Você está na página 1de 65

Macroeconomia

1
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Principais Indicadores Econômicos
Conceito
Os principais indicadores da economia brasileira e cobrados em prova são:
Ø PIB – Produto Interno Bruto;
Ø Taxa SELIC-Meta e Selic-Over;
Ø Taxa DI;
Ø TR – Taxa Referencial;
Ø PTAX – Taxa de câmbio;
Ø IPCA e IGP-M – Índices de Inflação; e
Ø TLP – Taxa de Longo Prazo

2
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
PIB – Produto Interno Bruto
Conceito
O Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida de tudo que é produzido dentro de um país
em um determinado ano, sendo assim, a riqueza de um país. Mankiw (2007) definiu PIB
como “o valor de mercado de TODOS OS BENS E SERVIÇOS FINAIS produzidos em um país
em um dado período de tempo”, portanto, exclui-se da conta todos os bens de consumo
intermediários, ou somasse somente o valor agregado de cada parte.
Este indicador é considerado o melhor medidor de bem estar econômico de uma
sociedade, pois ele considera tudo o que foi gerado (Carros, pães, livros, computadores,
ingressos de cinema, refeições) em um determinado ano.
O cálculo do seu valor não é uniforme e os dois principais aspectos são:
Ø Ótica do Consumo (Despesa);
Ø Ótica da Produção;

3
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
PIB – Produto Interno Bruto
PIB e o Valor Agregado
No cálculo do PIB são considerados somente os bens e serviços finais, ou seja, os bens e
serviços intermediários são desconsiderados para não haver sobreposição de valores. No
entanto, cada bem vendido ou serviço prestado está gerando PIB.
Para facilitar o entendimento, vamos supor que um (1) MARCENEIRO vendeu por
R$ 500,00 madeiras para uma (2) FÁBRICA construir uma cama. Após isso, esta fábrica
vendeu por R$ 2 mil a cama. O PIB total gerado foi de R$ 2 mil, no entanto, o marceneiro
gerou R$ 500 e sobre a madeira, a fábrica AGREGOU mais R$ 1.500,00 de PIB.

PIB TOTAL GERADO:


R$ 2.000,00

R$ 500 R$ 1.500

MARCENEIRO FÁBRICA CONSUMIDOR

4
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
PIB – Produto Interno Bruto
Ótica do Consumo
Pela ÓTICA DO CONSUMO, o PIB resulta da soma dos seguintes fatores:
Ø Consumo das Famílias: Como o nome já diz, é o consumo das pessoas físicas!
Ø Investimentos das Empresas: despesa das empresas em investimento, sendo em
bens de capital, matérias-primas e produtos (variação de estoques),;
Ø Gastos do Governo: este item leva em consideração todos os gastos que o
governo faz em bens ou serviços. Não é considerado os gastos com transferências
(como bolsa família) e nem os pagamento de juros sobre a dívida pública.
Ø Balança Comercial: Também chamada de EXPORTAÇÃO LÍQUIDA, é a resultante
das nossas exportações, descontado das importações. Quanto mais caro o dólar
(desvalorização do real), maior será esse item e maior será o PIB.

Balança Comercial

PIB = C onsumo +I nvestimentos +G Gastos do Governo +X exportação –M


i portação

5
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
PIB – Produto Interno Bruto
Ótica da Produção
Pela ÓTICA DA PRODUÇÃO, o PIB corresponde à soma dos valores
agregados líquidos dos setores primário, secundário e terciário da economia (indústria,
agropecuária e serviços), mais os impostos indiretos, mais a depreciação do capital,
menos os subsídios governamentais. Podemos também calcular da seguinte forma:

Produção Produção Produção


PIB = da Indústria + Agrícola + de Serviços

Portanto, a Ótica da produção é o processo reverso da ótica do consumo, pois, para


alguém comprar, outra deve vender (produzir). Importante ressaltar que os valores
gerados ao PIB, devem ser o mesmo, não importando a forma que se calcule.

6
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
SELIC-META
Conceito
A Selic-Meta é a taxa de juros definida pelo COPOM, que toma essa decisão com base na
Meta de Inflação (IPCA). Ela será a META que o governo deseja para taxa de juros
praticada pela economia brasileira em relação a dívida brasileira para aquele período.

q PRINCIPAIS INFORMAÇÕES:
Ø É a meta da taxa de Juros brasileira;
Ø Definida pelo BACEN através do COPOM;
Ø Alterada através de AGO (cada 45 dias) ou AGE;
Ø Praticada pelo Governo.

7
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
SELIC-OVER
Conceito
Já a SELIC-OVER é a taxa de juros apurada no SELIC (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia), obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações
de financiamento por um dia, lastreadas em Títulos Públicos Federais e cursadas no
referido Sistema na forma de operações compromissadas.

A tendência é que a SELIC-OVER tenda a convergir para à SELIC-META. Essa taxa é o que
chamamos de TAXA LIVRE DE RISCO (TLR) da economia brasileira, que é o quanto um
investidor está recebendo por emprestar recursos para o Brasil. Desta forma, a taxa
cobrada nos demais segmentos de empréstimos existentes no mercado brasileiro é
composta pela meta da taxa de juros Selic, acrescido pelo Risco de inadimplência e
demais custos (custos administrativos, impostos, lucro, ...).

q PRINCIPAIS INFORMAÇÕES:
Ø É a média diária das negociações dos Títulos Públicos Federais (TPF);
Ø É alterada diariamente (dias úteis) e anualizada;
Ø Praticada pelo Mercado Financeiro.

8
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CDI – Certificado de Depósito Interbancário
Conceito
Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições
financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são
idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua
função é, portanto, transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras
palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para
quem não tem. A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a
rentabilidade de fundos, como os DI, por exemplo.

O DI é utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor


privado e, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação
pode render taxa de prefixada ou pós-fixada.

9
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CDI X SELIC
Conceito
O Tesouro Nacional, através da emissão de papéis (mercado primário) dá o parâmetro
para a curva de juros da economia brasileira - curva Selic.
No entanto, a taxa Selic Over é obtida mediante o cálculo da taxa média das operações
de financiamento por um dia entre as instituições financeiras, lastreadas em títulos
públicos federais. Quando o financiamento é lastreado em Títulos Privados, temos a taxa
CDI.

Banco Títulos Privados (CDI)


Central IF IF
Taxa CDI

Venda
de TPF Títulos Públicos Federais

IF
Taxa Selic Over
IF = Instituição Financeira

10
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
TR – Taxa Referencial
Conceito
A TR é um índice de referência de juros da economia brasileira, principalmente utilizada
para correções da Poupança, empréstimos de habitação como o SFH, títulos da dívida
agrária (TDA) e do FGTS.
Para chegarmos no valor da Taxa Referencial, o banco central aplica um redutor sobre a
Taxa Básica Financeira. Para a formação da TBF, calculasse as taxas de juros negociadas
no mercado secundário com Letras do Tesouro Nacional (LTN). Assim, a TBF de um mês
será uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos
imediatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da
aplicação, ao valor resultante, de um fator multiplicativo fixado em 0,93.

11
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
TLP – Taxa de Longo Prazo
Conceito
A TAXA DE LONGO PRAZO (TLP) É O PRINCIPAL CUSTO FINANCEIRO DOS
FINANCIAMENTOS DO BNDES. Ela compõe a taxa de juros final, junto com as
remunerações (spreads) do BNDES e dos bancos repassadores e a taxa de risco de crédito
do cliente.

A TLP mensal é composta de uma parcela de juros reais pré-fixados ("TLP-Pré") e da


inflação (IPCA), sendo que a TLP-Pré será CALCULADA E DIVULGADA NO INÍCIO DE CADA
MÊS PELO BANCO CENTRAL. A partir da data de início de vigência dos contratos em TLP, a
parcela de juro real será fixa, ao longo da vida dos contratos, variando apenas o
componente da inflação, que é o IPCA.

= ×
Juros Reais
TLP Prefixados
(“TLP-Pré”)
Inflação
(IPCA)

12
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Taxa de Câmbio
Conceito
Por definição do Banco Central do Brasil a “Taxa de Câmbio é o preço de uma moeda
estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. No Brasil, a
moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a
cotação comumente utilizada seja a dessa moeda”, ou seja, quanto é necessário de uma
moeda de um país para comprar a moeda de um outro país. No entanto, as moedas
podem ter diversas formas de mensuração (o quanto ela está custando).

q PRINCIPAIS TIPOS DE COTAÇÃO:


Ø PTAX: principal tipo cobrado na prova, ela é a média simples das transações
realizadas entre as instituições financeiras autorizadas a negociar câmbio no país,
sendo calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central.
Ø Comercial: este é o valor utilizado para as operações comerciais, tais como
Importações e Exportações, tanto de empresas, como do governo;
Ø Turismo: esta é a cotação através das negociações nas casas de câmbio, na qual as
pessoas físicas comprar para fazerem suas viagens.
Ø Spot: é taxa à vista do dólar que está sendo negociado;
Ø Forward: taxa negociada no mercado futuro (spot x taxa de juros).

13
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Taxa de Câmbio
PTAX: Conceito
A PTAX é a principal taxa de câmbio utilizada nacionalmente como referência do real por
dólares americanos. Seu nome veio da PTAX800, por causa da PTAX800, uma transação do
Sistema do Banco Central usada durante muitos anos pelo público para consultar taxas de
câmbio, mas que foi descontinuado em 2014.

Antigamente, a PTAX era calculada através de uma média ponderada pelo volume das
operações no mercado interbancário de câmbio, com liquidação em dois dias úteis. Hoje
em dia, o BANCO CENTRAL consulta os dealers em quatro momentos de alta liquidez no
mercado de câmbio, que informam qual foi o valor que eles numa única negociação que
eles fizeram naquele momento com o dólar americano, ou seja, qual o preço praticado no
mercado interbancário. Com estas informações, o BACEN faz uma MÉDIA SIMPLES
(aritmética), de cada ponta de compra e venda do dólar. A divulgação da PTAX ocorra a
cada consulta (são 4 por dia) e no final do dia também, com a PTAX do dia.

A participação dos dealers (instituições financeira) no cálculo da Ptax é avaliada


mensalmente e um desempenho insatisfatório, o leva ao descredenciamento.

14
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Taxa de Câmbio
Desvalorização do Dólar
Como qualquer objeto, as moedas terão desvalorização quando mais pessoas estiverem
vendendo e/ou houver maior quantidade para vender. Desta forma, quando o dólar está
caro (R$ 4,00), muitas pessoas desejam vender a moeda estrangeira fazendo com que se
tenha mais dólares na economia brasileira DESVALORIZANDO o dólar e VALORIZANDO O
REAL, deixando o cenário mais atrativo para o IMPORTADOR. Esse aumento de dólares
pode ocorrer da seguinte forma:

Quantidade de Quantidade de
Dólares no Brasil Dólares no Brasil
Com o dólar “caro”, o aumento da
$ $ $ quantidade de dólares em $ $ $
$ $ $ circulação poderá ocorrer através $ $ $
de:
o Aumento das Exportações
$ $ $
o Aumento da Conta Turismo $ $ $
US 1,00 = R$ 4,00 o Venda de dólares pelo BC US 1,00 = R$ 2,00

15
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Taxa de Câmbio
Valorização do Dólar
A valorização da moeda estrangeira ocorre da mesma forma: quando há uma diminuição
da sua quantidade ou quando muitas pessoas a estão comprando. Ou seja, quando o
dólar está barato (R$ 2,00), muitas pessoas desejam comprar dólares, fazendo com que se
tenha menos moeda estrangeira na economia brasileira VALORIZANDO o dólar e
DESVALORIZANDO O REAL, deixando o cenário mais atrativo para o EXPORTADOR. Essa
diminuição de dólares na economia brasileira, pode ocorrer da seguinte forma:

Quantidade de Quantidade de
Dólares no Brasil Dólares no Brasil
Com o dólar “barato”, o seu
$ $ $ aumento de preço poderá $ $ $
$ $ $ ocorrer por causa do: $ $ $
o Aumento das Importações $ $ $
o Diminuição da Conta Turismo
o Compra de dólares pelo BC $ $ $
US 1,00 = R$ 4,00 US 1,00 = R$ 2,00

16
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
INFLAÇÃO
Conceito
Inflação é uma alta persistente e generalizada dos preços em uma determinada economia,
gerando a perda do poder de compra. Como assim? Simples, há 10 anos atrás R$ 4,00
compravam uma barra de chocolate de 200 gramas, hoje, os mesmos R$ 4,00 compram
uma barra de chocolate de CEM GRAMAS (a metade). Para comprarmos as mesmas 200
gramas, necessitamos de R$ 8,00. Ou seja, a barra de chocolate dobrou de valor. Isso pode
ocorrer com diversos produtos e serviços.

Para termos uma ideia de como está sendo esse aumento de preços, no Brasil, as duas
principais formas de identificarmos esse aumento são através dos índices:
Ø IPCA: Calculado pelo IBGE, sendo o Índice oficial do Brasil. Ele é principalmente
influenciado pela variação dos preços no VAREJO. Tem como objetivo também,
corrigir os balanços e as demonstrações financeiras trimestrais e semestrais de
companhias abertas.
Ø IGP-M: Calculado pela FGV, sendo um índice para correção dos contratos
bancários e contratos de aluguéis. É principalmente influenciado pela variação dos
preços no ATACADO.

17
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Conceito
A PONDERAÇÃO DAS DESPESAS DAS PESSOAS PARA SE VERIFICAR
A VARIAÇÃO DOS CUSTOS FOI DEFINIDA PELO SEGUINTE MODO:
Tipo de Gasto Peso % do Gasto • Índice Oficial de Inflação do Brasil;
Alimentação 25,21 • Calculado pelo IBGE;
• Divulgado mensalmente;
Transporte e • Utilizado como referência para META de
18,77
Comunicação inflação definida pelo CMN para o COPOM;
Despesas Pessoais 15,68 • População-objetivo do IPCA abrange as
Vestuário 12,49 famílias com rendimentos mensais
compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta)
Habitação 10,91 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte
Saúde e cuidados de rendimentos, e residentes nas áreas
8,85
pessoais urbanas das regiões metropolitanas de
Artigos de residência 8,09 Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba,
Total 100,00 Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia.

18
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado
Definição
q IGP-M/FGV é composto pelos índices:
Ø 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA): Mensura o movimento médio de
preços no atacado em todas as capitais brasileiras.
Ø 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC): medida de preço médio necessário
para comprar determinados bens de consumo e serviços no mercado varejista por
famílias que possuem renda de 1 a 33 salários mínimos residentes nos principais
centros consumidores do Brasil.
Ø 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC): Reflete o ritmo dos preços de
materiais de construção e da mão de obra no setor imobiliário, sendo muito utilizado
na correção de contratos de C&V na planta.

Importante ressaltar que a variação cambial tem impacto mais relevante nos preços do
atacado, do que no varejo. Desta forma, o IGP-M sofre variações mais impactantes do
que o IPCA quando há variações cambiais.

19
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema Financeiro Nacional

20
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema Financeiro Nacional
Conceito
Objetivo do Sistema Financeiro é facilitar a transferência de recursos entre os agentes
superavitários e os agentes deficitários.

Agente Agente
TRANSFERIR RECURSOS Deficitário
Superavitário

Poupadores Tomadores

Menor Risco Maior Risco

Rentabilidade Crédito
LUCRO

21
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema Financeiro Nacional
Composição
Órgãos Normativos Entidades Supervisoras Principais Operadores
Ø Instituições Financeiras:
BACEN Bancos; Corretoras; Cooperativas
CMN – Banco Central do Brasil de Crédito; Instituições não
Conselho Monetário bancárias; etc.
Nacional
CVM – Comissão de Ø Bolsa de Valores, Mercadorias
Valores Mobiliários e Futuros (B3)
Ø Seguradoras
CNSP – SUSEP – Ø Resseguradoras
Conselho Nacional Superintendência Ø EAPC - Entidades Abertas de
de Seguros Privados de Seguros Privados Previdência Complementar
Ø Sociedades de Capitalização
CNPC - Conselho PREVIC - Superintendência
Ø EFPC - Entidades Fechadas de
Nacional de Previdência Nacional de Previdência
Previdência Complementar
Complementar Complementar

22
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema Financeiro Nacional
Resumo

CNSP CNPC
CMN Conselho Nacional
Conselho Nacional
Conselho Monetário Nacional de Seguros Privados
de Previdência
Complementar

BACEN CVM SUSEP PREVIC


Fiscalizam
Protegem

• Bancos • B3 S/A
• Corretoras CTVM • Empresas Aberta • EAPC (Aberta) • EFPC (Fechada)
• Distribuidoras • Seguradora • Fundos de Pensão
• Sócio Controlador
• Cooperativas • Resseguradora
• Op. financeiras

Sócio Minoritário
Clientes Segurados Participantes
Debenturista

23
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CMN - Conselho Monetário Nacional
Conceito
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o ÓRGÃO MÁXIMO DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL, a finalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o
progresso econômico e social do País. Este é um órgão com caráter unicamente
normativo, ou seja, ele não realiza atividades executivas.

Os membros se reúnem uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados
com as suas competências (em casos extraordinários pode acontecer mais de uma
reunião por mês). Esse Conselho é composto por 3 pessoas, que são:
Ø Ministro da Economia (Presidente do conselho);
Ø Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia;
Ø Presidente do Banco Central.

24
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CMN - Conselho Monetário Nacional
Principais Atribuições
As principais atribuição ao Conselho Monetário Nacional são:
Ø Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública
interna e externa;
Ø Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias
em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias
por parte das instituições financeiras;
Ø DEFINIR A META PARA A INFLAÇÃO (IPCA);
Ø Determinar o percentual de recolhimento de compulsório;
Ø Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda
de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda
estrangeira;
Ø Limitar as taxas de juros, descontos, comissões entre outras, quando necessário;
Ø Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;
Ø Regular o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que
operam no País;
Ø Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.

25
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
BACEN – Banco Central
Conceito
O banco central de um país é a instituição de um país à qual se tenha confiado o dever de
regular o volume de dinheiro e de crédito da economia e suas principais funções são:
Ø Banqueiro do governo;
Ø Banco dos bancos;
Ø Supervisor do sistema financeiro;
Ø Executor da política monetária;
Ø Executor da política cambial e depositário das reservas internacionais.

O Banco Central do Brasil (BC ou BACEN) é uma autarquia de natureza especial, sem
vinculação a Ministério, tutela ou subordinação hierárquica, ou seja, ele possui
AUTONOMIA. Ele tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de preços. Além
disso, também tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema
financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno
emprego. Em relação a sua autonomia, essa mudança ocorreu em 2021, fazendo com
que em alguns itens, o Bacen não necessite mais de autorizações do CMN, como por
exemplo, na emissão do papel moeda. As metas de política monetária continuam sendo
estabelecidas pelo CMN, mas compete privativamente ao BC conduzir a política
monetária necessária para cumprimento das metas estabelecidas.
26
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
BACEN – Banco Central
Principais Atribuições
As principais atribuições do Banco Central são:
Ø EMITIR PAPEL-MOEDA;
Ø EXECUTAR AS DIRETRIZES E NORMAS DO CMN;
Ø OFERECER REDESCONTO DE LIQUIDEZ E DEFINIR SUA TAXA;
Ø Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;
Ø Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras (*) e aplicar as
devidas penalidades, ou seja, é o supervisor destas instituições;
Ø Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
Ø Executar (conduzir) as políticas monetárias e cambiais, como por exemplo, efetuar
operações de compra e venda de títulos públicos federais;
Ø Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;
Ø Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
Ø Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional.

(*) As Corretoras (CTVM) e as Distribuidoras (DTVM) são fiscalizadas pelo BACEN por
serem instituições financeiras, mas, por atuarem na intermediação de valores mobiliários,
as suas operações são fiscalizadas pela CVM.

27
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
Conceito
Conforme a Lei nº 10.411, a CVM é uma entidade autárquica em regime especial,
vinculada ao Ministério da Economia, personalidade jurídica e patrimônio próprios,
dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação
hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e
orçamentária. Tem como missão desenvolver, regular e fiscalizar o Mercado de Valores
Mobiliários, como instrumento de captação de recursos para as empresas S/A de capital,
protegendo o interesse dos investidores (principalmente os minoritários) e assegurando
ampla divulgação das informações sobre os emissores e seus valores mobiliários.

q RESUMO:
Ø Entidade autárquica, vinculada ao governo através do Ministério da Economia;
Ø O presidente e seus diretores são escolhidos pelo Presidente da República;
Ø Órgão normativo voltado para o fortalecimento e o desenvolvimento do mercado
de títulos e valores mobiliários (ações, debêntures, bônus de subscrição, derivativos,
venda de mercadorias, fundos de investimentos).

28
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
Principais Atribuições
As principais atribuições da CVM são:
Ø PROTEGER OS INVESTIDORES DE VALORES MOBILIÁRIOS;
Ø Assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários
(emissão fraudulenta, manipulação de preços e outros atos ilegais);
Ø Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores e Mercado de Balcão
Organizado;
Ø Fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores
mobiliários, tais como as operações na Bolsa de Valores (B3);
Ø Fiscalizar a intermediação das operações Corretoras e Distribuidoras de Valores
Mobiliários; e os Fundos de Investimento;
Ø Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas (S/A) dada prioridade às que não
apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo
obrigatório;
Ø Propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de
preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos
intermediários do mercado.

29
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema Financeiro Nacional
Resumo
q CMN: É um órgão NORMATIVO (não executa tarefas), portanto, lembrar de: Fixar
diretrizes, Zelar, Regulamentar, Determinar, Disciplinar, Estabelecer, Limitar.

q BACEN: É ele quem faz cumprir TODAS as determinações da CMN, portanto, lembrar
de: Executar, Fiscalizar, Punir, Administrar, Emitir, Realizar, Receber. É ele quem fiscaliza as
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS!

q CVM: É o BACEN do mercado mobiliário, lembrar de: Valores Mobiliários, Fundos de


Investimento, Ações, Mercado de Capitais, Bolsas de Valores, Derivativos. A CVM fiscaliza
as OPERAÇÕES e não as INSTITUIÇÕES!

30
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Participantes do Mercado Financeiro

31
31
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Participantes do Mercado Financeiro
Conceito
Os participantes do mercado financeiros, quando são instituições são chamados também
como Operadores. Eles ofertam serviços financeiros, no papel de intermediários, ou seja,
o elo final entre as pessoas e as devidas empresas. Os principais são:
Ø Bancos Comerciais;
Ø Bancos de Investimentos;
Ø Bancos Múltiplos;
Ø Corretoras de Valores Mobiliárias;
Ø Distribuidoras de Valores Mobiliárias;
Ø Clearing Houses.

Além destes tipos, um conceito importante sobre os participantes que será abordado a
seguir, será o do Investidor Qualificado, no qual este poderá realizar investimentos com
uma aceitação maior de risco.

32
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Bancos Comerciais
Conceito
São instituições financeiras privadas ou públicas (sempre sendo sociedades anônimas)
que têm como PRINCIPAL OBJETIVO FINANCIAR, A CURTO E A MÉDIO PRAZO, o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros
em geral. Sua captação pode ser através de depósitos à vista (conta corrente para livre
movimentação) ou depósitos a prazo, como por exemplo, CDBs. Diante dessas captações,
os bancos comerciais possuem a capacidade de “criar” moeda corrente e colocá-las em
circulação na economia, pois pode oferecer empréstimos e aumentar a base monetária
circulante na economia, de certa forma.

Estas instituições podem oferecer os seguintes serviços:


Ø EMPRÉSTIMOS E OPERAÇÕES DE CRÉDITO;
Ø Aluguel de cofres;
Ø Cobranças, mediante comissão;
Ø Custódia de valores;
Ø Emissão de meios de pagamento, como cheque e cartões de crédito;
Ø Recebimentos de impostos e tarifas públicas;
Ø Serviços de câmbio;
Ø Transferências de fundos.
33
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Bancos de Investimento
Conceito
São instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação
societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para
suprimento de CAPITAL FIXO E DE GIRO E DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS DE
TERCEIROS, ou seja, de MÉDIO ou LONGO PRAZO. Devem ser sempre Sociedades
Anônimas (S/A).

q PRINCIPAIS FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES:


Ø Podem manter contas correntes, desde que essas contas não sejam remuneradas
e não movimentáveis por cheques (resolução 2.624);
Ø Administração de recursos de terceiros (Ex: fundos de investimentos);
Ø Abertura de capital e na subscrição de novas ações ou debêntures de uma
empresa (IPO e underwriting);
Ø Assessorar empresas em operações de fusões e aquisições;
Ø Capital de Giro;
Ø Capital Fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto;
Ø Captam recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos;
Ø Intermediação de Câmbio e Derivativos;
Ø Repasses de empréstimos externos.
34
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Bancos Múltiplos
Conceito
São instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas,
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras. Para ser considerado um Banco
Múltiplo, a instituição deve possuir PELO MENOS DUAS das carteiras mencionadas abaixo,
sendo uma delas COMERCIAL ou de INVESTIMENTOS. Além disso, um banco múltiplo
deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar um único
balanço.

q CARTEIRAS DE UM BANCO MÚLTIPLO:


Ø COMERCIAL (MONETÁRIA);
Ø INVESTIMENTOS;
Ø Sociedade de Crédito Imobiliário;
Ø Sociedade de Crédito Financiamento e Investimento (financeiras);
Ø De Desenvolvimento (PÚBLICO);
Ø De Arrendamento Mercantil (Leasing).

35
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários
Conceito
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVMs) e as Distribuidoras de Títulos e
Valores Mobiliários (DTVMs) são instituições financeiras que tem como atividades a
intermediação de operações nos mercados regulamentados de valores mobiliários, como
é o caso dos mercados de bolsa e de balcão para seus clientes; administração de clubes e
fundos de investimentos, realização de câmbio; estruturação de IPO; entre outras
funções. Os investidores pessoas físicas ou pessoas jurídicas não podem negociar ações
(ou outros investimentos realizados dentro da B3) sem a utilização de uma CTVM ou
DTVM, ou seja, são as únicas autorizadas a operar na B3 em nome de terceiros.
q CARACTERÍSTICAS:
Ø Abertura de capital e na subscrição de novas ações ou debêntures de uma
empresa (IPO e underwriting);
Ø Constituídas sob a forma de S.A e dependem da autorização da CVM;
Ø Operam nas bolsas de valores e de mercadorias (ações, derivativos,...);
Ø Podem administrar fundos e clubes de investimento;
Ø Podem atuar também por conta própria ou de terceiros;
Ø Podem intermediar operações de câmbio;
Ø Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário.

36
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Clearing House
Conceito
As Clearing House (Câmara de Compensação) são responsáveis pelo registro de todas as
operações realizadas, além do acompanhamento das posições mantidas, compensação
financeira dos fluxos e liquidação dos contratos e tem como uma das suas principais
funções MITIGAR O RISCO DE LIQUIDAÇÃO.

Contrato Vendido Pagamento

Vendedor Comprador

Pagamento Contrato Vendido

37
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão
Conceito
A B3 é o resultado da combinação entre a BM&FBOVESPA (fusão entre a BOVESPA e a
BM&F) e a CETIP, oferecendo serviços de negociação (bolsa), pós-negociação (clearing),
registro de operações de balcão e de financiamento de veículos e imóveis. Desta forma, a
B3 acaba sendo a clearing house de todos os títulos privados, juntamente com alguns
títulos públicos.

38
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão
Principais Características
As principais características da B3 – Brasil, Bolsa e Balcão são:
Ø Desenvolve, implanta e provê sistemas e serviços de negociação e pós-negociação
(compensação e liquidação) de ações, derivativos de ações, financeiros e de
mercadorias, títulos de renda fixa, moedas à vista e commodities agropecuárias;
Ø É uma sociedade de capital aberto, cujas ações B3SA3 são negociadas no Novo
Mercado , sendo uma das 5 maiores bolsas de valores do mundo;
Ø Possui receita também através de Emolumentos;
Ø Possui tanto pregão eletrônico, quanto mercado de balcão;
Ø Realiza o registro, negociações e pós-negociações de ações, títulos de renda fixa
câmbio pronto e contratos de derivativos referenciados em ações, ativos financeiros,
índices, taxas, mercadorias, moedas entre outros.

39
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Clearing House
B3
Conforme mencionado, a B3 tem como principais funções administrar os mercados
organizados de títulos, valores mobiliários e contratos futuros (interfinanceiro). Além
disso, ela presta o serviço de registro, depositária central, compensação e liquidação,
chegando atuar até mesmo como contraparte em alguns tipos de negociação.

Agentes de
Clearing.
Títulos Privados:
Ø Títulos de Renda Fixa (LCI, CRI, ...);
B3 Ø Valores Mobiliários (ações, fundos...);
Ø Mercado de balcão (swaps, termo de moeda e
opções flexíveis);
Ø Commodities;
SELIC Ø Demais títulos.

40
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Clearing House
SELIC
O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), do BACEN, é o depositário central
dos títulos públicos federais, sendo sua atividade processar a emissão, o resgate, o
pagamento dos juros e a custódia desses ativos. As suas liquidações são operadas no
conceito de Liquidação Bruta em Tempo Real (LBTR), que garante agilidade e segurança.

Agentes de
Clearing.

B3 Títulos Públicos Federais (TPF):


Ø LTN (Tesouro Prefixado;
Ø LFT (Tesouro Selic);
Ø NTN-B Principal (Tesouro IPCA);
SELIC Ø NTN-B (Tesouro IPCA com Juros Semestrais);
Ø NTN-F (Tesouro Prefixado com Juros Semestrais).

41
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Prazos de Liquidação
Conceito
Cada ativo possui um prazo de liquidação (tanto de recebimento do ativo, quanto do seu
pagamento financeiro). Por exemplo, as ações possuem liquidação física & financeira em
D+2 (2 dias úteis após a realização da operação), assim sendo, mesmo que um investidor
venda as suas ações da Petrobrás hoje, ele somente receberá os recursos após 2 dias
úteis.

Desta forma, segue abaixo os prazos de liquidação dos principais investimentos:


Ø Tesouro Direto: ocorre em 0 dia útil (d+0), ou seja, liquidez diária;
Ø Ações: ocorrem em 2 dias úteis (D+2);
Ø Fundos de investimentos: cada fundo de investimentos possui suas próprias
regras, pois depende da sua composição e das regras que estarão discriminadas no
seu regulamento e demais documentos.

42
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)
Conceito
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, regras,
instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à
movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro,
tanto em moeda local quanto estrangeira. Ou seja, é “a transferência de fundos próprios
e de terceiros realizados entre bancos em tempo real, com o objetivo de reduzir o risco
sistêmico”. O novo SPB introduziu a TED (Transferência Eletrônica Disponível), mecanismo
que opera no formato de Liquidação Bruta em Tempo Real, fazendo com que qualquer
pessoa possa transferir recursos de sua conta corrente para a conta de outra pessoa.

q PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Ø É o BACEN que administra o SPB e o meio circulante (moeda na economia);
Ø O SPB dá mais segurança e agilidade nas transferências entre agentes financeiros;
Ø Toda transação econômica que envolva como forma de pagamento a TED, DOC,
Cartão de Crédito, Cheque, entre outras, envolve o SPB.

43
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Políticas Macroeconômicas:
Monetária, Fiscal e Cambial
44
44
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Macroeconômicas
Conceito
Políticas Macroeconômicas são ferramentas de um governo para atingir os objetivos do
PIB desejado. Quando um governo deseja que o PIB cresça, chamamos de política
expansionista, e ao contrário, de política contracionista, ou seja:
Ø Política Expansionista: o governo “injetará” dinheiro na economia, fazendo com
que as variáveis que compõe o PIB, aumentem. A consequência é um aumento da
inflação, aumento da liquidez, aumento do PIB e uma diminuição da taxa de juros.
Ø Política Contracionista: o governo “retira” dinheiro da economia, fazendo com
que as variáveis que compõe o PIB, diminuam. A consequência é uma diminuição da
inflação, diminuição da liquidez, diminuição do PIB e um aumento da taxa de juros.

Estas estratégicas poderão vir através de 3 políticas (Monetária, Fiscal e Cambial), sendo
que elas não precisam ter as mesmas estratégias, ou seja, pode-se ter, por exemplo, uma
política monetária expansionista, enquanto a cambial é contracionista, lembrando que o
PIB é a soma de todos os setores que podem consumir dentro de um país (Pessoas Físicas,
chamado de Consumo; Pessoas Jurídicas, chamado de Investimentos; Governo,
considerado os Gastos do Governo; estrangeiros, resultante da Balança Comercial).

45
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
COPOM
Conceito
O Comitê de Política Monetária (COPOM) é o órgão decisório da política monetária do
Banco Central, que define, a cada 45 dias, a meta da taxa básica de juros da economia
brasileira (SELIC). As decisões do COPOM são tomadas visando com que a inflação (IPCA)
situe-se em linha com a meta definida pelo CMN e, uma vez definida a taxa Selic, o Banco
Central atuará diariamente por meio de operações de mercado aberto (comprando e
vendendo títulos públicos federais) para manter a taxa de juros próxima ao valor definido
na reunião. As reuniões normalmente ocorrem em dois dias seguidos (terças e quartas-
feiras) e o calendário de reuniões de um determinado ano é divulgado até o mês de junho
do ano anterior.

q CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
Ø COMPOSIÇÃO: Diretoria colegiada do BACEN (Presidente + 7 Diretores);
Ø PRINCIPAL FUNÇÃO: Definir a meta da taxa de juros (selic-META). Esta meta é
baseada pelo IPCA do mercado;
Ø Reuniões: 8 reuniões por ano (a cada 45 dias, reúnem-se durante 2 dias).

46
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Monetária
Conceito
Política monetária é o controle da oferta de moeda na economia, ou seja, o meio de
estabilizar e controlar os níveis de preços para garantir a liquidez ideal (equilíbrio) do
sistema econômico do país. Para controlar o dinheiro e a taxa de juros, as autoridades
monetárias utilizam-se dos seguintes instrumentos:
Ø Operações de Mercado Aberto (Open Market): Compra ou venda de Títulos
Públicos Federais (TPF) pelo BACEN. Este é o instrumento mais ágil e eficaz que o
governo dispõe para fazer política monetária.
Ø Depósito Compulsório: O Banco Central obriga os bancos a depositar parte dos
recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, numa
conta no BACEN. Quanto maior o percentual do compulsório, menor será a liquidez
do mercado.
Ø Operações de Redesconto Bancário: É a taxa de juros cobrada pelo Banco Central
pelos empréstimos concedidos aos bancos. Quanto maior a alíquota cobrada pelo
BACEN, menor a liquidez do mercado.
Importante compreender que maior a oferta de moeda na economia, significa ter mais
dinheiro em circulação, e quanto mais dinheiro em circulação, maior o PIB e maior a
tendência de um aumento da inflação.

47
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Monetária
Exemplo
POLÍTICA OPERAÇÃO LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB
• COMPRAR Títulos Públicos;
Expansionista • REDUZIR Compulsório; AUMENTA AUMENTA AUMENTA
• REDUZIR Redesconto.
• VENDER Títulos Públicos.
Contracionista • AUMENTAR Compulsório; REDUZ REDUZ REDUZ
• AUMENTAR Redesconto;

q EM RESUMO:
Ø EXPANSIONISTA: Uma diminuição do compulsório fará com que os bancos fiquem
com mais recursos para poder emprestar, com isso, haverá mais recursos circulando
na economia.
Ø CONTRACIONISTA: Quando o Banco Central vende títulos públicos, o investidor
entrega o dinheiro para o governo e recebe os papéis (LFT, LTN, NTN-B ...). Desta
forma, há menos dinheiro na economia circulando.

48
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Curva de Phillips
Conceito
A curva de Phillips propõe uma relação inversa entre inflação e desemprego. Assim, em
períodos de recessão econômica, há a tendência de elevação do desemprego: as famílias
tendem a consumir menos e as empresas a investir menos. Com o enfraquecimento da
demanda, os preços tendem a cair.

Por sua vez, em momentos de crescimento econômico, a tendência é inversa: menor


desemprego, maior renda e, consequentemente, maior pressão inflacionária. Porém, essa
relação é válida apenas no curto prazo.

Isso porque, nos anos 70, muitos países passaram por um período de estagflação, ou seja,
crescimento do desemprego e da inflação, enfraquecendo a proposta de uma relação
inversa entre esses indicadores.

Com isso, convencionou-se a dividir a curva de Phillips em curto prazo, quando a relação
inversa é considerada válida, e de longo prazo, período em que não há relação entre
inflação e desemprego, conforme gráfico a seguir.

49
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Curva de Phillips

Inflação

Curva de Phillips
(longo prazo)

Curva de Phillips
(curto prazo)

Desemprego

50
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Monetária
Regra de Taylor
A regra de Taylor é um modelo de previsão usado para determinar quais devem ser as
taxas de juros a fim de encaminhar a economia para preços estáveis e pleno emprego. É
muito utilizada em países que utilizam o Regime de Metas de Inflação, como o Brasil.

A regra recomenda que o Banco Central aumente as taxas de juros quando a inflação
estiver alta ou quando o emprego exceder os níveis de pleno emprego. No outro sentido,
quando os níveis de inflação e emprego são baixos, a regra de Taylor sugere que as taxas
de juros devem ser reduzidas.

Taxa nominal = Taxa nominal de equilíbrio + 0,5 x (Gap Produto) + 0,5 x (Gap Inflação)

Em que:
Ø Gap Inflação = Inflação atual – Meta de inflação
Ø Gap Produto (hiato do produto) = Crescimento PIB curto prazo – Crescimento PIB
longo prazo
Muitas vezes são feitas variações nessa fórmula com base no que os banqueiros centrais
determinam como os fatores mais importantes a serem incluídos.
51
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Monetária
Regra de Taylor - Exemplo
A taxa de juros de equilíbrio de um país é de 2% ao ano. Na reunião do Comitê de Política
Monetária, os integrantes avaliam os seguintes dados econômicos:
• Taxa de crescimento esperada do PIB (curto prazo): 2%
• Taxa de crescimento esperada do PIB (longo prazo): 4%.
• Inflação projetada para os próximos 12 meses: 3% ao ano.
• Meta de Inflação: 3% ao ano.
De acordo com a Regra de Taylor, qual deveria ser a decisão do comitê sobre a taxa de
juros básica da economia?

Taxa nominal = Taxa nominal de equilíbrio + 0,5 x (Gap Produto) + 0,5 x (Gap Inflação)

Taxa nominal = 2 + 0,5 (2 - 4) + (3 – 3)


Taxa nominal = 2 - 1 + 0 = 1%.

Nesse cenário, o Banco Central poderia reduzir os juros em 1 ponto percentual. Isso se
deve pela expectativa de um crescimento do PIB no curto prazo menor do que no longo
prazo e pela inflação estar no centro da meta.
52
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Fiscal
Conceito
Política Fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas
(impostos, taxas e contribuições) e realiza despesas de modo a cumprir três funções:
Ø Estabilização macroeconômica: crescimento do PIB e controle da inflação;
Ø Redistribuição da renda: projetos sociais, tais como bolsa família;
Ø Alocação de recursos: fornecimento de bens e serviços públicos.
Quando as arrecadações são menores que as despesas, o governo se financia através da
venda de títulos públicos. Esta análise primária, que leva em consideração somente as
despesas NÃO financeiras, quando positiva, chamamos de Superávit Primário, quando
negativa, déficit primário. Ela serve para analisar o quão eficiente está o governo atual.
Para analisar a eficiência do País como um todo, deve-se descontar também os juros que
ele está pagando por toda a sua dívida (dívidas criadas pelo governo atual e pelos
governos anteriores). Este resultado chamados de Superávit/Déficit NOMINAL.
Caso o governo tenha um déficit fiscal, ele pode tomar mais dívida (Vender Títulos
Públicos) ou tentar aumentar sua receita (aumentar os impostos, exceto o imposto de
exportação, já que o seu aumento faz com que as empresas nacionais vendam menos). O
dinheiro do compulsório não pode ser utilizado para isso.

53
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Fiscal
Contas do Setor Público

Superávit / Déficit
PRIMÁRIO
= Receitas
(impostos, taxas e
contribuições) ‒ Despesas NÃO
financeiras

Superávit / Déficit
NOMINAL
= Superávit / Déficit
PRIMÁRIO
‒ Pagamento dos
juros da dívida
Pública

54
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Fiscal
Exemplo
POLÍTICA OPERAÇÃO

• Aumento dos gastos públicos;


EXPANSIONISTA • Diminuição das cargas tributárias;
• Aumento das transferências (Ex. bolsa família)

• Diminuição dos gastos públicos;


CONTRACIONISTA • Elevação da carga tributária;
• Extinção de transferências (Ex. leve leite).

q EM RESUMO:
Ø Expansionista: Quando o Governo faz obras públicas (estradas), ele está
contratando pessoas e pagando com dinheiro. Consequentemente, está retirando
dinheiro dos cofres públicos e injetando na economia.
Ø Contracionista: Quando há um aumento dos tributos, os recursos estão saindo das
empresas e das famílias, e indo para os cofres públicos. Desta forma, há menos
dinheiro circulando na economia.
55
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Curva de Laffer
Conceito
A curva de Laffer relaciona o valor arrecadado por governos em função da alíquota de
imposto cobrada. Essa teoria defende que haverá elevação do valor arrecadado, em
função do aumento da alíquota do imposto, mas até certo ponto.

Em outras palavras, uma alíquota de 0% representaria uma receita nula de impostos;


conforme o governo subir a alíquota, a receita com os impostos aumentará, mas até certo
ponto. A partir de então, elevações nas alíquotas implicariam queda na arrecadação, que
voltaria a ser nula com uma alíquota de 100%.

Arrecadação
fiscal

Alíquota do
Imposto
0% 100%
56
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Crowding out
Conceito
O aumento dos gastos públicos, uma da medidas de uma política fiscal expansionista,
pode gerar inflação na economia. Contudo, se essa elevação for descontrolada, corre-se o
risco de o capital público “tomar o lugar” do capital privado.

Por exemplo, suponha que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e


Social) estabeleça uma política de empréstimos e financiamentos de grandes valores e a
taxa de juros muito inferiores às de mercado. Isso poderia desestimular o capital privado
a competir com o banco público – esse seria o efeito crowding out.

Como consequências desse efeito, geralmente observamos:


Ø Redução dos investimentos privados, com o desestímulo a esse capital, face à
dificuldade de competir com os recursos públicos; e
Ø Redução da eficiência de alocação dos recursos públicos, pois o Estado pode
direcionar tal capital a determinados setores da economia, em detrimentos de
outros.

57
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Conceito
Política Cambial “é o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao
comportamento do mercado de câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade relativa
das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos”, BC. Nessas políticas,
podemos ter 3 regimes cambiais:
Ø Câmbio Fixo: regime na qual a taxa de câmbio é estritamente imutável ao longo
do tempo. O resultado é uma mudança constante nas reservais cambiais, pois o
governo se compromete a comprar/vender a moeda estrangeira, para manter o
equilíbrio de oferta e demanda.
Ø Câmbio Flutuante: resultado puro de oferta e demanda pela moeda, sem
intervenção do Banco Central, permanecendo inalterado as Reservas Internacionais.
Ø Flutuação Suja: é o Câmbio Flutuante com interferência do Banco Central quando
ele acredita que há desiquilíbrios e há necessidade de correções. Este é o regime no
qual o Brasil se encontra.

A taxa de câmbio interfere diretamente na vida das pessoas, pois diversos produtos são
adquiridos do exterior e outros vendidos para fora do país, influenciando assim os demais
preços da economia.

58
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Swap Cambial e Swap Cambial Reverso
Swap é um derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas ou
rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos (neste caso, uma das partes
é o Banco Central), não ocorrendo transferências de ativos, mas sim um crédito ou débito
em moeda local no final da operação. Nesta operação, os indexadores serão a taxa Selic e
a variação cambial do dólar. Estas operações poderão ser de dois tipos:
Ø Swap Cambial: o Banco Central “vende” dólares com a obrigação de “recomprá-
los” no futuro, recebendo em troca a taxa de juros do período. Desta forma, o
governo age com o intuito de arrefecer uma alta do dólar.
Ø Swap Cambial Reverso: desta vez, o Banco Central está na ponta contrária ao
Swap Cambial. Ao invés de “vender” dólares, ele “compra” dólares para evitar uma
valorização do real (desvalorização do dólar), pagando ao investidor os juros do
período e recebendo a variação do dólar.

Nos dois casos, após a operação, analisa-se o resultado operacional da


valorização/desvalorização do dólar, havendo somente o pagamento/recebimento do
resultado financeiro.

59
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Reservas Internacionais
As reservas monetárias internacionais, também chamadas de “reservas cambiais”, são os
ativos dos bancos centrais e autoridades monetárias, tais como, moedas estrangeiras
(dólar, euro, libra esterlina, ...), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário
Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro,
entre outros ativos.

Elas funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente à seus compromissos
financeiros (obrigações no exterior, emissão de moeda e financiar déficits temporários em
seus balanços de pagamentos) e a choques de natureza externa, tais como crises cambiais
e interrupções nos fluxos de capital para o país.

As reservas internacionais aumentam quando há um superávit no balança de pagamentos


(BP), ou seja, quando a soma da “Conta de Capital” e das “Transações Correntes” forem
positivas, e diminui, quando for deficitária. Quando não há intervenção do governo, a
consequência da Balança de Pagamentos ser positiva é uma entrada de dólares, fazendo
com que a cotação do dólar diminua (valorização da moeda local e desvalorização da
moeda estrangeira). Já quando ela for negativa, ocorrerá uma desvalorização do Real e
valorização do dólar (aumento do valor do dólar).
60
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Balança de Pagamentos
A BALANÇA DE PAGAMENTOS é o saldo das contas externas de um país, registrando as
suas transações com os demais país do mundo e com isso, sabemos se está entrando ou
saindo recursos estrangeiros. No Brasil, os valores são expressos em dólares americanos,
mesmo quando são efetuados com países que não são os EUA. O seu cálculo é feito por
duas grandes contas, que são as Transações Correntes e a Conta de Capitais.
Ø TRANSAÇÕES CORRENTES: São as entradas e saídas cotidianas de um país, como se
fosse a conta corrente de uma pessoa. Ela é subdividida em três outras contas:
o Balança Comercial: Registra o comércio de bens (exportação e importação);
o Conta de Serviços & Rendas: Saldo dos serviços (comércio de bens, fretes,
seguros, serviços governamentais) e das rendas (juros de empréstimos,
dividendos). Aqui está sendo contabilizada também a Conta Turismo (Viagens
Internacionais), que corresponde aos gastos dos turistas estrangeiros no Brasil,
descontada dos gastos que os brasileiros fazem quando estão viajando.
o Renda Secundária: Antes denominada como Transferências Unilaterais, engloba
as remessas, doações, benefícios sociais entre de governos e entre residentes e
não residentes.
Ø CONTA DE CAPITAIS: Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros
por residentes, venda de ativos a estrangeiros, além da Amortização de Dívidas.
61
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Balança de Pagamentos

Balança de Transações Contas de Erro e


Pagamentos Corrente Capitais Omissões

Transações Balança Serviços Renda


Corrente Comercial & Renda Secundária

Balança
Exportação Importação
Comercial

62
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Exemplo
POLÍTICA OPERAÇÃO

EXPANSIONISTA • Banco Central compra dólares; ou


(Desvalorização Cambial) • Realiza Swap Cambial Reverso
CONTRACIONISTA • Banco Central vende dólares; ou
(Valorização Cambial) • Realiza Swap Cambial

q EM RESUMO:
Ø Expansionista: Quando o Banco Central compra dólares, o governo pretende
deixar o dólar mais “caro”, pois pretende ESTIMULAR AS EXPORTAÇÕES e restringir
as importações, fazendo com que haja um AUMENTO no PIB, lembrando que uma
das variáveis do PIB é Balança Comercial (Exportação menos Importação)
Ø Contracionista: Quando o Banco Central vende dólares, o governo pretende deixar
o dólar mais “barato”, pois pretende ESTIMULAR AS IMPORTAÇÕES e restringir as
exportações, fazendo com que haja uma DIMINUIÇÃO no PIB, pois a Balança
Comercial será negativa.

63
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Cupom Cambial
O Cupom Cambial é a remuneração efetiva dos dólares convertidos em reais e aplicados
no mercado financeiro nacional. Seu valor expressa o interesse do investidor estrangeiro
em aplicar seus recursos no Brasil, levando em consideração o risco de crédito soberano
que passa a assumir e o retorno que teria em seu país.
Ø Cupom Limpo (clean): quando utiliza a cotação corrente da taxa de câmbio;
Ø Cupom Sujo (dirty): quando a referência inicial é a taxa de câmbio de venda do dia
anterior à compra do título (PTAX800).
Para facilitarmos o cálculo, podemos dizer que o valor do dólar futuro, nada mais é que a
cotação presente pela correção de uma taxa (taxa Pré-Brasil por taxa do Cupom Cambial):

Taxa (i)

Cotação Cotação
Futura Presente

64
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão
Política Cambial
Cupom Cambial: Cálculo
Qual o cupom cambial de um papel com 90 dias corridos (63 DU), a TLR é igual a
12% a.a. (base 252), a taxa spot é R$ 2,07/U$ e o forward para 3 meses é R$ 2,10/U$?

(1 + Taxa Real)(DU/252)
Fórmula: Forward = Spot ×
(1 + Cupom Cambial × (DC/360))

𝟔𝟑
𝟏 + 𝟏𝟐% 𝟐𝟓𝟐 𝐑$ 𝟐, 𝟏𝟎 𝟏, 𝟎𝟐𝟖𝟕𝟑𝟕
𝐑$ 𝟐, 𝟏𝟎 = 𝐑$ 𝟐, 𝟎𝟕× =
1 𝟗𝟎 2 𝐑$ 𝟐, 𝟎𝟕 𝟗𝟎
𝟏 + 𝑪𝑪× 𝟑𝟔𝟎 𝟏 + 𝑪𝑪×
𝟑𝟔𝟎

𝟗𝟎 𝟗𝟎 𝟏, 𝟎𝟐𝟖𝟕𝟑𝟕
3 𝟏, 𝟎𝟏𝟒𝟒𝟗𝟑× 𝟏 + 𝑪𝑪× = 𝟏, 𝟎𝟐𝟖𝟕𝟑𝟕 4 𝟏 + 𝑪𝑪× =
𝟑𝟔𝟎 𝟑𝟔𝟎 𝟏, 𝟎𝟏𝟒𝟒𝟗𝟑

5 𝟏 + 𝑪𝑪×𝟎, 𝟐𝟓 = 𝟏, 𝟎𝟏𝟒𝟎𝟒𝟏 6 𝑪𝑪×𝟎, 𝟐𝟓 = 𝟏, 𝟎𝟏𝟒𝟎𝟒𝟏 − 𝟏

7 𝑪𝑪 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟎𝟒𝟏 ÷ 𝟎, 𝟐𝟓 8 𝑪𝑪 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟔𝟏𝟔𝟒 = 𝟓, 𝟔𝟐% 𝒂. 𝒂.

65
CFG – Certificação de fundamentos de Gestão

Você também pode gostar