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Ações de Enfermagem na prevenção

da Rubéola e SRC

Prof. Ms. Iací Proença Palmeira


Aspectos Epidemiológicos:

--doença viral,
-exantemática aguda,
-alta contagiosidade,
--acometendo principalmente crianças;
--importância epidemiológica está
representada pela ocorrência da
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC),
atingindo o feto e RN de mães
Agente Etiológico: a rubéola é transmitidja
por um vírus, pertencente ao gênero
Rubivírus, família Togaviridae..
Modo de Transmissão: através de
contato direto com as secreções
nasofaríngeas de pessoas infectadas. É
pouco freqüente a transmissão através do
contato indireto com objetos recém
contaminados com secreções naso-cutâneas,
sangue, urina ou fezes. Na SRC, a infecção é
adquirida através da via intra-uterina.
Período de Incubação: de 14 a 21 dias,
durando em média 17 dias, podendo variar de
12 a 23 dias. Na SRC, não há período de
incubação definido.
Período de Transmissibilidade:
- 5 a 7 dias antes do início do exantema e pelo
menos de 5 a 7 dias após. Lactentes com
rubéola congênita podem eliminar grandes
quantidades de vírus através das secreções
faríngeas e urina, por vários meses. Até aos 12
meses de idade, de 2 a 20% dessas crianças
ainda permanecem infectantes.
Aspectos Clínicos:
-exantema máculo-papular puntiforme difuso
(manchas rosas e avermelhadas), iniciando-
se na face, couro cabeludo e pescoço, e após,
coalescem para o tronco.
--febrícula e linfadenopatia pós-auricular, occipital e
cervical posterior, geralmente antecedendo ao
exantema no período de 5 a 10 dias;
-- Adolescentes e adultos podem apresentar um
período prodrômico com febre baixa, cefaléia, dores
generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite,
coriza e tosse.
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC):
-Acomete 40 a 60% dos RN de mães
infectadas durante os dois primeiros meses
de gestação;
-30 a 35% dos RN, no 3º mês de gestação;
-10% dos RN quando a infecção na gestação
se dá durante o 4º mês.
Síndrome da Rubéola Congênita (SRC):
-retardo no crescimento intra-uterino;
-microcefalia,
-surdez,
-defeitos cardíacos,
-deficiência mental,
-aborto ou parto prematuro com
malformações variadas: catarata, glaucoma,
hepatoesplenomegalia, anemia hemolítica,
lesões ósseas, abaulamento de fontanela e
sopro cardíaco.
A)Defeitos Principais:

Aroldo P. de Carvalho 47
A)Defeitos Principais:

Distúrbio
de audição

até 80% a
90%

Aroldo P. de Carvalho 49
B) Defeitos Secundários:

52
B) Defeitos Secundários:

51
B) Defeitos Secundários:

53
B) Defeitos Secundários:

54
Catarata Surdez Baixo Peso

Hepatoesplenomegalia

Microcefalia

Problemas Cardíacos

Erupção Cutânea Exantemática


Diagnóstico

É clínico, epidemiológico e laboratorial. A


leucopenia é freqüente . O diagnóstico
sorológico pode ser realizado através de
detecção de anticorpos IgM específicos para
rubéola, até o 28º dia após o início do
exantema. A sua presença indica infecção
recente. A detecção dos anticorpos IgG
ocorre após o desaparecimento do exantema,
alcançando pico máximo entre 10 e 20 dias,
permanecendo detectável por toda a vida.
SRC
a)Diagnóstico na Gestante:
a.1)Gestante sintomática, uma coleta após o
início do exantema. Se o resultado da pesquisa
de IgM e IgG for negativo em amostras
coletadas do 1º ao 4º dia ou após o 28º dia do
início do exantema, realizar nova coleta após 7
a 28 dias (pesquisa de IgG).
a.2)Gestante assintomática com história de
exposição : uma coleta no momento da
consulta e uma segunda coleta 28 a 42 dias
´pós exposição.
Diagnóstico SRC

A sorologia é realizada através da detecção


de IgM no RN ou pelo acompanhamento dos
níveis de IgG de alguns meses até 2 anos de
idade. Os resultados com níveis estáveis ou
elevados de IgG confirmam o diagnóstico.
Vigilância Epidemiológica

Objetivo: imunizar a população, visando


evitar novos casos de SRC, através da
imunização das populações suscetíveis,
particularmente das mulheres, antes do início
da idade fértil.
Definição de Casos
- Rubéola pós-natal:

a) Suspeito: toda pessoa com febre


e exantema maculo-papular suspeito
de rubéola, independente do estado
vacinal;

b)Confirmado: por um dos seguintes critérios:


indivíduo com exame laboratorial positivo; vínculo
epidemiológico a caso confirmado laboratorialmente
no período de até 23 dias do aparecimento dos
sintomas.
-SRC

a) SRC suspeito: RN cuja mãe foi caso suspeito


ou confirmado de rubéola durante a gestação, ou RN
com retardo no crescimento uterino e com sinais
clínicos sugestivos independente da história
materna;

b) SRC confirmado: caso suspeito com, pelo


menos, uma das seguintes condições: isolamento
do vírus; presença de anticorpos IgM específicos;
títulos de IgG elevados e acima do esperado pela
transferência passiva de anticorpos maternos;
Medidas de Controle
Para diminuir a circulação do vírus da rubéola e a
prevenção da SRC, deve-se controlar a rubéola pós
natal através da vacinação dos suscetíveis,
mantendo-se altas coberturas vacinais com a vacina
tríplice viral.
1- vacinação básica e de bloqueio
3- Isolamento: crianças e adultos com rubéola pós-
natal devem ser afastados de atividades habituais
durante o período de transmissibilidade; RN com
SRC devem ser considerados infectantes até 1 ano
de idade, devendo ficar afastados das gestantes;
pessoas hospitalizadas devem ter isolamento de
contatos.

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