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Guia de Procedimentos par a Acesso a Mercados Internacionais par a Bijuteria , Folheados, Gemas e Joias
Promovido por:
FICHA TÉCNICA
Presidente: Assessoria em Promoção Comercial: A duplicação ou reprodução desta obra,
José Pascoal Costantini Pangea Ideias Aproximando Mercados / sob qualquer meio, só é permitida mediante
Gustavo do Vale autorização do IBGM. As ideias expressas
Vice-Presidente Internacionalização: nesta publicação poderão ser reproduzidas
Marcelo Bernardes Desenvolvimento do conteúdo: desde que citada a fonte. Todos os direitos
Gabriel Ligabue reservados ao Instituto Brasileiro de Gemas e
Metais Preciosos.
Diretoria Executiva:
Ecio Barbosa de Moraes Parceiro:
Agência Brasileira de Promoção de
Gerencia Internacional: Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
Clarissa Maciel
Projeto gráfico e editoração eletrônica:
Gerencia de Relações Institucionais: Doors Comunicação
Carolina Lucena Godoi
Edição: Outubro / 2016
Analista de Projetos:
Rafael Macedo
APRESENTAÇÃO
O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos – IBGM é uma entidade nacional de direito
privado, sem fins lucrativos, criada em 1977 com o objetivo de representar toda a cadeia produtiva
do Setor de Gemas, Joias e Bijuterias e Relógios. Sediada em Brasília/DF, conta com escritório em
São Paulo/SP. Tem por missão representar, mobilizar, desenvolver e promover todos os elos da
cadeia produtiva – gemas, joias, bijuterias e relógios -, harmonizando seus interesses e promovendo
a transferência de conhecimento, a confiança e a apreciação de seus produtos pelos consumidores.
APRESENTAÇÃO
SOBRE A APEX-BRASIL
Situações especiais
05 vinculadas ao setor 5.2
5.2.1
Exportação em consignação transportada em mãos pelo exportador
...................................................................................................................
O que é exportação transportada em mãos
...................................................................................................................
5.1 Venda a não residente 5.2.2 Quem pode realizar esse tipo de operação
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.1 O que é venda a não residente 5.2.3 Como se habilitar para ter direito a esse benefício
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.2 Porque realizar essa operação 5.2.4 Procedimento de saída da mercadoria do país (exportação)
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.3 Antes da venda 5.2.5 Procedimento de retorno em mãos da mercadoria ao país (total ou parcial)
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.3.1 Habilitação no SISCOMEX 5.2.6 Procedimento em caso de venda total da mercadoria exportada
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.3.2 Confecção do carimbo padronizado 5.2.7 Prazo para conclusão do procedimento
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.4 Durante a venda 5.3 Operações com diamantes no mercado internacional
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.4.1 Documentação do comprador 5.4 Regime especial de Drawback
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.4.2 Emissão da Nota Fiscal 5.4.1 Principais modalidades de Drawback
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.5 Depois da venda 5.4.2 Concessão do regime de Drawback
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.5.1 Emissão do Registro de Exportação – RE 5.5 Exportação de amostras
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.5.2 Liquidação cambial 5.6 O Designer na exportação
............................................................................ ...................................................................................................................
5.1.5.3 Arquivamento de documentos 5.6.1 Exposição e concursos internacionais
............................................................................ ...................................................................................................................
ÍNDICE
A atividade exportadora normalmente traz grandes benefícios, diretos e indiretos, para as empresas:
• Redução de tributos: as exportações são beneficiadas com a não incidência de tributos que
recaem sobre a venda no mercado interno, o que favorece o aumento da lucratividade, facilita a
negociação de preços com os clientes e estimula a formalização do próprio negócio. O quadro a
seguir relaciona os principais benefícios relacionados a esses itens:
1. Quais as vantagens que a exportação Não incidência do ICMS conforme artigo 3º, Inciso II, da Lei Complementar
apresenta para seu negócio; nº 87/96, disciplinada pelo Regulamento do ICMS do respectivo Estado.
Exemplos:
2. A capacidade que o negócio tem para poder Imposto sobre
aproveitar esse potencial, sua “capacidade Circulação de • São Paulo: artigo 7º, inciso V do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de
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Planejamento de exportação | 1.1
12
Planejamento de exportação | 1.2
Quando se trata de saber para onde exportar, qual mercado atingir ou priorizar,
algumas perguntas costumam vir à mente do empresário:
Essas perguntas, ainda que extremamente relevantes, sugerem um empresário fortemente focado
no seu produto e não no mercado a atingir. Indicam a preocupação de quem tem um produto na
mão e quer achar quem o compre (um problema em busca de uma solução), e não a de quem
procura identificar mercados potencialmente lucrativos e desenvolver produtos que atendam suas
especificidades (uma solução para uma oportunidade detectada).
Ao longo dos anos, essa abordagem realmente se mostrou preponderante entre muitos empresários
do setor, que acabaram insistindo na busca de mercados já adaptados aos seus produtos e não no
desenvolvimento ou adequação de produtos que permitissem atender outros mercados promissores,
frustrando a obtenção de resultados mais consistentes.
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Planejamento de exportação | 1.2
Para conseguir mudar esse padrão é importante fazer uma análise criteriosa dos mercados
potenciais. Começar coletando informações em sites da Internet, entidades setoriais, agências de
promoção comercial, câmaras de comércio e organizações similares (ao final deste manual são
indicadas algumas fontes de consulta). Analisar pesquisas de mercado que estão disponíveis sobre
os mercados pretendidos. Obter informações sobre:
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Planejamento de exportação | 1.3
1.3. O que exportar O terceiro nível é o que se denomina produto Dependendo do segmento de atuação (gemas,
ampliado, que agrega ao produto real joias, bijuterias), o impacto desses diferentes
outros benefícios também determinantes níveis pode variar, mas ainda assim mostra-se
Os especialistas em marketing costumam dizer para a decisão de compra: garantia, suporte válido. Esquematicamente, esta é a composição
que um produto apresenta diversos níveis, aqui pós-venda, entrega e crédito, assistência dos diferentes níveis de um produto:
sintetizados em três: básico, real e ampliado. técnica, reposição, etc.
Assistência técnica
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Planejamento de exportação | 1.3
• Ele apresenta algumas características que o diferenciem dos outros encontrados nos mercados
pretendidos?
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Planejamento de exportação | 1.4
Aquele espírito de que “o importante é vender, • Tenha real conhecimento de sua estrutura de custos, para poder estabelecer margens adequadas
depois se resolvem as outras questões” já não nas suas linhas de produtos;
funciona para quem quer operar seriamente e • Saiba estabelecer e manter uma política de preços específica para exportação, considerando os
obter sucesso no comércio exterior. Há alguns benefícios legais e as questões financeiras envolvidas;
anos, vários importadores reiteradamente
• Possua profissionais dedicados diretamente à exportação, que consigam estabelecer um
citavam as dificuldades que as empresas
bom relacionamento com o mercado externo, sem barreiras idiomáticas, ruídos ou atrasos de
brasileiras do setor tinham para cumprir
comunicação;
acordos e atender suas exigências em relação
a prazos de entrega, política de preços,
• Desenvolva bons fornecedores relacionados ao processo de exportação (despachantes, empresas
transportadoras, instituições financeiras, etc.);
assistência pós-venda e características dos
produtos negociados. • Invista no processo de exportação, reservando recursos para participação em feiras, rodadas de
negócio, missões empresariais e outros eventos nessa área.
Por outro lado, na maioria das vezes as
competências para exportação não estão
diretamente vinculadas ao porte da empresa, Perder oportunidades por não ter se preparado é desperdício de tempo e recursos. Expor em
pois há espaço para grandes e pequenas uma feira de negócios sem ter se preparado convenientemente; não conseguir estabelecer
no mercado. O que as diferencia no contato com um potencial cliente por barreiras culturais ou idiomáticas; praticar preços
sucesso alcançado é justamente o nível de pouco competitivos por não conhecer a própria estrutura de custos, ou por desconhecer
profissionalismo e comprometimento com que os benefícios tributários da exportação, configuram erros que podem comprometer, até
atuam. mesmo de forma definitiva, a inserção da empresa no mercado pretendido.
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Planejamento de exportação | 1.5
As maneiras de acessar os mercados pretendidos dependem das suas características, do tipo de Quanto menor a experiência, a estrutura e a
produto comercializado, das oportunidades identificadas, além da própria estrutura e capacidade capacidade de investimento do exportador,
de investimento do exportador. O importante é que ele tenha uma boa noção sobre o tipo de cliente mais longe ele fica de conseguir oferecer essa
que pretende atingir (atacadistas, varejistas, distribuidores, lojas especializadas, consumidor final) condição ao importador, o que diminui sua
e consiga identificar a melhor forma de chegar a eles. capacidade de concorrência naquele mercado.
Sobre esse tema vale uma observação. Muitos empresários procuram evitar intermediários, Dentro desse contexto, atuar por meio de
desejam vender diretamente ao seu cliente-alvo, pensando em ampliar sua lucratividade. Resistem uma comercial exportadora ou ter um agente
a recorrer aos serviços de empresas comerciais exportadoras ou designar representantes nos no país destino pode ser uma boa atitude,
mercados que pretendem atingir, pois isso normalmente implica no pagamento de comissões principalmente no início. Reduz o tempo e
sobre as vendas. No entanto, para as empresas com pouca experiência, baixa capacidade de o custo de aprendizado, pois esses
investimento ou pequena estrutura, esses serviços podem tornar a operação bem menos arriscada intermediários normalmente repassam
no início, ainda que o retorno seja aparentemente mais baixo. conhecimentos bastante úteis sobre os
mercados que atuam, além de facilitar e servir
É importante lembrar que, independentemente do país, a condição ideal para o cliente no exterior de apoio no relacionamento com importador,
será sempre aquela em que ele pode contar com um apoio local, a quem pode rapidamente inclusive no que diz respeito ao recebimento
recorrer no caso de um problema ou da necessidade de reposição ou troca de algum produto. dos valores exportados.
Evite assinar contratos com intermediários sem recorrer a serviços de assessoria jurídica especializada, pois é fundamental esclarecer
devidamente as responsabilidades das partes. Deve-se atentar para cláusulas de exclusividade, área territorial de atuação, prazos,
quantidades mínimas de compra e de venda, ações promocionais, responsabilidades nos custos operacionais, entre outros aspectos, para
evitar problemas futuros.
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Planejamento de exportação | 1.5
Quaisquer que sejam os instrumentos utilizados, a empresa deve demonstrar profissionalismo e comprometimento com resultados de longo
prazo. Desrespeitar usos e costumes dos países por falta de conhecimento prévio sobre eles, não manter a regularidade de participação
em feiras ou não contar com materiais de comunicação adequados, são exemplos de falhas que podem comprometer seriamente a
imagem empresa. Nesses casos o mais prudente é seguir a velha máxima: se é para causar uma má impressão, é melhor não causar
impressão alguma.
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OPERACIONALIZAÇÃO DA EXPORTAÇÃO
Operacionalização de Exportação | 2.1
Existem hoje três principais organismos envolvidos com as atividades de Há também os chamados órgãos anuentes,
comércio exterior no Brasil: que atuam na operação pontualmente, quando o
produto a ser exportado necessita de algum tipo de
manifestação vinculada às suas respectivas áreas
de competência. Um exemplo são os diamantes
INSTITUIÇÃO FUNÇÃO em bruto, cuja exportação exige anuência prévia
do Departamento Nacional de Produção Mineral –
Secretaria de Comércio Determina as regras e procedimentos administrativos que DNPM, com a emissão de certificado Kimberley.
Exterior (SECEX) os exportadores devem seguir.
O processo de exportação é operacionalizado por
meio do SISCOMEX-Sistema Integrado de
Secretaria da Receita Fiscaliza a entrada e saída de produtos e de recursos Comércio Exterior, plataforma web que interliga
Federal do Brasil (RFB) oriundos do comércio exterior. os diversos órgãos envolvidos nos trâmites de cada
operação. É nessa plataforma que os interessados
(exportadores e/ou seus representantes legais,
Banco Central do Brasil despachantes aduaneiros, entre outros) realizam
Regulamenta o mercado de câmbio.
(BACEN) a inserção das informações e o acompanhamento
dos processos junto aos órgãos reguladores.
Com a implantação do Programa Portal Único de Comércio Exterior http://portal.siscomex.gov.br/, a ser concluído até o final de 2016,
o sistema de operacionalização e controle das operações de comércio exterior deverá sofrer importantes alterações. Haverá inclusive
substituição de alguns documentos hoje exigidos e a disponibilização de uma série de serviços no próprio Portal, que incluem a emissão
de licenças, certificados e outros documentos, o que promete simplificar todo o processo.
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Operacionalização de Exportação | 2.1
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Operacionalização de Exportação | 2.1
Cabe ao exportador verificar qual das duas formas de exportação lhe é mais vantajosa, lembrando
que elas não são excludentes entre si. A empresa pode optar por uma ou outra forma, de acordo com
a oportunidade ou conveniência, já que ambas podem ser utilizadas a qualquer momento. Por isso é
interessante que o exportador providencie sua habilitação no SISCOMEX tão logo possível, pois podem
ocorrer situações em que a exportação direta se mostre mais recomendável. Será sempre melhor ter a
opção de escolher a forma de realizar a operação do que ficar restrito a apenas uma delas.
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Operacionalização de Exportação | 2.2
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Operacionalização de Exportação | 2.2.1
A Commercial Invoice é um documento emitido em inglês (ou eventualmente em outro idioma solicitado pelo importador) e é essencial para a liberação das
mercadorias no país de destino. Além disso, no Brasil ela é parte integrante do processo de desembaraço aduaneiro dos produtos do setor. A Commercial
Invoice contém informações sobre valores, código internacional dos produtos (NCM/SH*), quantidades, prazos, forma de pagamento, modalidade de
transporte, entre outras.
Não há um formato padrão ou restrição de campos na Commercial Invoice. Os modelos a seguir constituem apenas dois exemplos, entre os diversos que
podem ser utilizados na exportação:
MODELO 1
Commercial Invoice:
Exporter: Importer:
CREDIT TO SIGNATURE
Bank account holder:
Bank:
Bank address:
Bank account:
Bank swift code:
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Operacionalização de Exportação | 2.2.1
MODELO 2
Consignee: Notify:
*NCM/SH: o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH) é um método de classificação de produtos elaborado para facilitar o
comércio internacional. O código SH é formado originalmente por seis dígitos, mas permite aos países a criação de mais dígitos identificadores para refinar a
especificação dos produtos. Na formulação do código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), os países do bloco optaram pela utilização de oito dígitos, sendo
os seis primeiros o código SH.
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Operacionalização de Exportação | 2.2.1
Entre os anexos deste documento (item 6.4.) há uma tabela com os códigos do Capítulo 71 do NCM
e respectivo código NBM (Nomenclatura Brasileira de Mercadorias), no qual estão inseridos os
produtos do setor, mas os principais são:
PRODUTO NCM
OBS: Quando a carga a ser
exportada está distribuída em mais
Joias em ouro 7113.19.00
de um volume é preciso providenciar
também o Romaneio de Carga
Joias em prata 7113.11.00
(Packing List), documento que
relaciona os volumes e descreve
Gemas brutas (exceto diamantes) 7103.10.00
seus respectivos conteúdos. Sua
Gemas lapidadas (exceto diamantes, rubis, safiras e esmeraldas) 7103.99.00 finalidade é permitir conhecer o
conteúdo de cada volume sem
Rubis, safiras e esmeraldas lapidadas 7103.91.00 precisar abri-lo, facilitando os
trâmites de desembaraço aduaneiro
Diamantes brutos 7102.31.00 e a manipulação da mercadoria no
país importador. Na prática, ele tem
Diamantes lapidados 7102.39.00 mesmo o formato da Commercial
Invoice, porém sem os campos
Folheados 7113.20.00 relativos às informações de preço
das mercadorias.
Bijuterias de metais comuns 7117.19.00
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Operacionalização de Exportação | 2.2.2
A Nota Fiscal de produtos destinados à exportação segue o mesmo padrão daquelas utilizadas no
mercado interno, devendo-se atentar para o preenchimento dos seguintes campos:
É recomendável que o empresário
consulte sempre sua assessoria
CAMPO DA NF EXPORTAÇÃO DIRETA EXPORTAÇÃO INDIRETA contábil, caso tenha dúvidas em
relação à emissão de Notas Fiscais
“Exportação” ou “Exportação “Remessa com Fim Específico das operações de exportação,
Natureza da operação para evitar que algum detalhe
em Consignação” de Exportação”
específico do seu negócio, ou uma
7101, 7102, 7949 5501, 5502, 6501 ou 6502 eventual alteração da legislação
CFOP
pertinente, o leve a cometer
Indicação da legislação que Indicação da legislação que
enganos que possam prejudicá-lo
Dados adicionais dispõe sobre a não incidência dispõe sobre a não incidência nessas operações.
de ICMS e IPI. de ICMS e IPI.
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Operacionalização de Exportação | 2.2.3
2.2.3 Certificados
Outros documentos que acompanham o produto na exportação são os certificados de origem ou TIPO DE EMISSOR
CERTIFICADO
declarações específicas eventualmente solicitadas pelo importador.
SGP Banco do Brasil
As normas preferenciais de origem são benefícios tarifários ( isenção ou redução do imposto de
importação, cotas tarifárias, etc.) que determinados países concedem a outros, de forma unilateral Federações das
SGPC
ou mediante acordos de reciprocidade. O Sistema Geral de Preferência (SGP - Certificado de indústrias
Origem FORM A), SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais), o Mercado Comum do
Sul (MERCOSUL), a Associação Latino - Americana de Integração (ALADI) constituem exemplos Federações das
desse tipo de benefício. ALADI indústrias, comércio
e agricultura.
Para internação da mercadoria no país importador podem ser exigidos outros documentos que atendam normas e regulamentos
específicos daquele país. O certificado de não radioatividade em gemas, ou de não presença de níquel em peças folheadas, são exemplos
de certificados exigidos em alguns mercados. O importante é que o exportador se informe a respeito desse tipo de exigência antes de
proceder à exportação da mercadoria, para não inviabilizar a operação.
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Operacionalização de Exportação | 2.3
Declaração Simplificada de Exportação. 50.000,00 (cinquenta mil dólares) por remessa, utilizando a DSE – Declaração
Simplificada de Exportação.
30
Operacionalização de Exportação | 2.3.1
Esse tipo de exportação é geralmente considerado de menor risco para o exportador, já que ele
pode realizar o recebimento antecipado da exportação ou remeter a mercadoria de forma que
o importador só possa retirá-la após seu pagamento. Envolve, porém, diversos aspectos que
podem dificultar a negociação, mormente no início das operações, quando laços de confiança
ainda não foram estabelecidos e certas exigências podem gerar desconforto, principalmente na
negociação de prazos e formas de pagamento.
O exportador deve ter consciência que a realização de uma eventual cobrança internacional pode ser uma operação complexa e cara.
Por isso, verifique o nível de segurança da forma de pagamento acordada, antes de realizar uma operação desse tipo com um importador
sobre o qual não tenha referências. Além disso, é importante sempre analisar a possibilidade de fazer seguro para assegurar o recebimento
das exportações.
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Operacionalização de Exportação | 2.3.2
32
ITEM PROCEDIMENTO
Operacionalização de Exportação | 2.3.3
2.3.3 Procedimentos para Emitida pelo exportador em moeda nacional, com CFOP do grupo 7000 “Saída
registro da exportação destinada ao exterior”. A NF ampara o trânsito da mercadoria do estabelecimento
exportador até o local alfandegado e permite efetivar a presença de carga no
SISCOMEX. Pode ser emitida antes do RE, porém respeitando a data limite para
que transite com a mercadoria até o local alfandegado. A NF deve ser cópia fiel
O processo de exportação se inicia quando o
do processo de exportação, no que diz respeito a pesos, valores e quantidades.
exportador, ou seu representante legal, solicita
Emissão da Qualquer equívoco e/ou discrepância entre os documentos, por menor que seja,
o Registro de Exportação – RE diretamente na
Nota Fiscal interrompe o processo burocrático de exportação.
plataforma do SISCOMEX, a não ser no caso
Nota: O Sistema de Registro de Informações de Exportação - RIEX, aplica-se no
da chamada “Venda no mercado interno a
Estado de São Paulo e deve ser utilizado para obtenção, por meio eletrônico, do
não residente no país”, cujo registro é emitido
visto nas NFs de saída de mercadorias com o fim específico de exportação tratada
posteriormente à exportação. O fluxo formal
o artigo 1º da Portaria CAT nº 50, de 21/06/05. Conforme a Portaria CAT nº 201, de
da operação de exportação, seja ela do tipo 28 de dezembro de 2010, o governo paulista dispensa do RIEX os contribuintes
“Normal” ou do tipo “Consignação”, envolve os emitentes de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), desde que, essas empresas efetuem a
seguintes passos: Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos do regulamento do ICMS.
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*Canal Cinza (Valoração Aduaneira): o SISCOMEX tem uma sistemática para avaliar o preço da mercadoria a ser exportada
antes da liberação. Por isso, é aconselhável que a empresa exportadora programe com antecedência o Despacho Aduaneiro
Operacionalização de Exportação | 2.3.3 de Exportação, pois o auditor fiscal designado pode requisitar a presença de um perito ou a apresentação de um laudo
técnico, o que ocorre principalmente nas exportações de gemas, casos em que o embarque será postergado.
ITEM PROCEDIMENTO
Conhecimento de Documento emitido pela transportadora, que evidencia a data de entrega da mercadoria para transporte e a data em que foi recepcionada no
Transporte de Carga recinto alfandegado.
Presença de Carga - O exportador ou o depositário efetiva a presença de carga informando no SISCOMEX o recinto e o setor onde a carga se encontra, nos
Recinto e Setor recintos alfandegados.
A DDE é submetida ao módulo de seleção parametrizada do SISCOMEX, para fins de conferência aduaneira. A parametrização consiste na
seleção de canais de liberação, de forma aleatória, direcionando o procedimento a ser adotado pela fiscalização. São eles:
Canal Verde – A DDE é liberada sem conferência aduaneira (documental e física), mediante procedimento automático do sistema.
Canal Laranja – A DDE passa por conferência documental. Para isso, os seguintes documentos instrutivos do despacho são entregues
na repartição da RFB – Receita Federal do Brasil: Nota Fiscal; Cópia do Registro de Exportação; Extrato da DDE; Commercial Invoice e
Desembaraço
Romaneio de Embarque, quando houver. A RFB realiza a análise e, se considerar necessária, faz a conferência física da mercadoria para
Aduaneiro*
efetivação do desembaraço aduaneiro.
Canal Vermelho – A DDE será registrada no SISCOMEX pelo Auditor Fiscal da Receita Federal – AFRF designado para realizar a
conferência aduaneira documental (como no canal laranja) e física da mercadoria. O despacho será interrompido até o cumprimento de
exigências legais.
Controle do Embarque O exportador acompanha o status do processo diretamente no sistema, aguardando a conclusão da etapa anterior, momento em que é
para o Exterior autorizada a saída da mercadoria e a carga é liberada para a transportadora, que registra no sistema a efetiva saída da mercadoria do país.
Averbação do A averbação do embarque pelo sistema será automática se os dados informados pela transportadora coincidirem com os da DDE. Caso
Embarque contrário a averbação será efetuada por um auditor fiscal de RFB, após análise da documentação.
Comprovante de O Comprovante de Exportação (CE) é emitido através do SISCOMEX. Esse documento certifica a efetivação da exportação. Por isso,
Exportação recomenda-se que seja parte integrante do processo arquivado.
34
Operacionalização de Exportação | 2.3.3
SITUAÇÃO PROCEDIMENTO
35
Operacionalização de Exportação | 2.3.4
A DSE é um documento que substitui a DDE e dispensa a emissão do RE, agilizando o processo de
despacho, porém somente pode ser utilizada no despacho aduaneiro de bens:
Nota: a pessoa física poderá exportar
mercadorias em quantidade que não
• Exportados por pessoa física ou jurídica, até o limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares revele prática de comércio e desde
americanos) ou o equivalente em outra moeda; que não se configure habitualidade,
• Que estejam sob regime de exportação temporária, para posterior retorno ao país no mesmo à exceção de artesãos, artistas
estado ou após conserto, reparo ou restauração; ou assemelhados devidamente
• Contidos em remessa postal internacional até o limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares
registrados como profissionais
autônomos, para os quais não há
americanos) ou o equivalente em outra moeda;
essa restrição.
• Contidos em encomenda aérea internacional até o limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil
dólares americanos) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte
internacional expresso porta a porta (Courier);
36
Operacionalização de Exportação | 2.3.4
ITEM PROCEDIMENTO
Emitida pelo exportador em moeda nacional, com CFOP do grupo 7000 “Saída
destinada ao exterior”. A NF ampara o trânsito da mercadoria do estabelecimento
exportador até o local alfandegado e permite efetivara a presença de carga no
Emissão da SISCOMEX. A NF-e deve ser cópia fiel do processo de exportação, no que diz
Principais vantagens da utilização Nota Fiscal respeito a pesos, valores e quantidades. Qualquer equívoco e/ou discrepância
da DSE: entre os documentos, por menor que seja, interrompe o processo burocrático
de exportação.
• Redução dos custos operacionais; Documento emitido pela transportadora, que evidencia a data de entrega
• Mesmo o CNPJ não habilitado SISCOMEX Conhecimento de
da mercadoria para transporte e a data em que foi recepcionada no recinto
Transporte de Carga
(IN 1.288, de 2012) pode exportar por meio alfandegado.
da ECT - Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos (EXPORTA FÁCIL) ou de empresas O registro da Presença de Carga é uma informação obrigatória para todos os
de transporte internacional expresso – Presença de Carga - despachos simplificados com armazenagem. Nesse caso, a DSE somente será
Courier; Recinto e Setor efetivada após a informação no SISCOMEX da presença da carga. (art. 34 da IN
SRF nº 611, de 2006).
• Dispensa do cadastramento prévio de
despachante aduaneiro;
A efetivação do registro da DSE (art. 34 da IN 611, de 2006) ocorrerá se verificada
• A liberação alfandegária ocorre com maior
Efetivação do
a regularidade cadastral do exportador, após informada no SISCOMEX a presença
registro da DSE
celeridade. da carga e os dados relativos ao embarque da mercadoria.
37
Operacionalização de Exportação | 2.3.4
ITEM PROCEDIMENTO
38
Operacionalização de Exportação | 2.3.5
• A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT faz todo serviço de alfândega, não sendo Essa questão do seguro constitui um dos
necessária a contratação de despachante ou preparação de documentos no SISCOMEX; maiores entraves ao uso regular desse serviço,
• Redução de custos administrativos de exportação; já que normalmente o valor máximo de cobertura
aceito pelos países não ultrapassa os US$
• Rapidez no processo de preparação da exportação; 5.000,00, quando o valor limite da mercadoria
• Facilitação de exportação em cidades desprovidas de recintos alfandegados. que pode ser exportado via EXPORTA FÀCIL é
de US$ 50.000,00.
As regras para o transporte internacional por meio dos Correios são determinadas pela União Postal
Universal (UPU). Por isso, a ECT determina critérios de peso e dimensão do volume exportado de Uma solução alternativa nesses casos, quando
acordo com o tipo de serviço escolhido e o país de destino da remessa. A ECT instrui o exportador se mostrar operacional e financeiramente viável
quanto aos limites (valores, pesos, dimensões da embalagem e possíveis restrições) que envolvam o para o exportador, é dividir o lote total a ser
país de destino da mercadoria. exportado em parcelas que não atinjam o limite
de cobertura do país destino. Outra solução
Um seguro opcional de transporte da mercadoria também é oferecido pelo EXPORTA FÁCIL, com adotada pelo mercado é fazer uma só remessa,
limitação de cobertura que varia de acordo com o país de destino da mercadoria. No website dos porém contratar um seguro junto a terceiros
correios (http://www.correios.com.br/para-sua-empresa/exportacao-e-importacao/exportacao) é para cobrir o valor que exceder o limite de
possível encontrar informações sobre os valores em cada país de destino. cobertura do país destino.
39
Operacionalização de Exportação | 2.3.5
Considerando os diferentes critérios que envolvem cada país de destino, recomenda-se ao interessado
que consulte sempre uma agência da ECT para obter informações sobre cada caso.
e) Preencher o formulário que lhe será entregue pelos correios (Airway Bill - AWB), informando:
• Nome e endereço completo do exportador/importador;
• Discriminação das mercadorias (em inglês ou idioma do país de destino), com quantidade,
unidade, classificação tarifária (código NCM), e valor na moeda de exportação (US$ ou outra);
• O lançamento e o pagamento do valor do seguro de transporte contratado;
f) Pagamento do frete da remessa no ato da postagem e, se este for por conta do importador,
poderá ser cobrado por Vale Postal Internacional, denominado como Dinheiro Certo; ou por
outro meio (Banco/Cartão de Crédito);
40
Operacionalização de Exportação | 2.3.6
O serviço de remessa expressa (Courier) está previsto no artigo 30, inciso VII da IN nº 611, de 2006, com redação alterada pela IN 846 de 12 de maio de
2008 e foi regulamentado pela Receita Federal através da IN - 1073, de 01 de outubro de 2010.
Tendo em vista os diferentes serviços e preços oferecidos pelas empresas de transporte internacional expresso de cargas, recomenda-se ao interessado
acessar o site: www.abraec.com.br – Associação Brasileira de Transporte Internacional Expresso de Cargas (ABRAEC), contatar algumas empresas e
avaliar quais são aquelas mais adequadas para realizar o transporte de sua mercadoria, verificando inclusive os valores e limites dos seguros praticados
por essas empresas.
O exportador normalmente fornece as vias da Commercial Invoice, da Nota Fiscal e do Packing List (se necessário), juntamente com a mercadoria, e
elas se encarregam dos trâmites aduaneiros. Para isso utilizam seus próprios despachantes (mediante procuração do exportador) ou podem recorrer ao
despachante do exportador, caso ele assim o deseje.
41
NEGOCIAÇÃO COM O IMPORTADOR
Negociação com o Importador | 3.1
Sem dúvida muitos empresários do setor almejam atingir bons clientes nos mercados mais desenvolvidos e de moedas fortes. Muitas vezes, no entanto,
isso acaba esbarrando na falta de preparo do próprio empresário para negociar com o cliente potencial. Mesmo entre aqueles que conseguem sucesso no
mercado interno, há os que acabam por obter resultados pífios lá fora, por desrespeitarem usos e costumes locais e não terem planejado uma estratégia
de negociação de acordo com cada mercado.
Uma estratégia de negociação traçada para um determinado mercado pode funcionar muito bem nele, porém pode ser ineficaz em outro. Não perca
de vista o fato de que não existe um único padrão mundial para negociação. O negociante deve, principalmente, ter flexibilidade para lidar com as
particularidades de cada negociação, de cada negociador e de cada mercado.
• Estar culturalmente familiarizado com os costumes do mercado alvo; Nunca subestime seu interlocutor
e nem reproduza determinados
• Adaptar seu processo de negociação ao ambiente negocial do país; vícios e comportamentos existentes
• Planejar a negociação conhecendo bem o limite até onde você pode ir; no mercado interno dentro de uma
• Construir relações interpessoais sólidas, respeitando os costumes do interlocutor; negociação internacional. Variações
• Manter a sua integridade pessoal, sem causar a impressão de estar num “vale tudo”; abruptas de tabelas de preços,
substituições de componentes ou
• Pensar que ambos devem sair satisfeitos da negociação, não somente você; de modelos por outros sem acordo
• Evitar fazer concessões desnecessárias, pois isso pode desmerecer seu produto e sua empresa prévio, prometer prazos de entrega
perante seu interlocutor; que não poderá cumprir, ou outras
• Manter sempre a expectativa de compromissos de longo prazo; atitudes do gênero, são absolutamente
comprometedoras nos mercados mais
• Utilizar linguagem simples e acessível; desenvolvidos, pois denotam falta
• Saber escutar as argumentações do seu interlocutor; de planejamento, de seriedade e de
• Estar aberto a realizar adequações no seu produto para aquele mercado; compromisso com o cliente.
• Ser, sobretudo, paciente.
43
Negociação com o Importador | 3.2
SIGLA RESPONSABILIDADES
CFR (Cost and O exportador tem a obrigação de colocar a mercadoria dentro do navio e assumir os
Freight - Custo e respectivos custos, além de contratar e pagar o frete internacional até o destino no
3.2 Condições de Venda – Frete) exterior. Usada somente nas operações transportadas via marítima ou fluvial.
INCOTERMS
CIF: Cost, Insurance Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FOB, o exportador
and Freight - Custo, contrata e paga frete, custos e seguro relativos ao transporte da mercadoria até o
No comércio internacional as condições Seguro e Frete porto de destino combinado. Utilizável exclusivamente no transporte aquaviário.
de venda de uma exportação são definidas
por siglas padronizadas, em inglês, pela O exportador apenas produz a mercadoria e a deixa à disposição do importador
International Chamber of Commerce - ICC no local de origem combinado (fábrica, depósito, armazém, etc.). Por essa razão,
EXW (Ex Works - o importador é responsável pela contratação e pagamento do frete e do seguro
(Câmara Internacional de Comércio). Cada uma Local de produção) - internacional, assim como assume todos os custos necessários à exportação do
delas indica os custos e as responsabilidades
produto. Aplica-se a qualquer meio de transporte, principalmente rodoviário.
do exportador e do importador naquele tipo
de operação. A ICC, em sua Publicação nº
O exportador completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando
715E/2010, discrimina os INCOTERMS em vigor entrega a mercadoria desembaraçada para a exportação ao transportador ou a
desde janeiro de 2011. A Resolução Camex FCA (Free Carrier - outra pessoa indicada pelo comprador, no local nomeado do país de origem. A
nº 21, de 7 de abril de 2011, os regulamentou Transportador livre) partir do local combinado, o importador assume todos os custos para embarcar a
no ordenamento jurídico nacional. Esses mercadoria e colocá-la no destino final no exterior. Aplicável em qualquer modalidade
INCOTERMS são elencados no quadro a seguir: de transporte.
44
Negociação com o Importador | 3.2
SIGLA RESPONSABILIDADES
45
Negociação com o Importador | 3.2
46
Negociação com o Importador | 3.2
EXW: CIF/CIP:
importador responde por todos os custos a partir da exportador assume também o custo do seguro
porta da fábrica. de transporte.
FOB/FCA: DDU:
exportador assume todos os custos até o embarque exportador responde pela entrega da mercadoria no armazém
da mercadoria. do importador, porém não arca com tributos de importação.
47
Negociação com o Importador | 3.3
48
Conforme a modalidade de pagamento, os
Negociação com o Importador | 3.3 documentos de exportação têm a seguinte
destinação:
49
Negociação com o Importador | 3.3
• Pagamento antecipado: importador paga antes do embarque. Documentos são enviados ao importador junto com a
mercadoria e cópia é entregue ao banco que fecha o câmbio. Risco para o exportador: não há.
• Cobrança à vista ou a prazo: pagamento após recebimento da mercadoria. Documentos são entregues ao banco da
operação de câmbio no Brasil, que os envia ao banco no exterior para cobrança. Risco para exportador: existe.
• Carta de crédito: importador abre carta de crédito antes do embarque a favor do exportador, estabelecendo condições
para pagamento (prazo de embarque, documentos, quantidades, etc.). Risco para exportador: depende das condições
da carta.
50
Negociação com o Importador | 3.4
• Nível de concorrência
• Excluir os itens presentes no preço no mercado interno e que não incidem na exportação (IPI/
A estratégia de inserção do produto também é
ICMS/PIS/COFINS e outros itens não tributários);
fator de influência: um produto desconhecido
num mercado novo tem, em princípio, preço • Incluir as despesas que não incorrem no mercado interno, mas normalmente ocorrem na exportação,
inferior ao da concorrência, se tiver mesmo nível como despachantes, fretes, seguros, embalagens, comissões, despesas financeiras, despesas
de qualidade e características semelhantes. previstas com reposição, treinamento, assistência técnica, material promocional específico.
51
Negociação com o Importador | 3.4
Preço de mercado interno sem o IPI (para cálculo das deduções) R$ 5.000,00
Preço de mercado interno (inclusive IPI de 12%) R$ 5.600,00
52
ASPECTOS FINANCEIROS DA EXPORTAÇÃO
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.1
As receitas em moeda estrangeira decorrentes das exportações com cobertura cambial devem
obrigatoriamente ser convertidas na moeda corrente nacional, por meio de contrato de câmbio
efetivado junto a uma instituição financeira autorizada a realizar esse tipo de operação.
54
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.1.1
Quando o exportador recebe uma ordem de O contrato de câmbio é abordado no Título I, Capítulo I da Circular BACEN nº 3.691, de 2013. Ele
pagamento do exterior, ou tem em mãos valores pode ser celebrado para liquidação pronta ou futura, anteriormente ou posteriormente ao embarque
em espécie (papel moeda), cheque internacional da mercadoria, observados os seguintes prazos:
ou traveller´s check recebidos do importador, é
preciso realizar a respectiva liquidação cambial
(recebimento do valor em reais correspondente I - No caso de contratação anterior ao embarque, o prazo máximo entre a
ao câmbio contratado). contratação de câmbio e o embarque da mercadoria é de 360 (trezentos e
sessenta) dias;
Exportação
Os passos que envolvem essa operação são os
Normal
seguintes: II - No caso de contratação posterior ao embarque, o prazo máximo para
liquidação do contrato de câmbio é o último dia útil do 12º mês subsequente
ao do embarque da mercadoria ou da prestação do serviço.
1. O exportador entra em contato com o setor
de câmbio do banco e negocia a taxa para
contratação do câmbio; A Circular nº 3.691, de 2013, não faz menção quanto à mercadoria exportada em
consignação. Po sua vez, a Portaria SECEX nº 23, de 14/jul/2011 (alterações até a
Exportação em Portaria SECEX nº 29, de 21/ago/2014), em seu Art. 203, §1º indica: “A exportação
2. O exportador contrata o câmbio e entrega
Consignação em consignação implica a obrigação de o exportador comprovar dentro do prazo
a documentação da exportação exigida
de até 720 (setecentos e vinte) dias, contados da data do embarque, a efetiva
pelo banco;
venda da mercadoria ao exterior ou o retorno da mesma”.
55
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.1.2
Para liquidação cambial de valores recebidos em espécie (papel moeda estrangeiro), cheque internacional
ou traveller´s check, a documentação que vincula os valores às respectivas exportações deve estar
acompanhada de relação contendo os números de cada um dos valores entregues ao banco, inclusive de
cada nota de papel moeda.
No caso da contratação de câmbio de valores em moeda estrangeira recebidos em cheque será necessário
esperar a respectiva compensação internacional para poder liquidar a operação de câmbio, o que pode
demandar mais de 30 dias, a depender dos procedimentos e prazos do país onde o cheque foi emitido.
56
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.1.3
No intuito de evitar perdas cambiais, o exportador pode manter conta em moeda estrangeira em instituição financeira no
exterior, para recebimento dos valores exportados, desde que apresente a Declaração sobre a Utilização dos Recursos
em Moeda Estrangeira Decorrentes do Recebimento de Exportações (Derex) - Instrução Normativa SRF nº 726, de 28 de
fevereiro de 2007. A Circular nº 3.689, de 2013, em seu art. 9º, disciplina o uso desses recursos.
57
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.1.4
O exportador pode também receber valores do Exterior por meio vale postal internacional, um serviço de
transferência financeira internacional oferecido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Quando
o vale é disponibilizado no Brasil, o Aviso de Chegada é enviado ao endereço informado pelo exportador.
A Circular BACEN nº 3.691, de 2013, autorizou a ECT a operar com o vale postal internacional com valor até
US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos) ou valor equivalente em outras moedas, para liquidação
cambial imediata. A ECT deve entregar ao exportador o comprovante da operação realizada, contendo a
identificação das partes e a indicação da moeda estrangeira, da natureza da operação, da taxa de câmbio e
dos valores em moeda estrangeira e em moeda nacional.
58
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2
As empresas exportadoras são amparadas por alguns mecanismos de financiamento que podem, de acordo
com cada caso, viabilizar negociações com compradores estrangeiros que não seriam possíveis considerando
os juros praticados no mercado nacional. Esses mecanismos podem ser acessados antes ou depois do
embarque da mercadoria para o Exterior e sua principal vantagem é oferecer ao exportador a possibilidade de
vender a prazo e receber à vista.
A distinção entre crédito pré e pós-embarque é necessária, assim como o tipo de operação envolvida, se
supplier’s credit (crédito ao fornecedor) ou buyer’s credit (crédito ao comprador). Esses fatores influenciam
nos custos e riscos da operação, impactando na decisão sobre a concessão ou não do crédito, nos prazos e
na taxa de juros a ser aplicada.
É preciso lembrar que após o embarque da mercadoria, a confiança do financiador é bem maior do que na
fase pré-embarque e quanto menor for o prazo para o pagamento da exportação, menor será o período que o
banco disponibilizará os recursos financeiros ao exportador.
59
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.1
O ACC é um dos mais utilizados mecanismos de financiamento à exportação. Consiste no adiantamento, ao exportador,
do valor em moeda nacional equivalente ao de uma exportação para embarque futuro. O exportador celebra com o banco
um contrato de câmbio no valor correspondente às exportações que deseja financiar, antes de receber do importador o
pagamento referente à sua venda.
O ACC pode ser realizado até 360 dias antes do embarque da mercadoria. A liquidação da operação se dá com o
recebimento do pagamento efetuado pelo importador, acompanhado do pagamento dos juros devidos pelo exportador.
Para obter um ACC é necessário que o exportador tenha um limite operacional de câmbio aprovado junto ao banco
financiador e apresente a ele os documentos que comprovem o pedido de compra da mercadoria pelo importador.
É preciso lembrar que após o embarque da mercadoria, a confiança do financiador é bem maior do que na fase
pré-embarque e quanto menor for o prazo para o pagamento da exportação, menor será o período que o banco
disponibilizará os recursos financeiros ao exportador.
60
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.1.2
O ACE – Adiantamento sobre cambiais entregues é um instrumento semelhante ao ACC, porém contratado na fase de
pós-embarque. Concluído o embarque da mercadoria o exportador entrega os documentos da exportação ao banco
e celebra um contrato de câmbio para liquidação futura, obtendo o adiantamento do valor em reais correspondente ao
valor exportado.
O ACE pode ser contratado com prazo de até 390 dias após o embarque da mercadoria. A liquidação da operação
também se dá com o recebimento do pagamento efetuado pelo importador, acompanhado do pagamento dos juros
devidos pelo exportador.
61
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.2
Essa modalidade de financiamento é oferecida exclusivamente pelo Banco do Brasil e é coberto com recursos do
Tesouro Nacional. O custo desse financiamento é a taxa LIBOR ( London Inter Bank Offered Rate ).
Nas operações de PROEX, o exportador recebe o valor da exportação à vista, oferecendo ao importador prazo para
o pagamento da transação. O valor é recebido pelo exportador logo após a entrega dos documentos de embarque ao
Banco do Brasil, que fica responsável pelo recebimento do importador no exterior.
Esse tipo de financiamento pode ser contratado por intermédio das agências do Banco do Brasil. Para obter informações
mais detalhadas sobre o Programa, sugere-se que o interessado entre em contato diretamente as Gerências Regionais
de Apoio ao Comércio Exterior do Banco do Brasil – GECEX.
62
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.3
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concede financiamento aos exportadores por
meio do programa BNDES-Exim, disponibilizando instrumentos de financiamento similares aos oferecidos no mercado
internacional, tanto na fase pré-embarque como na fase pós-embarque.
BNDES Exim Pós-embarque: apoio à comercialização de bens e serviços nacionais no exterior, através da modalidade
supplier’s credit (refinanciamento ao exportador) ou da modalidade buyer’s credit (financiamento direto ao importador).
BNDES Exim Automático: apoio à comercialização de bens brasileiros no exterior, através de abertura de linha de
crédito a instituições financeiras no exterior.
63
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.3
O exportador concede ao importador financiamento por meio de carta de crédito, Para contratação das diversas
letras de câmbio ou notas promissórias. Esses títulos deverão ser cedidos ou linhas de financiamento citadas
endossados pelo exportador ao BNDES. O BNDES realiza o refinanciamento
Supplier neste documento, o exportador deve
mediante o desconto dos instrumentos de pagamento, e desembolsa os recursos
Credit normalmente oferecer garantias
ao exportador, à vista, em reais, no Brasil. O importador pagará ao BNDES no
às instituições financeiras (aval ou
prazo definido. O banco mandatário realiza as transferências de recursos e
fiança, carta de crédito, seguro de
documentos relativos à operação.
crédito à exportação, entre outras).
Adicionalmente, em determinados
O BNDES concede ao importador financiamento mediante a celebração de
casos também se exige que a
contrato de financiamento, firmado entre o BNDES e o importador, ou entre o
empresa exportadora esteja em
BNDES e o devedor, com a interveniência do exportador. O BNDES desembolsa
Buyer Credit situação regular junto ao INSS, FGTS
os recursos ao exportador, em reais, no Brasil. O importador ou o devedor pagará
ao BNDES no prazo definido. O banco mandatário realiza as transferências de e Receita Federal. Dessa forma, é
recursos e documentos relativos à operação. preciso que o exportador procure se
informar previamente sobre cada uma
delas para planejar adequadamente
suas operações.
Para conhecer os detalhes de cada um desses instrumentos sugerimos que o exportador acesse o
site do BNDES
(http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/Exportacao/) ou
consulte algum dos bancos credenciados (http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/
Institucional/Instituicao_Financeira_Credenciada/instituicoes.html)
64
Aspectos Financeiros da Exportação | 4.2.4
Criada em 2013, a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Normalmente o Preço da Cobertura (“prêmio”) é calculado sobre o
Garantias S.A - ABGF é uma empresa pública vinculada ao Ministério da valor financiado da operação, considerando algumas variáveis: país
Fazenda, com a finalidade de administrar fundos garantidores e prestar do importador, natureza do risco (comercial, político e extraordinário
garantias às operações de risco. As garantias de crédito às exportações ou somente político e extraordinário), prazo total do financiamento e
brasileiras são concedidas pela União, na forma do SCE - Seguro de Crédito capacidade financeira do importador.
à Exportação, com lastro no FGE - Fundo de Garantia à Exportação. A
responsabilidade pela emissão dos certificados de garantia de crédito e
Conforme estabelecido pela legislação aplicável ao SCE com garantia do
pelos resultados do FGE recai sobre o Ministério da Fazenda.
Fundo de Garantia à Exportação (FGE), os porcentuais de cobertura são,
de acordo com a natureza do risco, os seguintes:
O seguro de crédito à exportação objetiva proteger o exportador contra
situações que possam vir a comprometer o recebimento de suas • Até 95% contra os Riscos Comerciais;
operações comerciais internacionais. Oferece cobertura para riscos • Até 100% contra os Riscos Comerciais, quando a operação contar
comerciais, políticos e extraordinários: com garantia bancária;
• Comerciais: envolve a falência, concordata ou a simples inadimplência • Até 100% contra os Riscos Políticos e Extraordinários.
da empresa importadora;
• Políticos: decisões do país importador que impeçam a remessa de Os bancos envolvidos nas operações de exportação aceitam o seguro de
divisas pa-ra pagamento ao exportador, decorrentes de moratória crédito como garantia nas operações de câmbio financiadas, exigindo-se
declarada, centralização cambial ou proibição de remessa de divisas a transferência do direito à indenização resultante da apólice do seguro
ao exterior; de crédito, para a instituição financiadora da operação de câmbio.
• Extraordinários: guerras, revoluções, terremotos, inundação,
furacões, erupções vulcânicas e outros fenômenos com consequências Algumas organizações que atuam com seguro de crédito à exportação:
catastróficas que impeçam a remessa das divisas para pagamento ao • EULER HERMES: www.eulerhermes.com.br
exportador.
• CESCEBRASIL: www.cescebrasil.com.br
O exportador pode contratar o seguro de crédito à exportação para o • ABGF-Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias
total de exportações efetivadas ou apenas para algumas delas. S.A: www.abgf.gov.br
65
SITUAÇÕES ESPECIAIS VINCULADAS AO SETOR
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1
É uma operação de venda realizada no mercado interno a pessoas físicas não residentes no país.
Pode ser realizada por empresas varejistas, atacadistas ou indústrias e apresenta os mesmos
benefícios fiscais e tributários que a exportação convencional (não incidência de ICMS e IPI, etc.).
Essa operação é regulamentada pelo ANEXO XVI da Portaria SECEX no 23, de 2011. Ela pode ser
realizada desde que:
2 O pagamento da mercadoria vendida seja feito em moeda estrangeira (espécie, cartão de crédito
internacional, cheque ou traveller check);
4 O país de destino final da mercadoria não seja a Coréia do Norte (República Popular da Coreia).
67
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.2
1 Porque ela goza dos mesmos benefícios legais que uma exportação convencional, facilitando a
negociação de preços e/ou ampliação da margem de lucro do vendedor;
2 Porque permite ao comprador levar a mercadoria em mãos para o seu país imediatamente,
diminuindo os custos e reduzindo os trâmites logísticos;
3 Porque não há limitação no número de peças que o comprador pode adquirir nesse tipo de
operação, facilitando a venda também no atacado;
4 Porque a operação é realizada de maneira simples, apenas com a emissão de Nota Fiscal pelo
vendedor, sem requerer qualquer outra documentação adicional no ato da venda.
5 Porque os procedimentos para registro pós-venda da operação também são relativamente simples.
A seguir são apresentados os procedimentos que devem ser seguidos para realização desse tipo de
operação, passo a passo:
68
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.3
Como já destacado anteriormente, para que uma empresa possa realizar esse tipo de operação
é preciso que ela esteja previamente habilitada no SISCOMEX, conforme procedimento descrito
anteriormente neste Manual. Atente para essa exigência prévia.
69
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.3.2
A empresa vendedora deverá providenciar um carimbo padronizado (modelo abaixo). Ele deve ser
colocado no verso de todas as vias da Nota Fiscal de venda, com as informações nele indicadas
devidamente preenchidas. Essas informações serão necessárias, pois podem ser solicitadas ao
comprador pelos agentes aduaneiros por ocasião de sua saída do país.
O carimbo deve ter uma altura de 50 mm e um comprimento de 105 mm, com a seguinte conformação
(os nomes dos campos grafados em negrito devem constar no carimbo):
País de Destino Final: (preencher com nome Moeda: (preencher com o nome da moeda
do país a que se destina a mercadoria) negociada: dólares americanos, euros, etc.)
70
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.4
71
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.4.2
A Nota Fiscal da Venda da mercadoria para esse tipo de operação apresenta as seguintes Em relação ao carimbo a ser colocado no
características de preenchimento: verso da Nota Fiscal, os campos devem
ser preenchidos da forma descrita no item
5.1.3.2 acima, lembrando que ela poderá
1 Campo “NATUREZA DA OPERAÇÃO”: deve ser escrito “EXPORTAÇÃO” ser solicitada pelos agentes aduaneiros por
ocasião da saída do comprador do país. É
2 Campo “CFOP”: registar 7. 101, quando se tratar de produtos do estabelecimento, ou 7. 102, importante avisá-lo em relação a isso.
quando se tratar de mercadoria adquirida de terceiros.
72
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.5
A empresa vendedora deverá providenciar o Registro de Exportação das venda a não residentes Para as empresas que já estão acostumadas
quinzenalmente. As vendas feitas entre o 1º e o 15º dia de cada mês devem ser registradas até o a preencher o Registro de Exportação,
30º dia desse mesmo mês, e aquelas feitas entre o 16º e 30º dia do mês devem ser registradas sugerimos a leitura do ANEXO XVI da Portaria
até o 15º dia do mês subsequente. Cada Registro de Exportação pode se referir a mais de uma SECEX no 23/2011 (item 6.4 - Anexos deste
venda, relacionadas a diversas Notas Fiscais, porém obrigatoriamente: manual), onde se encontram os detalhes
específicos referentes a este tipo de
operação. Para aquelas empresas que não
1 Deve ter o mesmo país de destino; estão acostumadas com esse processo, o
procedimento mais adequado é credenciar
2 Só pode conter vendas feitas numa mesma moeda; um despachante aduaneiro para realizar esse
3 Só pode conter vendas feitas em modalidades de pagamento equivalentes (espécie, cheque, serviço em seu nome, observando esse custo
traveller´s checks ou cartão de crédito) ao realizar a negociação com o comprador.
73
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.5.2
Uma vez realizada a venda e providenciado o respectivo Registro de Exportação (RE), o próximo
passo é realizar o fechamento de câmbio dos valores recebidos. A empresa, de posse dos
valores em moeda estrangeira, deve entrar em contato com o departamento de câmbio do
banco de sua preferência, verificar a documentação necessária, providenciá-la e realizar a
liquidação cambial.
74
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.1.5.3
• O documento de saída do país será a Nota Fiscal emitida pelo vendedor, contendo
um carimbo padronizado em todas as vias. A primeira via será apresentada pelo
comprador à fiscalização aduaneira, se assim solicitado, no aeroporto, porto ou
ponto de fronteira alfandegado por onde sair do país.
75
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2
76
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.2
• Tenham sido constituídas há mais de dois anos ou tenham registrado nos últimos 12 meses
pelo menos duas exportações de mercadorias classificadas nas posições 7102, 7103, 7113,
7114 e 7116 do NCM.
77
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.3
78
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.4
O despacho aduaneiro das mercadorias será processado com base na Declaração para
Despacho Aduaneiro de Exportação (DDE), registrada no Siscomex, na unidade da SRF onde a
empresa estiver habilitada. O despacho deverá ser instruído com:
• 1ª via da Nota Fiscal correspondente à operação, acompanhada de outras duas vias desse
documento;
79
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.5
Retornando ao país com a mercadoria em mãos, por ocasião do desembarque internacional, o portador dirigir-se-á
à fiscalização da Receita Federal no aeroporto de chegada, informando que se trata de retorno de exportação nos
termos da IN SRF 346/03, e apresentará à fiscalização:
• As duas vias da NF-e de exportação (em poder do portador desde a saída do país).
A fiscalização lacrará o recipiente utilizado para o transporte das mercadorias utilizando o Selo Aduaneiro ou
outro dispositivo de segurança, e adotará o procedimento descrito na IN 346 para liberar o trânsito do portador
com o recipiente lacra-do.
O exportador ou seu representante legal deverá apresentar as mercadorias remanescentes à unidade da Receita
Federal no mesmo recipiente lacrado referido no Art. 8º da IN 346, acompanhadas dos documentos mencionados
no mesmo artigo, para registro de Declaração Simplificada de Importação (DSI) relativa às mercadorias retornadas.
80
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.6
81
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.2.7
O exportador terá o prazo de trinta dias, contados a partir da data prevista para o retorno
ao país do portador das mercadorias, para tomar as providências referentes à conclusão do
procedimento ou para informar nova data de retorno.
82
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.3
O mercado internacional exige que todo diamante bruto seja acompanhado por um Certificado do Dessa forma, as exportações de
Processo de Kimberley, emitido pelas autoridades competentes do país de origem. O “Processo de diamantes classificados nas subposições
Kimberley” constitui um sistema internacionalmente adotado para certificação de origem, visando 7102.10, 7102.21 e 7.102.31 do NCM
impedir o uso desses diamantes no financiamento de conflitos nas áreas produtoras. passaram a exigir anuência prévia do
Departamento Nacional de Produção
Esse sistema de certificação permite aos países produtores maior controle da produção e do Mineral – DNPM, mediante Certificado do
transporte dos diamantes em bruto desde a mina até o ponto de exportação. Nesse sistema, Processo Kimberley emitido de acordo
as remessas de diamantes em bruto são seladas em embalagens invioláveis, sendo emitido um com os termos da Portaria conjunta Nº
Certificado do Processo de Kimberley por remessa. 397 DNPM/SRF, de 13 de outubro 2003.
Por seu lado, a Instrução Normativa
No Brasil o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK) para exportação e importação da SRF nº. 371, de 19 de dezembro
de diamantes foi instituído em 2003, visando impedir: de 2003, determina os procedimentos
aduaneiros de verificação e controle
• A exportação de diamantes brutos extraídos de áreas de conflito ou de qualquer área não relativos ao Sistema de Certificação do
legalizada perante o Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM; Processo de Kimberley. Cópias desses
dois documentos fazem parte dos anexos
• A entrada no país de diamantes brutos sem o regular Certificado do Processo de Kimberley do
deste manual (item 6.4).
país de origem.
83
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.4
84
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.4.1
85
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.4.2
86
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.5
Anexo “XIX” -
XVI – amostras, que não caracterizem destinação comercial, ressalvado os casos
Exportação
envolvendo bens até o valor de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos),
sem
ou seu equivalente em outras moedas, em que o registro no Siscomex será
Expectativa de
dispensado na forma do Anexo “XV” desta Portaria;
Recebimento
87
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.5
Embora dispensadas de Registro de Exportação, essas amostras devem estar amparadas por
Declaração Simplificada de Exportação. As amostras sem valor comercial serão submetidas
ao despacho aduaneiro mediante a utilização de formulários próprios, conforme inciso I, do
Art. 31, da IN SRF nº 611/2006:
Art. 31. O despacho aduaneiro de exportação poderá ser processado com base em declaração formulada
mediante a utilização dos modelos de formulários Declaração Simplificada de Exportação – DSE e Folha
Suplementar da DSE constantes, respectivamente, dos Anexos VI e VII a esta Instrução Normativa, instruída
com os documentos próprios para cada caso, quando se tratar de:
II – Exportações realizadas por pessoa física ou jurídica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial,
cujo valor não ultrapasse US$ 1.000,00 (mil dólares americanos) ou o equivalente em outra moeda;
Art. 35. A DSE de que trata o Art. 31 será registrada pela Unidade local da SRF onde será processado o
despacho aduaneiro, mediante aposição de número, composto pelo código da Unidade seguido do número
sequencial de identificação do documento, e data.
Parágrafo 1º - O registro somente será efetuado:
I – Após a manifestação favorável da autoridade competente pelo controle específico a que esteja sujeita a
mercadoria, se for o caso, efetuada no campo próprio da declaração ou em documento específico por
ela emitido; e
II – Mediante a requisição do Ministério das Relações Exteriores, formulada na própria declaração, quando
se tratar de exportação realizada por missão diplomática ou semelhante...”
88
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.6
O designer que não tiver uma empresa constituída (CNPJ) poderá realizar exportações até o
limite de US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos), ou o equivalente em outra moeda,
por meio da Declaração Simplificada de Exportação - DSE, amparado pelo Inciso I, Art. 30, da
Instrução Normativa da SRF nº. 611, de 2006. Para esse fim, deve estar registrado em órgãos
específicos como profissional autônomo, na categoria de artesão, artista ou assemelhado.
A nota fiscal avulsa (destinada a pessoas não obrigadas à emissão de documentos fiscais),
necessária para esse procedimento, poderá ser obtida na Secretaria da Fazenda do Estado
onde se encontra o exportador (designer). Há estados que disponibilizam a NFA-e (Nota Fiscal
Avulsa eletrônica) em ambiente web.
89
Situações Especiais Vinculadas ao Setor | 5.6.1
O designer que realizar exportação inferior a US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares americanos),
destinada à participação em concursos ou exposições no Exterior, com propósito de retorno
das peças ao Brasil (sem visar venda), poderá realizar uma Exportação Temporária sem
Cobertura Cambial.
Esse procedimento está amparado no inciso III, Art. 30, da Instrução Normativa da SRF nº. 611,
de 2006. Os campos da Declaração Simplificada de Exportação (DSE) devem ser preenchidos
em conformidade com essa operação.
O retorno da mercadoria ao Brasil deverá fazer referência ao número da DSE. Caso contrário, a
alfândega tratará o retorno das peças como uma importação, sobre a qual incidirão os tributos
de importação previstos na legislação aduaneira.
90
MATERIAL DE APOIO - ANEXOS
...........................................................
Planejamento de exportação
Material de Apoio – Anexos | 6.1
...........................................................
Identificação dos mercado-alvo
...........................................................
6.1 Fluxograma genérico Definição dos produtos a exportar
de exportação
...........................................................
Definição do preço de exportação
...........................................................
Habilitação no SISCOMEX - RADAR
...........................................................
Negociação com importador:
definição das condições de venda
...........................................................
Preparação da mercadoria
Fluxograma
genérico ...........................................................
de Exportação Preparação dos documentos e
registro da exportação
...........................................................
Desembaraço aduaneiro e
embarque da mercadoria
...........................................................
Emissão do comprovante
de exportação
...........................................................
Recebimento da moeda estrangeira
...........................................................
Liquidação do câmbio junto ao banco
...........................................................
Arquivamento dos documentos
de exportação
92
Material de Apoio – Anexos | 6.2 6.2 Alguns termos e siglas relacionados ao conteúdo deste manual
Associação Latino-Americana de Integração - Composta pelos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México,
ALADI Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e Chile.
ALFÂNDEGA
(ADUANA) Repartição pública onde se cobram os direitos de entrada e saída de mercadorias.
CE Comprovante de Exportação.
CI Comprovante de Importação.
DRAFT Saque, Cambial: documento emitido pelo credor para formalizar o débito e possibilitar a cobrança.
FIANÇA Instrumento por meio do qual o banco garante o cumprimento de uma obrigação de seu cliente.
93
Material de Apoio – Anexos | 6.2 6.2 Alguns termos e siglas relacionados ao conteúdo deste manual
LIBOR London Interbank Offered Rate: taxa de juros interbancária de Londres que regula grande parte das transações financeiras internacionais.
PROFORMA Fatura Proforma: normalmente primeiro documento enviado pelo exportador ao importador, que serve de base de negociação e eventual
INVOICE abertura de carta de crédito.
RE Registro de Exportação.
94
Material de Apoio – Anexos | 6.3
Commercial Invoice:
Exporter: Importer:
95
Material de Apoio – Anexos | 6.3
Conhecimento de Embarque download Conhecimento de Embarque Marítimo download Formulário AWB download
96
Material de Apoio – Anexos | 6.3
97
Material de Apoio – Anexos | 6.4
Principais atos normativos de acordo com os itens temáticos a que estão relacionados no Manual:
• Item 2.2.3. Portaria Nº 23 SECEX 2011 – Anexo XXII – Entidades autorizadas a emitir Certificado de Origem
• Item 2.3.4. IN SRF 611 2006 ate 1456 2014 – Declaração Simplificada Exportação – DSE
• Item 2.3.6. IN RFB 1073 2010 e 1475 2014 – Exportação via Courier
• Item 5.1. Portaria Nº 23 SECEX 2011 – Anexo XVI - Venda não Residente
98
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Não tenho empresa registrada. Posso exportar? Para exportar, as empresas precisam alterar seu
Para exportar, as empresas devem estar formalizadas e cadastradas contrato social?
no REI - Registro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Não existe necessidade de qualquer alteração no contrato ou no estatuto
Comércio Exterior. A pessoa física somente poderá exportar mercadorias social para que uma empresa possa exportar, porém é necessário que ela
em quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não se registre junto ao SISCOMEX para poder realizar essa operação.
se configure habitualidade. Excetuam-se os casos a seguir, desde que o
interessado comprove junto a SECEX, tratar-se de: O que é SISCOMEX?
II artesão, artista ou assemelhado registrado como profissional autônomo; É um sistema informatizado, a nível nacional, que interliga eletronicamente
ou os exportadores e importadores aos organismos reguladores e
intervenientes nessas operações, permitindo a emissão dos documentos
III exportações via remessa postal (Correios e Courier), com ou sem
indispensáveis ao desembaraço aduaneiro das mercadorias na exportação
expectativa de recebimento, exceto donativos, até o limite de US$
ou importação. A emissão é solicitada diretamente pela própria empresa
50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente
exportadora, ou por despachantes aduaneiros, corretores de câmbio ou
em outra moeda, respeitando-se as exceções definidas nos incisos do
bancos credenciados pelo exportador ou importador. A habilitação no
artigo 10 da Portaria SECEX nº 23, de 14/07/11 (artigo 183).
SISCOMEX e credenciamento de representantes seguem a Instrução
Normativa SRF nº. 1.288, de 31 de agosto de 2012:
Uma microempresa pode exportar?
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta /link.action?-
Sim, pois a legislação de comércio exterior não apresenta qualquer
visao=anotado&idAto=38550
restrição ao porte da empresa para ela se tornar exportadora.
99
Material de Apoio – Anexos | 6.5
À exceção do dirigente, os demais representantes de uma empresa são • Direta - quando a empresa exporta diretamente para o importador no
conceituados como mandatários (despachante, empregado, funcionário, exterior;
etc.), devendo ser credenciados desse modo no SISCOMEX • Indireta - quando o fabricante vende a mercadoria no mercado interno
para uma empresa intermediária, comercial exportadora ou trade
É possível levar mercadorias como bagagem para company, a qual posteriormente exporta o produto, sem qualquer
vendê-las no exterior? alteração em sua natureza, para um importador no exterior.
Não, pois somente poderão ser comercializadas no Exterior as mercadorias
saídas do Brasil com o fim específico de exportação, devidamente Qual a forma de exportação mais vantajosa, direta ou
regularizadas. indireta?
Como regra geral, a exportação direta seria mais vantajosa, pois o
Existe algum valor ou quantidade mínima para exportador fica mais próximo do cliente e do mercado importador, além
exportação produtos do setor de joias, gemas e de, teoricamente, proporcionar maior margem de lucro, pela não existência
produtos afins? de intermediários. Todavia, dependendo dos objetivos e da estrutura do
Não, mas o exportador deve avaliar com bastante cuidado os custos que exportador, pode ser mais vantajoso exportar de forma indireta, evitando
envolvem esse tipo de operação, pois, dependendo de sua monta, eles riscos decorrentes da falta de experiência e eliminando os gastos adicionais
podem inviabilizar a exportação de pequenos valores. Principalmente com prospecção de mercado ou com os procedimentos administrativos
no caso de exportações realizadas em regime em consignação, cujas da exportação.
mercadorias, ou parte delas, vai retornar, gerando custos adicionais no
processo de desembaraço aduaneiro da mercadoria em seu retorno ao país.
100
Material de Apoio – Anexos | 6.5
O que é empresa comercial exportadora e trading • Commercial Invoice (Fatura Comercial) - contém todas as
company? informações da comercialização, tais como: valores, quantidades,
Empresas cujo objeto social se vincula à comercialização de bens, podendo prazos, forma de pagamento, modalidade de transporte, e deverá ser
comprar produtos fabricados por terceiros para revender no mercado assinada pelo exportador. Este documento é necessário no Exterior
interno ou destiná-los à exportação, assim como importar mercadorias para liberação das mercadorias pelo importador (uso externo)
e efetuar sua comercialização no mercado doméstico, ou seja, atividades
• Packing List (Romaneio de Embarque) - descreve individualmente
tipicamente de empresas comerciais.
os volumes das embalagens de transporte, indicando seus respectivos
conteúdos, pesos líquido e bruto, dimensões e numeração dos volumes
Para quem quer exportar de forma indireta, qual a
em ordem seqüencial (uso externo);
diferença entre operar com uma trading company ou
com uma empresa comercial exportadora? • Bill of Landing ou Airway Bill (Conhecimento de Embarque) -
Sob o aspecto comercial, praticamente não há diferença entre exportar por comprova, por parte do exportador, que a mercadoria foi embarcada ou
meio de uma trading company ou de uma empresa comercial exportadora, foi entregue ao transportador para embarque, e é fundamental para a
desde que observados os procedimentos administrativos e contábeis liberação das mercadorias no Exterior.
previstos na legislação. • Certificado ou Apólice de Seguro – documento onde deve constar
os dados de seguro, as reservas e as coberturas, bem como valor da
Quais são os principais documentos utilizados na cobertura e o respectivo prêmio a ser pago (uso externo);
exportação?
• Certificados de Origem - destinam-se a comprovar a origem do
Para a realização de exportações são principalmente utilizados os produto nas exportações para países integrantes de blocos comerciais
seguintes documentos: (uso externo);
• Nota Fiscal - para acompanhar o produto do estabelecimento do • Contrato de Câmbio - constitui-se no documento legal para a
exportador ao local de embarque (uso interno); conversão da moeda estrangeira da exportação e seu recebimento em
• RE - Registro de Exportação - informa todas as características da R$ (uso interno).
operação sob o aspecto comercial, fiscal e cambial (uso interno);
101
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Quem é o responsável pela emissão ou fornecimento Que informações devem constar do Packing-List?
dos documentos de exportação? Além da identificação do importador, deve constar a descrição da
mercadoria, o peso líquido, o peso bruto, a dimensão e a numeração
O exportador é o responsável pela emissão ou obtenção de todos os
seqüencial de cada volume, sem fazer menção ao valor dos produtos. O
documentos de exportação, inclusive aqueles solicitados pelo importador,
Packing-List é utilizado na liberação da mercadoria no país exportador e no
como seguem:
desembaraço no país de destino, facilitando a localização de determinada
• Nota Fiscal - emitida pelo exportador; mercadoria no momento de sua vistoria pelas autoridades aduaneiras
• RE - Registro de Exportação - preenchido eletronicamente na de ambos os países. Quando os produtos são uniformes em peso,
plataforma do SISCOMEX - Sistema de Comércio Exterior, pelo volume, qualidade, natureza ou são exportados a granel, o Packing-List é
exportador ou por seu representante legal credenciado; desnecessário.
102
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Quais são as condições de venda no mercado de 2006. Ela regula o despacho aduaneiro de exportação em consignação
internacional? de pedras preciosas ou semipreciosas e de joias transportadas por
No comércio internacional as condições de venda de uma exportação são mandatário de empresa do setor, bem assim o de retorno ao país das
definidas através de siglas padronizadas, em inglês, definidas pela CCI mercadorias não vendidas, que poderão ser executados mediante os
- Câmara de Comércio Internacional e conhecidas como INCOTERMS - procedimentos simplificados estabelecidos naquela Instrução Normativa.
International Commercial Terms. Ao definir a condição de venda através Podem habilitar-se aos procedimentos simplificados de que trata esta
da sigla dos INCOTERMS, automaticamente estão sendo estabelecidas Instrução Normativa a empresa industrial ou comercial de joalheria, gemas
as responsabilidades do exportador e do importador. ou ourivesaria, regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ), que atenda aos diversos requisitos previstos na Instrução
Qual a melhor condição de venda para exportar? Normativa.
Considerando-se que o importador, direta ou indiretamente, arcará
com todos os gastos para importação da mercadoria, a princípio todas Qual é a vantagem de realizar uma exportação em
as condições de venda ou INCOTERMS são iguais. Todavia, para o consignação levando a mercadoria em mãos, ao amparo
exportador, a melhor condição é aquela em que ele desembolse menos no da IN SRF 346/03?
momento do embarque, ou seja, aquelas modalidades onde a contratação A principal vantagem é que a mercadoria não fica retida com a fiscalização
dos serviços se encerre o mais próximo possível da origem. na ala internacional do aeroporto de chegada ao Brasil. Outra vantagem
relevante é que o recinto alfandegado que gerou o despacho de exportação,
É possível exportar produtos do setor de gemas, joias DDE, será o mesmo que processará o desembaraço da mercadoria no
e afins em consignação? retorno ao país.
Sim, porém condicionada à aprovação do RE - Registro de Exportação.
Nessa operação o exportador assume o compromisso de comprovar a A exportação em consignação remetida por via aérea
efetiva venda da mercadoria ou providenciar seu retorno ao país no prazo pode retornar ao país em mãos, ao amparo da IN SRF
de até 720 dias da data do embarque. O envio da mercadoria ao Exterior 346/03?
em consignação pode ser feito por carga aérea normal, ou transportada Não. Nesse caso o portador da mercadoria deverá dirigir-se ao fiscal da
em mãos por representante do exportador, de acordo com o previsto na Receita Federal e solicitar que ele emita o TERMO DE RETENÇÃO DE
IN SRF 346/03. BENS, por tratar-se de retorno de mercadoria exportada em consignação.
A mercadoria permanecerá retida por vários dias até que sejam concluídos
O que é a Instrução Normativa 346/03? diversos procedimentos exigidos para liberação final da carga.
A IN 346/03 dispõe sobre procedimento simplificado de despacho
aduaneiro de exportação em consignação de pedras preciosas ou
semipreciosas e de joias, e foi alterada pela IN SRF nº 641, de 31 de março
103
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Quais são as principais modalidades de pagamento da sempre exigir que o importador abra a carta de crédito em instituições
exportação pelo importador? financeiras de renome internacional e que seja irrevogável e irretratável,
para garantir que não ocorram alterações ao longo do processo. Já na
As principais modalidades de pagamento utilizadas são as seguintes:
modalidade cobrança, o exportador assume todos os riscos pela eventual
• Pagamento Antecipado - o importador envia, através de cheque ou falta de pagamento por parte do importador.
ordem de pagamento bancária, o pagamento da operação ao exportador
antes do embarque da mercadoria para o exterior; A quem devem ser entregues os documentos de
• Cobrança à Vista ou a Prazo - o importador efetua o pagamento da exportação para recebimento dos valores pelo
exportação, à vista ou a prazo, após a mercadoria chegar ao destino no exportador?
exterior; Conforme a modalidade de pagamento, os documentos de exportação
• Carta de Crédito à Vista ou a Prazo - o importador solicita a um têm a seguinte destinação:
banco no seu país a abertura de uma carta de crédito a favor do • Pagamento Antecipado - os documentos originais acompanham
exportador, que garanta o pagamento da operação, se cumpridas as a mercadoria ou são enviados diretamente ao importador, com o
condições comerciais previamente pactuadas. O pagamento ocorrerá no exportador entregando uma cópia dos documentos ao banco que
momento em que o exportador entregar, ao banco negociador da carta realiza a liquidação cambial;
em seu país, todos os documentos de exportação que demonstrem o
• Cobrança à Vista ou a Prazo - os documentos originais devem
cumprimento das condições pactuadas.
ser entregues pelo exportador ao banco que efetuou ou efetuará o
fechamento do câmbio, que os enviará ao banco correspondente no
Quais os riscos para o exportador nas diferentes
exterior para realizar a cobrança da operação.
modalidades de pagamento?
A modalidade de pagamento antecipado, normalmente menos utilizada, não • Carta de Crédito à Vista ou a Prazo - os documentos originais
oferece riscos para o exportador, desde que a mercadoria seja embarcada devem ser entregues exclusivamente ao banco negociador da carta de
somente após o efetivo recebimento do pagamento da exportação. crédito no Brasil, que os remeterá ao banco no Exterior que abriu a carta
O mesmo ocorre na modalidade Carta de Crédito, onde o exportador de crédito.
praticamente não terá riscos, desde que entregue corretamente ao banco
• Cartão de Crédito Internacional - nesta modalidade os documentos
negociador no Brasil todos os documentos de exportação exigidos, e
podem ser entregues diretamente ao importador.
que os termos da Carta de Crédito tenham sido detalhados. Costuma-se
104
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Como é possível receber os valores relativos às na Circular nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, Título IV, Capítulo I. Já
exportações? a regulamentação sobre o recebimento antecipado de exportação com
prazo superior a 360 dias pode ser consultada na Resolução nº 3.844, de
De acordo com o BACEN – Banco Central do Brasil, o valor referente às
23 de março de 2010 e na Circular nº 3.689, de 16 de dezembro de 2013,
exportações pode ser recebido:
Título II, Capítulo III, Seção II, Subseção II.
• Mediante crédito do correspondente valor em conta no exterior mantida
em banco pelo próprio exportador; O que é ACC? E o que é ACE?
• Mediante crédito em conta mantida no exterior por banco autorizado a O ACC (adiantamento sobre contrato de câmbio) é uma antecipação
operar no mercado de câmbio no País; parcial ou total da moeda nacional relativa ao preço da moeda estrangeira
vendida ao banco autorizado a operar no mercado de câmbio, pelo
• Por meio de transferência internacional em reais, inclusive ordens de
exportador, para entrega futura, feita antes do embarque da mercadoria
pagamento oriundas do exterior em moeda nacional;
ou da prestação do serviço.
• Por meio de cartão de uso internacional, emitido no exterior; O ACE (adiantamento sobre cambiais entregues) é o mesmo adiantamento,
• Por meio de vale postal internacional, nas operações até o valor quando concedido após o embarque da mercadoria ou a prestação do
equivalente a US$ 50 mil, observada a regulamentação dos Correios; serviço.
105
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Como comprovarei à fiscalização que esse cliente não escolhida. A exportação conta com um seguro automático, mas é possível
residente saiu do País portando a mercadoria? contratar um seguro opcional quando a mercadoria tiver valor agregado
Não é responsabilidade de o estabelecimento vendedor comprovar acima do seguro automático gratuito. Os prazos variam de acordo com a
que o cliente estrangeiro portou as mercadorias ao sair do país. O origem e o destino das remessas.
estabelecimento vendedor deverá adotar o procedimento estabelecido Quero exportar em consignação um valor abaixo do
pela legislação brasileira, mantendo em seus arquivos a Nota fiscal de limite de US$ 50.000,00. Posso utilizar o Exporta Fácil?
venda, o Registro de Exportação, o Comprovante de Exportação e o Não. A exportação em consignação não pode ser feita por meio desse
documento comprovando ter realizado a contratação cambial referente a mecanismo, pois depende da anuência prévia do DECEX (Departamento
essa venda. Além disso, é importante que vendedor tire uma cópia do de Comércio Exterior) e o procedimento eletrônico da DSE não permite
passaporte e do bilhete aéreo do comprador, para arquivá-los junto aos tal submissão. Dessa forma, será preciso seguir os trâmites normais do
demais documentos. SISCOMEX para realizar esse tipo de operação.
106
Material de Apoio – Anexos | 6.5
Sou artesão e gostaria de enviar minhas peças para um O IBGM fornece assessoria comercial e logística aos
cliente no exterior, que irá expô-las em sua loja para participantes do Programa Setorial de Exportações
tentar vendê-las. Como posso fazer isso? do Setor Joalheiro?
Sendo uma pessoa física que não possui os registros necessários Não, os serviços prestados concentram-se no esclarecimento de dúvidas
para exportar, será necessário que você utilize serviços de empresas sobre procedimentos e rotinas de exportação. O IBGM de maneira alguma
legalmente habilitadas para realizar essa operação, que é tipicamente de se envolve diretamente em processos específicos dos participantes do
exportação em consignação e não pode ser realizada por meio do Exporta programa junto a importadores, despachantes, empresas logísticas,
Fácil ou por empresas de Courier. Como você é um artesão e a empresa seguradoras ou organismos públicos, a não ser quando necessário do
exportadora necessitará de um documento fiscal que comprove a origem ponto de vista institucional, nunca individualmente.
de seu produto, será necessário que você obtenha uma Nota Fiscal para
amparar essa exportação, o que normalmente pode ser conseguido junto Como remeter mercadorias para participar de feiras e
aos organismos fazendários de seu estado. outros eventos no exterior?
A remessa deve ser feita em nome do representante comercial do
Como fazer para participar de feiras no exterior? exportador naquele país (quando houver), ou do organizador da feira/
A empresa interessada em participar de feiras no Exterior, como expositor evento, sem cobertura cambial, ou seja, sem pagamento, em quantidades
ou visitante, deve contatar as entidades empresariais vinculadas do seu necessárias à promoção dos produtos e com prazo de retorno ao Brasil
segmento de negócio, para se informar sobre os eventos programados definido. Opcionalmente a mercadoria poderá ser enviada em consignação
que mais atendam aos interesses comercias da empresa. para o evento, caso em que poderá ser feita a venda dessa mercadoria,
cabendo ao exportador, neste caso, proceder à regular liquidação cambial
Que tipos de apoio essas entidades oferecem aos no valor da mercadoria vendida.
interessados em exportar produtos do setor?
O principal apoio advém do convênio IBGM/Apex-Brasil, por meio do qual Como posso me cadastrar no Programa Setorial de
são operacionalizadas diversas ações de promoção comercial no Exterior Exportações do Setor Joalheiro do IBGM e participar
(feiras, rodadas de negócio, etc.), com apoio financeiro desse convênio. das ações programadas no exterior?
Ressalte-se que a instituição não fornece apoio logístico ou comercial É preciso que o interessado entre em contato com o IBGM, por meio das
aos participantes dessas ações, que se responsabilizam por todos os entidades representativas do setor em seu estado, ou então diretamente
trâmites legais e operacionais de exportação/importação, transporte e com a sede do próprio IBGM em Brasília, caso não haja uma entidade
desembaraço aduaneiro de sua mercadoria no Brasil e no Exterior. parceira do IBGM em seu estado. A partir daí, o interessado deverá
fornecer uma série de informações a respeito de suas atividades, de forma
a permitir uma avaliação mais precisa de sua empresa/atividade.
107
Material de Apoio – Anexos | 6.6
ADUANEIRAS http://www.aduaneiras.com.br
108
Material de Apoio – Anexos | 6.6
109
Promovido por:
www.ibgm.com.br www.apexbrasil.com.br