Você está na página 1de 2

P1 – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Aluno: Brunna Oliveira Sharp

Matrícula: 220300030

4 - O Estado do seu nascimento aos dias de hoje conheceu dois tipos de Soberania:
a Soberania Despótica e a Político-Jurídica. Caracterize e diferencie as duas
soberanias.

Resposta:

Para falarmos sobre os dois tipos de soberania questionados, primeiramente é


necessário entender o conceito dessa palavra. A exata compreensão do conceito de
soberania é necessária para o entendimento do fenômeno estatal, visto que não há
Estado perfeito sem a mesma.

O conceito de soberania foi teorizado pelo francês Jean Bodin (1530-1596) no seu
livro intitulado “Os Seis Livros da República”, no qual sustentava a seguinte tese: a
Monarquia Francesa é de origem hereditária; o Rei não está sujeito a condições
postas pelo povo; todo o poder do Estado pertence ao Rei e não pode ser partilhado
com mais ninguém (clero, nobreza ou povo).

A partir do século XIX foi elaborado um conceito jurídico de soberania, segundo o


qual esta não pertence a nenhuma autoridade particular, mas ao Estado enquanto
pessoa jurídica. A noção jurídica de soberania orienta as relações entre Estados e
enfatiza a necessidade de legitimação do poder político pela lei.

Conclui-se, portanto, que soberania é uma autoridade superior que não pode ser
limitada por nenhum outro poder.

A partir disso, podemos discorrer sobre Soberania Despótica e Soberania Político-


Jurídica.

Ao tratar da Soberania Político-Jurídica, podemos entendê-la a partir de duas


perspectivas: legal e política. Soberania jurídica é aquela na qual um estado pode
tomar contato com o mundo, com o internacional, através da sua participação em
várias organizações internacionais, tratados, convênios e compromissos
diplomáticos, entre outros. A Soberania Política é que que se refere ao poder do
estado para impor tudo o que o que parece necessário. Embora eu ache que cada
Estado exerce sua soberania jurídica e política, não é assim em todas as nações. Há
casos em que o estado pode ter soberania jurídica, entretanto, sua soberania política
varia de acordo com as opiniões de outras nações em termos de seu
desenvolvimento social, político e econômico.
Já a Soberania Despótica é a forma de governo concentrado em uma única pessoa,
o déspota. É marcado por características autoritárias, mas pode não encontrar
oposição expressiva do povo. Por outro lado, o Despotismo é a forma mais simples
de governo, já que é baseado na premissa de que o poder detém a razão. Em uma
sociedade que vive sob essa condição, o poder está em quem controla as forças
armadas e possui nelas a capacidade de manter a ordem. Só que esta ordem é
atrelada à opressão, fazendo com que o poder aumente com o aumento do número
de tropas comandadas. Logo, a força do regime está no isolamento dos homens,
garantindo sua longevidade.

Essa forma de governo já existia antes dos gregos como um governo patriarcal de
autoridade pessoal e arbitrária. Só que na História Antiga o poder do déspota
aumentou com o aumento da população, criando uma rede através de casamentos
e conquistas militares que auxiliavam no exercício do poder de um indivíduo. Os
déspotas estiveram presentes também na Grécia e em Roma. Daí em diante, assim
passou a ser designado o governante que geria seu território de forma opressora e
arbitrária. Muitos desses indivíduos, inclusive, chegaram ao poder através da própria
democracia, convertendo-se posteriormente em um governo autoritário e opressor.

Mas durante o Século das Luzes, surgiu uma ramificação do Despotismo que
considerava elementos iluministas ao lado de posturas absolutistas em sua
constituição. Os indivíduos que apresentaram esse caráter foram chamados de
Déspotas Esclarecidos. No Brasil, inclusive, um deles teve notória presença e atuação,
como foi o caso do Marquês de Pombal. Já na fase republicana, o Brasil conviveu
com dois governos despóticos, o do Marechal Floriano Peixoto e do Getúlio Vargas.

Você também pode gostar