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Turma1; Grupo 2: Bernardo Laranjeira, Cristina Costa, Paulo Miranda, Vítor Ruiz
Atualmente, com base nesta síntese histórica, verificamos que nos encontramos
mais próximos do regime de classe do que do de disciplina, embora permaneçam
características de ambos. O principal objetivo do ensino em Portugal, prende-se com o
atingir dos objetivos e desenvolver as competências previstas no perfil do aluno à saída
da escolaridade obrigatória. Neste sentido, as disciplinas não podem funcionar de forma
individual, todos somos professores, independentemente da disciplina, embora cada um
contribua na sua especificidade, para um objetivo comum e resolver os problemas
comuns. Nesta lógica, será necessário existir colaboração entre professores, não só das
diferentes disciplinas, mas também dentro do grupo da mesma disciplina. Porém, nem
sempre esta relação de colaboração intra e interdisciplinas se verifica, mas sim relações
de força, em que os professores assumem que a sua disciplina é mais importante do que
outras, quando todas são fundamentais para a formação dos alunos.
Outra situação, prende-se com o facto do ensino ter passado de individual para
em grupo, turma, ou seja, em vez dos alunos terem explicações para os exames e as
escolas estarem vazias, passaram a ter aulas em turma, com as disciplinas organizadas
numa lógica sequencial. No entanto, apesar de atualmente se organizar o currículo nesta
lógica progressiva e garantir uma articulação vertical, tendo os alunos de frequentar as
aulas em turma, de forma a ter acesso aos exames, verifica-se ainda muitos alunos que
se encontram sobrecarregados com explicações fora das aulas, dado que permanece o
pensamento de que o exame é o principal fim do ensino. Desta forma, verifica-se que há
professores que organizam o seu ensino tendo como objetivo último o exame e não
efetivamente que os alunos aprendam as matérias.
Com base nesta análise, surgem diversas questões sobre o atual estado da
educação em Portugal, que com diversas alterações ao longo da história poucas
mudanças apresentaram:
Tendo em conta todas estas características ditas como relevantes para a complexa
função de diretor de turma, como é que é suposto o professor desenvolver estas
capacidades ou aprender como atuar no cargo? Visto que não existe uma formação
continua onde os professores escolhidos muitas das vezes como já referido são os mais
novos e que estão apenas contratados na escola, sendo passado como se fosse um
castigo e uma responsabilidade pois os professores mais experientes não o querem
desempenhar.
Isto só acontece pois não existem incentivos para o lado dos professores, apenas
mais funções para além das muitas que já têm sem qualquer acrescento e isso facilmente
se resolvia com algum tipo de privilégios na carga horaria ou até mesmo a nível
monetário. Outro fator é na parte da formação continua que para além de não existir as
formações que existem têm de ser pagas pelos próprios professores, então como é que
podemos esperar professores motivados, onde para continuarem a aprender os métodos
mais recentes, acompanhar a progressão da profissão e atualizar os conhecimentos
necessários é preciso serem os próprios a investir do próprio bolso, não é suposto os
professores serem remunerados pelo trabalho que fazem? Como é que, tendo em conta o
ordenado dos professores, como é que é suposto os professores muitas das vezes
pagarem 100 ou mais euros por formação, em que muitas delas obrigatórias.