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LIVRO 03 - 2018

Gabarito
01. b 13. b 25. d
02. a 14. a 26. d
03. b 15. a 27. a
04. b 16. e 28. a
05. b 17. e 29. c
06. 02 18. a 30. e
07. b 19. c 31. c
08. c 20. a 32. a
09. b 21. b 33. a
10. d 22. e 34. a
11. b 23. d 35. b
12. b 24. d

CALORIMETRIA
As sensações de frio e quente que experimentamos em Observação: Algumas unidades de calor utilizadas e suas
nosso cotidiano estão relacionadas às trocas de energia entre relações:
nosso corpo e o meio ambiente. A sensação de quente está 1 cal = 4,186 J
associada ao ganho de energia e a de frio, com a perda de 1 Btu = 1,055 J
energia pelo nosso corpo. Isso acontece porque, quando co- 1 Cal = 1 kcal = 1.000 cal
locamos dois corpos quaisquer em contato, a energia térmica
flui naturalmente de algo que está mais quente para algo que A “caloria” (Cal) utilizada pelos médicos e nutricionistas é,
está mais frio. na realidade, a quilocaloria (kcal), também chamada de grande
As trocas de calor entre dois ou mais corpos, num sistema caloria. A unidade Btu continua sendo usada na engenharia,
isolado, obedecem ao princípio da conservação de energia, ou principalmente no ramo da refrigeração, por exemplo, nos
seja, a quantidade de calor (energia) cedida por uns é igual a aparelhos de ar condicionado.
quantidade de calor (energia) absorvida pelos outros. E essas
trocas de energia têm suas consequências. Por exemplo, quan-
do um corpo ganha ou perde energia, ele pode sofrer mudança
de temperatura e/ou uma mudança no seu estado físico.

Quantidade de calor (Q)


A quantidade de calor (Q) representa a quantidade de
energia que é trocada entre dois ou mais corpos em contato
quando há diferença de temperatura entre eles. Calor sensível e calor latente
Somente no século XIX o calor passou a ser entendido
como uma forma de energia. Antes disso, ele era relacionado à Quando um corpo recebe calor, este não fica armazenado
sua capacidade de elevar a temperatura da água e era medido no corpo como calor, mas sim na forma de energia térmica
em caloria (cal). (energia cinética) e/ou na forma de energia de agregação de
suas moléculas (energia potencial). O mesmo acontece quando
Definição “legal” de caloria um corpo cede calor: ele perde energia cinética e/ou potencial.
Portanto um corpo, ao ceder ou receber calor, pode sofrer uma
Caloria é a quantidade de calor necessária para elevar a variação de temperatura e/ou mudança de estado físico.
temperatura de 1g de água de 14,5 ºC para 15,5 ºC. Assim definimos calor sensível e calor latente:
Desde 1948, em virtude de o calor ser uma forma de ener- Calor sensível é a quantidade de calor recebido ou cedido
gia, a unidade utilizada é a do SI: Joule (J) por um corpo e acarreta, exclusivamente, uma variação de
temperatura do corpo.

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Calor latente é a quantidade de calor cedido ou absorvido converter-se em energia potencial, o que não eleva a tempe-
por um corpo e acarreta, exclusivamente, uma mudança no ratura. Geralmente há uma combinação dos dois mecanismos.
estado físico do corpo. Um grama de água requer 1 caloria de energia para que
sua temperatura se eleve em 1 grau Celsius. Apenas cerca de
um oitavo dessa energia é gasta para elevar a temperatura de
Quantidade de calor sensível um grama de ferro na mesma quantidade de graus. A água
absorve mais calor do que o ferro para uma mesma variação
No estudo do calor sensível necessário para produzir uma
de sua temperatura. Dizemos, então, que a água possui uma
variação de temperatura num corpo de massa m, observamos
capacidade térmica específica – mais conhecida simplesmen-
que a quantidade de calor (Q):
te como calor específico – maior do que a do ferro.
• é diretamente proporcional à massa m do corpo, para
uma mesma variação de temperatura; O calor específico de qualquer substância é definido como
• é diretamente proporcional à variação de temperatura, a quantidade de calor requerida para alterar a temperatura
mantendo-se a massa m do corpo; de uma unidade de massa da substância em 1 grau.
• depende do tipo de material: uma mesma quantidade
de calor, fornecida a dois corpos de mesma massa,
mas constituídos de materiais diferentes, provoca
variações de temperaturas diferentes.

Resumindo, podemos escrever:

Q = m . c . DT

A constante c é uma característica do material e recebe o


nome de calor específico. Sua unidade usual é cal/gºC, A tabe-
la a seguir apresenta o calor específico de algumas substâncias.
O recheio de uma torta de maçã aquecida pode estar quente demais,
mesmo que a crosta da torta não esteja.
Substância c (cal/g × ºC) Substância c (cal/g × ºC)
Água 1,0 Gelo 0,55 A água possui uma capacidade de armazenamento de
energia melhor do que a grande maioria dos materiais. Uma
Alumínio 0,22 Latão 0,094 quantidade relativamente pequena de água absorve uma gran-
de quantidade de calor para haver uma elevação corresponden-
Areia 0,20 Mercúrio 0,033
temente pequena de sua temperatura. Por causa disso, a água
Cobre 0,093 Ouro 0,032 é um agente muito útil para refrigerar sistemas encontrados em
automóveis e outras máquinas. Se um líquido de baixo calor
Chumbo 0,031 Prata 0,056 específico fosse usado para refrigerar tais sistemas, sua tem-
Estanho 0,055 Vapor (água) 0,48 peratura se elevaria mais, para uma mesma absorção de calor.
A água também leva muito tempo para esfriar, fato que
Ferro 0,11 Vidro 0,20 explica por que, no passado, costumava-se usar bolsas de
água quente nas noites frias do inverno. (Hoje em dia foram
substituídas, em grande parte, por cobertores elétricos). Essa
Calor específico tendência da água de resistir a mudanças de temperatura
melhora o clima em muitos lugares.
Você provavelmente já notou que certos alimentos perma-
necem quentes por mais tempo do que outros. Se você pegar Observações: A água é a substância que apresenta maior
uma torrada de dentro da torradeira elétrica e simultaneamente calor específico. O calor específico depende do estado físico da
derramar sopa quente dentro de uma tigela, alguns minutos mais substância. Geralmente, o calor específico é considerado cons-
tarde a sopa ainda estará agradavelmente morna, enquanto a tante, mas na realidade ele depende da temperatura e da pressão.
torrada terá esfriado. Analogamente, se você esperar um pouco
antes de comer um pedaço quente de rosbife e uma concha de
purê de batata, ambos inicialmente à mesma temperatura, você Capacidade térmica
descobrirá que a carne esfria mais rápido do que a batata.
Substâncias diferentes possuem diferentes capacidades Vamos fazer dois experimentos. No primeiro, vamos aque-
de armazenamento de energia interna. Se aquecermos uma cer dois recipientes contendo água à temperatura ambiente:
panela com água no fogão, descobriremos que leva cerca de no primeiro recipiente temos 100g de água e no segundo,
15 minutos para que sua temperatura se eleve da temperatura 500g de água.
ambiente até a temperatura de ebulição. Mas se pusermos Se dois recipientes forem aquecidos na mesma chama
uma massa igual de ferro no mesmo fogo, descobriremos que de gás, durante o mesmo intervalo de tempo, observaremos
ele sofrerá a mesma elevação de temperatura em cerca de 2 que a temperatura da água do primeiro recipiente é maior que
minutos. Para a prata, o tempo seria inferior a um minuto. Dife- a temperatura da água no segundo recipiente. Isso significa
rentes materiais requerem diferentes quantidades de calor para dizer que os dois corpos de mesmo material, mas de massas
elevar a temperatura de uma determinada quantidade desse diferentes, recebem a mesma quantidade de calor, eles sofrem
material em um determinado número de graus. variações de temperaturas diferentes.
Materiais diferentes absorvem energia de maneiras dife- No segundo experimento, vamos colocar nos recipientes
rentes. A energia pode aumentar o movimento constantemente dois corpos de mesma massa, à temperatura ambiente, mas
agitado das moléculas, o que eleva a temperatura. Ou ela pode de materiais diferentes: o primeiro recipiente contém um bloco
aumentar a rotação ou as vibrações internas das moléculas, e de ferro de 1.000g, e o segundo, 1000g de água.

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Expondo os recipientes à mesma chama de gás, durante 05. Um corpo de massa 200g é aquecido por uma fonte de
o mesmo intervalo de tempo (3 minutos, por exemplo), veri- potência constante e igual a 200 calorias por minuto. O grá-
ficaremos que o bloco de ferro atinge uma temperatura em fico mostra como varia, no tempo, a temperatura do corpo.
que será quase impossível apanhá-lo diretamente com a mão.
Entretanto, se o litro de água receber a mesma quantidade de
calor, teremos água morna.
Isso significa dizer que se dois corpos de mesma massa,
mas de materiais diferentes, recebem a mesma quantidade de
calor, eles sofrem variação de temperaturas diferentes, ou seja,
têm comportamentos térmicos diferentes.
Portanto, quando dois corpos recebem a mesma quanti-
dade de calor, mais apresentam variações de temperaturas Determine a capacidade térmica do corpo e o calor espe-
diferentes, dizemos que eles possuem capacidades térmicas cífico da substância que o constitui.
diferentes.
Assim, a capacidade térmica (C) de um corpo é definida
pela relação entre a quantidade de calor trocada (cedido ou Princípio geral das trocas de calor
recebido) e a correspondente variação de temperatura:
Quando dois ou mais corpos em diferentes temperaturas
Q
C= são colocados num calorímetro termicamente isolado do meio
∆T externo, eles trocam calor entre si até ser atingido o equilíbrio
Como a quantidade de calor sensível é dada por Q = m.c.DT térmico. É lógico que os módulos das quantidades de calor de-
vem ser iguais, embora de sinais opostos. Baseado no princípio
Q da conservação de energia: se o corpo inicialmente mais quente
(1) e a capacidade térmica é dada por C = (2), substituindo perde 1000 calorias durante o processo, o corpo inicialmente
a expressão (1) na expressão (2): ∆T
mais frio recebe 1000 calorias no mesmo intervalo de tempo.
m ⋅ c ⋅ ∆T Portanto: Q1 = 1000 cal e Q2 = – 1000 cal.
C= ∴ C = m∆c
∆T
Em vista do exposto, podemos escrever para as duas
A capacidade térmica de um corpo é dada pelo produto de quantidades de calor trocadas:
sua massa pelo calor específico da substância que constitui Q1 = -Q2 ou Q1 + Q2 = 0
o corpo. No sistema usual de calorimetria, a unidade para a
capacidade térmica é cal/ºC. Quando dois ou mais corpos trocam calor entre si até ser
atingido o equilíbrio térmico, é nulo o somatório das quanti-
Observações: A capacidade térmica (C) é uma propriedade dades de calor trocadas.
de um corpo, e o calor específico (c) é uma propriedade da
substância que constitui o corpo. Dois corpos são termicamente Observações:
equivalentes quando, ao trocar (ceder ou receber) a mesma
• Não havendo mudança de fase em nenhum dos
quantidade de calor, sofrem a mesma variação de temperatura.
corpos, a quantidade de calor formada é dada pela
Em outras palavras, dois corpos são termicamente equivalen-
expressão do calor sensível: Q = m . c . DT
tes quando possuem a mesma capacidade térmica.
• Na mudança de fase, a quantidade de calor trocada é
dada por: Q = m . L.
• O calorímetro dito ideal, contudo, não existe.
Exercícios de Fixação • Na prática, um bom calorímetro deve ter uma capaci-
dade térmica desprezível em comparação às capaci-
dades térmicas dos corpos em seu interior.
01. O que possui maior calor específico: a água ou areia?
Justifique.

02. Por que um pedaço de melancia se mantém frio por perío- Exercícios de Fixação
dos de tempo mais longos do que sanduíches, depois que
ambos são retirados de uma geladeira de piquenique, em 01. Um pedaço de ferro de massa 500g a 110 ºC, é colocado
um dia quente? em contato com 200g de água que está à temperatura ini-
cial de 10 ºC. Admitindo que ocorra troca de calor apenas
03. Uma tachinha de ferro e um grande parafuso também de entre a água e o ferro, determine a temperatura final de
ferro são retirados de um forno quente. Eles estão verme- equilíbrio. Dados: calor específico do ferro = 0,1 cal/gºC,
lhos, de tão quentes, e se encontram à mesma temperatura. calor específico da água = 1,0 cal/gºC.
Quando forem mergulhados em recipientes idênticos, com
água nas mesmas temperaturas, qual deles elevará mais 02. Analise as afirmações abaixo e assinale V para as ver-
a temperatura da água? dadeiras e F para as falsas. Depois, reescreva as falsas
corrigindo o que for necessário.
04. O Nordeste do Canadá e grande parte da Europa recebem
praticamente a mesma quantidade de luz solar por unidade (01) Calor específico é a medida da capacidade que um
de área. Por que, então, a Europa geralmente tem invernos corpo apresenta de ganhar ou perder calor para uma
menos rigorosos? dada variação de temperatura.
(02) Equivalente em água de um corpo é a massa da água
cuja capacidade térmica é igual a capacidade térmica
do corpo.

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(03) A variedade alotrópica tem influência no calor específico. Lsolidificação = – 80 cal/g.
(04) Dois termômetros, um Celsius correto e um Fahrenheit
inexato são colocados dentro de um líquido. Se o Cel- Ainda para água temos:
sius acusar 30,3 ºC e o Fahrenheit 86 ºF, o erro absoluto Lvaporização = – Lcondensação = 540 cal/g
em graus Celsius cometido na avaliação será 0,3.
O calor latente L é expresso para 1g da substância; então,
03. (UFBA) Considerem-se dois corpos, A e B, de massa iguais, se precisarmos calcular a quantidade de calor Q a ser trocada
com temperaturas iniciais qA e qB, sendo qA > qB, e com por um corpo de massa m para que esse corpo sofra mudança
calores específicos CA e CB diferentes entre si e constantes de fase, podemos fazer:
no intervalo de temperatura considerado. Colocados em
um calorímetro ideal, A e B, após certo tempo, atingem MASSA CALOR A SER TROCADO
o equilíbrio térmico. Nessas condições, é correto afirmar: 1 g ___________ L
m ___________ Q
(01) A energia cedida por A é a mesma recebida por B.
(02) No corpo de maior capacidade térmica ocorre a maior Dessa regra de três, simples e direta, obtemos:
variação de temperatura. q=m.L
(04) O aumento da temperatura de B é numericamente
igual ao decréscimo da temperatura de A. Nessa expressão, temos: m a massa que sofre mudança de
C θ + CBθB fase, em g (grama); L, o calor latente da mudança de fase, em
(08) A temperatura de equilíbrio é igual a A A
CA + CB cal/g; e Q a quantidade de calor latente a ser trocada, em cal.
(16) Em relação ao centro de massa, a energia cinética
média das moléculas de B é maior do que a de A.
Exercícios de Fixação
Mudanças de fase
A matéria em nosso meio ambiente existe em quatro fases 01. Determine a quantidade de calor que deve ser fornecida a
(ou estados físicos) comuns. O gelo, por exemplo, é a fase sóli- 100g de gelo, inicialmente a –30 ºC, para transformá-lo em
da de H2O. Se você adiciona-lhe energia, você estará causando 100g de água a 50 ºC. Dados: calor específico do gelo = 0,5
um aumento da agitação molecular na estrutura molecular rí- cal/gºC; calor específico da água = 1 cal/gºC; calor latente
gida, que acaba se rompendo para formar água (a fase líquida de fusão do gelo = 80 cal/g. Trace a curva de aquecimento.
do H2O). Se adicionar mais energia ainda, a fase líquida muda
para a fase gasosa. E adicionando-lhe mais energia ainda, as 02. Num grande bloco de gelo em fusão, faz-se uma cavidade
moléculas se romperão em íons e elétrons, resultando na fase onde são colocados 100g de um metal de calor específico
de plasma. A fase da matéria depende de sua temperatura e 0,15 cal/gºC, a 120 ºC. Sendo de 80 cal/g o calor latente
da pressão que é exercida sobre ela. Mudanças de fase quase da fusão do gelo, qual a massa de água que se forma na
sempre requerem uma transferência de energia. cavidade até o equilíbrio térmico?

Calor latente Resp.: 22,5 g

Pode acontecer de uma substância estar recebendo calor 03. Um bloco de gelo com 200g, a 0 ºC, é colocado no interior
e manter sua temperatura constante? de um calorímetro ideal que contém 400g de água a 30
ºC. Sendo o calor específico da água 1 cal/gºC e o calor
latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g, determine:

a) a temperatura final de equilíbrio térmico;


b) a massa final do líquido.

Resp.: a) 0ºC; b) 550 g

04. Em um recipiente de paredes adiabáticas e capacidade


térmica desprezível introduzem-se 200g de água a 20 ºC e
Durante a fusão do gelo e a ebulição da água sob pressão normal, a temperatura 80g de gelo a –20 ºC. Dados: calor específico da água = 1,0
permanece constante em 0 ºC e em 100 ºC, respectivamente.
cal/gºC; calor específico do gelo = 0,50 cal/ gºC; calor latente
O calor latente de uma mudança de estado de uma substân- de fusão do gelo = 80 cal/g. Determine a massa de gelo que
cia pura, que representaremos por L, mede numericamente resta no recipiente ao ser atingido o equilíbrio térmico.
a quantidade de calor trocada por unidade de massa da
substância durante aquela mudança de estado, enquanto 05. (Albert Einstein 2017.2) Nos veículos com motores refrige-
sua temperatura permanece constante. rados por meio líquido, o aquecimento da cabine de passa-
geiros é feito por meio da troca de calor entre o duto que
No caso do gelo, a pressão normal, o calor latente de fusão
conduz o líquido de arrefecimento que circula pelo motor
vale: LF = 80 cal/g.
e o ar externo. Ao final, esse ar que se encontra aquecido,
Isso significa que devemos fornecer 80 cal a cada 1g de
é lançado para o interior do veículo.
gelo a 0 ºC, para provocar fusão.
Num dia frio, o ar externo, que está a uma temperatura de
Na transformação inversa, a solidificação — passagem
5°C, é lançado para o interior da cabine, a 30°C, a uma
da água líquida para o estado sólido — a quantidade de calor
taxa de 1,5L/s. Determine a potência térmica aproximada,
envolvida na mudança tem o mesmo módulo, mas é negativa
em watts, absorvida pelo ar nessa troca de calor.
porque o calor é perdido pela água. Portanto o calor latente de
solidificação da água vale:

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Atividade Taxa de utilização de energia (kcal/min)


Dormir 1,0 a 1,3
Andar 3,8
Correr 8,0 a 12
Nadar 9,9
≅ 16,7 cal/s ≅
(1,0 kcal/min 70 w)

Para executar todas as atividades diárias, uma pessoa


necessita, em média, de 2.500 a 3.000 kcal. Os nutricionistas
diriam “de 2.500 a 3.000 Cal”.

LEITURA II
a) 20 c) 45
A EXPERIÊNCIA DE JOULE
b) 25 d) 60 Para chegar ao equivalente mecânico do calor, James Pres-
cott Joule realizou uma série de experiências. A mais conhecida
consistia de uma série de pás girantes fixadas em torno de um
eixo vertical, colocadas em uma cuba termicamente isolada do
Leitura complementar ... exterior, imersas em água.

LEITURA I
ALIMENTOS E ENERGIA
A manutenção da vida, por incluir inúmeras atividades,
consome muita energia, fornecida pelos alimentos. A quantidade
de energia necessária varia de uma espécie animal para outra e
conforme a atividade exercida. Diferentes atividades envolvem
diferentes consumos de energia. Um adulto de vida sedentária
consome cerca de 2.200 kcal/ dia, enquanto um trabalhador, em
atividade física intensa, pode necessitar de 6.000 a 8.000 kcal/
dia. Do total calórico da dieta humana, cerca de 50% provém dos
carboidratos, 30 a 35% das gorduras e 15 a 20% das proteínas.
Caso a oferta calórica seja inferior a necessidade, o orga-
nismo utiliza as reservas de glicogênio e de gordura; se essas
reservas chegarem próximo do final, as proteínas passam a ser
usadas como fonte de energia, levando a consumo da massa O dispositivo utilizado por Joule está ilustrado, esque-
muscular e dos constituintes celulares. A desnutrição calórico- maticamente, na figura ao lado. O movimento de rotação das
-proteica em que predomina a deficiência calórica e conhecida pás é obtido com o auxílio de um molinete, o qual é acionado
como marasmo e pode levar a morte por inanição, isto é, por pela queda de dois blocos. A velocidade de rotação do eixo
falência energética do organismo. vertical permanece praticamente constante, devido a grande
resistência da água ao movimento das pás. Sendo assim, a
energia cinética dos blocos também praticamente não varia
durante a queda, mas a energia potencial deles é totalmente
transformada em energia térmica; em consequência, a água
se aquece. Utilizando-se um termômetro de precisão, mede-se
a variação de temperatura sofrida pelo líquido.
Desse modo, sendo conhecido o peso P de cada bloco e
a altura de queda H, é possível determinar a energia potencial
E dos blocos à altura H:

E = 2P . H
Sendo m a massa de água, c seu calor específico e Dq a
variação de temperatura, a quantidade de calor Q absorvida
pela água no processo será dada por:
“Se a miséria de nossos pobres não é causada por leis da natureza, mas por nossas institui-
ções, grande é o nosso pecado” Charles Darwin.
Q = m . c . Dq
A tabela abaixo apresenta alguns valores médios referen- Comparando as duas quantidades, é possível estabelecer a
tes à energia utilizada pelo corpo humano na realização de relação entre a unidade da energia mecânica (joule) e a unidade
algumas atividades. da quantidade de calor (caloria):

1 cal = 4,1868 J

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Originalmente, os pesos utilizados por Joule tinham 4 libras 05. (Osec-SP) Suponha que a temperatura do corpo de uma
cada um, caíam de uma altura de 12 jardas e a velocidade pessoa seja igual a 37 °C. Quando essa pessoa bebe
de queda era de 1 pé por segundo. A operação foi repetida um copo de água, a energia que essa água absorve, em
dezesseis vezes e a temperatura da água foi determinada calorias, é igual a:
com o auxílio de um termômetro sensível, capaz de detectar
diferenças de temperatura de 1 centésimo de grau Fahrenheit. a) 6,0 . 102 d) 6,0 . 103
Todas essas unidades são do sistema inglês. b) 6,0 e) 7,4 . 103
O valor do equivalente mecânico do calor (como então c) 7,4
foi chamado) encontrado por Joule foi, em unidades de hoje, (Calor específico da água = 1,0 cal/g . °C; gelada 200 g; 7 °C.)
4,15 joules para 1 caloria — um valor bem aceitável para as
condições em que os experimentos foram realizados. O valor 06. (F. Santo Andre-SP) Um corpo de massa igual a 100 g, cujo
exato dessa equivalência foi obtido posteriormente, fruto de calor específico é 0,70 cal/g . °C, recebe uma quantidade de
experiências mais cuidadosamente conduzidas. calor Q e sofre um aumento de temperatura igual a 20°C.
O valor de Q, em calorias, é, no mínimo, igual a:

a) 1,4 . 103 d) 1,4


Exercícios Propostos b) 1,4 . 102 e) 1,4 . 10–1
c) 1,4 . 10
Equação fundamental da calorimetria 07. (UNIFACS 2017.1) Ao realizar exercícios físicos, um ado-
01. Calor é: lescente de 60,0kg fica com a temperatura 2oC acima da
temperatura normal de 37oC. Considerando-se que o calor
a) sinônimo de temperatura. específico do corpo humano é igual a 3480J/kg.K, é correto
b) uma forma de energia transferida devido à diferença de afirmar que o calor necessário para produzir essa diferença
temperatura. de temperatura, em kJ, é igual a
c) uma forma de energia atribuída aos corpos quentes.
d) uma forma de energia inexistente nos corpos frios. 01) 285,7 04) 522,3
e) uma medida da energia interna de um corpo. 02) 390,4 05) 583,5
03) 417,6
02. (U. S. Judas Tadeu-SP) Dois corpos diferentes entram em 08. (UFSE) A temperatura q de um
contato. Até que se estabeleça o equilíbrio térmico entre corpo sólido de massa 100 g
eles, o calor passa: está representada no gráfico,
a) do corpo de maior capacidade térmica para o corpo de em função do tempo t. Se o calor
menor capacidade térmica. específico da substância de que
b) do corpo sólido para o corpo líquido. o corpo é feito vale 0,80 cal/g .
c) do corpo de maior temperatura para o corpo de menor °C, o número de calorias que o
temperatura. corpo recebeu por minuto é:
d) do corpo de menor calor específico para o corpo de a) 3,2 . 102 d) 8,0 . 102
maior calor especifico. b) 4,0 . 102 e) 2,4 . 103
e) do corpo de maior massa para o corpo de menor massa. c) 4,8 . 102

03. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa correta. 09. (UEFS 2015.2) Fonte


térmica ou fonte de calor
a) Uma caloria corresponde ao quanto de calor devemos pode ser definida como
fornecer a um grama de chumbo para variar sua tem- um sistema que pode
peratura de 1 °C. fornecer calor continu-
b) Uma substância, ao receber ou perder calor sensível, amente, sem que sua
muda o seu estado de agregação. temperatura varie. Uma
c) Uma substância, ao receber ou perder calor latente, mesma fonte de calor de
varia sua temperatura. potência constante igual
d) O calor específico de uma substância indica o quanto a 28W aquece dois cor-
de calor devemos fornecer ou retirar de um grama da pos A e B, com massas, respectivamente, iguais a 100,0g
substância para variar a sua temperatura de 1 °C. e 50,0g, e a figura mostra como as temperaturas desses
e) A capacidade térmica de um corpo indica o quanto de corpos variam em função do tempo.
calor devemos fornecer a um grama da substância do Considerando-se que toda energia liberada pela fonte seja
corpo para variar a sua temperatura de 1 °C. absorvida pelos corpos e que 1,0cal = 4,0J, a razão entre
os calores específicos, cB/cA, é igual a
04. (Uneb-BA) Um certo corpo sólido está inicialmente a 20 ºC e é
aquecido ate 60 °C, sem mudar de estado. Supondo que nesse a) 2,86 d) 5,04
processo o corpo recebeu 800 cal, sua capacidade térmica b) 3,12 e) 5,32
média para o intervalo de temperaturas considerado vale: c) 4,48

a) 40 cal/°C d) 4 cal/°C 10. (UNICAMP 2018 – 1ª fase) “Gelo combustível” ou “gelo de


b) 2 cal/°C e) 13,3 cal/°C fogo” é como são chamados os hidratos de metano que se
c) 20 cal/°C formam a temperaturas muito baixas, em condições de pres-
são elevada. São geralmente encontrados em sedimentos

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do fundo do mar ou sob a camada de solo congelada dos 15. (UEFS-BA-2014) Considere dois blocos metálicos, um de
polos. A considerável reserva de gelo combustível no planeta chumbo e outro de alumínio, cada um com massa igual a
pode se tornar uma promissora fonte de energia alternativa 200,0 g, colocados num béquer com água, e o conjunto
ao petróleo. Considerando que a combustão completa de em equilíbrio com a temperatura ambiente de 20 oC.
certa massa de gelo combustível libera uma quantidade de Introduzindo-se um termômetro no béquer, que se encontra
energia igual a E = 7,2 MJ, é correto afirmar que essa energia ao nível do mar, o sistema é levado ao fogo e, depois de
é capaz de manter aceso um painel de LEDs de potência algum tempo, a temperatura da água para de subir.
P = 2 kW por um intervalo de tempo igual a Admitindo-se que o calor específico do chumbo e o do
alumínio, considerados constantes na faixa de tempera-
a) 1 minuto. c) 1 hora. tura, são, respectivamente, 0,03 cal/g. oC e 0,21 cal/g. oC,
b) 144 s. d) 1 dia. é CORRETO afirmar que a razão entre a quantidade de
11. (Guanambi 2016.1) Todas as atividades do corpo humano calor absorvido pelo bloco de alumínio e a quantidade de
envolvem trocas de energia e, mesmo estando em repouso, calor absorvida pelo bloco de chumbo é igual a
continua-se gastando energia a uma taxa de cerca de 0,1kW a) 3. d) 7.
para a manutenção de suas principais funções. Desprezando- b) 4. e) 8.
-se a perda da energia para o meio ambiente, considerando-se c) 5.
1cal igual a 4,0J e sabendo-se que o calor específico da água é
igual a 1,0cal/g.oC, pode-se afirmar que a temperatura final, em 16. (Mackenzie-SP) Um calorímetro ideal de capacidade térmi-
o
C, de um sistema constituído com massa de água de 2,0kg, ca desprezível contém 300 g de óleo (c = 0,5 cal/g × ºC).
a 20oC, quando aquecida com a energia equivalente àquela Colocando no interior desse calorímetro 600 g de água
gasta por uma pessoa que permanece deitada por 0,5h é igual a (C = 1 cal/g . ºC) a 80 ºC, a temperatura de equilíbrio
térmico da mistura passa a ser 75 °C. A temperatura inicial
01) 36,3 04) 42,5 do óleo era:
02) 39,4 05) 46,8
03) 40,6 a) 55 °C d) 70 ºC
b) 60 °C e) 75 ºC
12. (UEFS-BA-2015) Uma amostra de 1,0 kg de chumbo é c) 65 °C
aquecida a 80 oC e depositada em um calorímetro contendo
400,0 g de água, inicialmente a 20 oC. 17. (FAMERP 2015) O conceito de energia é de fundamental
Considerando-se a capacidade calorífica do recipiente igual a importância na física do corpo humano. Todas as suas
20 cal/oC e os calores específicos do chumbo e da água iguais, atividades, incluindo o pensamento, envolvem trocas de
respectivamente, a 0,03 cal/goC e 1,0 cal/goC, conclui-se que energia. Mesmo em repouso, o corpo humano continua
a temperatura final de equilíbrio do sistema, em oC, é igual a gastando energia, com uma potência da ordem de 102 W,
na manutenção do funcionamento de seus órgãos, tecidos
a) 36. d) 24. e células. Cerca de 25% dessa energia é usada pelo es-
b) 32. e) 20. queleto e pelo coração, 20% pelo cérebro, 10% pelos rins
c) 28. e 27% pelo fígado e pelo baço.
13. (UESB-BA-2015) Um calorímetro de capacidade calorífica (Emico Okuno et al. Física para ciências biológicas e biomédicas. Adaptado.)
50,0 cal/oC contém 1,0 kg de água a 303 K e 50,011 de gelo a
273 K. Considerando-se o calor latente de fusão do gelo igual De acordo com os dados do texto, durante o repouso, a
a 80 cal/g e o calor específico da água igual a 1,0 cal/goC, a quantidade de energia, em joules, utilizada pelo cérebro
temperatura final de equilíbrio do sistema, em oC, é igual a em um período de 8,0 horas é, aproximadamente,

a) 43. d) 18. a) 5,76 x 105. d) 9,60 x 105.


b) 37. e) 11. b) 5,76 x 103. e) 2,88 x 104.
c) 25. c) 2,88 x 106.

14. Albert Einstein 2017) Sabe-se que um líquido possui calor 18. (FAMERP 2016) Para realizar um experimento no litoral,
específico igual a 0,58 cal/g. oC. Com o intuito de descobrir um cientista precisa de 8 litros de água a 80 oC. Como não
o valor de seu calor latente de vaporização, foi realizado um dispõe de um termômetro, decide misturar uma porção de
experimento onde o líquido foi aquecido por meio de uma fonte água a 0 oC com outra a 100 oC. Ele obtém água a 0 oC a
de potência uniforme, até sua total vaporização, obtendo-se partir de uma mistura, em equilíbrio térmico, de água líquida
o gráfico abaixo. O valor obtido para o calor latente de vapo- com gelo fundente, e água a 100 oC, a partir de água em
rização do líquido, em cal/g, está mais próximo de: ebulição. Considerando que haja troca de calor apenas
entre as duas porções de água, os volumes, em litros, de
água a 0 oC e de água a 100 oC que o cientista deve misturar
para obter água a 80 oC são iguais, respectivamente, a

a) 1,6 e 6,4. d) 2,4 e 5,6.


b) 3,2 e 4,8. e) 5,2 e 2,8.
c) 4,0 e 4,0.

19. Uma bacia contém 18  de água à temperatura de 24 ºC.


Desprezando-se a capacidade térmica da bacia e as perdas
para o ambiente, pode-se obter uma mistura à temperatura
a) 100 c) 540 final de 36 ºC, despejando-se na bacia certa quantidade de
b) 200 d) 780 água a 72 ºC. Essa quantidade de água deverá ser de:

FÍSICA
14
CURSO TOTALCLASS
UNICO
a) 7,5  d) 3,0 
b) 6,0  e) 1,5 
c) 4,5 

20. A menor massa de água (Calor específico = 1 cal/g × ºC) a


20 ºC que devemos colocar em um recipiente que contém
300 g de água a 80 ºC, para obtermos água a 40 ºC, é:

a) 200 g
b) 300 g
c) 400 g
d) 500 g
e) 600 g

21. Uma garrafa térmica contém 500 g de leite a uma tempera-


tura de 80 ºC. O leite frio de um copo com 250 g, a 20 ºC, é
desejado dentro da garrafa; se a capacidade calorífica da
garrafa for desprezível, podemos afirmar que a temperatura
final de equilíbrio térmico será: A pouca eficiência do processo de produção de eletricidade
deve-se, sobretudo, ao fato de as usinas
a) 30 ºC d) 60 ºC
b) 40 ºC e) 70 ºC a) nucleares utilizarem processos de aquecimento, nos
c) 50 ºC quais as temperaturas atingem milhões de graus Cel-
sius, favorecendo perdas por fissão nuclear.
22. Um confeiteiro, preparando um certo tipo de massa, pre- b) termelétricas utilizarem processos de aquecimento a
cisa de água a 40 ºC para obter melhor fermentação. Seu baixas temperaturas, apenas da ordem de centenas
ajudante pegou água da torneira a 25 ºC e colocou-a para de graus Celsius, o que impede a queima total dos
aquecer num recipiente graduado da capacidade térmica combustíveis fósseis.
desprezível. Quando percebeu, a água fervia e atingia o c) hidrelétricas terem o aproveitamento energético baixo,
nível 8 do recipiente. Para obter a água na temperatura uma vez que parte da água em queda não atinge as pás
de que precisa, deve acrescentar, no recipiente, água da das turbinas que acionam os geradores elétricos.
torneira até o seguinte nível: d) nucleares e termelétricas utilizarem processos de trans-
formação de calor em trabalho útil, no qual as perdas
a) 18 d) 40
de calor são sempre bastante elevadas.
b) 25 e) 56
e) termelétricas e hidrelétricas serem capazes de utilizar
c) 32
diretamente o calor obtido do combustível para aquecer
a água, sem perda para o meio.
23. Uma bala de metal, de calor específico c = 125 J/kg × ºC, move-
-se a 50 m/s quando atinge um bloco de madeira onde fica
Calor latente
encravada. Considerando que todo o trabalho das forças que
se opõem ao movimento da bala foi consumido no seu aque-
26. (U. E. Ponta Grossa-PR) O diagrama representa a curva
cimento e desprezando as perdas de calor, é correto afirmar
de aquecimento de 20 gramas de uma substancia inicial-
que a temperatura da bala aumentou de, aproximadamente:
mente no estado líquido. O calor latente de vaporização
a) 5 ºC da substância é:
b) 10 ºC
c) 20 ºC
d) 50 ºC
e) 100 ºC

24. (FUP-PE) A variação de temperatura de um bloco de


chumbo de 8,0 kg, que desliza horizontalmente por uma
distância de 20 m sobre uma superfície áspera, cujo
coeficiente de atrito é 0,7 (Calor específico do chumbo =
140J/kg × ºC) é de:
a) 10 cal/g d) 25 cal/g
a) 1,00 ºC b) 20 cal/g e) 40 cal/g
b) 2,16 ºC c) 30 cal/g
c) 1,00 × 10-2 ºC
d) 4,00 × 10-2 ºC Para as questões 27 e 28
e) 10,0 ºC
Na natureza, os corpos e as substâncias reagem de ma-
25. (Enem-2002) O diagrama mostra a utilização das diferentes neiras diferentes quando recebem ou cedem determinadas
fontes de energia no cenário mundial. Embora aproximada- quantidades de calor. Uma fonte calorífica fornece calor
mente um terço de toda energia primária seja orientada à continuamente à razão de 100cal/s a uma massa M de
produção de eletricidade, apenas 10% do total são obtidos água que se encontra a uma temperatura de 20oC.
em forma de energia elétrica útil.

PROF. LUÍS FREITAS e NALDO


15
LIVRO 03 - 2018

27. Considerando que o calor específico da água é igual a a) 20.000 cal d) 19.000 cal
1,0cal/goC e que a massa de água teve sua temperatura b) 16.000 cal e) 2.000 cal
aumentada para 40oC ao ser exposta por 2 min a essa fonte, c) 4.000 cal
então é correto afirmar que o valor de M, em kg, é igual a
32. (FUVEST 2018 – 1ª fase) Furacões são sistemas físicos que
01) 0,7 04) 0,4 liberam uma enorme quantidade de energia por meio de di-
02) 0,6 05) 0,3 ferentes tipos de processos, sendo um deles a condensação
03) 0,5 do vapor em água. De acordo com o Laboratório Oceano-
28. Usando essa fonte para fundir 225,0g de gelo no ponto gráfico e Meteorológico do Atlântico, um furacão produz, em
de fusão e sabendo que o calor latente de fusão do gelo média, 1,5 cm de chuva por dia em uma região plana de
é igual a 80,0cal/g, é correto afirmar que essa quantidade 660 km de raio. Nesse caso, a quantidade de energia por
de gelo estará totalmente fundida após um tempo de, em unidade de tempo envolvida no processo de condensação
min, igual a do vapor em água da chuva é, aproximadamente,

01) 4,0 04) 2,5 a) 3,8 x 1015 W. d) 1,2 x 1012 W.


02) 3,5 05) 2,0 b) 4,6 x 1014 W. e) 1,1 x 1011 W.
03) 3,0 c) 2,1 x 1013 W.

29. (Esal-MG) O gráfico representa a temperatura q de uma Note e adote:


substância de massa 20 g, inicialmente sólida, em função π = 3.
da quantidade de calor recebido Q. Calorlatentedevaporizaçãodaágua:2 x 106 J/kg.
Densidadedaágua:103 kg/m3.
1 dia = 8,6 x 104s.

33. (UECE) Uma garrafa térmica, de capacidade térmica des-


prezível, contém 980 g de água à temperatura de 28 ºC.
Para refrigerar a água, são introduzidos na garrafa cubos
de 25 g cada, a 0 ºC, e a seguir a tampa é fechada. O calor
latente de fusão do gelo é 80 cal/g e o calor específico da
Podemos afirmar que a capacidade térmica no estado só- água é 1,0 cal/g × ºC. Quantos cubos de gelo devem ser
lido, o calor latente de fusão e o calor específico no estado introduzidos na garrafa, para se obter água a 18 ºC?
líquido dessa substância valem, respectivamente:
a) 5 d) 2
a) 5 cal/ºC; 10 cal/g; 0,5 cal/g × ºC b) 4 e) 1
b) 10 cal/ºC; 5 cal/g; 1 cal/g × ºC c) 3
c) 4 cal/ºC; 2 cal/g; 5 cal/g × ºC
34. (Mackenzie-SP) No interior de um recipiente adiabático de
d) 5 cal/ºC; 0,5 cal/g; 10 cal/g × ºC
capacidade térmica desprezível, temos 550 g de água a
e) 10 cal/ºC; 5 cal/g; 0,25 cal/g × ºC
80 ºC. Água no estado líquido: c = 1 cal/g × ºC; Água no
30. (Mackenzie-SP) Em um livro, um estudante encontrou o estado sólido: c = 0,5 cal/g × ºC; Calor latente de fusão da
gráfico ilustrado abaixo, que mostra a variação de tempe- água = 80 cal/g. A massa de gelo (água no estado sólido)
ratura de um corpo de 40 g em função da quantidade de a – 20 ºC, que devemos colocar nesse recipiente par que
calor fornecida a ele, a partir de – 20 ºC, cujo material que se obtenha água a 20 ºC, é:
o constitui se encontra no estado sólido. O gráfico se en-
a) 50 g d) 300 g
contra fora de escala e tem um valor do eixo das abscissas
b) 100 g e) 400 g
ilegível. O livro informava que o calor latente de fusão do
c) 200 g
material do corpo, em cal/g, é numericamente 10 vezes
maior do que o calor específico quando no estado líquido, 35. (FHO-SP) Num calorímetro ideal, misturam-se 50 g de gelo
em cal/g × ºC. O valor ilegível é: a 0 ºC com 100 g de água a uma temperatura X. Ao atingir o
equilíbrio térmico, verifica-se que restam 30 g de gelo flutuan-
do na água. Desprezando-se eventuais perdas e sabendo-se
que cada grama de gelo necessita de 80 cal para derreter-se,
pode-se dizer, corretamente, que o valor de X é:

a) 0 ºC d) 20 ºC
b) 10 ºC e) 50 ºC
c) 16 ºC

36. (U. E. Londrina-PR) Um recipiente de capacidade térmica


a) 2.100 cal d) 1.680 cal 50 cal/ºC contém 200g de água a 40 ºC. Introduz-se no
b) 2.080 cal e) 1.260 cal recipiente 50 g de gelo a 0 ºC. Dados: Calor específico da
c) 1.920 cal água = 1 cal/g × ºC; Calor latente de fusão do gelo = 80
cal/g. Admitindo que não há trocas de calor com o ambiente,
31. (UNEB-BA) Dispõem-se de 200 g de gelo a – 10 ºC que a temperatura final de equilíbrio, em ºC, é:
recebem calor continuamente de uma fonte. Sendo a tem-
peratura final do conjunto igual a 10 ºC e dados cgelo = 0,5 a) 24 d) 12
cal/g × ºC, Lfusão = 80 cal/g e cágua = 1 cal/g × ºC, pode-se b) 20 e) zero
afirmar que a quantidade de calor total recebida é igual a: c) 15

FÍSICA
16
CURSO TOTALCLASS
UNICO
37. (U. Católica de Salvador-BA) Uma pessoa deseja tomar térmica do mercúrio permite que o sistema atinja, rapi-
um copo de água fresca. Para isso coloca, em um copo damente, o equilíbrio térmico.
contendo 100 g de água a 36 ºC, duas pedras de gelo a 5) O alto valor da resistividade elétrica do mercúrio, em
0 ºC com 20 g cada uma. (Dado: Calor latente de fusão condições normais de temperatura e pressão, faz atingir
do gelo = 80 cal/g.) Desprezando a capacidade térmica rapidamente o equilíbrio térmico, quando em contato
do copo e sabendo que o sistema absorve 1.000 cal do com um corpo aquecido.
ambiente, a temperatura de equilíbrio, em ºC, é igual a:
41. (Fatec-SP) Um bloco de gelo é atirado contra uma parede.
a) 0 Ao se chocar, funde-se completamente. Supondo-se que
b) 3,0 não houve variação de temperatura e admitindo-se que
c) 10 toda a energia cinética foi transformada em calor totalmente
d) 14 absorvido pelo gelo, adotando-se para o calor latente de
e) 18 fusão do gelo L = 3,2 × 105 J/kg, a velocidade no instante
38. (Mackenzie-SP) No conden- do impacto é:
sador da figura, passa pela
serpentina vapor de água a a) 800 m/s d) 80 m/s
100 ºC e, pela luva, água entra b) 400 m/s e) 1 m/s
à temperatura de 20 ºC e sai a c) 200 m/s
50 ºC à razão de 15 g/s.
O calor específico da água líqui-
da é 1 cal/g . ºC e o calor latente Gabarito
de vaporização da água é 540
cal/g. A massa de água líquida
que podemos obter no máximo 01. b
através da condensação do vapor em 1 min é: 02. c
03. d
a) 50 g d) 20 g
04. c
b) 40 g e) 10 g
05. d
c) 30 g
06. a
07. 03
39. (F. F. C. l. Belo Horizonte-MG) Um vaso adiabático contém
08. c
500 g de água a 30 ºC. Introduzindo no vaso 300 g de gelo
09. c
a 0 ºC e 5,0 g de vapor de água a 100 ºC (dados: Lf = 80
10. c
cal/g; Lv = 540 cal/g; cágua = 1 cal/g × ºC), pode-se concluir
11. 04
que a temperatura de equilíbrio vale:
12. d
a) 100 ºC d) 50 ºC 13. c
b) 65 ºC e) 30 ºC 14. b
c) 0 ºC 15. d
16. a
40. (BAHIANA DE MEDICINA-2015) 17. a
18. a
19. b
20. e
21. d
22. d
23. b
24. a
25. d
Disponível em: <http://fisicacienciasetecnologia.blogspot.com.br/2012/04/termometro.html.> 26. a
Acesso em: 15 abr. 2015.
27. 02
28. 03
A figura representa um termômetro de mercúrio que con-
29. e
siste, basicamente, em um tubo capilar de vidro, fechado
30 a
a vácuo, e um bulbo, contendo mercúrio.
31. d
Com base nos conhecimentos de Física, é correto afirmar:
32. b
33. b
1) O tubo capilar de vidro funciona como uma lente diver-
34. d
gente que facilita a leitura da temperatura marcada.
35. c
2) O alto valor do calor específico do mercúrio facilita a
36. b
redução significativa da temperatura do corpo com que
37. c
se põe em contato.
38. a
3) O mercúrio, com alto valor do coeficiente de dilatação
39. c
volumétrica, responde com a dilatação mínima, quando
40. 4
submetido a uma pequena variação de temperatura.
41. a
4) O termômetro de mercúrio apresenta alta precisão na
leitura, porque o alto valor do coeficiente da condução

PROF. LUÍS FREITAS e NALDO


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