Intestino grosso – cólon • Se soltar o cólon descendente e levá-lo à linha
• A musculatura longitudinal está agrupada nas média, tem acesso ao rim esquerdo e ao baço
tênias do cólon à diferentemente do intestino
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• Pode lesar o baço ao retirar o cólon descendente se formam em pontos de passagem de vasos
(muito próximo) sanguíneos

Vascularização
• Muito importante!
• AMS: aa. jejunoileais (ramos esquerdos), aa.
pancreatoduodenais inferiores (anterior e
posterior), a. cólica direita, a. ileocólica (ou
tronco ileobicecoapendicocólico) e a. cólica
média (ramos direitos)
• AMI: a. cólica esquerda, aa. sigmoideas, a. retal • Ângulo esplênico está distante dos ramos da
superior (continuação da AMI) AMS e AMI à se há obstrução de um desses
vasos, ele tende a sofrer isquemia (pois é o
ponto mais distante da anastomose)

• Câncer de intestino grosso: comum; é


importante saber a vascularização à precisa tirar
tumor e a cadeia linfática associada

• Artéria marginal/arcada de Drummond:


proteção contra isquemias; anastomose das aa.
ileocólica, cólica direita, cólica média, cólica
esquerda, sigmoideas e retal superior
• Veias: VMI é tributária da veia esplênica, que se
junta à VMS originando a veia porta
• Drenagem linfática: os linfonodos sempre
acompanham as artérias

Relações clínicas
• Doença diverticular do intestino grosso: uma
das doenças mais comuns; ocorre por Reto
característica anatômica à a musculatura
longitudinal não forma cadeia protetora, • É possível viver sem cólon, mas não sem reto
permitindo herniação da parede; parede do • Tem grande capacidade absortiva
divertículo é muito fina, formada por mucosa e • Seu comprimido é reduzido por causa dos
submucosa, sem músculos à pode estourar ligamentos/válvulas/pregas
facilmente; vê-se buracos/ reentrâncias; sempre

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• Três incisuras à válvulas de Houston; presença • Plexos hemorroidários interno e externo à é um
variada; a mais constante é a válvula média à é tecido predominantemente arterial; quando se
a partir de onde o reto se torna retroperitoneal dilatam, ocorrem as hemorroidas: muito
• Termina no canal anal frequentes; a interna é mais frequente, a externa
• É difícil ocorrer infarto do reto precisa de cirurgia
• Vascularização: artéria retal superior (AMI),
média (a. ilíaca interna) e inferior (a. pudenda
interna, que é ramo da ilíaca interna)
• Drenagem venosa para dentro do sistema porta
e do sistema cava à disseminação metastática
pode ser para o fígado (se pelo sistema porta),
pulmões (se pelo sistema cava); sempre se
pesquisa metástases pulmonares no câncer retal
• Boa absorção porque tem muitos vasos
sanguíneos + porque parte do que entra no reto • Hipertensão porta: não há relação com
não é metabolizada pelo fígado (diferentemente hemorroidas; a pressão sanguínea aumentada
da via oral) não se transmite para o canal anal; vê-se varizes
• A maioria dos linfonodos acompanham a artéria no reto (dilatação das veias, e não do plexo
renal superior hemorroidário)
• Ressecção do reto com anastomose: 1906;
retirada do tumor e da cadeia linfática associada;
retirada do reto e do ânus à paciente ficava com
bolsa de colostomia pelo resto da vida; a partir de
1953, passou-se a retirar o tumor e faz
anastomose do ânus com o intestino grosso
(não precisa de bolsa de colostomia)
• Quanto mais próximo do ânus está o tumor, pior
é o prognóstico (mais chances de precisar de
Diafragma pélvico
bolsa de colostomia) • Elevador do ânus: é o músculo mais importante;
• Tumor é localizado pelas válvulas de Houston fecha a pelve embaixo; origem anterolateral,
inserção posterior; formado pelos mm. puborretal
(mais importante), pubococcígeo, iliococcígeo,
Ânus isquiococcígeo
• Canal anal anatômico: abaixo da linha pectínea
(zona de transição)
• Canal anal cirúrgico: porção do intestino
envolvida por aparelho esfincteriano (parte distal
do reto participa)

• Os problemas relacionados ao diafragma pélvico


são muito complicados para tratar à precisa
prevenir muito

Nervo pudendo
• Responsável pela inervação
• Sensibilidade cutânea ao períneo

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• Fácil de localizar (nasce em S1, S2 e S3, cruza a
espinha isquiática no ligamento sacroespinhoso)

• Anestésico na espinha isquiática à atinge


nervo pudendo; para fazer episiotomia
• Trabalho de parto muito prolongado ou
criança grande demais pode lesar nervo
pudendo à fibras nervosas se regeneram, mas
nem sempre encontram as placas motoras
correspondentes (problemas futuros, pois os
hormônios femininos estão relacionados ao
tropismo da musculatura perineal – menopausa)
• Na maior parte das vezes, não precisa de
episiotomia à avaliação médica
• M. puborretal precisa relaxar para dar passagem
à cabeça do bebê à se não relaxa
suficientemente, rasga na linha média,
originando a cloaca à vagina e reto se
comunicam – problema complicado de resolver
(fibras são esticadas e rasgadas, não cortadas de
maneira simétrica, o que dificulta)

• Mm. puborretal (principal) + resto do elevador


do ânus + esfíncteres interno e externo são
responsáveis pela continência fecal
• O aumento da pressão pelo bolo fecal contrai
o mm. puborretal à o esforço para evacuar
relaxa-o, desfazendo o ângulo à evacuação

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