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BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
TERESINA – PI
2021
SILVANA COSTA LIRA BERTO
TERESINA – PI
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................4
1.1 Problema...............................................................................................................5
1.2 Hipótese................................................................................................................5
1.3 Justificativa...........................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................7
2.1 Obesidade Infatil..................................................................................................7
2.2 Aleitamento Materno............................................................................................8
2.3 Aleitamento Materno e Obesidade Infantil.........................................................10
3 METODOLOGIA.......................................................................................................12
4 CRONOGRAMA.......................................................................................................14
5 ORÇAMENTO...........................................................................................................15
REFERÊNCIAS...........................................................................................................16
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
fome, assim eles conseguem regular a quantidade de suas mamadas, assim como o
tempo e frequência delas (MAMELLI; MAZZANTINI; ZUCCOTTII, 2016).
A leptina presente no leite materno aparece como um componente de efeito
protetor contra a obesidade, pois diminui a vontade de comer e estabiliza o
metabolismo calórico. O nível de leptina está associado diretamente ao nível do
Índice de Massa Corporal (IMC) e nível plasmático materno (UWAEZUOKE; ENEH;
NDU, 2017). Em mães com peso normal, esse nível de leptina nos primeiros meses
de vida pode interferir no peso do lactente no primeiro e segundo ano de vida
(MIRALES et al., 2006).
A composição diferencial da microflora intestinal também está relacionada a
um maior risco de obesidade infantil. Quando comparada em bebês alimentados
com fórmula e bebês amamentados, o que diferencia essa associação entre a
amamentação e a trajetória de peso é a presença ou ausência de maior população
de bifidobactérias. Presentes no leite materno, as bifidobactérias definem a
microflora intestinal dos bebês amamentados e saudáveis (UWAEZUOKE; ENEH;
NDU, 2017).
Atualmente é pré-requisito a prevenção da obesidade infantil quando se trata
da diminuição da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Desse modo,
o aleitamento materno exclusivo relacionado com o menor risco de obesidade nas
crianças vem instigando estudos científicos, visto que está se tornando uma
epidemia global de longo impacto na saúde das crianças. Nessa perspectiva, esse
estudo tem como objetivo analisar os benefícios do aleitamento materno na
prevenção da obesidade em crianças, o que pode auxiliar no planejamento e
elaboração de ações voltadas para redução da prevalência dessa doença.
1.1 Problema
Qual a relação entre o aleitamento materno exclusivo e a obesidade infantil?
1.2 Hipótese
O aleitamento materno exclusivo tem um efeito protetor contra a obesidade
infantil.
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1.3 Justificativa
A obesidade hoje vem ocupando números alarmantes, tendo sida vista como
um problema associado a saúde pública principalmente em países desenvolvidos.
No Brasil são mais de 40 milhões de crianças com obesidade, demonstrando mais
possibilidades de desenvolverem obesidade na fase adulta. É fator que impacta no
surgimento de outras doenças associadas, como diabetes mellitus e hipertensão.
Nessa perspectiva, a prática do aleitamento materno pode proporcionar um efeito
protetor na saúde da criança e pode auxiliar no planejamento e elaboração de ações
voltadas para redução da prevalência dessa doença. A obesidade infantil se
mostrando como uma epidemia, levanta a procura por estratégias de prevenção,
sendo o aleitamento materno exclusivo a pratica mais bem orientada e adotada
quando se trata da relação obesidade e aleitamento exclusivo, dando relevância as
suas consequências de maneira geral, as individualidades e bem estar das crianças.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Obesidade Infantil
A obesidade se caracteriza como um estado pró-inflamatório. A adiposidade
excessiva acaba ocasionando uma inflamação sistêmica que está associada na
fisiopatologia de inúmeras condições, sendo vista como um provável meio no
aparecimento de inúmeras patologias. Embora seja uma doença identificada como
sendo de etiologia multifatorial, o excesso no consumo de alimentos com altas
calorias ainda é a causa mais comum (MADEIRA et al., 2020; ROA; SOL, 2018).
O excesso de gordura corporal acaba propiciando distúrbios metabólicos,
locomotores e respiratórios, ainda sendo fator de risco para comorbidades como
doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer e dislipidemia
(SANTOS, O. P; BORGES, F. G, 2018).
Atualmente a obesidade vem sendo priorizada na atenção e cuidado, pois as
consequências deixadas só vem crescendo. No cenário atual 16% da população
mundial infantil e adolescentes estão obesas (SANTOS, O. P; BORGES, F. G, 2018;
NEVES; SOUSA; FUJISAWA, 2017).
Nas crianças, o IMC (Índice de Massa Corporal), diferentemente dos adultos,
é mais aleatório, não se associando com comorbidades e mortalidade, sendo
considerável com relação a adiposidade. Devido a alterações do corpo no decorrer
do crescimento, a interpretação é estabelecida conforme a faixa etária e sexo da
criança. Nas curvas de IMC da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotadas no
Brasil, a limitação de normalidade é determinada por elas, direcionadas ao sexo e
idade da criança. A genética ainda influencia a gordura corporal distribuída, sendo a
circunferência abdominal o parâmetro mais adequado no diagnóstico da obesidade
central e na relação com risco metabólico (ABESO, 2016)
Dos fatores de risco associados a obesidade que estão presentes no
desenvolvimento da criança estão a obesidade dos pais, sedentarismo, aleitamento
materno, peso ao nascer e condições ligadas ao crescimento (ABESO, 2016).
Fatores ambientais, biológicos, socioeconômicos, psicossociais e culturais também
são considerados fatores de risco, porém a excessiva ingestão de alimentos
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É provável que que a leptina seja fonte basicamente do leite materno nos
primeiros períodos de desenvolvimento em recém-nascidos, realizando um papel de
fundamental importância no equilíbrio da ingestão alimentar (PALOU, 2018).
A microbiota intestinal é o grupo de microrganismos que convivem no trato
gastrointestinal e induzem o balanço energético, formando ácidos graxos de cadeia
curta desde polissacarídeos digeridos. A estruturação dessa população microbiana
decorre do hospedeiro, sendo também mudada devido fatores exógenos. Com
relação ao hospedeiro, esses microrganismos são simbióticos e exercem uma
importante função nos processos fisiológicos, como a digestão, ou vindo a interferir
no metabolismo, podendo intensificar a formação de energia baseando-se pela
dieta. A obesidade e os distúrbios metabólicos estão relacionados a todos os
processos mencionados (CARVALHO; FARIA; LOUREIRO, 2020).
O começo do desenvolvimento da vida significa um momento minucioso para
as interatividades entre hospedeiro e microrganismo, já que os indicadores para a
saúde e tranquilidade futuros são determinados. O passo inicial e principal nessa
relação é demonstrado logo depois do nascimento pela colonização de micróbios
precursores, modelando a população microbiana em crescimento e atingindo os
diversos desenvolvimentos fisiológicos do hospedeiro. Apesar de nos adultos a
microbiota seja de condição variada, o trato gastrointestinal dos bebes relativamente
saudáveis e a termo é basicamente rudimentar, controlado pelas espécies de
Bifidobactérium, potencializado na infância. O aumento de outras espécies de
bactérias ou a diminuição das Bifidobactérias nos meses iniciais do nascimento, no
período de abertura crítica de oportunidade pode modificar consideravelmente o
desenvolvimento natural da população microbiana, podendo ocasionar várias
consequências repulsas na saúde do bebe, implicando a uma propensão a doenças
relacionadas a imunidade e metabólicas como a obesidade infantil e alergias
(LAWSON. et al. 2019).
São óbvios os benefícios do aleitamento materno a curto e longo prazo no
combate a morbidade e mortalidade. Diversos estudos mostram que o aleitamento
materno está relacionado diretamente à diminuição do risco de obesidade no futuro
(MAESSEN, et. al. 2019).
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3 METODOLOGIA
As bases de dados que serão usadas na coleta e análise dos artigos selecionados
serão SCIELO – Scientific Eletronic Library Online, MEDLINE – Sistema Online de
Busca e Análise de Literatura e LILACS – Literatura Latino Americana Médica
acessado pela PUBMED, combinando os descritores em português: “Obesidade
infantil”, “Aleitamento Materno”, “Leite materno” no Sistema de Descritores em
Ciência da Saúde (DeCS). Nas bases de dados estrangeiras, os artigos publicados
em inglês terão como descritores: “Child obesity”, “Breastfeeding”, “Milk, Human”,
“onde serão cruzados pelos operadores AND ou E.
4 CRONOGRAMA
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2021
Escolha do
tema X
Escolha do
orientador X
Elaboração
dos objetivos X
Busca e
seleção para
obtenção de X
dados
Elaboração
da introdução X
do TCC 1
Elaboração
da
metodologia X
TCC 1
Entrega da
versão X
parcial TCC 1
Escolha dos
subtópicos X
Elaboração
do referencial X
teórico
Produção
final X
Entrega final X
Apresentação
do TCC 1 X
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5 ORÇAMENTO
RECURSOS MATERIAIS
MATERIAL DE CONSUMO
Descrição Quantidades Valor Unitário Valor total
Internet 01 99,00 99,00
Programa de 01 49,90 49,90
plágio
Notebook 01 2.800,00 2.800,00
Caneta 03 5,00 15,00
TOTAL 06 2.953,9 2.963,99
Fonte de Recursos: Financiamento Próprio
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REFERÊNCIAS
MIRALES, O. et al, C. A physiological role of breast milk leptin in body weight control
in developing infants. Obesity. 2006. Disponível em:
<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1038/oby.2006.155>>. Acesso em: 07 de abr.
2021.
MORAES, et al, 2021. Breastfeeding in the first six months of life for babies seen by
Lactation Consulting. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.29, 2021. Disponível
em:<https://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S010411692021000100314&script=sci_arttext>>. Acesso em: 15 abr. 2021.
ROSA, et al. Relação entre excesso de peso aos 6 anos de idade e condições
socioeconômicas ao nascimento, amamentação, práticas iniciais de alimentação e
peso ao nascer. Revista de Nutrição. v.32 n. pag. 3, 2019. Disponível
em:<https://www.scielo.br/j/rn/a/s4j5hBLbTbjNzk9cy4vNGmw/?format=pdf&lang=em>
Acesso em: 09 de jun. 2021.