Você está na página 1de 35

1 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Sumário: Calorimetria
I. Conceito de calor.
 Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperatura
diferentes.
II. Formas de propagação do calor.
 Essa transmissão pode ocorrer de três formas diferentes: condução,
convecção e radiação.
III. Quantidade de calor
 É a medida da energia térmica fornecida por um corpo para outra. Essa
energia es chamada calor.
 Para relacionarmos um valor numérico, o qual denominaremos
quantidade de calor ( cujo símbolo será o Q ), vamos convencionar o
seguinte
Q > 0 : corpo ganha calor
Q < 0 : corpo cede calor
 Sua unidade é a caloria e representa-se Cal. Também se utiliza o múltiplo
kcal para 100 cal, mas não são muito utilizado, no sistema internacional
de unidades usa-se o Joule ( J ) 1cal = 4,186J , 1J = 0,239Cal.
IV. Capacidade calorifica de um corpo e específica de uma substância
 É a quantidade de calor requerida para aumentar a temperatura de uma
quantidade dada de substância em um grau Celsius.
 Temos fórmula para determinar capacidade calorífica

ΔQ = m.C.ΔT
 Onde: ΔQ = quantidade de calor sensível (cal ou J).
C= calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou
J/kg°C).
ΔT = a variação de temperatura (°C).
m = a massa de corpo (g ou kg).
2 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

V. Conceito de calor latente.


 O calor latente, também chamado de calor de transformação, é uma
grandeza física que designa a quantidade de calor recebida ou cedida por
um corpo enquanto seu estado físico se modifica.
 Importante destacar que nessa transformação a temperatura permanece a
mesma, ou seja, ele não considera essa variação.
 Para calcular o calor latente é utilizada a fórmula:
𝐐
L= ou Q = m . L
𝐦
- Q:quantidade de calor (cal ou J)
- m: massa (g ou Kg)
- L: calor latente (cal/g ou J/Kg)
 No Sistema Internacional (SI), o calor latente é dado em J/Kg (Joule por
quilograma). Mas também pode ser medido em cal/g (caloria por grama).
 Note que o calor latente pode apresentar valores negativos ou positivos.
VI. Mudança e diagrama de fase
 Fusão: Mudança do estado sólido para o líquido.
 Vaporização: Mudança do estado líquido para gasoso.
 Liquefação ou Condensação: Mudança do estado gasoso para líquido.
 Solidificação: Mudança do estado líquido para o sólido.
 Sublimação: Mudança do estado sólido para o gasoso e vice-versa.
VII. Equilíbrio Térmico
 Imagine um corpo A e um corpo B onde Q A > QB num sistema
termicamente isolado.

 O corpo A vai transferir energia térmica para o corpo B até que ocorra o
equilíbrio térmico. Como o sistema é termicamente isolado, ou seja, não
3 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

troca energia térmica com o meio, o calor cedido por A é igual ao calor
recebido por B.
 Assim pode-se escrever: Qcedido+Qrecebido=0
 Para um sistema de n corpos: Q1+Q2+Q3+.....+Qn= 0
VIII. Exercícios de aplicação
1. Calcule a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de
um material cujo calor específico de 0,412cal/g °C de 40 °C para 100 °C,
sabendo que sua massa é de 5kg.

Dados: C = 0,412 cal/g.Co


T = 100oC Temos fórmula: ΔQ = m.C.ΔT
m= 5kg = 5000g ΔQ = m.C. ΔT = 5000g.0,412Cal/g.Co. 60oC
To= 40oC ΔQ = 123600cal
∆Q = ?
2. Um bloco de cobre C = 0.094 cal/g°C de 1,2 kg é colocado num forno até
atingir o equilíbrio térmico. Nessa situação o bloco recebe 12972 cal.
Qual a variação de temperatura sofrida pelo bloco.

Dados: C = 0,094 cal/g.Co Temos fórmula: ΔQ = m.C.ΔT

m= 1,2kg = 1200g 𝛥𝑄 12972𝑐𝑎𝑙


ΔT = =
ΔQ = 12972cal 𝑚.𝐶 1200𝑔.0,094𝑐𝑎𝑙/𝑔𝐶

ΔT = ? ΔT = 115oC

3. Um sólido de massa 100g, ao receber 7000calorias de uma fonte, sofre a


fusão total. Determine o calor latente
Dados: m= 100g 𝑄 7000𝑐𝑎𝑙
Temos fórmula : L = =
𝑚 100𝑔
Q = 7000cal
L = 70cal/g
L=?
4 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

4. Uma vasilha adiabática contém 100g de água a 20 oC. Misturando 250g


de ferro a 80 oC a temperatura atinge 33°C. Determine o calor específico
do ferro. Dados calor específico: Cágua =1cal/g°C

Dados: mágua = 100g


To (água) = 200C Temos fórmula: Qágua + Q ferro = 0
Tf ( água ) = 33oC Cágua. ΔT. mágua = - Cferro. ΔT. mferr
Cágua =1cal/g°C
100g.(33oC-20oC). 1cal/g°C = - Cferro. ( 33oC- 88oC)250g
mferr0 = 250g
To (água) = 88oC Cferro = 0,11cal/g.C
Tf ( água ) = 33oC
Cferro=?

IX. Trabalho para casa


1. O calor específico de uma substância e de 0,5 cal/g. °C. Se a temperatura
de 4g dessa substância se eleva 10 °C, qual será a quantidade de calor
absorvida.
2. O calor específico do ferro é igual a 0,11 cal/g°C. Determine a
temperatura final de uma massa de 400g de ferro à temperatura de 20°C
após ter cedido 600 calorias.
3. Qual a temperatura de equilíbrio entre um bloco de alumínio de 200g à
20°C mergulhado em um litro de água à 80°C? Dados calor específico:
água=1cal/g°C e alumínio = 0,219cal/g°C..
4. Uma dona de casa mistura, numa garrafa térmica, 100ml de água a 25oC
com 200ml de água a 40 oC. A temperatura final dessa mistura logo após
atingir o equilíbrio térmico, é, em graus Celsius, de
a/ 29
b/32
c/35
d/38
5 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

LEIS DOS GASES


I. As características de gás perfeito ou ideal ( H2, O2, N2 )
− O gás perfeito ou também chamado de gás ideal pode ser definido como o gás
teórico onde suas partículas são consideradas pontuais, ou seja, não se
movimentam, além disso, elas não trocam energia e nem momento (não
interagem entre si).
− É importante perceber que o gás ideal, é apenas um modelo criado para facilitar
o estudo da mecânica dos fluidos.
− As seguintes características:
 Suas partículas ou moléculas movem-se caoticamente ou
desordenadamente segundo as leis da mecânica clássica.
 Suas partículas não interagem entre si ou seja seus choques são
desprezável.
 Os choques contra as paredes de recipientes que os contêm são
perfeitamente elásticos.
 Suas moléculas têm dimensões próprias de desprezável.
II. Lei geral dos gases perfeitos.
− A lei geral dos gases perfeitos pode ser enunciada da seguinte forma: para uma
massa constante de gás, a razão entre o produto da pressão pelo volume e a
temperatura

− Essa equação é chamada de Lei geral dos gases perfeitos ou Equação de


Clapeyron
− Onde:
 p = pressão do gás ( em atmosferas –atm)
 V = volume do gás ( em litros )
 n = quantidade de matéria do gás (em mols )
 T = temperatura do gás, medida na escala Kelvin
 R = constante universal dos gases perfeitos
( R = 0,082 atm.l/mol.K ou 8,30 J/mol.K )

 m = massa do gás ( g)
 M = massa molar do gás ( g/mol)

III. Processo Isotérmico( Lei de Boyle – Mariotte)


− Foi criada pelo químico e físico irlandês Robert Boyle, apresenta a
transformação isotérmica dos gases ideais, de modo que a temperatura
permanece constante, enquanto a pressão e o volume do gás são inversamente
proporcionais. Assim, a equação que expressa a lei de Boyle:
6 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

− onde: p: pressão da amostra


V: volume
K: constante de temperatura (depende da natureza do gás, da
temperatura e da massa)
− Sofrendo o gás uma transformação que passa de um estado para outro

p1V1 = p2V2 = Constante

IV. Processo isobárico - Gay - Lussac


− Gay-Lussac estudou a variação da temperatura em relação ao volume de um
gás com a pressão constante e criou a lei que leva seu nome
− Gay Lussac foi um físico e químico francês
− isobárica”, que é uma palavra que vem do grego: iso = igual; e baros = pressão;
ou seja, a pressão permanece igual, não varia.
− A lei de Gay-Lussac diz que em uma transformação isobárica (pressão
constante), temperatura e volume são grandezas diretamente proporcionais.
Essa lei é expressa matematicamente da seguinte forma:

 Onde k é uma constante que depende da pressão, da massa e da


natureza do gás
− Sofrendo o gás uma transformação que de um estado para outro
𝑽𝟏 𝑽𝟐
= = constante
𝑻𝟏 𝑻𝟐

V. Processo Isocórico-Lei de Jacques Charles


− Se o volume é mantido constante, a transformação é chamada isocórica ou
isovolmétrica, cuja expressão matemática é:
𝐏
= constante
𝐓
− Sendo, V= constante
− Sofrendo o gás uma transformação que passa de um estado para outro
𝐏𝟏 𝐏𝟐
= = constante
𝐓𝟏 𝐓𝟐
− O termo isocórica vem do grego: iso significa igual, e coros é volume; isto é,
volume igual ou volume constante.
7 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

VI. Exercícios de aplicações:


− Ex1: Determine a pressão que sofre 6 moles de um gás perfeito que ocupa 26l
de volume a 30°C. É dade a constante universal dos gases perfeitos R= 0,082
atm.l/ mol.K

Dados: n = 6mol Temos fórmula: P.V=T.n.R


V = 26l
𝑇.𝑛.𝑅
T = 30oC = 303K => P = = 5,73 atm
𝑉
R= 0,082atm.l/mol.K

− Ex2: Determine o volume molar de um gás perfeito sobre condições normais


de pressão e temperatura. É dados R= 0,082 atm.l/mol.K, P=2atm, T=250K,
n=2mol

Dados: R= 0,082atm.l/mol.K Temos fórmula: P.V=T.n.R


P=2atm
𝑇.𝑛.𝑅
T=250K => V= = 20,5l
𝑃
n= 2mol
V=?

− Ex3: Um cilindro metálico de 41 litros contém argônio (Ar) (massa de um mol


= 40g/mol ) sob pressão de 90 atm à temperatura de 27 °C. Qual a massa de
argônio no interior desse cilindro.

Dados:V=41 litros Temos fórmula: P.V=T.n.R


M= 40g/mol 𝑃.𝑉
P=90atm => n = = 150mol
𝑇.𝑅
T = 300K
𝑚
m=?  n= => m = n.M = 6000g
𝑀

VII. Trabalho para casa


− Ex1: Encontre a massa de oxigênio (O2) contida em um recipiente fechado (P =
4 atm). Sabe-se que o volume ocupado é de 0,82 l e a temperatura é de 27 °C.
Determine massa de oxigênico
− Ex2: Um gás perfeito ocupa 24 litros de volume à pressão de 3 atmosferas.
Que volume ocupará esse gás se houver um aumento isotérmico de 6
atmosferas de pressão.
− Ex3: Um recipiente continha inicialmente 10kg de gás sobre pressão de
10.106N/m2. Uma quantidade m de gás do recipiente, mantendo-se a
temperatura constante. Sabendo-se que a pressão caiu para 2,5.106N/m2,
determine a quantidade m de gás que se retirou do recipiente.
8 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

− Ex4: Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com êmbolo exerce uma
pressão de 250atm. Ao ser comprimido isotérmicamente a um volume de
0,6m³. Qual será a pressão exercida pelo gás?
− Ex5: Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a
temperatura de 70ºC. Qual será o volume ocupado por ele, se esta
transformação acontecer sob pressão constante?
− Ex6: Em uma pressão constante, um gás é aquecido até que seu volume inicial
de 150 L dobre. Se a temperatura inicial do gás era de 20ºC, qual deve ser a
temperatura final
− Ex7: A pressão total do ar no interior de um pneu era de 2,30 atm, quando a
temperatura do pneu era de 27ºC. Depois de ter rodado um certo tempo com
este pneu, mediu-se novamente sua pressão e verificou-se que esta agora era de
2,53 atm. Supondo a variação de volume do pneu desprezível, determine
temperatura final?
9 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

TERMODINÂMICA
I. Introdução

− A termodinâmica é uma área da Física que estuda as transferências de energia.


− A termodinâmica estuda as relações entre o calor trocado e o trabalho
realizado num processo físico.

II. Primeira lei da Termodinâmica.

− Também chamado de primeiro princípio da termodinâmica, essa lei é


conhecida como o Princípio da Conservação da Energia.
− Esta lei diz que: A quantidade de energia térmica ( ∆Q ) trocada entre o sistema
e o meio é igual a soma da variação de sua energia interna ( ∆U ) com o
trabalho realizado o sistema (W).

∆Q = ∆U + W

Onde:

− ∆Q é a quantidade de calor recebida ou cedida


− W é o trabalho realizado pelo sistema
− ΔU é a energia interna do sistema.
− No SI, todas as unidades medidas em Joule (J).

Calor Trabalho Energia Interna ∆Q/W/∆U


Recebe Realiza Aumenta >0
Cede Recebe Diminiu <0
Não troca Não realiza e nem recebe Não varia =0

III. As transformações na primeira lei da termodinâmica.

1. Transformação isotérmica.

− Nesta transformação, a temperatura se mantém constante. Como a variação de


energia interna depende directamente da variação da temperatura se ∆T=0
teremos ∆U=0.
− Assim, a expressão da primeira lei adquire a seguinte fórmula:
∆Q = W

2. Transformação Isobárica.

− Neste caso há uma variação de temperatura e uma variação de volume. A


variação de temperatura produz uma variação de energia interna ∆U, a variação
do volume produz um trabalho.
− Assim, a primeira lei pode ser escrita da seguinte forma:
10 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

∆Q = ∆U + W

3. Transformação isocórico

− Neste caso, o volume permanece constante, ocorre apenas variação de


temperatura e pressão. Assim se não houver variação de volume, não haverá
trabalho realizado ( W=0 )
− Então temos :

∆Q = ∆U

4. Transformação Adiabática

− Uma transformação é adiabática quando o sistema não troca calor com o meio
exterior : ∆Q=0
− Então temos :

W = - ∆U

5. Transformação Cíclias.

− Neste caso, a pressão permanece constante.

W=F.h = P.S.h = P.∆V

∆Q = ∆U +P.∆V

IV. Exercícios de aplicações:

1. Ao receber uma quantidade de calor ∆Q = 50J, um gás realiza um trabalho igual a


12J, sabendo que a energia interna do sistema antes de receber calor era Uinicial =100J,
qual será energia após o recebimento ( Ufinal)

Dados: ∆Q = 50J
Temos fórmula : ∆Q = ∆U + W
W = 12J
50J = ( Ufinal - 100J ) + 12J
Uinicial = 100J
Ufinal = 138J
Ufinal =?

2. Um gás ( m= 2g ) contido a volume constante, tem pressão inicial e temperatura


inicial T = 27oC. Determine

a/ A temperatura em que esse gás exercerá o dobro da pressão

b/ A energia interna no sistema ( C = 12,3.103 J/kg.K )


𝑃1 𝑃2 P1 2P1
a/ Temos: = <=> = => T2 = 600K
𝑇1 𝑇2 T1 T2
11 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Dados: m = 2kg = 2.10-3kg

T1=27oC = 300K

a/ T2 =? se P2 = 2P1

b/ ∆U =?

V. Trabalho para casa:

1. Transfere-se calor a um sistema,num total de 200 calorias. verifica-se que o sistema


se expande, realizando um trabalho 150 joules, e que sua energia interna aumenta.
a/ Considerando 1 cal= 4J calcule a quantidade de energia transferida ao
sistema,emjoules.
b/ Utilizando a primeira lei da termodinâmica,calcule a variação de energia
interna desse sistema.

2. Uma amostra de gás perfeito sofre uma expansão de 2.10-3m3 à pressão constante de
1,2.10-5N/m2 . Qual o trabalho realizado pelo gás nessa transformacão.

3. Um gás ideal sofre uma compressão isobárica sobre a pressão de 4.103N/m2 e o seu
volume diminiu 0,2m3. Durante o processo o gás perde 1,8.103J de calor. Determine a
variação da energia interna do sistema.

4. Em uma transformação termodinâmica sofrida por uma amostra de gás ideal, o


volume e a temperatura absoluta variam como indica o gráfico a seguinte, enquanto a
pressão se mantém igual a 20 N/m2. Sabendo que o gás absorve 250J de calor.
Determine a variação de energia interna.
12 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

TERMODINÂMICA

1. Segunda lei da termodinâmica:

− Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2a lei da Termodinâmica,


os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck
a. Enunciado de Clausius:
− O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura
menor, para um outro corpo de temperatura mais alta.

b. Enunciado de Kelvin-Planck:

− Este enunciado implica que não é possível que um dispositivo térmico tenha
um rendimento de 100%, ou seja por menor que seja, sempre há uma
quantidade de calor que não se transforma em trabalho efectivo.

2. Transformações Reversíveis:

− É importante que concluam que quando um material sofre uma mudança. As


mudanças em que os materiais voltam ao seu aspecto inicial, são chamadas de
reversíveis.
− Por exemplo: oscilações de harmôdico de pendulo é transformações
− Mas na realidade não existem transformações reversíveis, pois o atrito quase
sempre está presente durante as transformações.

3. Transformações Irreversíveis:

− Quando um material sofre uma mudança, de maneira em que não é possível


voltar ao seu aspecto inicial, recebe o nome de mudança irreversível.
− Exemplo:uma fruta que amadurece não pode voltar a ser Verde.
13 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

4. Máquinas térmicas:

− As máquinas térmicas são máquinas capazes de converter calor em trabalho.


Elas funcionam em ciclos e utilizam duas fontes de temperaturas diferentes,
uma fonte quente que é de onde recebem calor e uma fonte fria que é para onde
o calor que foi rejeitado é direcionado.

W = Q1 - Q2

− Rendimento das máquinas: podemos chamar de rendimento de uma máquina


a relação entre a energia utilizada como forma de trabalho e a energia
fornecida.
𝐖
η= . 100%
𝐐𝟏
− Onde: η = Rendimento de máquina
W = Trabalho convertido através da energia térmica fornecida
Q1 = Quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento
Q2 = Quantidade de calor não transformada em trabalho
5. Ciclo de Carnot:
− Estudando as máquinas térmicas, Carnot descobriu um ciclo de quatro
transformações reversíveis duas isotérmicas e duas adiabática que
proporcionam o máximo rendimento térmico para uma máquina.
− Os processos que podem ser observados nesse diagrama são:
14 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

 Expansão isotérmica de A até B, que ocorre quando o gás retira calor


da fonte quente.
 Expansão adiabática de B até C, sendo que o gás não troca calor.
 Compressão isotérmica de C até D, pois o gás rejeita calor para a fonte
fria.
 Compressão adiabática de D para A, pois não ocorre troca de calor.

− O rendimento de uma máquina de Carnot depende das temperaturas das fontes


quentes e fria.
𝐓𝟐
η=1-
𝐓𝟏
Onde: T1 = temperatura absoluta da fonte de aquecimento
T2 = temperatura absoluta da fonte de resfriamento
6. Entropia:
− Em termodinâmica, entropia é a medida de desordem das partículas em um
sistema físico. Utiliza-se a letra S para representar esta grandeza
− Quando um sistema recebe calor Q < 0, sua entropia aumenta
− Quando um sistema cede calor Q > 0, sua entropia diminiu
− Se o sistema não troca calor Q = 0, seu entropia permanece constante
𝐐
∆S =
𝐓

Sendo:

 ΔS: variação da entropia (J/K)


 Q: calor transferido (J)
 T: temperatura (K)
15 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

− Para processos onde as temperaturas absoluta T são constantes


7. Exercícios de aplicações:
1. Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma
quantidade de calor igual a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor
tem de transformar energia térmica em trabalho?
𝑊
Dados: W = 12kJ Temos fórmula: η = . 100%
𝑄1
Q1 = 23kJ 12
η= . 100% = 52,17%
η=? 23

2. Um moter eléctrico efectua 8 ciclos por segundo. Em cada ciclo, ele retira 600J
de uma fonte quente e cede 300J a uma fonte frio. Determine:
a) O trabalho realizado pelo motor em cada ciclo
b) O rendimento de cada ciclo
c) A potência máxima do motor
Dados: Número de ciclos = 8
a/ W=?
∆t = 1s
Temos: W = Q1 - Q2 = 600J - 300J = 300J
Q1 = 600J
Q2 = 300J b/ η =?
𝑊 300𝐽
Temos: η= = = 0,5 = 50%
𝑄1 600𝐽

c/ p = ?

- Cálculo do trabalho durante 8 ciclos

1 --------------- 300J

8 ----------------x

x = 2400J
𝑊 24000
- Cálculo da potência: p = = = 2400watts
∆𝑡 1𝑠

3. Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a
560oC e abandona o ciclo a 200oC?
Daodos:
T1 = 560oC = 833K 𝑇2
Temos : η = 1 -
𝑇1
T2 = 200oC= 473K
η = 1 - 0,567 = 0,433 = 43,3%
η =?
/
16 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

8. Trabalho para casa:


1. Uma máquina que opera em ciclo de Carlot tem a temperatura de sua fonte
quente igual a 330oC e fonte fria à 10oC. Qual é o rendimento dessa máquina.
2. 2. Em uma máquina térmica são fornecidos 3kJ de calor pela fonte quente para
o início do cilco e 780J passam para a fonte fria. Qual o trabalho realizado pela
máquina, se considerarmos que toda a energia que não é transformada em calor
passa a realizar trabalho? Qual o rendimento da máquina térmica?
3. O rendimento de certa máquina térmica de Carnot é de 25% e a fonte fria é a
propria atmosfera a 27oC. Qual será a temperatura da fonte quente.
4. Uma determina máquina térmica deve operar em ciclo entre as temperaturas de
27oC e 227oC. Em cada ciclo, ela recebe 1000cal da fonte quente. Determine o
máximo de trabalho que a máquina pode fornecer por ciclo ao exterior.
5. Durante uma transformação reversível e isotérmica a 25 ºC, a variação de
entropia de um sistema termodinâmico foi de 20 cal/ºC. Determine a
quantidade de calor trocada entre o sistema e o meio externo.
17 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Mecânica dos Fluidos


I/ Introdução
- Podemos definir um fluido como algo que pode fluir, escoar, o que não
ocorrem com um material sólido
- O fluido pode ser um gás ou um líquido
 Os líquidos é aquela substância que adquire a forma do recipiente que a
contém possuindo volume definido e, é praticamente, incompressível.
 O gás é uma substância que ao preencher o recipiente não formar
superfície livre e não tem volume definido, além de serem compressíveis.
- Inicialmente estudaremos a estática dos fluidos (hidrostática), a qual se
preocupa com os fluidos em repouso e em equilíbrio. Após, estudaremos alguns
aspectos da dinâmica dos fluidos (hidrodinâmica)
II/ Hidrostática
- Conceitos básicos das substâncias importante no estudo da Hidrostática
 Massa específica
 Peso específico
 Peso relativo.
1/ Massa Específica ( ou densidade absoluta )
- Denominaremos a massa específica de um fluido qualquer pela letra grega ρ
(rô)
- Definição: Relação entre a massa e o volume da substância considerada.
𝑚
ρ=
𝑉
- Onde: p é a massa específica, m representa a massa da substância e V o
volume por ela ocupado.
- No Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa é quantificada em kg e o
volume em m³, assim, a unidade de massa específica é kg/m³.
2/ Peso específico
18 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

- Definição: O peso específico (respresentado pela letra grega γ) de uma


substância, que constitui um corpo homogêneo, é definido como a razão entre o
peso P e o volume V do corpo constituido da substância analisada.
𝑃
γ=
𝑉
- Sendo o peso expresso em Newton e o volume em m3, a unidade do peso
específico, no SI, será N/m3
3/ Peso específico relativo
- Definição: O peso específico relativo é definida como a relação entre o peso
específico do fluido A e o peso específico de um fluido B.

γa
γr =
γb

- Geralmente, o fluido B é a água, em condições de atmosfera padrão o peso


específico da água é 10000N/m3;
- O peso específico relativo é um número admensional.
Tabela de Propriedades dos Fluidos

III/ Exemplo Prático


19 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Exemplo 1:
- Sabendo-se que 1500kg de massa de uma determinada substância ocupa um
volume de 2m³, determine a massa específica, o peso específico e o peso
específico relativo dessa substância. Dados: γH2O = 10000N/m³, g = 10m/s².
Solução:

Exemplo 2: Supondo que a figura representa um bloco homogêneo de ferro.


Qual a sua massa específica, sabendo que sua massa é igual a 15.200 kg?

Solução: Primeiramente, calculamos o volume do bloco.


V = 2m × 1m × 1m = 2m3
Dado que temos o valor da massa e do volume, basta inserir esses valores na
fórmula da massa específica:
ρ = m/V=15200kg/2m3 = 7600kg/m3

Exemplo 3: Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2m e


altura de 4m, sabendo-se que o mesmo está totalmente preenchido com gasolina
20 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

(massa específica 720 kg/m3), determine a massa de gasolina presente no


reservatório.

Exemplo 4:
Calcular o peso específico de um cano metálico de 6kg e volume tubular de
0,0004 m3 .

Solução: Aplicando a definição de peso específico: γ =P/ V


Precisa-se encontrar o valor da força peso
P = m × g = 6 × 9; 8 = 58; 8N
Portanto: γ = P/V = 58,8N/0,0004m3 = 147:000N/m3

A Pressão
I/ A pressão em uma superfície.
- Definição: relação entre a intensidade da força que atua perpendicularmente e
a área que ela se distribui.
21 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

𝐹
p=
𝐴
Onde: p = pressão ( Pa )
F= a força ( N )
A = área (m2)
- Unidade de medida da pressão é o pascal ( Pa ) , mas támbem usa-se a
atmosfera (atm) e o milímetro de mercúrio (mmHg)
1 atm = 1,013.105 Pa = 760 mmHg
 Exemplo 1: Aplicamos num cilindro uma força de 10N sobre uma área
de 20 cm2, determine a pressão.
Dados: F= 10N
A = 20cm2 = 20.10-4 m2
p=?
Solução: p = F/A = 10/20.10-4 = 5000 Pa

Exemlo 2: Um cubo homogêneo de alumínio com 2m de aresta está apoiado


sobre uma superfície horizontal. Sabendo-se que a densidade do alumínio é
2,7x10³ kg/m³ e g=10m/s² qual a pressão exercida pelo bloco sobre a superfície.

Dados: ρ = 2,7.103kg/m3

g=10m/s²

Solução:

II/ Pressão nos fluídos:


- Pressão hidrostática é a pressão exercida em sua base pela coluna de um
líquido.
p=gρh
Onde: ρ = massa específica do líquido
g = aceleração local da gravidade
22 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

h = altura da coluna do líquido


Exemplo: Um tanque contendo 5,0 x 10 3 litros de água, tem 2,0 metros de
comprimento e 1,0 metro de largura. Sendo g = 10 ms -2, a pressão hidrostática
exercida pela água no fundo do tanque.( ρ=1000kg/m3)
Dados: V=5000l = 5m3
Solução: Calculemos h, a profundidade do tanque:
V = (comprimento).(largura).h
5m3 = 2m.1m.h ===> h=5m3/2m2=2,5m
P= g ρ h = 10m/s2.1000kg/m3.2,5m =25.103Pa
III/ Lei fundamental da hidrostática:

- Também chamado de Princípio de Stevim, diz que: a diferença de pressão


entre dois pontos, no interior de um líquido homogéneo e em equilíbrio,
depende da densidade do líquido e é directamente proporcional à diferença de
nível entre dois pontos.

- Simbolicamente podemos escrever:

pB - pA = g ρ h
- Quando o ponto A está na superfície livre do líquido, a pressão é por vezes

designada por patm ( pressão atmosférica ). Assim, a pressão p num ponto que
está a maior profundidade é maior do que a pressão p0:

p= patm + ρgh
- Onde: PA= pressão no ponto B
PB = pressão no ponto A
g = aceleração da gravidade local
h = a diferença entre as profundidades dos pontos no mesmo líquido
ρ = massa específica do líquido
patm= 105Pa
23 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Ex: Determine a pressão a que fica sujeito um peixe que se encontra 150m

abaixo da superfície do mar : ρmar = 1026g/cm3 , g=10m/s2

Exemplo:
IV/ Vasos comunicantes:
- Vasos comunicantes são recipientes geralmente em formato de U

- Por exemplo, se o óleo e a água forem colocados com cuidado num recipiente
+ o óleo fica na parte superior porque é menos denso que a água, que
permanece na parte inferior
- Na Figura: sendo ρ1 a densidade do líquido menos denso, ρ2 a densidade do
líquido mais denso, h1 e h2 as respectivas alturas das colunas, obtemos:

ρ1h1= ρ2h2
Ex: Um tubo na forma de U, com extremidade abertas, contém dois líquidos A

e B não missíveis de densidades ρ A = 1 g/cm3 e ρB = 0,8 g/cm3 . Sendo a

altura da coluna do liquido A é de 40 cm acima da superfície de separação entre


eles, determine a altura do líquido B acima desta superfície.

Princípio de Pascal
I/ Princípio de Pascal ou Lei de Pascal
 É elaborado pelo físico e matemático francês Blaise Pascal ( 1623-1662)
24 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

 O princípio de Pascal diz que: O acréscimo de pressão produzido em um


líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os pontos do
líquido.
II/ Prensa Hidráulica
 Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa
hidráulica.
 Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B,
interligados por um tubo, no seu interior existe um líquido que sustenta
dois êmbolos de áreas diferentes S1 e S2.
 Se aplicarmos uma força de intensidade F1 no êmbolo de área S1, temos
uma pressão sobre o líquido dado por:
𝐹1
P1 =
𝑆1

 No êmbolo de área S2, temos uma pressão sobre o líquido dado por:
𝐹2
P2=
𝑆2

 Pelo teorema de Pascal, sabemos que a pressão transmite-se


integralmente a todos os pontos:
P1=P2
𝐹1 𝐹2
=
𝑆1 𝑆2
 Onde:
F1 – força aplicada no êmbolo 1;
F2 – força que surge no êmbolo 2;
S1 – área da seção transversal do cilindro 1;
S2 – área da seção transversal do cilindro 2.
 Para o deslocamento do êmbolo podemos dizer que o decréscimo de
volume no êmbolo 1 é igual ao acréscimo do volume no êmbolo 2. Então,
temos:
V1=V2
Mas: V1=S1.h1 e V2= S2.h2 então: S1.h1=S2.h2
III/ Exemplo
25 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

1/ Os ramos de uma prensa hidráulica tem áreas igual a S1= 20cm2 e S2= 50cm2.
É exercida sobre o êmbolo menor uma força F1=10N
 a/ Qual é a força transmitida para o êmbolo maior?
 b/ A que altura se eleva o êmbolo maior, se o menor desce 0,6 m?
Resolução:
 F1/S1=F2/S2 ==> F2= F1.S2/S1 ==> F2=25N
 S1.h1=S2.h2 ==>h2 = 0,24m
2/ Deseja-se construir uma prensa hidráulica que permite exercer no êmbolo
maior uma força de 5.103N, quando se aplica uma força de 50N no êmbolo
menor, cuja área é de 20cm2. Neste caso, calcular a área do êmbolo maior.

Resolução:
Dados: F2= 5.103N
F1=50N F1/S1=F2/S2

S1=20cm2 S2=F2.S1/F1
S2=? S2 = 5.103N.20cm2/50N

S2= 2000cm2

3/ Na figura, os êmbolos A e B possuem áreas de 80cm2 e 20cm2,


respectivamente. Despreze os pesos dos êmbolo e considera o sistema em
equilíbrio. Sendo a massa do corpo colocado em A igual a 100kg.

a/ Determine a massa do corpo colocado em B.

b/ Qual seria o deslocamento do corpo em A se descolarmos em B 20cm para


baixo

Dados: SA=80cm2

SB= 20cm2

mA= 100kg

Resolução:
26 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

a/ Temos força peso em A: PA=FA= mA.g= 100kg.10m/s2 = 1000N

FB=FA.SB/SA = 1000N.20cm2/ 80cm2 = 250N

FB= mB.g ==> mB = FB/g = 250/10 = 25kg

b/ Temos: SA.hA=SB.hB ==> hA= 20.20/80 = 5cm

4/ As áreas dos pistões do dispositivo hidráulico da figura mantêm a relação


50:2. Verifica - se que um peso P colocado sobre o pistão maior é equilíbrio
por de 30N o pistão menor, sem que o nível de fluido nas duas colunas se altere.
Determine o peso P

Dados: S1/S2 = 50/2

F2= 30N

F1=?

Resolução:

S1/S2=25 ==> S1=25S2

F1= F2.S1/S2 = 30N. 25S2/S2 = 750N

5/ Na prensa hidráulica na figura, os diâmetros dos tubos 1 e 2 são,


respectivamente, 4 cm e 20 cm. Sendo o peso do carro igual a 10 kN, determine

a/ A força que deve set aplicada no tubo 1 para equilibrar o carro

b/ O deslocamento do nível de óleo no tubo 1 , quando o carro sobe 20 cm

Dados: d1= 4cm => r1 = 2cm

d2= 20cm => r2= 10cm

F2= 10kN = 10.000 N

Resolução:
27 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

a/ S1 = Pị.r2 = 12,56cm2

S2= pi.r2= 314cm2

F1= F2.S1/S2= 400N

b/ h1.S1=h2.S2 ==>h1 = 20cm.314cm2/12,56cm2 = 500cm = 5m

Teorema de Arquimedes
- Também chamado de Princípio de Arquimedes ou Lei do Impulso

- O princípio de Arquimedes diz que: Todo corpo mergulhado num fluido


recebe um impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido

- Empuxo pode ser calculado por:

I = ρ. V . g
- Onde: ρ: densidade do fluido ( kg/m3)
V: volume do fluido deslocado ( m3)
g: Aceleração da gravidade (m/s2)

- No Sistema Internacional (SI) de Unidades o impulso é medido pela


unidade Newton (N).

- No primeiro caso, o corpo fica em equilíbrio no interior do fluido. Teremos


P=E

- No segundo caso, o corpo afunda. Teremos P > E

- No terceiro caso, o corpo sobe até atingir o equilíbrio com uma parte
emersa. Teremos: E > P

- O peso aparente do corpo é a diferença entre o peso real e o impulso


28 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Pap= P - E

ou E = P - Pap

I/ Exemplo:

1/ Um bloco de massa de 60 kg e densidade de 3.10 3 kg/mᵌ imerso em um


líquido de densidade ρ = 0,9.103kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um
dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido pelo líquido sobre o
bloco.

Resolução:

Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado


por V.

ρ = m/V => V = m/ ρ = 60/3.103 => V = 2.10-2 m3

E = ρ. V. g = 0,9 103. 2.10-2. 10 => E = 180N

2/ Um bloco pesa 50N no ar e 40N na água. Determine a massa específica do


material do bloco. Dados: ρH2O = 1000kg/m3, g= 9,8m/s2

Resolução: Como P = m.g ==> 50 = m.10 ==> m = 5kg


Empuxo= Peso no ar - Peso na agua ==> E = 50 - 40 ==> E = 10N
Mas :E = ρ.v.g ==> 10=1000.v.10 ==> v=0,001 m³
Agora temos o peso, o volume, só falta a massa especifica que é dada por:
ρ = m/v ==> ρ = 5/0,001==> ρ = 5000kg/m³ ou 5g/cm³
29 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Ex3:

4/ Um bloco cúbico de madeira com massa específica ρ= 650kg/m3, com 20


cm de aresta, flutua na água (ρH2O= 1000kg/m3) . Determine a altura do cubo
que permanece dentro da água

Sumário: Hidrodinâmica
30 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

I/ Movimento dos fluidos em regime estacionário:


1- Escoamento Estacionário: também conhecido como laminar, é obtido
quando a velocidade de escoamento é pequena, ou seja, quando a velocidade de
escoamento for a mesma em todos os pontos. Ex: a água de um rio calmo.
2- Escoamento não estacionário – ou turbulento é quando a velocidade do
fluído varia no decorrer do tempo. Ex: As quedas de água
II/ Vazão
- Vazão ou caudal é o volume de determinado fluido que passa por uma
determinada secção de um conduto livre ou forçado, por uma unidade de tempo.
- Um conduto livre pode ser um canal, um rio ou uma tubulação.
- Um conduto forçado pode ser uma tubulação com pressão positiva ou
negativa.
𝑉
Q=
∆𝑡

- Onde: V= volume escoado ( m3 )


∆t = intervalo de tempo ( s)
- No SI, unidade é m3/s
- Relação entre Área e Velocidade.

+ Consideramos um tubo, S é área da secção e L comprimento do tubo,


então: Volume V= SL
+ A distância L percorrida pelo líquido num tempo t: L =vt ==> V = Svt

Q = Sv
+Onde: S = área da secção ( m2),
v= velocidade de escoamento ( m/s)
III/ Equação da continuidade:
- Em um intervalo de tempo, o volume do fluido que passa em A é o mesmo
volume que passa em B.
31 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

VA=VB
L1.S1=L2.S2
S1.v1.∆t= S2.v2.∆t

S1.v1=S2.v2
IV/ Equação de Bernoulli:
- Foi elaborado pelo matemático suíço Daniel Bernoulli.
- A equação de Bernoulli é utilizada para descrever o comportamento dos
fluidos em movimento no interior de um tubo.

- Consideramos para um fluido ideal que apresenta as seguintes características:

 Escoamento linear – velocidade constante em qualquer ponto do fluído.


 Incompressível – com densidade constante.
 Sem viscosidade.
 Escoamento irrotacional.

𝛒.𝐯 𝟐
+ ρgh +p = constante
𝟐

Onde: v= velocidade do fluido ao longo do conduto


g = aceleração da gravidade
h = altura com relação a um referencial
P = pressão ao longo do recipiente
ρ = massa específica do fluido
VI. Equação de Toricelli.
𝑣 2 = 𝑣𝑜2 + 2a∆d
Onde: v = velocidade final
vo= velocidade inicial
a = aceleração
32 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

∆d = variação de posição

Sumário: Exercícios de aplicação


1/ Calcular o tempo que levará para encher um tambor de 214 litros, sabendo-se
que a velocidade de escoamento do líquido é de 0,3m/s e o diâmetro do tubo
conectado ao tambor é igual a 30mm.
Dados: V= 214 litros = 0,214m3
v = 0,3m/s
d = 30mm = 0,03m
t=?
Resolução: Cálculo da vazão; Q = v.S = v.pi.r2 = 0,3m/s.3,14.(0,015m)2
Q = 0,00021m3/s
Cálculo de tempo: Q = V/t ==> t= V/ Q = 0,214m3/0,00021m3/s
t = 1019,04s = 17min

2/ Calcular o diâmetro de uma tubulação, sabendo-se que pela mesma, escoa


água a uma velocidade de 6m/s. A tubulação está conectada a um tanque com
volume de 12000 litros e leva 1 hora, 5 minutos e 49 segundos para enchê-lo
totalmente.
33 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

3/ Por uma mangueira de diâmetro interno de 4cm jorram 5 litros de água em


5s. Qual é a velocidade de escoamento da água
Dados: d= 4cm = 0,04m
V = 5l = 0,005 m3
t = 5s
v =?
Resolução:
Cálculo a vazão: ϕ = V/t = 0,005/5 = 0,001m3/s
Cálculo de área da seção: S= pi.r2 = 3,14x( 0,02)2 = 0,001256 m3
Cálculo da velocidade : ϕ =S.v ==> v=ϕ/S = 0,001/0,001256 = 0,8m/s
4/ Uma mangueira de diâmetro de 2 cm é usada para encher balde de 20
litros.
a/ Se leva um minuto para encher o balde. Qual é velocidade com que
a água passa pela mangueira?
b/ Um brincalhão aperta a saída da mangueira até ela ficar com um
diâmetro 5mm, e acerta o vizinho com água. Qual é a velocidade com que a
água sai da mangueira?

5/ Água é descarregada de um tanque cúbico com 3m de aresta por um tubo de


3cm de diâmetro. A vazão no tubo é de 7 litros/s. Determine
a/ A velocidade de descida da superfície livre da água do tanque
b/ Quanto tempo o nível da água levará para descer 15cm.
Dados: altura = comprimento = largura = 3m ==> V = 3.3.3 = 27m3
d = 3cm = 0,03m ==> r = 0,015m
ϕ = 7 litros/s = 0,007m3/s
Resolução:
a/ v =?
Temos: ϕ = S.v ==> v =ϕ/pi.r2 = 0,007/ 3,14. 0,0152 =10m/s
b/ t=?
h= 15cm= 0,15m
Vágua = 0,15.3.3 = 1,35m3
34 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Temos: ϕ = V/t ==> t= V/ϕ = 1,35/0,0071=92,85s


6/ Determine a velocidade do fluido nas seções (2) e (3) da tubulação mostrada
na figura. Dados: v1 = 3m/s, d1 = 0,5m, d2 = 0,3m e d3 = 0,2m.

7/

8/
35 FÍSICA - 11 CLASSE - IPIL

Você também pode gostar