Você está na página 1de 14

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE PSICOLOGIA

A PSICOLOGIA HOSPITALAR E APOIO AOS PACIENTES E SUAS FAMÍLIAS

ANTONIO AILTON DE SOUSA LIMA

ARIANI DA SILVA MESQUITA

CARLA AMÉRICO SOBRINHO

DEISIELLY MARTINS DE MESQUITA

JANOTE PIRES MARQUES

KATIENE AGUIAR TOMÉ

FORTALEZA – CE
2023.2
1

ANTONIO AILTON DE SOUSA LIMA

ARIANI DA SILVA MESQUITA

CARLA AMÉRICO SOBRINHO

DEISIELLY MARTINS DE MESQUITA

JANOTE PIRES MARQUES

KATIENE AGUIAR TOMÉ

A PSICOLOGIA HOSPITALAR E O APOIO AOS PACIENTES E SUAS FAMÍLIAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito parcial para conclusão da
disciplina Prática Integrativa I, Curso de
Graduação em Psicologia do Centro
Universitário Maurício de Nassau.

Orientadora: Profª. Dra. Bruna Rafaele


Diogenes da Silva

FORTALEZA – CE
2023.2
2

SUMÁRIO

Introdução ......................................................................................................p.3
Psicologia Hospitalar........................................................................................p.
Atribuições do Psicólogo Hospitalar................................................................p.
Metodologia .....................................................................................................p.
Resultados.........................................................................................................p.
Proposta de Intervenção ...................................................................................p.
Considerações finais.........................................................................................p.
Referências .......................................................................................................p.
3

1. Introdução
A Psicologia é uma ciência que possui algumas especificidades no que tange
ao campo de estudo, e consequentemente, de atuação. Aqui, discorremos de forma mais
detalhada sobre a Psicologia Hospitalar, na qual esta atua em espaços/instituições marcados
por situações extremas, e consequentemente, de sofrimento, dor e luta constante entre vida e
morte. Assim, compreendemos “[...] a presença efetiva e especializada da Psicologia se deu
fundamentalmente como base da preservação da singularidade das pessoas no âmbito
hospitalar” (Silva, 2009, p. 70).
A terminologia Psicologia Hospitalar, utilizada apenas no Brasil, sendo desconhecida
e/ou inexistente em outros países (Castro & Bornholdt, 2004; Azevêdo & Crepaldi, 2016), na
qual é concebida no exterior como Psicologia da Saúde. Ao destacar o contexto brasileiro,
pontua-se que há uma controvérsia conceitual no que diz respeito a essas duas definições:
Saúde e Hospitalar.

[...] em primeiro lugar, pelo próprio significado de tais termos – saúde e hospital.
Enquanto saúde se refere a um conceito complexo relativo às funções orgânicas,
físicas e mentais [...], hospital diz respeito a uma instituição concreta onde se tratam
doentes, internados ou não. Assim, o próprio significado da palavra saúde leva-nos a
refletir sobre a prática profissional centrada na intervenção primária, secundária e
terciária. Já quando nos referimos ao hospital, automaticamente, pensamos em algum
tipo de doença já instalada, só sendo possível a intervenção secundária e terciária para
prevenir seus efeitos adversos, sejam eles físicos, emocionais ou sociais (Castro &
Bornholdt, 2004, p. 48-49).

Ao considerar as contribuições dos autores, a partir da realidade brasileira, atestamos


que o psicólogo da saúde é aquele profissional que atua na atenção primária, enquanto o
psicólogo hospitalar, tem sua atuação centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à
saúde. A fim de estabelecer distinções entres as definições de Psicologia da Saúde e
Psicologia Hospitalar, destaca-se que embora ambas desempenhem um trabalho amplo de
saúde mental e às vezes podem ter suas atribuições confundidas, Castro e Bornholdt (2004)
assinalam que Psicologia da Saúde restringe-se ao âmbito sanitário, enfatizando as
implicações psicológicas, sociais e físicas da saúde e da doença. Já a Psicologia da Saúde, tem
sua atuação no trabalho de prevenção nos âmbitos secundário e terciário, assim limitando-se à
instituição-hospital.
Nesse sentido, ao realizarmos uma contextualização histórica, destaca-se a
transposição das intervenções do consultório privado para o hospital. Assim, pensa-se a
inserção do psicólogo nas instituições hospitalares, bem como a construção técnica e teórica
do seu fazer prático em promover saúde. Conforme Azevêdo e Crepaldi (2016), a “[...]
4

inserção do psicólogo no ambiente hospitalar representa uma estratégia da Psicologia da


Saúde, que focaliza a atenção terciária e delimita um espaço físico para o campo de práticas
com diversas possibilidades de atuação”.
Considerando o processo histórico da Psicologia Hospitalar no Brasil, destaca-se que
esta está fundamentada no princípio da integralidade, uma concepção dinâmica que enfatiza a
inter-relação de aspectos envolvidos no processo saúde e doença e na interdisciplinaridade
(Teixeira, 2022). Surgindo em 1950, a Psicologia Hospitalar se dá em virtude da assistência
psicológica a pacientes hospitalizados, na qual esse manejo era realizado por profissionais
com formação nas áreas das Ciências Humanas, assim evidenciando a necessidade e a
especificidade deste campo de atuação, surge também, cursos de graduação em Psicologia
para delimitar a atuação do psicólogo nas instituições de saúde (Azevêdo, Crepaldi, 2016;
Angerami-Camon, 2002, Teixeira, 2022).
Estima-se que as primeiras práticas que concebem ao fazer da Psicologia Hospitalar
foram realizadas por Matilde Néder (1954), a mesma acompanhava crianças durante o período
pré e pós-operatório de cirurgias na região cervical. Desde então, atesta-se que avanços
significativos marcaram o crescimento da Psicologia no hospital, em que a possibilidade de
atuação do psicólogo nos ambientes de saúde “[...] representou, então, um período marcado
por inúmeros questionamentos acerca das tarefas desse profissional, as quais precisavam ser
definidas com clareza para orientar as práticas” (Azevêdo & Crepaldi, 2016).
Como um segmento da psicologia que estava nascendo e tentando se consolidar, estes
profissionais enfrentam dificuldades em responder com urgência às demandas da instituição
de saúde, bem como estabelecer parâmetros para a atuação qualificada. Para isso, era
necessário se desvincular das perspectivas de prática da Psicologia clínica tradicional, na qual
se apresentavam insuficiente frente ao novo contexto complexo, o hospitalar. Assim, foi
necessário promover uma reflexão crítica acerca das atribuições profissionais do psicólogo
que atua em hospitais, principalmente no que se refere à sua inserção nas equipes de saúde, o
que ocorreu de forma gradativa a partir do enfrentamento das dificuldades de sua inserção em
um campo exclusivo das ciências biomédicas.
Nessa perspectiva, tomaremos como fio condutor as contribuições de Azevêdo e
Crepaldi (2016), a fim de mapear os principais marcos históricos em torno da constituição da
Psicologia Hospitalar no Brasil:
5

- 19501: A Psicologia desenvolve-se dentro do contexto hospitalar no Brasil enquanto


área de conhecimento e de produção científica (Azevêdo & Crepaldi, 2016; Teixeira,
2022);
- 1954: As primeiras atividades foram realizadas por Matilde Néder, na clínica
ortopédica e traumatológica no Hospital da Universidade Federal de São Paulo
(HC-FMUSP) (Silva; Tonetto & Gomes, 2006);
- 1956: Pérez-Ramos desenvolveu atividades de psicodiagnóstico e intervenção
psicológica hospitalar, na qual estes procedimentos estavam em fase inicial e foram
aprimorados a partir de sua experiência prática, resultando na elaboração de princípios
técnicos (Peçanha, 2021).
- 19742: O Hospital da Universidade Federal de São Paulo (HC-FMUSP) insere a
Psicologia nos Institutos de Ortopedia, Psiquiatria, Neurologia e da Criança. Bem
como, passou a contratar profissionais da psicologia para direcionar e gerenciar os
profissionais da área com equipes multiprofissionais, como também elaborar manuais
de trabalho, definindo tarefas e o perfil profissional para atuação na área. Destaca-se
que estas eram atividades apenas aos profissionais médicos do Hospital das Clínicas;
- 1976: Criou-se no país outros Programas de Aprimoramento Profissional em que o
Ministério da Saúde iniciou a elaboração de Programas de Residência para Áreas da
Saúde, nos quais constava a Psicologia. Entretanto, a proposta não apresentou
avanços, sendo arquivada.
- 1977: Surge o primeiro curso de Psicologia Hospitalar na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo;
- 1987: Uma pesquisa aponta que a Psicologia Hospitalar estava em uma fase de
desenvolvimento inicial e que os psicólogos precisavam estruturar um modelo de
intervenção e habilidades de ensino e pesquisa;
- 1994: A Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia foi inaugurada para discutir as
diretrizes teóricas da especialidade pois representava uma área de interesse para os
psicólogos que atuavam nos hospitais gerais.
- Em 1997, foi estabelecida a Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, a qual
iniciou a publicação de um periódico em 2004, promovendo a integração de
psicólogos nas reuniões científicas

1
Na década de 1950 verificou-se que a hospitalização infantil representou uma temática relevante para os
psicólogos em hospitais e, desse modo, a atuação profissional contribuiu para o desenvolvimento de estudos
científicos.
2
e 1970, a atuação do psicólogo no hospital geral representou uma temática de estudo na universidade.
6

- 2000: Estudos contribuíram para o desenvolvimento de intervenções psicológicas


relacionadas à pediatria, cardiologia, câncer infantil e obstetrícia;
- 2005: Surge as Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde, por
meio da Lei nº 11.129, na qual foi incluída a Psicologia por ser uma profissão
considerada da área da saúde;
- 2007: Foi publicada a Portaria Interministerial nº 45 referente a essas residências e, em
seguida, foi institucionalizada uma Comissão Nacional de Residência
Multiprofissional em Saúde - Portaria Interministerial nº 698, de 19 de julho de 2007;

Com isso, destaca-se que ao traçar a linearidade dos marcos históricos que demarcam
as tessitura em torno da constituição da Psicologia Hospitalar, podemos observar que esta
surge a partir da necessidade de uma atenção maior em espaços de grande complexidade,
onde sem um acompanhamento de um profissional, o sofrimento físico pode levar ao
sofrimento psíquico. Também destacamos que com um novo segmento de construção
teórico-prático, precisou-se formular e reformular técnicas, modelos de trabalho, bem como
definir o papel do profissional atuante na área, assim buscando uma melhor qualidade dos
serviços. Desse modo, reiteramos a importância da (re)construção contínua da Psicologia
Hospitalar, a fim de minimizar as lacunas existentes, como também proporcionar (concluir
raciocínio...)

2. Psicologia Hospitalar

Como já mencionado, a terminologia Psicologia Hospitalar é usada somente no Brasil,


conforme Azevêdo e Crepaldi (2016):

“[...] embora represente um termo inadequado para se referir ao local


de práticas de uma área profissional. Psicologia da Saúde é o termo
correto para destacar as atividades desenvolvidas pelo psicólogo nos
diversos contextos da área, neste caso, a atuação da Psicologia no
hospital representa uma sub-especialidade da Psicologia da Saúde”.

A especialidade Psicologia Hospitalar foi reconhecida pelo Conselho Federal de


Psicologia (2000), por meio da Resolução nº 014/2000, na qual apresenta instruções para o
psicólogo obter o registro.
7

O atendimento psicológico hospitalar focaliza as repercussões psíquicas do indivíduo


referentes à situação de doença e hospitalização. Busca-se investigar a capacidade de
adaptação do paciente, os problemas vivenciados nesse ambiente, o nível de adesão ao
tratamento e o relacionamento estabelecido entre paciente, acompanhante e equipe de saúde
A resolução destaca que o psicólogo hospitalar desenvolve diferentes tipos de
intervenção, atende pacientes que se encontram em ambientes distintos (como a unidade de
terapia intensiva, enfermarias, ambulatórios etc.) e aponta que os procedimentos utilizados
precisam priorizar a relação paciente, família e equipe de saúde por meio do contato
interdisciplinar com os profissionais para compartilhar informações úteis para o
direcionamento de estratégias (Azevêdo e Crepaldi (2016)
Seja qual for a abordagem teórica em Psicologia, existem pontos centrais na atuação
do psicólogo no hospital geral. Campos(1995), por exemplo, destaca a necessidade de
focalizar a tríade paciente, acompanhante, equipe de saúde. No contato com o paciente, o
psicólogo constrói o vínculo terapêutico, mostra-se disponível para a escuta das queixas e
demandas, identificando, de forma colaborativa, as situações que provocam sofrimento,
visando reorganizar a tensão emocional. Busca-se promover conversações para os
acompanhantes, demais familiares e equipe de saúde com o objetivo de mediar o
relacionamento e a comunicação destes com o paciente e, por outro lado, atender às demandas
emocionais da família
A multiplicidade de práticas oriundas das diferentes teorias psicológicas possibilitou
estabelecer modelos diferenciados de atuação profissional.

3. Atribuições do Psicólogo hospitalar

A Psicologia Hospitalar tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de
atenção à saúde, e o psicólogo pode atuar em instituições de saúde e realizar atividades
diversas, como atendimento psicoterapêutico; coordenação de grupos psicoterapêuticos e de
psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; além disso, pode
atuar em pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar;
avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria (Castro & Bornholdt,
2004).
Mais especificamente, no que se refere às atividades desenvolvidas pelo psicólogo
hospitalar, Azevêdo e Crepaldi (2016), destacam a preparação psicológica de pacientes para
cirurgias; assistência aos familiares de pacientes hospitalizados; e acompanhamento
8

psicológico de pacientes com doenças crônicas, como o câncer, e que serão submetidos aos
procedimentos invasivos.
Já de acordo com a pesquisa de Lima (2009), seis são as tarefas básicas do psicólogo que
trabalha em hospital: coordenação de atividades com os funcionários do hospital; ajuda à
adaptação, ou seja, o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação
do paciente internado; atuação como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o
paciente; função de enlace, promovendo a: intervenção, através do delineamento e execução
de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos
adequados dos pacientes; outra tarefa seria a função assistencial direta, atuando diretamente
com o paciente; e, por fim, a tarefa de gestão de recursos humanos a fim de aprimorar os
serviços dos profissionais da organização.
Vale ressaltar que o atendimento psicológico hospitalar é realizado em locais distintos,
como as unidades de internação e ambulatórios. Por causa disso, é preciso considerar as
características de cada local, verificando o contexto apropriado para o atendimento, o número
de sessões, os horários e o período destinado ao acompanhamento (Azevêdo & Santos, 2011).
O paciente hospitalizado apresenta problemas que são vivenciados em uma situação real de
doença e demais agravos da saúde que necessitam de hospitalização, o que exige do psicólogo
habilidades para estabelecer vínculo e manter o foco nas demandas centrais, por isso a
importância da avaliação e intervenção psicológica
[Ampliar um pouco a discussão, enfocando a atuação do psi hospitalar junto às famílias das
pacientes]

4. Métodologia

Quanto à finalidade, essa pesquisa se constituiu como básica (Gil, 2010), ou seja,
reúne estudos buscando preencher uma lacuna no conhecimento. Quanto ao nível, essa
pesquisa se classifica como exploratória (Gil, 2010), mas aproxima-se de uma pesquisa
descritiva (Gil, 2010), na medida que levanta opiniões, atitudes e crenças de profissionais da
psicologia considerando a temática investigada.

Quanto à natureza dos dados, essa pesquisa se classifica como qualitativa (Gil, 2010),
pois busca-se compreender a realidade pela ótica dos sujeitos, no caso, uma psicóloga que
atua em Hospital público. No que se refere ao ambiente onde os dados serão coletados (Gil,
2010), essa pesquisa se constitui de campo, sendo este o Hospital da Mulher de Fortaleza
9

(Hospital e Maternidade Doutora Zilda Arns Neumann), localizado no bairro Demócrito


Rocha, em Fortaleza.

No que se refere aos procedimentos, primeiramente foi desenvolvido um estudo


bibliográfico, ou seja, a partir de registros disponíveis decorrentes de pesquisas anteriores,
como livros, artigos e trabalhos acadêmicos (Severino, 2007), e foi realizada uma pesquisa de
campo para abordar o objeto de estudo em seu ambiente próprio (Severino, 2007).

Na pesquisa de campo, foi entrevistada uma psicóloga, tendo-se como instrumental


uma entrevista semiestruturada que, nos termos colocados por Minayo (2013), ou seja,
combinando perguntas fechadas, feitas pelos entrevistadores, buscando dar maior
profundidade às reflexões; e perguntas abertas, dando aos entrevistados possibilidade de falar
livremente sobre o tema pesquisado.

5. Resultados

A pesquisa de campo a fim de compor trabalho da disciplina de Práticas Integrativas I foi


foi feita no dia 14 de novembro de 2023, e ocorreu no Hospital da Mulher de Fortaleza, sendo
que três integrantes da equipe estiveram no local e entrevistaram a psicóloga Naiara, que atua
no hospital há aproximadamente um ano. Essa profissional foi bastante receptiva e
colaborativa, inclusive proporcionando à equipe de pesquisadores uma visita guiada à
instituição em tela.

Em outro momento, foi possível entrevistar a psicóloga hospitalar, o que ocorreu em uma
sala reservada. A seguir, são apresentadas as perguntas feitas, bem como as respostas e
análises dessas questões.

A primeira pergunta foi “ Como funciona a rotina do Psicólogo Hospitalar aqui no Hospital
da Mulher?

Resposta: o setor de psicologia do referido hospital,além de muito importante, tem uma demanda e um
fluxo de atendimento muito alto, pois, ele engloba, pacientes, familiares e profissionais de saúde. Nos
foi relatado uma rotina bastante desgastante, devido a equipe de profissionais de psicologia ser
insuficiente para a quantidade de pacientes atendidos no hospital. Atualmente a equipe é composta por
4 psicólogos, que fazem diariamente visitas, além de atendimentos quando há solicitações pela equipe
multidisciplinar.
10

A segunda pergunta foi “A senhora poderia comentar algumas dificuldades na atuação do


Psicólogo Hospitalar?”

Resposta: Os maiores desafios apresentados pela Psi do hospital, seriam a dificuldade de dialogar com
os pacientes, devido a estrutura inadequada (falta de sala, específica para esse tipo de atendimento), e a
presença de outros pacientes no mesmo ambiente(setor). Acontecendo em alguns casos de ser
necessário dialogar no hall do hospital.

Na sequência, foi perguntado: “Poderia comentar algum caso desafiador para a senhora e
como foi a resolução?

Resposta: Nos foi relatado um caso de um paciente que necessitava realizar uma amputação. A
informação foi passada pelo médico, onde a equipe médica iria realizar o procedimento. Nesse caso foi
de extrema importância a intervenção do psicólogo com o paciente, explicando as possibilidades do
que iria acontecer ponto auxiliando o mesmo a enfrentar a situação de forma mais equilibrada
possível, por meio de uma escuta qualificada e individualizada.

A quarta pergunta foi: “O Psicólogo Hospitalar também realiza atendimento com a


família/acompanhantes do paciente? Como isso acontece?”

Resposta: Sim. O principal atendimento é com os familiares devido há problemas com o


paciente,pois existem muitos conflitos familiares.

A seguir, foi feita a quinta pergunta: “Qual é o papel do psicólogo hospitalar na promoção da
saúde mental e no apoio emocional a pacientes e suas famílias durante a internação
hospitalar?”

Resposta: O psicólogo hospitalar desempenha um papel fundamental na promoção da saúde mental


dos pacientes e no apoio emocional às suas famílias durante a internação hospitalar. Eles oferecem
suporte psicológico, ajudam os pacientes a lidarem com o estresse, medos e ansiedades relacionados à
doença e ao tratamento, além de fornecerem estratégias para enfrentar as dificuldades emocionais
associadas à internação. Também auxiliam na adaptação à nova realidade do ambiente hospitalar,
promovem a comunicação entre os pacientes, suas famílias e a equipe médica, e fornecem orientações
para o enfrentamento das situações adversas, buscando promover o bem-estar emocional de todos os
envolvidos.

A sexta pergunta foi: “Como os psicólogos hospitalares colaboram com a equipe


multidisciplinar de saúde para melhorar o bem-estar geral dos pacientes e familiares (filhos,
pais, maridos etc.) e otimizar o tratamento médico?”
11

Resposta: Trabalhamos com uma tríade,paciente,família e colaborador.Os atendimento com os


familiares são mais complexos pois demandas todo um manejo por medos e inseguranças por
ver o familiar com certa fragilidade.Então ,quando há uma resistência da familiar em
algo,fazemos uma reunião com toda a equipe para que possamos chegar a uma
decisão.Atendemos Também colaboradores pontualmente.

Por fim, a sétima pergunta foi: “Qual(is) dica(s) baseada(s) em suas vivências como
profissional a senhora daria para quem está iniciando agora como psicólogo hospitalar,
particularmente na atuação com os familiares dos pacientes?”

Resposta: Os familiares requerem bastante atenção ,porém, quando se trata do paciente ser
idoso ou criança existe maior vulnerabilidade,então ocorrem muitos julgamentos por parte da
família sobre a capacidade do paciente seja cognitiva ou física. Então, quando forem esses
pacientes, toda a atenção ainda será pouca.

6. Projeto de intervenção

7. Considerações finais

O psicólogo hospitalar desempenha um papel fundamental na promoção da saúde


mental dos pacientes e no apoio emocional às suas famílias durante a internação hospitalar.
Eles oferecem suporte psicológico, ajudam os pacientes a lidarem com o estresse, medos e
ansiedades relacionados à doença e ao tratamento, e também fornecem estratégias para
enfrentar as dificuldades emocionais associadas à internação.
Além disso, auxiliam na adaptação à nova realidade do ambiente hospitalar, promovem
a comunicação entre os pacientes, suas famílias e a equipe médica, e fornecem orientações
para o enfrentamento das situações adversas, buscando promover o bem-estar emocional de
todos os envolvidos.
12

Referências

ANGERAMI-CAMON, V. A. Psicologia hospitalar, passado, presente e perspectivas. In: V.


A. Angerami-Camon (Org.). O doente, a psicologia e o hospital (p.3-27). São Paulo:
Cengage Learning, 2002.

AZEVÊDO, A. V. dos S; CREPALDI, M.A. A Psicologia no hospital geral: aspectos


históricos, conceituais e práticos. Estudos de Psicologia, Campinas. 33(4) p. 573-585, 2016.

CASTRO, E. K. de; BORNHOLDT, E. Psicologia da Saúde x Psicologia Hospitalar:


Definições e Possibilidades de Inserção Profissional. Psicologia, Ciência e Profissão, 2004,
24 (3), 48-57.

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LIMA, R.F.de. A função do psicólogo no contexto hospitalar. Trabalho de especialização


em psicologia clínica hospitalar, Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS. Programa de
pós-graduação lato sensu. Recife. 2019. Disponível em:
https://repositorio.fps.edu.br/bitstream/4861/663/1/A%20fun%C3%A7%C3%A3o%20do%20
psic%C3%B3logo%20no%20contexto%20hospitalar.pdf Acesso em: 25/10/2023

MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 33.
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

PEÇANHA, D. L.; PEREZ-RAMOS, A.M. de Q. ?????? em hospitais, desertos e academias.


Boletim Academia Paulista de Psicologia, São Paulo, Brasil - V. 41, nº100, p. 138 - 142.
2021.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual. São
Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, R.R. Percursos na história da Psicologia Hospitalar no Brasil: a produção em


programas de doutorado em Psicologia no período de 2003 a 2004 no Banco de Teses da
Capes. Rev. SBPH [online]. v.12, n.2, p. 69-79. 2009.

SILVA, L. P.; TONETTO, A. M.; Gomes, WILLIAM, B. Prática psicológica em hospitais:


adequações ou inovações? Contribuições históricas. Boletim Academia Paulista de
Psicologia, vol. XXVI, núm. 3, setembro-dezembro, 2006, p. 24-37

TEIXEIRA, P. T. F. A psicologia da saúde e hospitalar: reflexões sobre a inserção profissional


no hospital um estudo integrativo. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.2, p.
8601-8615, feb., 2022.
13

APÊNDICE 1
Roteiro da entrevista

Entrevista feita por ........................................................ com a psicóloga hospitalar


..................................................., no dia 14/11/2023, a fim de compor trabalho da disciplina de
Práticas Integrativas I, do curso de Psicologia da UniNassau, campus Dorotéias.

1. Como funciona a rotina do Psicólogo Hospitalar aqui no Hospital da Mulher?

2. Poderia comentar algumas dificuldades na atuação do Psicólogo Hospitalar?

3. Poderia comentar algum caso desafiador para a senhora e como foi a resolução?

4. O Psicólogo Hospitalar também realiza atendimento com a família/acompanhantes do


paciente? Como isso acontece?

5. Qual é o papel do psicólogo hospitalar na promoção da saúde mental e no apoio


emocional a pacientes e suas famílias durante a internação hospitalar?

6. Como os psicólogos hospitalares colaboram com a equipe multidisciplinar de saúde


para melhorar o bem-estar geral dos pacientes e familiares (filhos, pais, maridos etc.) e
otimizar o tratamento médico?

7. Qual(is) dica(s) baseada(s) em suas vivências como profissional a senhora daria para
quem está iniciando agora como psicólogo hospitalar, particularmente na atuação com
os familiares dos pacientes?

Você também pode gostar