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Calor é a energia transferida de um corpo a outro, devido à desigualdade de temperaturas existente entre
eles. Essa transferência sempre ocorre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.
A transferência de calor ocorre até o instante em que os corpos atingem a mesma temperatura (equilíbrio
térmico).
Quantidade de calor (Q) – Calor é uma forma de energia. A medição do calor trocado entre dois corpos é feita
através da grandeza quantidade de calor (Q), que será tomada em unidades SI de energia.
A unidade SI de calor é o joule (J), mas na prática usa-se muito a caloria (cal). A relação entre elas
é: 1 cal = 4,2 J 1J = 0,24cal.
Calor específico de uma substância1 é a quantidade de calor necessária para variar de 1 grau a temperatura de
1 unidade de massa da substância.
Exemplos
(1) água: c = 1 cal/g.°C substância padrão
Significado físico: para elevar a temperatura de 1 g de água de 1 °C, sob pressão normal, é necessário fornecer
1 caloria.
(2) outras substâncias2 (em cal/g.°C):
Capacidade térmica ou capacidade calorífica de um corpo (C) é a grandeza física que se refere à quantidade
de calor necessária para variar 1ºC a temperatura de todo o corpo.
Verifica-se experimentalmente que o quociente Q/Δt entre
a quantidade de calor recebida pelo corpo e a respectiva variação de
temperatura é constante para o corpo, esta constante define a
capacidade térmica.
Observa-se que, para uma dada quantidade de calor Q,
quanto maior for a variação de temperatura Δt do corpo, menor
será a sua capacidade térmica.
Assim, quando dois corpos recebem iguais quantidades de
calor, o corpo que possui maior capacidade térmica sofre a menor
variação de temperatura.
A capacidade térmica de um corpo é igual ao produto de sua massa pelo calor específico da substância que o
constitui.
C = m.c
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA.
Denomina-se calor sensível à quantidade de calor cedido (absorvido) para a (pela) amostra que produz uma
variação de temperatura Δt, sem mudar o estado físico. Tendo em vista a definição (11.2), podemos estabelecer uma
relação de quantidade de calor (Q) trocada por um corpo feito de uma substância de calor específico (c) e massa (m):
Q = c.m.Δt
CONCLUSÕES
As quantidades de calor (Q) trocadas pelos corpos de mesma substância são diretamente proporcionais às suas
massas (m), para uma mesma variação de temperatura (Δt).
As quantidades de calor (Q) trocadas pelos corpos de mesma massa (m) e mesma substância são diretamente
proporcionais às variações de temperatura (Δt).
Um sistema de corpo é termicamente isolado quando não troca calor com o meio exterior. As paredes que
impedem que essa troca de calor se realize são denominadas paredes adiabáticas. Se dois corpos constituem um sistema
termicamente isolado, só podem trocar energia térmica entre si. Assim, se um dos corpos cede certa quantidade de calor,
necessariamente o outro a receberá integralmente.
Observando-se os respectivos sinais algébricos, pode-se escrever
Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn = 0
A soma algébrica das quantidades de calor trocadas em um sistema termicamente isolado é nula.
CALOR LATENTE
A quantidade de calor necessária para ocasionar a mudança de fase de uma unidade de massa de uma da
substância pura, à temperatura constante, é denominada calor latente (L).
O calor latente (L) depende:
(1) do tipo de mudança de fase.
(2) da natureza da substância.
(3) da pressão
O sinal algébrico significa:
FÓRMULA DE DEFINIÇÃO
Calor latente é a quantidade de calor necessária para produzir uma mudança de fase em 1 grama da substância.
Verifica-se experimentalmente que a
quantidade de calor Q que um corpo de substância
pura troca para mudar de estado (mantendo
constante sua temperatura) é diretamente
proporcional à sua massa m. Assim:
4° Uma substância com massa de 250 g é submetida a um aquecimento, conforme mostra abaixo o diagrama calor versus
temperatura. Analisando-se o diagrama, pode-se afirmar que o calor específico dessa
substância é?
a) 1 cal/g °C
b) 0,1 cal/g °C
c) 0,01 cal/g °C
d) 2,5 cal/g °C
e) N.d.a.
5° Um bloco de cobre com 200 g sofre um aquecimento de 25°C para 70°C. O calor específico do cobre é igual a 0,093
. Qual a quantidade de calor recebida pelo bloco e determine a capacidade térmica do bloco.
7° Um corpo feito de 250 g de latão é aquecido de 0°C até 100°C, para isto foram utilizadas 2300 cal. Calcule:
a) O calor específico do latão;
b) A capacidade térmica desse corpo;
c) Se o corpo na situação final perder 1000 cal, qual será a sua temperatura?
8° Retira-se 240 Kcal para que uma certa massa de água líquida a 20°C torne-se gelo a -20°C. Qual é a massa de água?
Considere o calor específico da água c = 1cal/g.°C e o calor latente da troca L = 80cal/g.
a) 4 kg b) 6 kg c) 1 kg d) 200g e) 2 kg
9° Uma fonte térmica fornece, em cada minuto, 20 calorias. Para produzir um aquecimento de 20°C para 50°C em 50
gramas de um líquido, são necessários 15 minutos. Determine o calor específico do líquido.
10° Sendo Ls = -80 cal/g o calor latente de solidificação da água, calcule quantas calorias devem perder 600 g de água
líquida, a 20°C, até sua total solidificação. O calor específico da água é 1 cal/g.°C.
O corvo assassinado
Um senhor feudal estava decidido a matar um corvo que tinha feito ninho na torre
de seu castelo. Repetidas vezes tentou surpreender o pássaro, mas em vão:
quando o homem se aproximava, o corvo voava de seu ninho, colocava-se
vigilante no alto de uma árvore próxima, e só voltava à torre quando já vazia. Um
dia, o senhor recorreu a um truque: dois homens entraram na torre, um ficou lá
dentro e o outro saiu e se foi. O pássaro não se deixou enganar e, para voltar,
esperou que o segundo homem tivesse saído. O estratagema foi repetido nos dias
seguintes com dois, três e quatro homens, sempre sem êxito. Finalmente, cinco
homens entraram na torre e depois saíram quatro, um atrás do outro, enquanto o
quinto aprontava o trabuco à espera do corvo. Então o pássaro perdeu a conta e
a vida.
As espécies zoológicas com sentido do número são muito poucas (nem mesmo
incluem os monos e outros mamíferos). E a percepção de quantidade numérica
nos animais é de tão limitado alcance que se pode desprezá-la. Contudo, também
no homem isso é verdade. Na prática, quando o homem civilizado precisa
distinguir um número ao qual não está habituado, usa conscientemente ou não -
para ajudar seu sentido do número - artifícios tais como a comparação, o
agrupamento ou a ação de contar. Essa última, especialmente, se tornou parte
tão integrante de nossa estrutura mental que os testes sobre nossa percepção
numérica direta resultaram decepcionantes. Essas provas concluem que o
sentido visual direto do número possuído pelo homem civilizado raras vezes
ultrapassa o número quatro, e que o sentido tátil é ainda mais limitado.
Julgando o desenvolvimento dos nossos ancestrais pelo estado mental das tribos
selvagens atuais, é impossível deixar de concluir que sua iniciação matemática
foi extremamente modesta. Um sentido rudimentar de número, de alcance não
maior que o de certos pássaros, foi o núcleo do qual nasceu nossa concepção de
número. Reduzido à percepção direta do número, o homem não teria avançado
mais que o corvo assassinado pelo senhor feudal. Todavia, através de uma série
de circunstâncias, o homem aprendeu a completar sua percepção limitada de
número com um artifício que estava destinado a exercer influência extraordinária
em sua vida futura. Esse artifício é a operação de contar, e é a ele que devemos
o progresso da humanidade.
A ideia de correspondência
A correspondência biunívoca resume-se numa operação de "fazer
corresponder". Pode-se dizer que a contagem se realiza fazendo corresponder a
cada objeto da coleção (conjunto), um número que pertence à sucessão natural:
1,2,3...
A gente aponta para um objeto e diz: um; aponta para outro e diz: dois; e assim
sucessivamente até esgotar os objetos da coleção; se o último número
pronunciado for oito, dizemos que a coleção tem oito objetos e é um conjunto
finito. Mas o homem de hoje, mesmo com conhecimento precário de matemática,
começaria a sucessão numérica não pelo um mas por zero, e escreveria
0,1,2,3,4...
Do relativo ao absoluto
Pareceria à primeira vista que o processo de correspondência biunívoca só pode
fornecer um meio de relacionar, por comparação, dois conjuntos distintos (como
o das ovelhas do rebanho e o das pedras empilhadas), sendo incapaz de criar
o número no sentido absoluto da palavra. Contudo, a transição do relativo ao
absoluto não é difícil.
Criando conjuntos modelos, tomados do mundo que nos rodeia, e fazendo cada
um deles caracterizar um agrupamento possível, a avaliação de um dado
conjunto fica reduzida à seleçào, entre os conjuntos modelos, daquele que possa
ser posto em correspondência biunívoca com o conjunto dado.