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BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO E AUTISMO
SALVADOR-BA
2022
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NUTRIÇÃO E AUTISMO
SALVADOR-BA
2022
2
FOLHA DE APROVAÇÃO
NUTRIÇÃO E AUTISMO
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5
2. METODOLOGIA ........................................................................................... 7
3. O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ............................................. 9
3.1 EPIDEMIOLOGIA ........................................................................................ 10
3.2 PERFIL NUTRICIONAL NO TEA ............................................................... 10
4. MICROBIOTA INTESTINAL ....................................................................... 11
4.1 MICROBIOTA INTESTINAL NO TEA ........................................................ 12
4.2 EIXO CÉREBRO-INTESTINO .................................................................... 12
5. RELEVÂNCIA DA NUTRIÇÃO NA RELAÇÃO ENTRE O TEA E A
MICROBIOTA INTESTINAL ....................................................................... 14
5.1 GLÚTEN E CASEINA E SUA RELAÇÃO COM O TEA ............................ 14
5.2 USO DE PROBIÓTICOS NO TEA ............................................................. 15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 16
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 17
ANEXOS ...................................................................................................... 20
ANEXO A – NORMAS DE PUBLICAÇÃO REVISTA BAIANA DE SAÚDE
PÚBLICA...................................................................................................... 20
APÊNDICES ................................................................................................ 24
APÊNDICE A – QUADRO COMPILADO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS
UTILIZADOS NO ESTUDO ......................................................................... 24
5
1. INTRODUÇÃO
Sistema Nervoso Entérico (SNE) e o Sistema Nervoso Central (SNC), partindo disso,
é perceptível como as alterações gastrointestinais correlaciona-se com alterações do
padrão neurológico, incluindo o TEA. Estudos realizados concluíram que a
microbiota intestinal exerce um papel relevante nas desordens do espectro autista,
além disso, pode estar modulando o sistema imunológico e funções
gastrointestinais, gerando assim maior cautela ao observar a interação entre o
intestino-cérebro e impactos que podem causar.7
É notório o fato de que crianças com o distúrbio do espectro autista apresentam uma
alteração da microbiota intestinal que resulta em mudanças comportamentais
expressivas. Tendo isso em vista, nota-se a importância da inserção de terapias
nutricionais, com o uso de probióticos para modulação da microbiota intestinal que
acarreta em benefícios na relação do eixo intestino-cérebro, com o intuito de
melhorar os sintomas e comportamentos expressos pelos portadores do TEA,
visando assim a oferta de uma melhor qualidade de vida para os mesmos.
Diante desse contexto, o presente artigo tem como objetivo principal analisar a
relação entre o autismo e a microbiota intestinal, ressaltando o seu vínculo com o
7
uso de probióticos. Para tal, foi previsto: (i) realizar a coleta de estudos literários que
abordam sobre a relação entre o autismo, a microbiota intestinal e os probióticos; (ii)
descrever a correlação entre o intestino e o cérebro, e vice-versa; (iii) identificar
quais impactos que a microbiota intestinal pode causar ao TEA; (iv) identificar quais
impactos que o uso de probióticos pode proporcionar para o autismo; e (v) realizar
uma análise crítica sobre os estudos abordados.
2. METODOLOGIA
O critério de elegibilidade para a inclusão dos artigos científicos foi a aplicação e/ou
análise de temas que tratam a respeito da relação entre a microbiota intestinal e o
autismo. Desse modo, não foram contemplados estudos com abordagem exclusiva
do autismo, da microbiota intestinal ou do uso de probióticos. A pesquisa e triagem
dos artigos científicos está representada no fluxograma (Figura 1), disposto a seguir.
8
O critério de elegibilidade para a inclusão dos artigos científicos foi a aplicação e/ou
análise de temas que tratam a respeito da relação entre a microbiota intestinal e o
autismo. Desse modo, não foram contemplados estudos com abordagem exclusiva
do autismo, da microbiota intestinal ou do uso de probióticos. Todos os estudos
selecionados para esta revisão narrativa estão descritos no Quadro 1, que se
encontra no apêndice.
Vale ressaltar ainda, que foram encontrados um total de 42 artigos, sendo 18 deles
da plataforma Pubmed, 15 da SciELO e 9 estudos do Google Acadêmico, destes
foram excluídos 9 artigos, 6 deles por serem publicações realizadas antes do
período escolhido (2011), e 3 por não se adequarem à proposta da temática
escolhida. Desta forma, a revisão literária contou com 33 artigos, que foram lidos na
9
íntegra e revisados, a partir disto foi realizada a análise e discussão dos dados
obtidos.
Ainda que se acredite que fatores ambientais, como infecções ou o uso de alguns
medicamentos durante a gestação, tenham papel significativo no desenvolvimento
do transtorno, supõe-se que o TEA seja hereditário em cerca de 50 a 90% dos
casos, o que de fato comprova a importância dos fatores genéticos na patogênese
da doença, contudo sua etiologia ainda é desconhecida.11
São apontadas por meio da literatura científica, algumas das principais intervenções
de promoção da saúde que estão diretamente ligadas aos autistas. Alguns aspectos
possuem grande relevância dentro de seu contexto, como as alterações motoras e
cognitivas, de comunicação, principalmente ao falho desenvolvimento da linguagem
e interação social, ausência de expressão, além das desordens psíquicas e
nutricionais.12 Além dessas características marcantes percebida em portadores de
TEA, ainda há uma série de desordens gastrointestinais que podem acometer
diretamente o autista, como por exemplo, a diminuição da produção de enzimas
digestivas, inflamação da parede intestinal, como também, a permeabilidade
intestinal apresentada de forma alterada, esse conjunto de fatores agravam ainda
mais os sintomas dos portadores do transtorno.13
10
3.1 EPIDEMIOLOGIA
Apesar do TEA acometer diferentes raças, gêneros e etnias, verifica-se que sua
prevalência ocorre em maior escala no eixo masculino. De acordo com estudo
conduzido por Reis et al., (2019)16, foi constatado a prevalência de uma menina para
cada 3,3 meninos (77%) acometidos pelo transtorno do espectro autista (TEA). 16
Devido a diversos fatores envolvidos, crianças com TEA têm maior risco de
apresentar dificuldades alimentares, como por exemplo, a recusa alimentar e
seletividade para certos alimentos, ademais, há também presença de disfunções
motoras-orais e distúrbios comportamentais e gastrointestinais. Todo esse conjunto
de fatores podem gerar deficiência de alguns micronutrientes considerados
essenciais no desenvolvimento infantil, além de tornar a maioria desses indivíduos
propensos à alterações no trato gastrointestinal, acarretando em sintomas, como
dores abdominais, constipação e diarreia.17
4. MICROBIOTA INTESTINAL
Vale ressaltar, que essa relação simbiótica vai além dessas condições citadas no
parágrafo anterior, as bactérias presentes no intestino contribuem também com o
desenvolvimento e comportamento cerebral, sendo capaz de sintetizar
neurotransmissores e reduzir quadros de inflamação de baixo grau, agindo por meio
de vias de sinalização neural, imunológica, endócrina e metabólica.24 Com isso, é
estabelecida a relação do eixo cérebro-intestino.
Estudos abordam sobre uma teoria onde crianças portadoras de TEA não
desenvolvem uma microbiota intestinal saudável, sendo assim o TGI torna-se fonte
de neurotoxinas, causando as disfunções comportamentais presentes no Transtorno
do Espectro Autista. A relação entre TEA e a alimentação é explicada pela
existência do eixo cérebro-intestino, porém ainda não é comprovado se são as
alterações intestinais que causam os sintomas neurológicos do TEA ou se o autismo
causa as alterações intestinais.7
14
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
14. BRASIL. Câmara dos Deputados. Sancionada lei que inclui dados sobre
autismo no Censo 2020. Brasília, 18 de julho de 2020. Extraído de
[https://www.camara.leg.br/noticias/562740-sancionada-lei-que-inclui-dados-sobr
e-autismo-no-censo-2020/], acesso em [28 de fevereiro de 2022].
16. DE LIMA REIS, Deyvson Diego et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com
Transtorno do Espectro Autista do Centro Especializado em Reabilitação.
Pará Research Medical Journal, v. 3, 2019.
17. LIU, Xiao et al. Correlation between nutrition and symptoms: nutritional
survey of children with autism spectrum disorder in Chongqing, China.
Nutrients, v. 8, 2016.
18. CASTRO, Kamila et al. Body composition of patients with autism spectrum
disorder through bioelectrical impedance. Nutrición hospitalaria, v. 34, n. 4, p.
875-879, 2017.
19. CURTIN, Carol; JOJIC, Mirjana; BANDINI, Linda G. Obesity in children with
autism spectrum disorders. Harvard review of psychiatry, v. 22, n. 2, p. 93,
2014.
23. SILVA, Dayane Veríssimo da; SANTOS, Poliana Novais Moreira; SILVA, Danielle
Alice Vieira da. Excesso de peso e sintomas gastrointestinais em um grupo
de crianças autistas. Revista Paulista de Pediatria , v. 38, 2020.
24. DE OLIVEIRA TONINI, Ingrid Gabriela; VAZ, Diana Souza Santos; MAZUR,
Caryna Eurich. Eixo intestino-cérebro: relação entre a microbiota intestinal e
desordens mentais. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p.
e499974303-e499974303, 2020.
32. YANG Y, TIAN J, YANG B. Targeting gut microbiome: A novel and potential
therapy for autism. Life sciences, v.194, 2018.
33. LÁZARO C., PONDÉ, M., RODRIGUES, L., Os probióticos exercem efeitos
benéficos nas manifestações dos transtornos do espectro autista? Revista
Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. 2017.
34. SHAABAN, Sanaa Y. et al. The role of probiotics in children with autism
spectrum disorder: A prospective, open-label study. Nutritional neuroscience,
v. 21, n. 9, p. 676-681, 2018
ANEXOS
ANEXO A- NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BAIANA DE SAÚDE
PÚBLICA
APÊNDICES
APÊNDICE A- QUADRO COMPILADO COM OS ARTIGOS CIENTÍFICOS
UTILIZADOS NO ESTUDO.
Ano da
Artigo Selecionado Descrição
publicação