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ESTE É UM MATERIAL DE SUPORTE E NÃO CONTABILIZA NOTAS.

Roteiro de Estudo Dirigido da Disciplina Intervenções Psicológicas na Infância e


Adolescência
Professora: Melissa de Oliveira Pereira

ESTUDO DIRIGIDO

1. Como são caracterizadas as fases das políticas públicas voltadas para


Infância e Adolescência no Brasil?

 Período Social-Caritativo: 1554 a 1874


o 1ª Escola Jesuística: Casa de Muchachos;
o Santa Casa da Misericórdia;
o Sistema da Roda;
o Independência: orfanatos;
o Lei do Ventre Livre e Abolição

Não existia nenhuma lei específica para crianças e adolescentes e o Brasil era
regido por leis portuguesas.
Havia uma “proteção” da criança abandonada, em geral pela mãe ‘solteira’,
através da roda dos expostos, em geral ficavam em mosteiros e irmandades.
 Período Filantropo- Higienista: 1874 a 1924
“Salvar uma criança é salvar a nação”
Em 1890 é criado o Código da República a Lei do Discernimento, no qual
estabelecia o critério de responsabilização, no qual a criança entre 9 e 14 era
submetida a uma avaliação psicológica para saber o quanto ela é capaz de
entender os seus atos. Assim as medidas tomadas de punição eram
proporcionais a esse discernimento.
O menor era visto como uma patologia social
 Período Assistencial: 1924 a 1964
Caso Bernadino: menino negro, engraxate de 12 anos, preso junto com
adultos, é estuprado e jogado na rua. Levado para o hospital, ele conta para
um jornalista e consegue a mobilização da sociedade para a necessidade de
locais específicos para crianças e adolescentes.
1927: Primeiro Código de Menores: “Menor” era quem estava sob a tutela do
código, em geral, crianças pobres e negras, que eram ou vadios ou
delinquentes. Menores de 14 anos eram considerados inimputáveis. Mas o juiz
é quem decidia na prática o destino da criança.
A figura do menor:

Escopo
Criminali Abando Científico
Negro Menor
zação nado (saúde e
jurídico)

1938: SAM(Serviço de Assistência ao Menor): A ideia por trás seria transformar


a criança em futuro da nação, porém serviram mais como instrumentos de
tortura e violência do que de ensino e acolhimento.
1960: Declaração dos Direitos Humanos e das crianças e adolescentes
 Fase Institucional: 1964 a 1990
O problema do menor é visto como uma decorrência da desagregação
familiar
1962: Lei 4.119 – Regulamentação da profissão de psicologia
1964: FUNABEM/FEBEM – Separação entre os “delinquentes” e os menores
abandonados ou com pais presos. Continuação da violência e do desrespeito
às crianças
o Política nacional do Bem Estar do Menor
o FEBEM/FUNABEM
 Menores Abandonados
 Menores Infratores
 Menores Vulneráveis
 Campanha “entregue seu menor para o Estado criar”
o A Psicologia foi convocada para fazer a classificação dos
menores
1971: Realização do I Encontro Nacional de Psicologia em SP e criação do
CFP.
1975: CPI do Menor
1979:
o 2º código de Menores – Doutrina de proteção integral e
manutenção da situação irregular
o Ano da Anistia
.
 Desinstitucionalização/ Período Democrático: Após 1990
ECA: junho/1990 – Reflexo das leis internacionais dos direitos das crianças e
adolescentes, com a inovação do direito integral a proteção, pela Família, pelo
Estado e pela Sociedade

2. Que pontos destacam o Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA) como uma política pública inovadora no contexto brasileiro?
O ECA é revolucionário para a legislação brasileira porque enxerga a criança e
o adolescente como sujeitos de direito de proteção integral, considerando a
criança o sujeito até 12 anos e adolescente entre 12 e 18 anos,
regulamentando o que a CF/88 diz sobre a criança e o adolescente serem
responsabilidade da família, do Estado e da Sociedade, sendo autônomos e
que precisam ser ouvidos e protegidos sem distinção de raça, cor, classe social
e sexo.
3. Selecione um serviço da rede de proteção à infância e adolescência
e apresente sua estrutura e objetivos
Família Acolhedora:
Serviço para que uma criança ou adolescentes, que está temporariamente sem
os cuidados familiares, possam receber no seio de uma outra família, os
cuidados necessários ao seu bem estar físico, mental e emocional. Tem
também como objetivo também a desinstitucionalização, evitando que crianças
e adolescente permaneçam em abrigos.
Modo de funcionamento
a. A família se cadastra e prova que não tem condições
temporariamente, de cuidar da criança/adolescente
b. A justiça determina o tempo de acolhimento
c. O serviço é acompanhado por assistentes sociais e psicólogos da
prefeitura e judiciários
d. Não se trata de adoção, é apenas um suporte para a família
poder se reajustar e a criança /adolescente voltar ao seio familiar
de origem

4. Qual a importância do brincar para as intervenções junto a crianças e


adolescentes e quais os principais conceitos envolvidos na leitura de
Winnicott?
5. Como podemos pensar intervenções psicológicas junto a adolescentes
em medida sócio educativa?
6. Como podemos pensar intervenções psicológicas junto a crianças e
adolescentes vitimados por violências?
7. Apresente as principais estratégias da atenção psicossocial junto a
crianças e adolescentes.

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