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OBSTETRICIA: DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO

Espermatozoide + oócito secundário na região ampular da tuba (fecundação)

Mórula é a estrutura que entra na cavidade uterina

Nidação  marca o início da gravidez para a maioria dos autores  é o blastocisto que faz a
nidação

Sinciotrofoblasto: responsável por secreção hormonal

Citotroflobasto

Alterações clinicas:

Alterações mamárias são alterações de presunção apenas, bem como as queixas maternas!!!

Alterações de útero, vagina e vulva são de probabilidade!!

 Tubérculos de Montgomery: glândulas mamarias hipertrofiadas


 Rede de Haller: rede venosa evidente
 Sinal de Hunter: aréola secundária de limites mal definidos
 Sinal de Hartmann: sangramento de implantação
 Sinal de Hegar: amolecimento da região ístmica
 Sinal de Osiander: percepção do pulso da artéria vaginal
 Sinal de Piskacek: crescimento uterino assimétrico (o lado da nidação cresce mais)
 Sinal de Nobile-Budin: preenchimento do fundo de saco pelo útero
 Sinal de Goodell: consistência cervical amolecida
 Sinal de Chadwick ou Jacquemier: coloração violácea da mucosa vulvar e mucosa
uretral
 Sinal de Kluge: colocação violácea da vagina
 Sinal de Puzos: a partir de 14 semanas: recheço fetal  sinal de certeza

Diagnostico laboratorial: betahCG pico entre 8-10 semanas

-- teste urinário: detecta HCG (falha mais que o beta, hemaglutinacao passiva reversa tem
melhor sensibilidade, dá positivo a partir de 3 dias de atraso)

-- sangue: detecta o betaHCG – mais específico (alfa HCG pode aumentar se altos níveis de
FSH, TSH e LH)  beta acima de 1000 = gestação em 95% com saco gestacional em US

USTV:

-- saco gestacional aparece a partir de 4 semanas


-- vesícula vitelínica: 5-6 semanas

-- embrião com BCE: 6-7 semanas

-- cabeça fetal: 11-12 semanas

-- placenta: 12 semanas

CCN = entre 6 e 14 semanas  forma mais fiel de datar gestação

MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO

-- Urinárias: TFG aumenta cerca de 50%, queda de ureia e creatinina, glicosúria fisiológica,
hiperaldosteronismo secundário normal (aumento da reabsorção de sódio da urina, para
poder haver aumento da reabsorção de água e evitar a desidratação)

-- Respiratórias: hiperventilação (aumento da FR, que pode gerar sensação de falta de ar, de
maneira fisiológica), edema de vias aéreas (dificuldade de via aérea), paciente faz uma alcalose
respiratória compensada

-- Hematológicas: aumento de volume plasmático, anemia fisiológica (suplementar ferro),


leucocitose sem desvio, tendencia pró coagulante (queda de fibrinólise e aumento de
fibrinogênio)

-- Metabólicas: hipoglicemia jejum é tendencia (difusão facilitada da glicose na placenta e


aumento da resistência à insulina causada pelos hormônios placentários), hiperglicemia pós
prandial (aumento do trabalho pancreático, aumenta risco de DMG), aumento de colesterol e
triglicerídeos (aumentar outras fontes de energia devido a difusão facilitada da glicose para a
placenta)

-- Cardiovascular: sopro sistólico pode ser comum à gestação (circulação hipercinética),


desdobramento de primeira bulha também é fisiológico, ECG com desvio cardíaco para a
esquerda, aumento da silhueta cardíaca no raio x, aumento de 10-15bpm da FC, queda da
resistência vascular periférica e aumento do DC, queda de PA principalmente no segundo
trimestre (queda maior da RVP do que aumento do DC)

-- Gastrointestinais: refluxo (relaxamento do esfíncter esofagiano inferior), retardamento do


esvaziamento gástrico, aumento do risco de broncoaspiração, relaxamento da vesícula
aumenta o risco de calculose (ação da progesterona – miorrelaxante), redução da peristalse
(constipação intestinal)  todas são ações do relaxamento muscular causado pela
progesterona
PRÉ-NATAL

-- Cálculo de IG e DPP: somar 7 ao dia e somar 9 ao mês (ou subtrair 3 ao mês)

IG = AU x 8 / 7 (quando não se sabe a DUM, essa regra dá mais erro)

Entre 20-32 semanas, a medida da AU deve corresponder a IG (+/- 2)

-- Suplementação: ácido fólico (indiscutível, indicação formal), ferro (30-60mg de Fe


elementar, 200-300 mg de SF a partir do segundo trimestre  devido aumento do consumo e
anemia dilucional, mas não é uma indicação formal, pois nem toda gestante tem deficiência de
ferro na dieta)

Acido fólico: prevenção de defeitos do tubo neuronal – 5mg 3 meses antes da concepção mg
(0,4mg por dia é o suficiente, mas a apresentação mais comum é de 5mg)  farinha de trigo
no brasil é obrigatoriamente suplementada com ácido fólico devido esse risco!

Se usuária de anticonvulsivante ou histórico prévio de defeito do tubo neural, usar sempre


5mg!!!! Pode usar além do primeiro trimestre, porém não serve mais para prevenção de má
formação (pois fecha em torno das 8 semanas)

Suplementação com B12 e Vitamina D para veganos seria interessante

Avaliar uso de ômega 3 no terceiro trimestre pela febrasgo

-- Vacinas!

Não utilizar nada com microorganismo vivo atenuado (se tiver tomado, liberar para engravidar
30 dias após a ultima dose)

Recomendadas:

 dT / dTpa (2+1 doses se nunca foi vacinada), se já tiver sido vacinada, fazer só uma
dose de dTpa (protege a criança após a 20ª semana)
 Hepatite B (3 doses)
 Influenza – 1 dose
 Covid
 Febre amarela: avaliar risco benefício

-- Ganho de peso: nunca perder peso na gestação

 Se baixo peso (<18,5): 12,5 – 18 kg


 Normal (18,5 – 24,9): 11,5 – 16kg
 Sobrepeso (25 – 29,9): 7 – 11,5kg
 Obesa (>30): 5-9kg

-- Exames básicos do MS
 TS + fator RH com coombs indireto (inclusive se Rh pos, pois pode haver outros
anticorpos atípicos)
 Glicemia de jejum
 Hemograma
 Eletroforese de Hb (entra na rotina do MS para todas devido a alta miscigenação
brasileira)
 Hemograma completo
 VDRL (ou teste rápido, que é teste treponêmico, sempre fazer preferencialmente)
 HIV (ou teste rápido)
 HBsAg (ou teste rápido)
 EAS/ Urina 1 + urocultura
 Toxoplasmose (pois tem tratamento preconizado, as outras não são preconizadas pelo
MS)
 GBS se disponível (swab anal e vaginal entre 35-37 semanas – ACOG recomenda entre
36 e 37 +6)
 HCV, clamídia e gonoco na primeira rotina de pre natal pelos manuais do MS de IST
(não nos manuais de pre natal ainda)

Avaliar: TSH, rubéola, CMV, PPF, US Obstétrico, ecocardiograma, colpocitologia oncótica

OBS: profilaxia intraparto para GBS:

 Bacteriúria positiva para GBS


 Filho anterior com sepse neonatal
 Swab positivo
 Se não houver rastreamento, realizar caso haja FR: TPP ou febre intraparto, bolsa rota
por mais de 18h

Escolha é penicilina cristalina, segunda escolha ampicilina

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