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Brasília, DF
JULHO - 2013
Diretoria Geral
Diretoria Acadêmica
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa
Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso
BRASÍLIA, DF
JULHO - 2013
ESTRATÉGIAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
Abstract
The theme of this work relates mainly to the paradigmatic issues surrounding the
teaching of mathematics. Currently there is growing diversity of resources and
teaching strategies used to enhance the learning of this discipline and break the
paradigm that it is difficult and full of obstacles to learning. So, through this qualitative
study, explanatory and exploratory nature sought to analyze what are the main
teaching methodologies used as didactic strategies to promote the learning of
mathematics in the early years of elementary school. For this a questionnaire was
applied to 11 teachers of a school in the public school system of the Education
Department of the Federal District. As a conclusion it was obtained in the Group of
participating teachers a watchful eye to students ' needs and a constant search for
improving their work, using diverse resources and teaching strategies that possibly
they will ensure the achievement of its goals.
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Carla Cristina Verde da Silva, aluna graduanda do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas
ICESP/PROMOVE de Brasília.
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INTRODUÇÃO
A matemática ainda hoje é vista como grande pedra de tropeço para alguns
alunos, porém é de conhecimento de todos que o ensino desta disciplina tem
evoluído e passado por transformações, sempre visando encontrar a melhor forma
de ensiná-lo e buscando que as crianças realmente aprendam.
Apesar disso, ainda há uma aparente dificuldade de realizar este ensino, uma
vez que, muitos alunos chegam ao ensino fundamental sem se apropriar de
conceitos muito importantes e até mesmo básicos da matemática. Por vezes ainda,
observa-se que junto a dificuldades vem atrelada a aversão, isto pode gerar um
bloqueio que. Certamente impedirá a concretização deste ensino.
Assim sendo, esta pesquisa tem como tema a relevância do uso das novas
metodologias de ensino como potencializadoras da aprendizagem matemática.
Acredita-se que, em função da realidade educacional que está posta, é essencial
que se oportunize uma real aprendizagem e um trabalho eficiente e isso requer
preparo e atualização da ação docente.
Porém, diante dos resultados das avaliações institucionais feitas pelo
governo, com vistas a medir a proficiência dos alunos da educação básica,
observam-se resultados nada promissores que denotam a grande deficiência de
conhecimentos dos alunos brasileiros obtidos nas provas de Matemática e Língua
Portuguesa.
Assim, questiona-se até que ponto o docente tem realmente atuado de forma
eficiente e usado as diferentes estratégias de ensino, principalmente adequando sua
ação às necessidades dos alunos e suas diferentes realidades educacionais.
Segundo o PCN de Matemática dos anos iniciais:
Parte dos problemas referentes ao ensino de Matemática estão
relacionados ao processo de formação do magistério, tanto em relação à
formação inicial como à formação continuada. Decorrentes dos problemas
da formação de professores, as práticas na sala de aula tomam por base os
livros didáticos, que, infelizmente, são muitas vezes de qualidade
insatisfatória. A implantação de propostas inovadoras, por sua vez, esbarra
na falta de uma formação profissional qualificada, na existência de
concepções pedagógicas inadequadas e, ainda, nas restrições ligadas às
condições de trabalho. (Brasil, 1997, p.18)
REFERENCIAL TEÓRICO
[...] com essa prática, acreditamos ser possível imprimir maior motivação e
criatividade cognitiva às atividades de sala de aula durante nossa ação
docente, pois esperamos que esse modo de encarar o ensino de
matemática possa se constituir em um dos agentes provocadores de ruptura
na prática tradicional educativa vivida até hoje nas aulas de matemática
(MENDES, 2006, p.84).
Sobre isso se pode completar a ideia com o que nos fala Dante (2007) sobre
o papel do docente como orientador e estimulador da aprendizagem. Seu
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Em cada estágio, salienta o autor, constitui-se uma base que será o suporte
para o seguinte, compreendendo ainda que o estágio não é linear, nem quantitativo,
mas qualitativo.
Pois segundo o mesmo autor:
“ Há rupturas no modo de pensar, há mudanças de qualidades provocadas
pelo desenvolvimento quantitativo das atividades e das respectivas
operações. Por isso, as mensagens são interpretadas de modos diferentes
em cada etapa do desenvolvimento da criança. Isso é fundamental em
educação. É improdutivo, e até prejudicial, cobrar certas atividades de
alunos que ainda não possuem as estruturas necessárias. É necessário
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Concluindo assim, que o docente sempre tem que ensinar com recursos e
materiais de fácil utilização em suas aulas, primando pela curiosidade, ajudando os
alunos a enfrentar e mesmo propondo desafios. Sua busca deve ser sempre por
apresentar atividades que possam tornar as crianças interessadas na matemática,
percebendo-as como uma disciplina gostosa e interessante.
Assim poderão alcançar o desenvolvimento do intelecto e do raciocínio lógico,
pois o professor não é perfeito, apenas tem instrumentos que viabilizem a crescente
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didático produzido por meio do desafio de resolver algo que exigirá maior
competência intelectual, ou seja, resgatar o que lhes escapou, será de grande
contribuição para a construção de uma autoimagem mais valorizada.
Afirmam Parra e Saiz (1996) algumas pessoas relacionam cálculo mental
com calculo rápido, porém consideram as autoras que rapidez não pode ser
considerada nem característica, nem valor. Mesmo reconhecendo que esta forma de
calcular seja uma ferramenta em situações didáticas que permite aos alunos
distinguir os cálculos cujos resultados têm na memória, dos que não possuem. Isso
seria afirmar então que a segurança de resolver as questões matemáticas passam
mais pela própria capacidade de confiar em si e estabelecer estratégias próprias
para fazê-lo que propriamente cumprir ditames pré-estabelecidos.
Assim, não se deve descartar a forma convencional de calcular de forma
escrita, mas devem-se instigar os alunos a realizar cálculos mentais e tornarem-se
mais ágeis.
O ensino da matemática deve ser desenvolvido por meio da elaboração de
provas, justificação histórica e teoremas e leis matemáticas. Além da criação pessoal
de símbolos matemáticos, a aproximação da teoria à prática matemática do enfoque
dado aos aspectos sociais, culturais e históricos da disciplina. Principalmente do
processo de compreensão dos conceitos e resolução de problemas e não apenas na
forma e no resultado final dos mesmos. (ROSEIRA, 2006)
Ainda para o mesmo autor acima citado, conceber o papel do professor
como aquele que tem o saber, transmissor de conhecimentos e, portanto condutor
da aprendizagem dos alunos, como passivos, ou seja, apenas receptores de
conhecimentos prontos, significa dizer que sofrem influências para a formação
cognitiva.
Em princípio, o exercício destes papéis nega a possibilidade dos alunos
como sujeitos morais em formação de sua própria personalidade, autônoma,
condição mais que fundamental para realizar-se uma vez que os deixa a mercê das
ações, desejos e intenções de sujeitos e outros, neste caso. Os professores, assim,
muito mais na construção de uma pré-disposição á dependência e a obediência do
que a conquista de sua autonomia. (ROSEIRA, 2006)
METODOLOGIA
disciplina, mas passam pelas lacunas de leitura e interpretação do que foi lido. O
que certamente implicará na não compreensão do que foi solicitado no comando da
questão.
Isto coincide com o que foi dito por Cazaux (2003, quando afirma, o
planejamento de ensino ou didático é a especificação e a operacionalização do
plano curricular, nele devem conter os conteúdos a serem apresentados e as
estratégias de ensino, ou seja, a didática e principalmente as metas do docente.
Seguindo, as perguntas foi solicitado na questão dois que os docentes
explicassem como identificam as dificuldades dos alunos no ensino da matemática.
Os docentes que foram entrevistados destacaram que a dificuldade encontra-
se principalmente em relação ao raciocínio, principalmente ao realizar as operações
e interpretar atividades e problemas simples do dia a dia.
É preciso conhecer cada criança para trabalhar fatos, conceitos e habilidades,
pois qualquer ação pedagógica deve partir do que a criança é e do que ela traz
consigo, a matemática está em tudo que vivenciamos. É de extrema relevância que
o professor faça com que a criança veja a matemática em seu cotidiano.
Como terceira questão perguntou-se quais os procedimentos que o docente
adota, quando identificam as dificuldades em cada aluno no ensino da matemática.
Para esta questão obteve-se como resultado que os docentes se preocupam com
olhar do aluno e procurar trabalhar em cima do que ele precisa, sendo importante à
individualização para que se desenvolva o raciocínio e o aprendizado na disciplina
que já costuma ser um tabu para as crianças.
A professora S destacada abaixo, afirma que:
Professora S: (sic): “Oferecer apoio visual e materiais concretos e
atendimento individualizado”.
Diante do que foi dito, pode-se afirmar que os docentes estão consonantes
com o que nos afirma Dante (1996), quando destaca que o professor tem que
estimular analisar, pensar e tirar conclusão para que possa conhecer cada vez mais
a matéria e adquirir conhecimento sobre seu aluno. A criatividade é um caminho de
possibilidades e necessidades de construir um mundo novo e melhor, pois é
importante investir na criança.
Na questão seguinte perguntaram-se quais são as principais dificuldades que
o docente enfrenta ao realizar o ensino da matemática. Como resultado obteve-se
que
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tudo que emergiu desta pesquisa coincide com o que foi preconizado pelos
autores lidos e principalmente no tocante à forma de avaliar, citada pelos docentes,
que lhes possibilita não apenas mensurar ou atribuir nota aos alunos, mas lhes
garantem um diagnóstico que demonstrará o ponto de partida e os objetivos que
querem e precisam ainda alcançar.
Conclui-se assim, que há neste grupo de docentes um olhar atento às
necessidades dos alunos e uma constante busca por aprimorar seu trabalho, usando
recursos diversificados e estratégias de ensino que possivelmente lhes garantirão o
alcance de suas metas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAZAUX HAIDT, Célia Regina. Curso de Didática Geral/ São Paulo: Ed Ática, 2003.
PILETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo: Ática, 15° edição, 1993.