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CENTRO UNIVERSITARIO DE JUAZEIRO DO NORTE- UNIJUAZEIRO

CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

BIANCA RODRIGUES LEITE

A INFLUÊNCIA NEGATIVA DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO


COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

JUAZEIRO DO NORTE
2022
BIANCA RODRIGUES LEITE
A INFLUÊNCIA NEGATIVA DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Nutrição do Centro Universitário de Juazeiro
do Norte – Unijuazeiro, como requisito parcial
para obtenção da média final na disciplina de
TCC1.
Orientador (a): Prof.(a): Me. Érica Carneiro
Ricarte

JUAZEIRO DO NORTE
2022

BIANCA RODRIGUES LEITE


A INFLUÊNCIA NEGATIVA DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Nutrição do Centro Universitário de Juazeiro do


Norte – Unijuazeiro, como requisito parcial para obtenção da média final na disciplina de
TCC1.
Orientador(a): Prof.(a): Me. Érica Carneiro Ricarte

DATA DA APROVAÇÃO: ___/____/___

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________
Profa. Me. Érica Carneiro Ricarte
ORIENTADOR

__________________________________________
PROF X
EXAMINADOR I

__________________________________________
PROF X
EXAMINADOR II

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE
Sumário
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5

1.1 PROBLEMA................................................................................................................6

1.2 HIPÓTESE...................................................................................................................6

1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6

2 OBJETIVOS...........................................................................................................................7

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................................7

2.2 Objetivo Específico...........................................................................................................7

3 REFERENCIAL TEORICO.................................................................................................8

3.1 Portadores do Transtorno do Espectro Autista..................................................................8

3.2 Comportamento alimentar em crianças com TEA............................................................9

3.3 Fatores externos e internos que influência negativamente na alimentação de crianças


com Transtorno do Espectro Autista.....................................................................................11
1 INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição classificada aos transtornos


do neurodesenvolvimento, que inclui várias vertentes devido aos seus graus de complexidade,
havendo mudanças no comportamento alimentar, comunicação e interação social. As
modificações no comportamento estão presentes desde a primeira infância, podendo aparecer
outras dificuldades com as mudanças de ambiente e suas demandas, excedendo a capacidade
da criança (APA, 2013).

Segundo Maenner et al., (2016) o predomínio de TEA nos EUA foi de 18,5 por 1.000
(uma em 54) crianças de oito anos, além disso em 4,3 vezes teve uma prevalência maior entre
meninos do que em meninas, podendo ser assim considerado um grave problema para área da
saúde. Para o diagnóstico é necessário analisar vários fatores, incluindo a análise do quadro
clinico por uma equipe multiprofissional, o relato do cuidador e caso seja possível analisar o
autorrelato do indivíduo (APA, 2013).

Crianças portadoras de TEA, possuem uma interação difícil com alguns grupos
alimentares devido terem seletividade alimentar, repertorio alimentar limitado e aversão a
alguns alimentos, com vários graus de severidade. Assim, terão pré-disposição a desenvolver
baixo peso ou obesidade, por isso se faz necessário a implementação de um nutricionista para
formular estratégias para a aplicação e variedade de alimentos ricos nutricionalmente (LOPEZ
et al., 2021).

Existem fatores fisiológicos que podem influenciar negativamente no processo da


alimentação, iniciando pelas habilidades multissensoriais e de percepção, não se realizando
como esperado em alguns casos de autismo (VIVIERS et al., 2020). A anomalia sensorial
possivelmente se relaciona a uma modulação alterada que irá ocorrer no sistema nervoso
central, responsável pela regulação das mensagens neurais referente aos estímulos sensoriais.
(MILLER et al., 2007), apresentando uma atividade aumentada ou diminuída aos estímulos
sensoriais, e existem exemplos como resposta adversa a texturas especificas, cheiro excessivo
e indiferença a calor ou frio, ocorrendo assim mudanças (DSM-5, 2013).
Do mesmo modo, existem fatores ambientais que estão ligadas diretamente a relação
social da família e podem causar interferência no desenvolvimento alimentar, como ansiedade
dos pais, padrões alimentares negativos e desarmonia na comunicação (CUMINE et al.,
2010). Além disso a presença de alterações comportamentais nos indivíduos com TEA, onde
se destaca a seletividade alimentar que irá comprometer a aceitação de alimentos e texturas,
criando uma seletividade e recusa a novos alimentos que poderão ser ofertados, esse
comportamento abrange de 40% a 80% (CARVALHO, 2012), sendo relacionado preferencias
como bebidas e alimentos com alto teor de açúcar e gordura, assim tendo aversão a frutas,
vegetais e proteínas magras. Esses comportamentos podem gerar no futuro riscos para um
possível desenvolvimento de obesidade (HILL et al., 2015).

1.1 PROBLEMA

Desta forma, tem-se como pergunta de partida: Fatores externos e internos podem ter
influência de forma negativa no comportamento alimentar de crianças com Transtorno do
Espectro Autista?

1.2 HIPÓTESE

Pressupõe-se que fatores externos e internos influenciam de forma negativa no


comportamento alimentar de crianças com Transtorno do Espectro Autista.

1.3 JUSTIFICATIVA

O presente estudo se justifica diante do aumento crescente de crianças com


diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista, apresentando alterações no comportamento
alimentar devido a fatores internos, como a mudança do paladar e o olfato mais aguçados que
implicam na textura, sabor e aroma dos alimentos e fatores externos como hábitos alimentares
familiares e sua interação desde a preparação até a refeição e seu contato excessivo com
alimentos processados e ultraprocessados.
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Revisar a literatura atual sobre a relação negativa de fatores internos e externos com o
comportamento alimentar de crianças com Transtorno do Espectro Autista

2.2 Objetivo Específico

1. Verificar a possível relação entre as refeições dos pais e das crianças com TEA e
comparar se a um padrão alimentar;
2. Associar possíveis alterações entre sabor, cor, texturas, aromas de alimentos no
desenvolvimento da seletividade alimentar
3. Analisar possíveis alterações sensoriais que reajam de forma negativa no processo de
alimentação;
3 REFERENCIAL TEORICO

3.1 Portadores do Transtorno do Espectro Autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi reconhecido pela primeira vez como um
diagnóstico clinico único pela Associação Psiquiátrica Americana (DSM-3, 1980), sendo
classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento tendo como definição prejuízo na
comunicação, interação social, desenvolvimento comportamental e interesses ou
comportamentos restritivos e repetitivos (DSM-5, 2013).
Segundo a OMS (2019), a um aumento considerável do TEA em todo o mundo,
afetando cerca de 1 em cada 160 crianças, apesar de muitos países de baixa e média renda não
fazerem as notificações devidas da quantidade real de casos, esse aumento está ligado
diretamente com a conscientização, notificação e expansão dos critérios mais precisos para o
diagnóstico.
A causa exata do TEA continua incerta, mas algumas pesquisas relacionadas a
etiologia apontam dois principais fatores, a genética e o meio ambiente. Podendo assim ser
considerado um distúrbio multifatorial. As exposições ambientais estão relacionadas com
períodos como o pré-natal, poluição do ar, idade paterna e uso de medicamentos psicotrópicos
maternos no período da gestação (BOLTE, S.; GIRDLER, S.; MARSCHIK, P.B., 2019). A
grande parte dos genes relacionados ao TEA estão ligados diretamente ao desenvolvimento e
funcionamento do cérebro, como a formação de sinapses, metabolismo cerebral e
remodelação de cromatina (BOURGERON, 2015).
É bastante comum portadores do TEA apresentarem alterações fisiológicas no
desenvolvimento sensorial, podendo ser de forma reduzida ou aumentada aos estímulos,
estando relacionada a uma possível modulação irreparável que ocorre diretamente no sistema
nervoso central, fazendo a regulação de mensagens neurais relacionadas aos estímulos
sensoriais (MILLER et al., 2007).
Além disso, a relatos frequentes de problemas gastrointestinais, que ocasionam uma
alteração comportamental, como ansiedade e afastamento social (HUGHES et al., 2018),
conhecido como o “eixo intestino-cérebro”, possui uma alta complexidade devido envolver
múltiplas vias de comunicação, entre elas o sistema imunológico, comunicação metabólica e
neural por via do sistema nervoso entérico (COLINS, S.M.; SURETTE, M.; BERCIK, P.,
2012). Bem como apresentam comportamentos como recusa alimentar, repertorio alimentar
limitado e ingestão de alimentos únicos na hora das refeições (MARIE-BAUSET et al.,
2015).

A APA (2015), relata o início precoce das características de TEA antes dos três anos
de idade, apresentando sintomas que incluem um conjunto de prejuízos sociais, comunicativos
e comportamentais. O reconhecimento dos sintomas manifestados pelas crianças é de extrema
importância para a obtenção do diagnóstico precoce, sendo identificadas primeiramente por
pais, cuidadores e familiares que fazem a comparação dos padrões com os de comportamentos
característicos do autismo (CARDOSO et al., 2012).
Segundo Silva et al (2012), é necessária uma investigação detalhada e criteriosa para
diagnosticar o TEA, “cada criança tem maior ou menor facilidade com alguma área”, sendo
assim será através desse ponto em que um profissional irá desenvolver métodos para trabalhar
juntamente com a criança para ajudar nas áreas que ela contém menor facilidade de
desenvolvimento.
Os critérios para o diagnostico foram revisados e lançados pela DSM-5 (2013), que faz
a utilização de dois principais sintomas no TEA, sendo os déficits sociais e de comunicação e
os padrões restritos e repetitivos de comportamentos.
Para o tratamento do TEA é necessária uma equipe multidisciplinar que realize um
diagnóstico precoce, terapias comportamentais, escolares e familiares. Essas intervenções
podem diminuir os sintomas e oferecer um melhor desenvolvimento e aprendizado do
paciente (MELO et al., 2016).
Apesar de não haver cura, o tratamento especifico contribui para ajudar os déficits
presentes em cada indivíduo, tendo em visto que cada criança tem um grau diferente, devido a
isso, a uma grande importância de uma abordagem individualizada para cada caso (ONZI;
GOMES, 2015).

3.2 Comportamento alimentar em crianças com TEA

O período da introdução alimentar na primeira infância é essencial, pois vai além da


ingestão dos alimentos líquidos e sólidos nos primeiros três anos de vida, onde através da
nutrição se tem uma programação metabólica ou nutricional. Nesse mesmo período da
infância começam a aparecer sinais de alterações comportamentais em crianças portadoras de
TEA, juntamente com comportamentos atípicos na hora das refeições, devido ao
desenvolvimento da seletividade alimentar, sensibilidade sensoriais, ingestão calórica baixa e
alimentação excessiva (FEWTRELL et al., 2017; CHALANE, 2021).
A seletividade alimentar é caracterizada pela aversão de novos alimentos, com um
número mínimo de variedades e está diretamente interligado no processamento sensorial,
podendo ocorrer do excesso a nenhuma sensibilidade a estímulos sensoriais ambientais,
quando ocorrem essas variações no momento da refeição, causam fatores sensoriais: odores,
texturas, sabores e cores, favorecendo assim a rejeição de alguns alimentos. Além disso,
apresentam três pontos principais: a diminuição do apetite, recusa alimentar e falta de
interesse por novos alimentos, podendo resultar em uma carência nutricional (ROCHA et al.,
2019; CHISTOL et al., 2018; GAMA et al., 2020)..
Comportamentos comuns no quadro da seletividade alimentar são: birra, choro, comer
pausadamente ou em longos intervalos, beliscar alimentos ao longo do dia, além da
preferência por alimentos específicos (SAMPAIO et al., 2013).
Silva & Paim (2020), ressaltam que foram detectadas deficiências nutricionais nesse
público, principalmente, no ferro, zinco e cálcio, sendo grupos de risco para um possível
desenvolvimento de carências nutricionais energético-proteicas em crianças com transtorno
do neurodesenvolvimento.
Além disso, estudos realizados identificam que as preferencias alimentares de
portadores de TEA, são grupos de ultraprocessados que contém alto valor calórico, como
biscoitos, refrigerantes e embutido, e tendo uma adversidade ao consumo do grupo de
alimentos in-natura, como as frutas, verdura e legumes, associando assim o autismo ao
sobrepeso, onde tem como causa os hábitos alimentares inadequados, falta da pratica de
exercícios físicos e isolamento social, podendo assim aumentar ainda mais o sedentarismo
(CURTIN et al., 2014; ALMEIDA et al., 2018).
Nesse sentido de alimentação adequada para crianças com Transtorno do Espectro
Autista, Rocha et al., (2019) faz a seguinte afirmação: “Uma nutrição adequada ajuda na
prevenção de doenças, no bom funcionamento do organismo, além de proporcionar uma
melhor qualidade de vida. Para a manutenção de uma nutrição adequada é necessário que o
indivíduo consuma uma variedade de alimentos, pois essa variedade traz uma maior oferta de
nutrientes. Crianças com TEA podem apresentar dificuldades em aceitar novas experiências
alimentares, o que pode ocasionar deficiência de algum nutriente”.
Devido a isso, podemos afirmar a importância da contribuição do nutricionista e da
avaliação do estado nutricional, desde que a relatos que os indivíduos apresentam alterações
no trato gastrointestinal e na alimentação, sendo de extrema importância os parâmetros
escolhidos para analisar e estabelecer o diagnostico nutricional, fazendo uma comparação a
padrões confiáveis de referência. Portanto o único meio de avaliar alterações nutricionais de
indivíduos eutróficos ou com qualquer outra patologia é por meio da avaliação nutricional
(MUSSOI, 2017; FELIPE et al., 2021).

3.3 Fatores externos e internos que influência negativamente na alimentação de crianças com
Transtorno do Espectro Autista

Segundo Lázaro, Siquara e Pondé (2019), uma parcela significativa da comunidade


autista apresentam problemas alimentares associados a disfunção sensorial, incompetências
motoras orais relacionadas à mastigação e a deglutição e problemas no trato gastrointestinal
(TGI).
Alguns autistas possuem o transtorno de processamento sensorial, podendo ser hiper-
responsivas tendo a reação de forma exagerada a um determinado estimulo, que irá ser
manifestado através de ansiedade, medo ou comportamento de oposição, existindo a
probabilidade também de serem hiporresponsivas, reagindo de forma indiferente e sem
mostrar interesse (SAMPAIO, 2013).
Alguns exemplos citados na DSM-5 (2013) e também bastante observados nos
indivíduos com TEA são: fascínio visual por luzes ou objetos que rodam, resposta adversa a
sons ou texturas especificas, cheiro ou toque excessivos de objetos, indiferença a dor, calor ou
frio. Essas alterações influenciam diretamente o comportamento de atividades do dia a dia,
como as refeições e sua rotina de sono de maneira direta ou indireta. As características
intrínsecas aos alimentos são: sabor, textura, forma, temperatura, cor, formato das
embalagens, apresentação dos alimentos no prato e dos utensílios usados no momento das
refeições, as recusas desses fatores, levam a formação de hábitos seletivos ligados ao
processamento sensorial (SILVA, 2016; LÁZARO, CARON, PONDÉ, 2018).
Além disso, podem ser manifestados alterações na motilidade da mastigação e
dificuldade de deglutição. Rodrigues et al., (2020), indica que a maioria das crianças autistas
do estudo, precisam da ingestão de líquidos para auxiliar na ingestão dos alimentos durante as
refeições. Devido a isso é de suma importância o acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar que tenha como membro um fonoaudiólogo para colaborar na melhora do
quadro clinico das funções orais (MAXIMINO et al., 2016).
Bem como a relação do TEA com os problemas gastrointestinais sendo considerado
uma síndrome clínica de sobreposição de sintomas, decorrente das várias condições
fisiopatológicas genéticas e ambientais oportunos na integração da microbiota intestinal com
o cérebro, influenciando diretamente a qualidade de vida (WASILEKSKA, KLUKOWSKI,
2015).
Segundo Brito et al., (2020) relata em seu estudo que 43 infantis diagnosticados com
TEA, 67,4% apresentavam desordens intestinais, 41,9% constipadas, 25,6% abdômen
distendido, 18,6% vômitos, 14% flatulências, 9% pirose e 7% diarreia.
A também evidencias que exista uma alteração na permeabilidade intestinal e na
capacidade do sistema digestivo de fazer a metabolização correta de algumas substancias
como glúten e a caseína, fazendo com que cheguem ao sangue como macromoléculas,
causando reações imunológicas e respostas alérgicas, apresentando transtornos
gastrointestinais e alergias alimentares (MENICAGLI, MARROTA, 2017).
Dessa maneira, de acordo com a seletividade de alguns grupos alimentares, como
frutas, vegetais e legumes, possam influenciar negativamente na motilidade intestinal. Se
fazendo necessário o conhecimento do papel dos nutrientes na regulação da microbiota
intestinal, para que a alimentação desses indivíduos seja ajustada e incrementada de acordo
com as necessidades nutricionais e com restrições alimentares baseadas em manifestações
alérgicas de algum tipo de alimento (RISTORI et al., 2019).
Portanto esses problemas gastrointestinais, podem ocasionar mudanças súbitas de
comportamento como agitação, irritabilidade, privação de sono e rejeição alimentar, devendo
ser investigados por profissionais qualificados (MCELHANON et al., 2014).
Do mesmo modo, existem fatores externos que influenciam de forma negativa na
alimentação. Como as preferencias e os hábitos alimentares da família, segundo Lázaro e
Pondé (2017), eram parecidos com os dos indivíduos com TEA, a aceitação da recusa
alimentar dos filhos, pela mãe favorecia a seletividade alimentar. Os alimentos preferidos
eram vistos como prêmios, sendo utilizados como uma moeda de troca. Além disso, os
problemas comportamentais que as crianças apresentam durante as refeições desenvolvem
quadros de estresse na família, tendo impacto direto na participação de atividades de convívio
social e na qualidade de vida (JOHSON et al., 2014).
Bem como, as texturas, sabores, aparências, cheiros e temperatura de alimentos
ocasionam a seletividade alimentar, devido as crianças portadoras de TEA terem uma
especificidade de aceitação por uma única forma de preparação (HUBBARD et al., 2014).
Nesse sentido, Sharp et al., (2019), ressaltam a importância da intervenção entre a
monotonia, seletividade alimentar e comportamentos perturbadores em crianças com TEA,
apresentado um desafio para os pais.
Desde que as crianças com TEA tem maior afinidade por alimentos com alto índice
glicêmico, ricos em gorduras e ricos em açúcar como, bolos, pães, biscoitos recheados, fast
food, doces, refrigerantes, possuído assim maiores chances de desenvolver doenças
(SEUBERT, 2014).
4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DO ESTUDO

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com base nas produções cientificas
presentes nas bibliotecas digitais, de caráter descritivo com abordagem qualitativo.

4.2 PERÍODO DE BUSCA DA PESQUISA

A busca pelos estudos nos bancos de dados eletrônicos será realizada no segundo
semestre do ano de 2022.

4.3 COLETA DE DADOS

O estudo será realizado a partir de pesquisa eletrônica nos bancos de dados: LILACS
(Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribe), MEDLINE (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online).
Serão utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): “crianças”, “autista”,
“comportamento alimentar”, “fatores fisiológicos” e “fatores ambientais”. Foram associados
os DeCs com o operador booleano AND, sendo feito estratégias de cruzamentos com um ou
mais descritores. Todos os artigos serão analisados pela pesquisadora, obedecendo os critérios
de inclusão e exclusão.

4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Serão incluídos artigos originais, publicados nos últimos cinco anos (2018-2022), nos
presentes idiomas português Brasil, inglês e espanhol.

4.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídos os artigos com publicação dupla nas bases de dados, os que não forem
originais e os que não abordarem o tema proposto.
4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS

A pergunta de partida foi elaborada através da utilização da estratégia Population,


Variables and Ouctomes (PVO): Fatores externos e internos podem ter influência de forma
negativa no comportamento alimentar de crianças com Transtorno do Espectro Autista
(TEA)?
Com a utilização da estratégia PVO pode-se encontrar melhores respostas nas buscas
dos artigos nas bases de dados.

Quadro 1 –

Itens da Estratégia Componentes Descritores (Decs)


Population Crianças com Espectro Crianças com Espectro
Autista (TEA) Autista
Variables Comportamento Padrões alimentares;
alimentar práticas alimentares
Outcomes Fatores externos e Fatores ambientais;
internos que influenciam fatores fisiológicos
de forma negativa
Fonte:
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão os artigos serão analisados
através da prévia leitura dos resumos. Em seguida, os resultados serão organizados em uma
tabela com autor/autores, ano de publicação, título do artigo, objetivo do estudo, metodologia,
amostra do estudo e principais conclusões. Posteriormente, os artigos serão lidos na integra e
os atenderem aos critérios estabelecidos permanecerão para auxiliar no desenvolvimento da
pesquisa.
5 CRONOGRAMA

Quadro 2 –

ATIVIDADES MESES
(2022.1 e 2022.2)
JAN FE MAR ABR MAI JUN JUL AGOS SET OUT NOV DEZ
V
Levantamento X X X X X X X X X X X
bibliográfico
Escolha do tema X

Elaboração do X X X X
projeto
Apresentação do X
projeto
Coleta de dados X X X X X
Tabulação e análise X X X
dos dados coletados
Apresentação dos X
resultados
Fonte: Autoria própria.
6 ORÇAMENTO

Quadro 3 –

Materiais utilizados Quantidade Valor unitário (R$) Subtotal (R$)


Impressão 70 0,20 14
Internet 8 85 680
Encadernação 3 3,50 10,50
Total (R$) 704,5
Fonte: Autoria própria.
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