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FACULDADE UNINASSAU – CAMPUS REDENÇÃO

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

SILVANA COSTA LIRA BERTO

RELAÇÃO ENTRE O ALEITAMENTO MATERNO E OBESIDADE INFANTIL

TERESINA – PI
2021
SILVANA COSTA LIRA BERTO

RELAÇÃO ENTRE O ALEITAMENTO MATERNO E OBESIDADE INFANTIL

Projeto de pesquisa apresentado ao curso


de Nutrição da Faculdade Uninassau –
Campus Redenção, como requisito para
elaboração do Trabalho de Conclusão do
Curso II.

Orientador(a): Mayara Monte Feitosa

TERESINA – PI
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................4

1.1 Problema...............................................................................................................5

1.2 Hipótese................................................................................................................5

1.3 Justificativa...........................................................................................................5

1.4 Objetivo Geral.......................................................................................................6

1.5 Objetivo Específicos.............................................................................................6

2 REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................7
2.1 Obesidade Infatil..................................................................................................7
2.2 Aleitamento Materno............................................................................................8
2.3 Aleitamento Materno e Obesidade Infantil.........................................................10
3 METODOLOGIA.......................................................................................................12

3.1 Tipo de Estudo....................................................................................................12

3.2 Coleta de Dados.................................................................................................12

3.3 Critérios de Inclusão...........................................................................................12

3.4 Critérios de Exclusão..........................................................................................12

3.5 Organização de Dados.......................................................................................13

4 CRONOGRAMA.......................................................................................................14
5 ORÇAMENTO...........................................................................................................15
REFERÊNCIAS...........................................................................................................16
RESUMO

A obesidade infantil se define como a existência de de peso excessiva nas crianças,


devido principalmente a alta ingestão de energia a cima do gasto energético, sendo
que suas consequências se classificam em médicas e psicossociais, como a
diabetes tipo 2, síndrome metabólica, resistência a insulina, hipertensão, obesidade
adulta, dislipidemia entre outras. O tempo de vida da criança até os dois anos de
vida é considerado de suma importância, pois é nesse período que a nutrição
oferece nutrientes essenciais para um crescimento e desenvolvimento saudável.
Uma relação entre a obesidade infantil e aleitamento tem sido identificada através
de alterações no comportamento alimentar, com uma influência maior pela leptina,
aumentando a saciedade e estabilizando o metabolismo calórico. Alterações
também na microflora dos bebes estão relacionados a um maior risco de obesidade
infantil. As bifidobacterias aparecem definindo a microflora intestinal dos bebes em
aleitamento materno exclusivo, onde sua diminuição nos primeiros meses de vida
após o nascimento pode modificar relativamente o desenvolvimento natural da
população microbiana. O aleitamento materno exclusivo por sua vez está associado
a um risco menor de obesidade infantil, onde a prevalência diminui de 10 a 20%.
Ainda nos primeiros meses de vida fornece nutrientes essenciais e é composto de
grandes concentrações de fatores protetores como efeito ant infeccioso, a lizosima
e a lactoferrina, citocinas, imunoglobulinas e outras, se comunicando entre si e com
membranas do trato respiratório e digestivo, contendo ainda anticorpos dirigidos a
vários patógenos que tiveram próximos da mãe durante a vida.

Palavras-chaves: Obesidade Infantil. Aleitamento Materno. Leite Materno


4

1 INTRODUÇÃO

A obesidade infantil é considerada um excesso de gordura inadequada no


corpo da criança provocando distúrbios na sua saúde. É caracterizada pela presença
de excesso de peso, no qual a distribuição de gordura é mais prenunciadora de
saúde. Se desenvolve principalmente porque a ingestão de energia supera o gasto
de energia, e seu desenvolvimento é favorecido pela interação de fatores ambientais
e do hospedeiro de formas complexas (MAMELLI; MAZZANTINI; ZUCCOTTI, 2016;
ABESO, 2016; TRANDAFIR; TEMNEANU, 2016).
Suas consequências estão classificadas como médicas e psicossociais.
Dentre elas estão diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica, resistência à
insulina, hipertensão, obesidade adulta, dislipidemia, síndrome da apneia obstrutiva
do sono, distúrbios alimentares, menarca e puberdade precoce e distúrbios
ortopédicos. (UWAEZUOKE; ENEH; NDU, 2017). As consequências de suas
complicações geram preocupação, pois acarreta perda na qualidade de vida e
aumento na taxa de mortalidade (RUPEREZ et al., 2021).
Entre as consequências psicossociais estão ansiedade, depressão, baixa
autoestima, estigmação social, exposição ao bullying entre outras. As estimativas
vêm mostrando aumento significativo com predominância maior de casos na classe
socioeconômica baixa e uma pré-disposição na queda em países desenvolvidos
como os Estados Unidos. (UWAEZUOKE; ENEH; NDU, 2017).
O período da vida de uma criança que vai desde a concepção até os dois
anos de idade é considerado imprescindível na redução do desenvolvimento da
obesidade infantil, pois é nesse período que são oferecidos através da nutrição os
nutrientes fundamentais para sua imunidade, maturação cerebral e um saudável
crescimento. (MAMELLI; MAZZANTINI; ZUCCOTTII, 2016). A recomendação da
OMS, é que o recém-nascido a partir do nascimento seja alimentado somente por
leite materno (MORAES, et al, 2021).
Nesse contexto, foi observado uma relação entre a obesidade infantil e o
comportamento alimentar, definido pela regulação diferencial do apetite, e
constataram que bebês que tem uma influência maior na ingestão alimentar são os
que recebem aleitamento materno. Esses bebês desenvolvem uma maior influência
na sua ingestão alimentar, pois são estimulados por sua sensação de saciedade e
5

fome, assim eles conseguem regular a quantidade de suas mamadas, assim como o
tempo e frequência delas (MAMELLI; MAZZANTINI; ZUCCOTTII, 2016).
A leptina presente no leite materno aparece como um componente de efeito
protetor contra a obesidade, pois diminui a vontade de comer e estabiliza o
metabolismo calórico. O nível de leptina está associado diretamente ao nível do
Índice de Massa Corporal (IMC) e nível plasmático materno (UWAEZUOKE; ENEH;
NDU, 2017). Em mães com peso normal, esse nível de leptina nos primeiros meses
de vida pode interferir no peso do lactente no primeiro e segundo ano de vida
(MIRALES et al., 2006).
A composição diferencial da microflora intestinal também está relacionada a
um maior risco de obesidade infantil. Quando comparada em bebês alimentados
com fórmula e bebês amamentados, o que diferencia essa associação entre a
amamentação e a trajetória de peso é a presença ou ausência de maior população
de bifidobactérias. Presentes no leite materno, as bifidobactérias definem a
microflora intestinal dos bebês amamentados e saudáveis (UWAEZUOKE; ENEH;
NDU, 2017).
Atualmente é pré-requisito a prevenção da obesidade infantil quando se trata
da diminuição da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. Desse modo,
o aleitamento materno exclusivo relacionado com o menor risco de obesidade nas
crianças vem instigando estudos científicos, visto que está se tornando uma
epidemia global de longo impacto na saúde das crianças. Nessa perspectiva, esse
estudo tem como objetivo analisar os benefícios do aleitamento materno na
prevenção da obesidade em crianças, o que pode auxiliar no planejamento e
elaboração de ações voltadas para redução da prevalência dessa doença.

1.1 Problema
Qual a relação entre o aleitamento materno exclusivo e a obesidade infantil?

1.2 Hipótese
O aleitamento materno exclusivo tem um efeito protetor contra a obesidade
infantil.
6

1.3 Justificativa
A obesidade hoje vem ocupando números alarmantes, tendo sida vista como
um problema associado a saúde pública principalmente em países desenvolvidos.
No Brasil são mais de 40 milhões de crianças com obesidade, demonstrando mais
possibilidades de desenvolverem obesidade na fase adulta. É fator que impacta no
surgimento de outras doenças associadas, como diabetes mellitus e hipertensão.
Nessa perspectiva, a prática do aleitamento materno pode proporcionar um efeito
protetor na saúde da criança e pode auxiliar no planejamento e elaboração de ações
voltadas para redução da prevalência dessa doença. A obesidade infantil se
mostrando como uma epidemia, levanta a procura por estratégias de prevenção,
sendo o aleitamento materno exclusivo a pratica mais bem orientada e adotada
quando se trata da relação obesidade e aleitamento exclusivo, dando relevância as
suas consequências de maneira geral, as individualidades e bem estar das crianças.

1.4 Objetivo Geral


Analisar a relação entre o aleitamento materno exclusivo e a obesidade infantil.
1.5 Objetivos Específicos
• Demonstrar a importância do leite materno para a criança.
• Explicar a fisiopatologia da obesidade infantil.
• Investigar a associação entre o aleitamento materno exclusivo e a obesidade
infantil.
7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Obesidade Infantil
A obesidade se caracteriza como um estado pró-inflamatório. A adiposidade
excessiva acaba ocasionando uma inflamação sistêmica que está associada na
fisiopatologia de inúmeras condições, sendo vista como um provável meio no
aparecimento de inúmeras patologias. Embora seja uma doença identificada como
sendo de etiologia multifatorial, o excesso no consumo de alimentos com altas
calorias ainda é a causa mais comum (MADEIRA et al., 2020; ROA; SOL, 2018).
O excesso de gordura corporal acaba propiciando distúrbios metabólicos,
locomotores e respiratórios, ainda sendo fator de risco para comorbidades como
doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer e dislipidemia
(SANTOS, O. P; BORGES, F. G, 2018).
Atualmente a obesidade vem sendo priorizada na atenção e cuidado, pois as
consequências deixadas só vem crescendo. No cenário atual 16% da população
mundial infantil e adolescentes estão obesas (SANTOS, O. P; BORGES, F. G, 2018;
NEVES; SOUSA; FUJISAWA, 2017).
Nas crianças, o IMC (Índice de Massa Corporal), diferentemente dos adultos,
é mais aleatório, não se associando com comorbidades e mortalidade, sendo
considerável com relação a adiposidade. Devido a alterações do corpo no decorrer
do crescimento, a interpretação é estabelecida conforme a faixa etária e sexo da
criança. Nas curvas de IMC da Organização Mundial de Saúde (OMS) adotadas no
Brasil, a limitação de normalidade é determinada por elas, direcionadas ao sexo e
idade da criança. A genética ainda influencia a gordura corporal distribuída, sendo a
circunferência abdominal o parâmetro mais adequado no diagnóstico da obesidade
central e na relação com risco metabólico (ABESO, 2016)
Dos fatores de risco associados a obesidade que estão presentes no
desenvolvimento da criança estão a obesidade dos pais, sedentarismo, aleitamento
materno, peso ao nascer e condições ligadas ao crescimento (ABESO, 2016).
Fatores ambientais, biológicos, socioeconômicos, psicossociais e culturais também
são considerados fatores de risco, porém a excessiva ingestão de alimentos
8

processados e ultra processados e o sedentarismo são considerados os principais


fatores associados ao desenvolvimento dessa patologia.
A ingestão de produtos com baixo teor de nutrientes e alto teor de açúcar e
gordura, ingestão diária de bebidas açucaradas e pouca prática de atividade física
são os principais condicionantes da obesidade infantil (HENRIQUES et al., 2018).
Em crianças menores de 2 anos de idade, um terço já ingeriu ou ingere refrigerante
e sucos artificiais contendo açúcar, sendo que mais de 60% já experimentaram e
comem bolos e biscoitos. Nesse cenário é nítido a demanda por ações que
combatam os fatores condicionantes associados às crianças, visto que os hábitos
alimentares determinados na infância tendem a permanecer na vida adulta
(HENRIQUE et al., 2018).
Antes da puberdade as chances da criança se tornar obesa na fase adulta é
de 20 a 50%, já depois da puberdade essas chances aumentam de 50 a 70%. Na
vida adulta esse risco leva a criança obesa a problemas mais graves da obesidade
na vida adulta, tendo em vista que o risco de morte nos obesos adultos que na
infância foram obesos é consideravelmente maior comparado com adultos magros
que na infância e adolescência tinham peso normal (ABESO, 2016).
As crianças estão podendo fazer suas escolhas em relação aos alimentos que
consomem e a quantidade de atividade física que praticam, impactando fortemente
no comportamento atual e futuro, explicando o acelerado crescimento da prevalência
da obesidade infantil. A imprescindibilidade de melhoramento do ambiente alimentar
requer que organizações internacionais como o governo e partes interessadas e
indispensáveis abrangendo a sociedade civil e o setor privado local e mundial
discorram os determinantes comerciais envolvidos na obesidade com a produção e
comercialização de produtos prejudiciais à saúde e de densidade energética alta,
estabelecendo uma melhor acessibilidade de alimentos mais saudáveis e que não
são processados (CESARE et al., 2019).

2.2 Aleitamento Materno


De grande importância por ser uma fonte imprescindível de nutrição para o
bebê nos primeiros meses de vida e não somente uma alimentação feita no seio, o
aleitamento materno vem mostrando através de pesquisas impactos importantes que
abrangem a saúde das crianças (KROL; GORSSMANN, 2018).
9

O aleitamento protege ainda em momento neonatal, após o nascimento e


durante toda a infância a comorbidades e mortalidade. Os benefícios se ampliam
também à adolescência e a fase adulta. Abrangem a prevenção da má oclusão
dentaria, doenças crônicas, alergias, obesidade e sobrepeso. Seu efeito peculiar de
proteção imunológica é indispensável para combater doenças infecciosas que
aproveitam a transferência de anticorpos e fatores anti-infecciosos, contribuindo
também para a transferência prolongada de atribuição imunológica e memória
(CALIL; KREBS; CARVALHO, 2020).
O aleitamento materno deve ser incentivado e dado início ainda durante a
gestação, para que os riscos de impedimentos não ocasionem o desmame precoce,
sendo detectados e prevenidos o mais cedo possível. Gestantes de risco elevado
devem ser priorizadas com os cuidados ao longo da gravidez e no aleitamento
materno (MOIMAZ et al., 2020).
Estudo relacionado ao aleitamento materno apresentam taxas que diferem
entre 20% a 59% de aleitamento exclusivo em crianças com menos de seis meses
de idade. Já nos recém-nascidos prematuros de baixo peso, essas taxas diferem
entre 19,5% a 76% no aleitamento materno exclusivo em ambiente hospitalar.
Depois da alta do bebê e a primeira volta ao ambulatório, essa taxa cai mais de 50%
(MOIMAZ et al., 2020).
A nível mundial a promoção e continuação do aleitamento materno poderia
evitar 20.000 mortes por ano, por meio do câncer de mama em mulheres e até
823.000 mortes por ano de crianças com menos de 5 anos. Somente 37% das
crianças abaixo de 6 anos recebem amamentação exclusiva, quando se trata de
países de baixa e média renda (RAMINELLI; HAHN, 2019).
O AME é quando o bebe só ingere o leite materno, não ingerindo liquido
nenhum diferente. Durante o período neonatal que costuma ser minucioso para os
bebês, a imediata exposição e vulnerabilidade a vários microrganismos favorece o
aparecimento de doenças infecciosas como gastroenterite, otite, infecções do trato
respiratório, sepse, meningite (PALMEIRA; SAMPAIO, 2016).
Dessa forma essas doenças são vistas em razão de fatores como as
deficiências qualitativas e quantitativas relevantes a componentes do sistema
imunológico. Compensando a imaturidade imunológica particular nos períodos fetal
e neonatal, e aos primeiros meses de vida, a natureza propiciou meios de proteção
oferecidos pela mãe, o leite materno, caracterizado pela transferência
10

transplacentária de anticorpos, fatores de resistência anti-infecciosos no líquido


amniótico e o último sendo na vida extrauterina, colostro e leite (PALMEIRA;
SAMPAIO, 2016).
O leite fornecido nos dias iniciais depois do nascimento, além de ser
composto ricamente em nutrientes, compõe-se de altas concentrações de vários
fatores protetores como efeito anti-infeccioso, bem como a lactoferrina e lisozima,
citocinas imunoglobulinas, leucócitos, oligossacarídeos, lipídeos, nucleotídeos,
partes do sistema complemento, além de hormônios que interatuam entre si e com
membranas do trato respiratório e digestivo superior dos bebes. O leite humano
contém anticorpos administrados a vários patógenos que tiveram contato com a mãe
no decorrer da vida. Dessa maneira caracterizando uma memória imunológica.
Assim, esses anticorpos compõem a parte maior do conteúdo proteico nessa
secreção nos dias iniciais da lactação (PALMEIRA; SAMPAIO, 2016).
Além de conter proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais,
hormônios e enzimas digestivas, o leite materno possui uma constituição geral de
87% de água, 1,0% de proteína, 3,8% de gordura e 7% de lactose. A lactose e a
gordura nessa ordem fornecem de 40% e 50% de toda energia do leite, porém o
leite materno é bem inconstante a ponto de mudar sua composição com o tempo,
adequando-se as novas necessidades da criança em desenvolvimento (MARTIN;
LIN; BLACKBURN, 2016).

2.3 Aleitamento Materno e Obesidade Infantil


O aleitamento materno exclusivo (AME) esteve relacionado a um risco mais
baixo de obesidade. O aleitamento materno diminui em 10 a 20% a prevalência da
obesidade em crianças (GONSALEZ, et. al. 2017).
A leptina, um hormônio a base de proteínas originado pelo gene ob (LEP),
sendo um peptídeo composto por 167 aminoácidos, gerado especialmente pelo
tecido adiposo atua secretando em teores proporcionalmente adequados à medida
dos depósitos de gordura. Quando circula, age no cérebro, precisamente no núcleo
do hipotálamo, através do seu próprio receptor, pulsionando os inibidores do apetite
(neuropeptídios anorexigênicos) e impossibilitando os estimuladores do apetite
(orexigênicos), ocasionando uma redução da ingestão alimentar, crescimento no
gasto energético e controle de desenvolvimentos metabólicos.
11

É provável que que a leptina seja fonte basicamente do leite materno nos
primeiros períodos de desenvolvimento em recém-nascidos, realizando um papel de
fundamental importância no equilíbrio da ingestão alimentar (PALOU, 2018).
A microbiota intestinal é o grupo de microrganismos que convivem no trato
gastrointestinal e induzem o balanço energético, formando ácidos graxos de cadeia
curta desde polissacarídeos digeridos. A estruturação dessa população microbiana
decorre do hospedeiro, sendo também mudada devido fatores exógenos. Com
relação ao hospedeiro, esses microrganismos são simbióticos e exercem uma
importante função nos processos fisiológicos, como a digestão, ou vindo a interferir
no metabolismo, podendo intensificar a formação de energia baseando-se pela
dieta. A obesidade e os distúrbios metabólicos estão relacionados a todos os
processos mencionados (CARVALHO; FARIA; LOUREIRO, 2020).
O começo do desenvolvimento da vida significa um momento minucioso para
as interatividades entre hospedeiro e microrganismo, já que os indicadores para a
saúde e tranquilidade futuros são determinados. O passo inicial e principal nessa
relação é demonstrado logo depois do nascimento pela colonização de micróbios
precursores, modelando a população microbiana em crescimento e atingindo os
diversos desenvolvimentos fisiológicos do hospedeiro. Apesar de nos adultos a
microbiota seja de condição variada, o trato gastrointestinal dos bebes relativamente
saudáveis e a termo é basicamente rudimentar, controlado pelas espécies de
Bifidobactérium, potencializado na infância. O aumento de outras espécies de
bactérias ou a diminuição das Bifidobactérias nos meses iniciais do nascimento, no
período de abertura crítica de oportunidade pode modificar consideravelmente o
desenvolvimento natural da população microbiana, podendo ocasionar várias
consequências repulsas na saúde do bebe, implicando a uma propensão a doenças
relacionadas a imunidade e metabólicas como a obesidade infantil e alergias
(LAWSON. et al. 2019).
São óbvios os benefícios do aleitamento materno a curto e longo prazo no
combate a morbidade e mortalidade. Diversos estudos mostram que o aleitamento
materno está relacionado diretamente à diminuição do risco de obesidade no futuro
(MAESSEN, et. al. 2019).
12

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo


O estudo tomará como base a revisão narrativa, contribuindo para um estudo
aprofundado e uma melhor compreensão ao tema referido. A revisão narrativa tem a
finalidade de caracterizar e discutir um assunto já definido pela condição de sua arte.
Ainda é apontada como indispensável em temáticas debatidas, abordando questões
e contribuindo para avanços no conhecimento (NUNES, 2020).

3.2 Coleta de Dados

As bases de dados que serão usadas na coleta e análise dos artigos selecionados
serão SCIELO – Scientific Eletronic Library Online, MEDLINE – Sistema Online de
Busca e Análise de Literatura e LILACS – Literatura Latino Americana Médica
acessado pela PUBMED, combinando os descritores em português: “Obesidade
infantil”, “Aleitamento Materno”, “Leite materno” no Sistema de Descritores em
Ciência da Saúde (DeCS). Nas bases de dados estrangeiras, os artigos publicados
em inglês terão como descritores: “Child obesity”, “Breastfeeding”, “Milk, Human”,
“onde serão cruzados pelos operadores AND ou E.

3.3 Critérios de Inclusão

A pesquisa será realizada com artigos científicos de revisão e originais que


apresentarem a relação entre o aleitamento materno e a obesidade infantil,
disponíveis nas bases de dados em um período entre 2015 à 2021, nos idiomas
português, inglês e que seja gratuito.
13

3.4 Critérios de Exclusão

Serão excluídos artigos não disponíveis na íntegra, artigos realizados em


animais, que não abrangem um período mínimo de cinco anos aos dias atuais (2016
– 2021) e estudos que não respondem aos critérios propostos ao tema.

3.5 Organização de Dados

A princípio serão selecionados e lidos todos os títulos e estudos que


atenderem aos critérios exigidos. Em seguida, os estudos duplicados e que não se
incluírem na questão proposta deverão ser excluídos. Os estudos permanecentes
serão relidos de maneira minuciosa e precisa no intuito de avaliar sua correlação
com o propósito em questão.
A organização se dará por conta das análises do conteúdo selecionado,
dando relevância aos pontos mais importantes que a literatura retrata. Comparando
resultados de estudos encontrados na literatura, que serão empregues a um quadro,
onde constará o nome do autor e ano, os títulos, objetivos, resultados e conclusões.
14

4 CRONOGRAMA
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2021
Escolha do
tema X
Escolha do
orientador X
Elaboração
dos objetivos X
Busca e
seleção para
obtenção de X
dados
Elaboração
da introdução X
do TCC 1
Elaboração
da
metodologia X
TCC 1
Entrega da
versão X
parcial TCC 1
Escolha dos
subtópicos X
Elaboração
do referencial X
teórico
Produção
final X
Entrega final X
Apresentação
do TCC 1 X
15

5 ORÇAMENTO
RECURSOS MATERIAIS
MATERIAL DE CONSUMO
Descrição Quantidades Valor Unitário Valor total
Internet 01 99,00 99,00
Programa de 01 49,90 49,90
plágio
Notebook 01 2.800,00 2.800,00
Caneta 03 5,00 15,00
TOTAL 06 2.953,9 2.963,99
Fonte de Recursos: Financiamento Próprio
16

REFERÊNCIAS

ABESO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA


SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade: 2016. São Paulo, 2016.
Disponível em: <https://bit.ly/2T5FIbn&gt>. Acesso em: 07 abr. 2021.

ABESO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA


SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade: 2016. p.131,132,135.
São Paulo, 2016. Disponível em: &lt;https://abeso.org.br/wp-
content/uploads/2019/12/Diretrizes-Download-Diretrizes-Brasileiras-de- Obesidade-
2016.pdf>. Acesso em: 05 de jun. 2021.

ABESO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE EDA


SÍNDROME METABÓLICA. Diretrizes brasileiras de obesidade, 2016. p.137, São Paulo,
2016. Disponível em: <https://abeso.org.br/wp- content/uploads/2019/12/Diretrizes-
Download-Diretrizes-Brasileiras-de-Obesidade-2016.pdf>;. Acesso em: 05 de jun. 2021.

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