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PATOLOGIAS DO

PARTO

DISTOCIAS
DISTOCIAS

Dificuldades ou impedimentos que o(s)


feto(s) encontra(m) à sua expulsão
do útero, decorrentes de problemas
de origem fetal, materna ou ambas.
ESTÁTICA FETAL – PARTO DISTÓCICO
ESTÁTICA FETAL – PARTO DISTÓCICO
ESTÁTICA FETAL – PARTO DISTÓCICO
DISTOCIA - BOVINO
DISTOCIAS MATERNAS
DISTOCIAS DE ORIGEM MATERNA
ETIOLOGIAS
- Anomalias vulvares e vaginais
Estenose, retração cicatricial, edema, neoplasias, prolapso

- Anomalias cervicais
Dilatação insuficiente, Torção uterina, Retração cicatricial, Neoplasias
Prolapso, Duplicidade

- Anomalias uterinas
Torção / flexão / desvio, Histerocele, Ruptura
Atonia  primária e secundária
Hipertonia

- Anomalias pélvicas
Pelve juvenil, Exostoses, Luxações sacro-ilíacas, Fraturas, Osteodistrofia
ANOMALIAS VULVARES E VAGINAIS

SINAIS CLÍNICOS

 Forças de expulsão improdutivas


 Presença de envoltórios ou extremidades
do feto na rima vulvar
ANOMALIAS VULVARES

TRATAMENTO
 variável e dependente da etiologia

 Extração forçada  epidural e lubrificação


 Cirúrgico
− Debridamento / exérese
− Episiotomia

 Clínico  duchas e terapia suporte


ANOMALIAS VAGINAIS

TRATAMENTO

 Extração forçada  epidural e lubrificação


 Cirúrgico
− Debridamento / exérese
− Redução de prolapso
− Episiotomia / OSH / cesariana

 Clínico  terapia suporte


ANOMALIAS CERVICAIS

SINAIS CLÍNICOS

 Forças de expulsão improdutivas


 Insinuação de envoltórios ou extremidades
do feto não ocorre
ANOMALIAS CERVICAIS

TRATAMENTO

 Extração forçada  epidural e lubrificação


 Dilatação manual  égua
 Cirúrgico
− Debridamento / exérese
− Redução de prolapso
− OSH / cesariana
 Clínico  terapia suporte
ATONIA UTERINA PRIMÁRIA

ESPÉCIES

Ocorrência em:

− Bovinos
− Suínos
− Caninos
ATONIA UTERINA PRIMÁRIA

ETIOLOGIA

 Hipocalcemia / magnesemia / glicemia

 Anomalias fetais  hipófise

 Distensão exagerada do útero

 Degeneração do miométrio infecções

 Ruptura uterina e do tendão pré-púbico


ATONIA UTERINA PRIMÁRIA

ETIOLOGIA

 Idade avançada

 Debilidade orgânica

 Obesidade

 Disfunção hormonal

 Hereditariedade
ATONIA UTERINA PRIMÁRIA

SINAIS CLÍNICOS

 Ausência de contrações abdominais e


uterinas
 Sinais de pródromo do parto

DIAGNÓSTICO

 Sinais clínicos
 Palpação  dilatação cervical e bolsa fetal
ATONIA UTERINA PRIMÁRIA

TRATAMENTO

 Extração forçada  epidural e lubrificação

 Clínico  cálcio e ocitocina

 Cirúrgico
− OSH
− Cesariana
− Fetotomia
ATONIA UTERINA SECUNDÁRIA

ETIOLOGIA

 Distocia  trabalho de parto longo e


laborioso  esgotamento do útero e
da fêmea
ATONIA UTERINA SECUNDÁRIA

SINAIS CLÍNICOS

 Ausência ou debilidade de contrações


abdominais e uterinas, após período
variável de contrações improdutivas

DIAGNÓSTICO

 Sinais clínicos
 Palpação  dilatação cervical parcial
ATONIA UTERINA SECUNDÁRIA

TRATAMENTO
 identificar e corrigir causa da distocia

 Extração forçada  epidural e lubrificação


 Clínico  cálcio e ocitocina
 Cirúrgico
− OSH
− Cesariana
− Fetotomia
HIPERTONIA UTERINA

 Ocorrência é mais comum em éguas

 Caracterizada por contrações uterinas


e abdominais exageradas e excessivas,
muitas vezes improdutivas
HIPERTONIA UTERINA

SINAIS CLÍNICOS

 Ausência ou debilidade de contrações


abdominais e uterinas, após período
variável de contrações improdutivas

DIAGNÓSTICO

 Sinais clínicos
 Palpação  dilatação cervical parcial
HIPERTONIA UTERINA

TRATAMENTO

 Anestesia epidural

 Sedação / tranqüilização

 Correção da estática fetal, se necessário


ANOMALIAS PÉLVICAS

SINAIS CLÍNICOS

 Variáveis  considerar a etiologia

DIAGNÓSTICO

 Sinais clínicos
 Palpação retal e vaginal
 Conformação pélvica
ANOMALIAS PÉLVICAS

TRATAMENTO

 PRÉ-PARTO

− Descarte

− Abortamento

− OSH
ANOMALIAS PÉLVICAS

TRATAMENTO

 PARTO

− Tração forçada

− Cesariana

− OSH
ANOMALIAS PÉLVICAS

TRATAMENTO

 PÓS-PARTO

− Descarte
DISTOCIAS FETAIS
DISTOCIAS FETAIS
ETIOLOGIA
- Malformações
- Fetos grandes
- Partos gemelares ou múltiplos
- Estática fetal inadequada
- Anomalias do cordão umbilical
- Resistência das membranas fetais
- Retrações musculares
CORDÃO UMBILICAL - TORÇÃO
DISTOCIAS FETAIS

SINAIS CLÍNICOS

 Forças de expulsão improdutivas


 Presença de envoltórios ou extremidades
do feto na rima vulvar

DIAGNÓSTICO

 Sinais clínicos
 Inspeção e palpação vaginais
DISTOCIAS FETAIS

TRATAMENTO

 Correção da estática fetal

 Extração forçada  epidural e lubrificação

 Cirúrgico
− OSH
− Cesariana
− Fetotomia
DISTOCIAS

MORTE FETAL

HIPOXIA / ANOXIA
DISTOCIAS

ORIGEM

 Materna
 Fetal

ETIOLOGIA

 Obstrutiva
 Funcional
DISTOCIAS

CONSIDERAÇÕES  INTERVENÇÃO

 Rompimento dos envoltórios fetais


 Atonia uterina
 Forças expulsivas improdutivas, com ou sem
insinuação fetal
 Multíparas  intervalos longos entre filhotes
 Via fetal seca (parto seco)
 Secreção vaginal fétida
 Fêmea debilitada ou extenuada
MANOBRAS DE CORREÇÃO DE
ESTÁTICA ANÔMALA
ESPÉCIES DE GRANDE PORTE

CONSIDERAÇÕES

 Instalações adequadas e limpas

 Tronco de contenção

 Piso anti-derrapante

 Região posterior (pélvica) mais elevada

 Lavagem e anti-sepsia da região perineal


ESPÉCIES DE GRANDE PORTE

CONSIDERAÇÕES

 Sedação e anestesia epidural


 Relaxante uterino  clembuterol
 Episiotomia
 Lubrificação
 Material adequado
 Evitar tração excessiva
ESPÉCIES DE PEQUENO PORTE

CONSIDERAÇÕES

 Sedação e anestesia epidural

 Lubrificação

 Extração manual

 Episiotomia  cadela

 Porcas  considerar o porte


MANOBRAS DE CORREÇÃO

 RETROPROPULSÃO

 EXTENSÃO

 TRAÇÃO

 ROTAÇÃO

 VERSÃO

 ROTAÇÃO E VERSÃO
PARTO - BARREIRAS ANATÔMICAS

CABEÇA

QUADRIL

OMBROS
TRAÇÃO - OVELHA
TRAÇÃO - ÉGUA
TRAÇÃO - VACA
TRAÇÃO - VACA
TRAÇÃO - VACA
TRAÇÃO - VACA
TRAÇÃO - VACA

ABSURDO!!!
TRAÇÃO - VACA
TRAÇÃO E ROTAÇÃO
TRAÇÃO E ROTAÇÃO
FETOTOMIA
FETOTOMIA

Consiste na secção parcial ou total do feto


no útero ou insinuado na via fetal mole,
permitindo a sua remoção pela vagina
(via natural do parto).
FETOTOMIA

UTILIZAÇÃO

 Ampla em grandes espécies,


principalmente nos bovinos

 Restrita em pequenos ruminantes

 Sem indicação em suínos e carnívoros


FETOTOMIA

INDICAÇÕES

 Fetos mortos
−  tamanho relativo ou absoluto
− Enfisema / monstros fetais
− Estática inadequada, sem possibilidade de
correção
− Prevenção de lesões nas vias fetais mole e
dura, por tração excessiva
FETOTOMIA

CONTRA-INDICAÇÕES

 Fetos vivos*
 Estreitamento total ou parcial das vias fetais
mole e dura
 Rupturas uterinas
 Rupturas / lacerações graves das vias fetais
 Hemorragias intensas
 Toxemia / septicemia
FETOTOMIA

CONSIDERAÇÕES

Posicionamento

 Vacas  decúbito lateral esquerdo


 Éguas  decúbito lateral direito
 Literatura atual  em estação
 Região posterior (pélvica) elevada
 Piso não derrapante
FETOTOMIA

CONSIDERAÇÕES

Procedimento

 Sedação e anestesia epidural


 Relaxante uterino
 Limpeza e anti-sepsia da região perineal
 Lubrificação das vias fetais
 Material apropriado, previamente esterilizado
FETOTOMIA

CONSIDERAÇÕES

Procedimento

 Fio serra deve envolver somente feto e placenta


 Evitar formação de cotos ósseos; se não for
possível, proteger a via fetal durante a extração
 Preservar proeminências ósseas e espessamentos
articulares para ancoragem
FETOTOMIA

COMPLICAÇÕES

 Perfuração do útero

 Lesões da via fetal mole

 Compressão da via fetal mole


FETOTOMIA

VANTAGENS DA FETOTOMIA

 Possibilita redução do volume fetal

 Evita cesarianas

 Exige menor número de auxiliares

 É menos traumatizante para a fêmea

 Evita tração forçada


FETOTOMIA

DESVANTAGENS

 Contaminação

− Fêmea

− Veterinário
FETOTOMIA
FETOTOMIA

CUIDADOS APÓS O PROCEDIMENTO

 Exame cuidadoso
− lesões das vias fetais
− restos fetais ou outro feto, no útero
 Remoção da placenta
 Lavagens / infusões uterinas
 Antibióticos e antinflamatórios sistêmicos
LESÕES PÓS-PARTO DAS
VIAS FETAIS MOLES
LESÕES DA VIA FETAL MOLE

ETIOLOGIA

 Manobras obstétricas inadequadas

 Extração forçada de fetos grandes

 Hipertonia uterina  égua


LESÕES DA VIA FETAL MOLE

LESÕES MAIS COMUNS

 Hematomas

 Hemorragias

 Rupturas e lacerações
− Vulva e vagina
− Útero
− Reto
LESÕES DA VIA FETAL MOLE

LESÕES MENOS COMUNS

 Prolapso uterino

 Ruptura vaginal seguida por prolapso de


bexiga / intestino  peritonite,
hemorragia, choque e óbito

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