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4.1.2 ETIOLOGIA
O TEA é uma condição complexa e multifatorial, cuja etiologia envolve a
interação de diversos fatores genéticos e ambientais. Não há uma causa única conhecida
para o TEA, mas pesquisas indicam que a genética desempenha um papel importante,
com estimativas de que a hereditariedade explique cerca de 80% dos casos. Variantes
genéticas e mutações em genes relacionados ao desenvolvimento cerebral e à
comunicação entre neurônios estão associadas ao TEA. Além disso, irmãos de pessoas
com TEA apresentam um risco maior de desenvolver a condição (MAXIMO;
CADENA; KANA, 2014).
Os fatores ambientais também são relevantes no desenvolvimento do TEA,
embora sua contribuição seja menor em comparação com os fatores genéticos.
Exposição a agentes teratogênicos durante a gravidez, como toxinas ambientais,
infecções virais e certos medicamentos, tem sido associada a um aumento do risco de
TEA (EISSA, et al., 2018).
Fatores pré, peri e pós-natais também podem estar relacionados ao TEA.
Complicações durante a gravidez e o parto, como idade avançada dos pais,
prematuridade, baixo peso ao nascer e complicações obstétricas, foram associadas a um
aumento do risco de TEA. Além disso, exposição a agentes tóxicos, deficiências
nutricionais e infecções durante o período pré-natal podem influenciar a manifestação
do transtorno (MAXIMO; CADENA; KANA, 2014).
4.1.3 EPIDEMIOLOGIA
Segundo dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), um
órgão vinculado ao governo dos Estados Unidos, estima-se que exista atualmente um
caso de autismo a cada 110 pessoas. Considerando a população do Brasil, com
aproximadamente 200 milhões de habitantes, pode-se inferir que o país possua cerca de
2 milhões de indivíduos com autismo. Esses números revelam a significativa proporção
de pessoas afetadas pelo transtorno no país (RIBEIRO, 2022).
Essa estimativa, ressalta a importância de políticas públicas voltadas para a
identificação precoce, o diagnóstico preciso e o suporte contínuo às pessoas com TEA e
suas famílias. Além disso, é fundamental investir em pesquisas científicas para avançar
na compreensão do transtorno, buscando novas estratégias de intervenção e melhoria da
qualidade de vida dos afetados.
4.2 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E ASPECTOS
NUTRICIONAIS
O TEA é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e
comportamental. Embora a dieta e a nutrição não sejam consideradas causas diretas do
TEA, há evidências de que certos aspectos nutricionais podem ter influência no manejo
dos sintomas e no bem-estar geral de pessoas com TEA (MAGAGNIN et al., 2021; DE
PAULA, et al., 2020).
Muitas pessoas com TEA apresentam sensibilidades alimentares, como aversões
a certos alimentos ou texturas, o que pode levar a uma dieta restrita e desequilibrada. É
importante trabalhar com um profissional de saúde especializado para garantir que a
alimentação seja adequada, variada e balanceada, respeitando as sensibilidades
alimentares individuais (ROCHA, et al., 2019).
4.3 PROBIÓTICOS
4.3.1 ASPECTOS CONCEITUAIS
Os probióticos são constituídos por microorganismos vivos, como bactérias e
leveduras, que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à
saúde do hospedeiro. Esses microorganismos são encontrados em alimentos
fermentados, como iogurte, kefir, chucrute e kimchi, e também estão disponíveis em
forma de suplementos (RABÊLO, et al., 2022).
A escolha adequada do tipo, dose e duração do uso dos probióticos é essencial, e
é recomendado consultar um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação.
Além disso, os efeitos dos probióticos podem variar de pessoa para pessoa, e mais
pesquisas são necessárias para entender completamente seus mecanismos de ação e sua
eficácia em diferentes condições de saúde (ÁLVAREZ, et al., 2021).
REFERÊNCIAS