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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TECNOLOGIA DE CURITIBA CURSO


SUPERIOR DE ENFERMAGEM

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MATERNO INFANTIL


SÍNDROME DE HELLP

CURITIBA
2023
11

GABRIELE FERNANDES DE SOUZA


JENIFER ASSUNÇÃO SCHMIDT
JOYCE BOEIRA MOREIRA ANDRADE
MATIAS GONÇALVES
SAMARA ALBERTI DOS SANTOS

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MATERNO INFANTIL


SÍNDROME DE HELLP

Projeto apresentado à disciplina de


integração pedagogica do curso de
Enfermagem da UNIFATEC como
exigência para obtenção de nota
parcial.
Prof. Orientador: Flaviane Andreele

CURITIBA
2023
12

1. INTRODUÇÃO
O estudo de caso elaborado, e com base no diagnóstico definido para situação
atual da paciente, o presente trabalho busca trazer a importância sobre Síndrome de
HELLP sendo está uma condição obstétrica que pode afetar a saúde da mãe e do feto,
sendo caracterizada por uma tríade de sintomas: hemólise, elevação das enzimas
hepáticas e plaquetopenia (REIS et al., 2019). Essa síndrome pode ocorrer em qualquer
momento da gravidez, embora seja mais comum no terceiro trimestre, e apresenta
sintomas como dor abdominal, náusea, vômito, mal-estar geral, dor de cabeça, visão
turva e aumento da pressão arterial (SILVA et al., 2018).
O diagnóstico da Síndrome de HELLP é baseado nos sintomas clínicos, exames
laboratoriais e de imagem (FRANCO et al., 2017). Esse diagnóstico pode ser
desafiador, pois os sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições. O
tratamento da Síndrome de HELLP inclui repouso, medicação para controlar a pressão
arterial, transfusão de sangue, corticoides e, em alguns casos, a antecipação do parto
(MACHADO et al., 2016).

2. OBJETIVO

Tem como objetivo avaliar as condições e possíveis complicações para gestação


que pode colocar em risco a vida da mãe e do feto, o entendimento do diagnóstico
precoce e o tratamento imediato da gestante, bem como, um pré-natal adequado e o
acompanhamento obstétrico para a prevenção e o controle da síndrome.

3.0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

ASR, 36 anos, 28ª semanas de gestação, multigesta, deu entrada na


unidade de urgência e emergência do Hospital Universitário de Curitiba, no período da
noite acompanhada pelo seu marido. Com relato de cefaléia que não cessou mesmo
após a utilização de analgésico (Novalgina cp 1g, foi administrado de 8 em 8 horas),
astenia, visão turva, epigastralgia, fadiga e êmese. Ao realizar a verificação dos sinais
vitais da paciente coletou os seguintes valores; PA: 150/80mmhg, FC:95 Bpm, FR:17, T:
36,6. Ao ser realizado o exame físico foi identificado edema em MMII, icterícia. Durante
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a anamnese a paciente relata que faz acompanhamento de gestação de alto risco, pois
foi diagnosticada com pré-eclâmpsia com 21ª semanas de gestação. Paciente admitia
na urgência e emergência para estabilização do seu quadro e investigação diante o
caso. Solicitados exames laboratoriais os quais os resultados apresentaram AST
superior a 70 U/L, LDH acima de 600 U/L e plaquetas abaixo de 100.000 U/L.

COLETA DE DADOS DA PACIENTE


NOME DA PACIENTE :__________________________________________________.
IDADE:___.
DATA NASCIMENTO:__/__/____.
TELEFONE:_______-____.
ESTADO CIVIL:__________________.
ENDEREÇO:__________________________________________________________.
PLANO DE SAÚDE:_____________________.
GESTANTE: SIM NÃO SUSPEITA.
RELIGIÃO:____________________________________________________________.
ACOMPANHANTE: SIM NÃO QUEM:________________________________.
HORÁRIO DA CHEGADA:__;__.
OBSERVAÇÕES:_______________________________________________________
.

SAT:___
PA:___x___mmHg GLICEMIA:____mg/dl
FC:___bpm DOR:___. LOCAL________________.
FR:___ipm TEMP:___*C

ANAMNESE DA GESTANTE
ALTURA:____cm. PESO:____kg.
VACINAS:_____________________________________________________________.
DOENÇAS HEREDITÁRIAS:______________________________________________.
HOSPITALIZAÇÕES:____________________________________________________.
QUEIXAS PRINCIPAIS:__________________________________________________.
INÍCIO DOS SINTOMAS:__/__/____.
ALERGIAS: SIM NÃO QUAIS:______________________________________
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TIPAGEM SANGUÍNEA:_____________.
DUM:______.
IG:________.
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: G:___. P:___. A:___.
OBS:________________________________________________________________.
PERDA DE LÍQUIDOS: SIM NÃO OBS:_______________________________.
CONTRAÇÕES UTERINAS: SIM NÃO
SANGRAMENTO VAGINAL: SIM NÃO OBS:___________________________.
OUTRAS QUEIXAS:_____________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.

MEDICAMENTOS EM USO:_______________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.

EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO PELE E MUCOSAS:__________________________________________.


PALPAÇÃO DA TIRÓIDE E DE TODO O PESCOÇO, REGIÃO CERVICAL E
AXILAR:______________________________________________________________.
AUSCULTA CARDIOPULMONAR:_________________________________________.
EXAME CLÍNICO DAS MAMAS:___________________________________________.
EXAME ABDOMINAL:___________________________________________________.
AUSCULTA FETAL:____________________________________________________.
MANOBRA DE LEOPOLD:_______________________________________________.
ALTURA UTERINA:____________________________________________________.
EXAME PERINEAL:_____________________________________________________.
TOQUE VAGINAL:______________________________________________________.
INSPEÇÃO DE MEMBROS INFERIORES:___________________________________.
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X
Enfermeiro Responsável

3.1SÍNDROME DE HELLP

Pode trazer dados, quantas mulheres atingem

A Síndrome de HELLP é uma complicação da pré eclampsia, acomete gestantes


normalmente antes da 37ª semana de gestação, podendo ocorrer também após o parto.
É uma Síndrome que não possui fisiopatologia esclarecida, porém a fisiologia da
gravidez e as modificações que ocorrem com a presença desta patologia conseguiu
criar algumas hipóteses para justificar essa afecção. Na Síndrome de Hellp é
identificado hemólise, enzimas hepáticas elevadas e também a baixa contagem de
plaquetas.

3.2 SINAIS E SINTOMAS


Na Síndrome de HELLP, os sinais e sintomas mais comuns identificados nas
gestantes acometidas é a hipertensão arterial, podendo ser identificado cefaleia frontal,
dor epigástrica, náuseas, êmese, alterações visuais, pode causar descolamento
prematura da placenta da gestante acometida pela síndrome. Podendo ocorrer também
insuficiência renal, edema cerebral, deslocamento de retina, edema de laringe e pode
ser identificados hematomas hepáticos.

3.3 DIAGNÓSTICOS
16

A Síndrome de Hellp por apresentar sinais e sintomas que facilmente podem ser
confundidos com os de outras patologias, deve haver um diagnóstico diferenciado e
minucioso. Em pacientes que apontam quaisquer sintomas da síndrome de HELLP, são
necessários exames laboratoriais, para o início de um tratamento eficaz, geralmente as
pacientes apresentam, anemia hemolítica microangiopática, enzimas hepáticas
elevadas e plaquetopenia.
Diante do quadro clínico de síndrome de Hellp é primordial estar atendo as
alterações laboratoriais sendo elas: AST superior a 70 U/L, LDH acima de 600 U/L e
plaquetas abaixo de 100.000 U/L.
A avaliação laboratorial inclui hemograma completo com contagem de plaquetas
e esfregaço sanguíneo, tempo de coagulação, dosagem sérica de: AST e LDH,
creatinina, glicose e bilirrubinas, hematimetria, DHL, transaminases, TGO e TGP. O
aumento das bilirrubinas direta e o tempo de coagulação alterado desproporcionalmente
são incomuns nessa síndrome, apenas se a doença estiver em um grau muito
avançado.
4 .TRATAMENTO
O tratamento necessita da avaliação dos parâmetros fetais e estabilização das
condições maternas. Uma avaliação inicial com hemograma completo, contagem de
plaquetas, creatina, sérica, LDH, AST, ALT, e testes para a proteinúria deve ser feita. A
avaliação fetal deve incluir peso estimado, ILA e testes de anteparto. Vale ressaltar que
a conduta a ser usada depende dessas avaliações e, ainda, da idade gestacional.
O tratamento definitivo para a Síndrome HELLP é o parto. Conforme, Cadoret F,
defende o uso do corticoide antenatal para a maturação pulmonar fetal, com isso para
conseguir adiar a gestação até 34 semanas, ou até que haja indicação materna ou fetal
para o parto. Segundo Rezende, a conduta da síndrome HELLP segue o padrão da
préeclâmpsia grave, o qual é marcado pela internação e estabilização da paciente por 4
a 6 horas, feito uma profilaxia de convulsões com sulfato de magnésio, com dieta
normosódica e hiperproteica.

4.1 CONDUTAS
Premissas Básicas:
17

Conduta básica nas pacientes com Síndrome HELLP visa evitar a morte materna e
consiste na interrupção da gestação.

Conduta prévia à interrupção:


Avaliação pré-operatória da crase sanguínea.
Transfusão de plaquetas e fatores de coagulação na vigência de interrupção por
cesariana.
Controle rigoroso da diurese.
Hidratação venosa de volume sob monitorização.

Conduta conservadora:
Anti-hipertensivo: o de escolha do Serviço ou Hospital.
Sulfato de magnésio por 24 horas segundo esquema de rotina. Irá causar efeito
depressor sobre o sistema nervoso central, bloqueia a transmissão neuromuscular,
assim controlando as convulsões, pode ser utilizado para reposição de magnésio.
Corticoterapia para a maturação pulmonar fetal: betametasona/ dexametasona (12
mg/dia IM). Repetir a mesma dose em 24 horas.
Monitorização fetal diária.
Rotina laboratorial em dias alternados (hemograma, AST, LDH, bilirrubina, lâmina de
sangue periférico, ácido úrico, creatinina, proteínas séricas, rotina de urina).

Conduta no hematoma hepático:


Síndrome HELLP é a ruptura de um hematoma hepático, com choque hipovolêmico e
óbito (60% de mortalidade materna).

4.2 MEDICAÇÕES UTILIZADAS

O exame de tomografia pode ser útil diante de suspeita de hematomas, rupturas


ou infartos hepáticos, auxilia no estabelecimento de um diagnóstico diferencial
(vasculites, trombofilia, síndrome antifosfolipidio e esteatose hepática na gestante).
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O controle da hipertensão pode ser realizado através do uso de drogas como


labetalol, hidrazalina e nifedipina. Eles agem reduzindo a entrada de cálcio nas células,
causando dilatação generalizada das artérias e arteríolas o que diminui a resistência
delas, reduzindo a pressão arterial. O nitroprussiato de sódio é utilizado para casos que
tem menos respostas as primeiras medicações. À prevenção de convulsões é feita a
partir de administrações intravenosas de sulfato de magnésio.
A corticoideterapia está indicada nas gestações com menos de 34 semanas. São
utilizados para reduzir inflamações, alteram a ação do hormônio cortisol, influenciando
no funcionamento de células da pele, tecido gorduroso ou osso A administração de
betametasona intramuscular de 12mg em duas doses a cada 24hrs, é um esquema
utilizado para maturação fetal. Já o uso de corticóides em altas doses é controverso, em
algumas situações reduz a morbidade materna.
A analgesia é feita por intermédio da administração de opióides, via intravenosa
para evitar complicações com relacionadas com a anestesia central. Atuam ligando os
receptores no cérebro e na medula espinhal, no intestino e em outras partes do corpo,
onde leva a diminuição na maneira de que se sente a dor, aumentando a tolerância.
A transfusão de plaquetas é considerada quando há sangramentos significativos
ou quando os níveis plaquetários estão abaixo de 20.000/mm3.
O parto é a única forma de cessar os efeitos da doença e é induzido quando se
alcança 34 semanas, é feito cesárea em pacientes com idade gestacional abaixo de 32
semanas e com o colo desfavorável, principalmente quando há comprometimento do
feto e hipertensão arterial sistêmica grave não controlada. Já o parto normal não é
contraindicado e é preferível quando o parto já se iniciou, com a ruptura das
membranas e com apresentação cefálica fetal.
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Consideração finais

Como foi construir o trabalho, oq agregou. Oq desenvolveu na gente


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REFERÊNCIAS

FRANCO, G. F. et al. Síndrome de HELLP. Revista de Medicina, v. 96, n. 1, p. 42-47,


2017.

LIMA, M. A. et al. Prevenção da Síndrome de HELLP. Revista Brasileira de


Ginecologia e Obstetrícia, v. 40, n. 7, p. 402-408, 2018.

MACHADO, R. A. et al. Síndrome de HELLP: uma revisão da literatura. Revista


Brasileira de Terapia Intensiva, v. 28, n. 3, p. 326-332, 2016.

REIS, Z. S. et al. Síndrome de HELLP: revisão da literatura. Revista Científica de


Ciências Médicas, v. 19, n. 1, p. 19-25, 2019.

SILVA, L. A. et al. Síndrome de HELLP: revisão de literatura. Revista de


Enfermagem e Atenção à Saúde, v. 7, n. 4, p. 67-74, 2018.
21

DE OLIVEIRA, Annaíc Huyara Alves et al. A importância dos exames laboratoriais


para o diagnóstico diferencial da síndrome de HELLP. Brazilian Journal of Health
Review, v. 3, n. 6, p. 17474-17486, 2020.

COELHO, Fabiula Ferreira; KUROBA, Luciano Santos. Emergência Hipertensiva


Na Gestação: Síndrome HELLP Uma Revisão De Literatura. Revista saúde e
desenvolvimento, v. 12, n. 13, p. 159-175, 2018.

QUINTÃO, Rayanne Abboud et al. Síndrome de hellp: uma revisão de literatura.


Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis, v. 3, n. 2, 2019.

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E


OBSTETRÍCIA et al. Urgências e emergências maternas: guia para diagnóstico e
conduta em situações de risco de morte materna. In: Urgências e emergências
maternas: guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte
materna. 2000. p. 118-118

DE SOUZA, Ronald et al. Diagnóstico e conduta na síndrome HELLP. Ver Med


Minas Gerais, v. 19, n. 4 Supl 3, p. S30-S33, 2009.

QUINTÃO, Rayanne Abboud et al. Síndrome de hellp: uma revisão de literatura.


Revista da Faculdade de Medicina de Teresópolis, v. 3, n. 2, 2019.

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