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CONTABILIDADE

GERAL
Combinação de Negócios, Fusão,
Incorporação e Cisão

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL
Combinação de Negócios, Fusão, Incorporação e Cisão
Claudio Zorzo

Sumário
Combinação de Negócios, Fusão, Incorporação e Cisão............................................................................4
Protocolo...............................................................................................................................................................................6
Incorporação........................................................................................................................................................................7
Fusão........................................................................................................................................................................................8
Cisão.........................................................................................................................................................................................9
Contabilização da Combinação de Negócios................................................................................................. 10
Concessões: Reconhecimento e Mensuração. .............................................................................................. 22
Consolidação das Demonstrações Contábeis. .............................................................................................. 28
Consolidação segundo a Lei 6.404/76. .............................................................................................................30
Consolidação segundo a CVM.................................................................................................................................31
Consolidação segundo o CPC 36 (R3). . ..............................................................................................................34
Procedimentos para Consolidação. . ....................................................................................................................38
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro................................................49
Políticas Contábeis.. .....................................................................................................................................................49
Mudança nas Estimativas Contábeis. . ...............................................................................................................52
Retificação de Erro.. ......................................................................................................................................................54
Divulgação de Erro de Período Anterior. ..........................................................................................................55
Transações entre Partes Relacionadas. ...........................................................................................................66
Resumo................................................................................................................................................................................75
Questões de Concurso................................................................................................................................................ 78
Gabarito...............................................................................................................................................................................84
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................85

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Prezado(a) contador(a),
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que você esteja com saúde e paz.
Uma bela frase:

Duas estradas divergiam em uma bifurcação, e eu peguei a menos percorrida. E isso fez toda a
diferença.
Robert Frost.

Escolhendo nossos caminhos para conseguirmos atingir nossos objetivos, nesta aula, va-
mos estudar a parte de contabilidade avançada, que trata da restruturação societária, da con-
cessão de serviços públicos e da consolidação das demonstrações contábeis, das mudanças
nas políticas contábeis e de partes relacionadas.
Vou começar a aula tratando da combinação de negócios.
Desejo uma ótima aula para você.

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COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS, FUSÃO, INCORPORAÇÃO E


CISÃO
A restruturação societária ou combinação de negócios é o processo de reorganização ju-
rídica de uma empresa, que pode ser por meio da fusão, da incorporação ou da cisão, ou seja,
houve uma combinação de negócios, na qual são considerados alguns os aspectos operacio-
nais e financeiros; a necessidade de integralização de capital, bem como os possíveis reflexos
tributários positivos ou negativos e outros interesses por parte da sociedade e dos seus pro-
prietários.
• A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por ou-
tra, que lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
• A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades, para formar socieda-
de nova, que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
• A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para
uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu
capital, se parcial a versão.

A essência econômica da reorganização societária e a de melhorar os resultados da empresa


ou de um grupo de empresas, por meio do aumento das receitas ou diminuição dos custos, ou
até mesmo se aproveitar de benefícios tributários; já sob o aspecto legal, é reestruturar o qua-
dro social, destacando as responsabilidades, os direitos e as obrigações tanto da sociedade
quanto dos sócios.

Devido a isto, várias legislações tratam sobre o assunto. Destaco, especialmente, a Lei
6.404/76 e o CPC 15 R1.
A Lei 6.404/76 apresenta os aspectos legais do processo de fusão, cisão e incorporação;
enquanto o CPC 15 (R1) conceitua combinação de negócios e apresenta que ela pode se dar
por meio da transferência de controle, independentemente da forma jurídica da reestruturação,
ou seja, deve ser respeitada a primazia da essência econômica sobre a formalidade jurídica.
O conceito apresentado pelo CPC é o seguinte:

Combinação de negócios é uma operação ou outro evento por meio do qual um adquirente obtém
o controle de um ou mais negócios, independentemente da forma jurídica da operação. O termo
abrange também as fusões que se dão entre partes independentes.

O CPC destaca, ainda, que o adquirente pode obter o controle da adquirida de diversas
formas, como, por exemplo:

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a) pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros ativos (incluindo ativos líqui-
dos que se constituam em um negócio);
b) pela assunção de passivos;
c) pela emissão de instrumentos de participação societária;
d) por mais de um dos tipos de contraprestação acima;
e) sem a transferência de nenhuma contraprestação, inclusive por meio de acordos pura-
mente contratuais.
As operações de incorporação, fusão e cisão representam algumas das transações de
combinação de negócios e não as únicas. A combinação de negócios envolve as seguintes
principais operações: aquisição de participações societárias, aquisição de negócios, fusão,
incorporação, incorporação de ações, cisão e alteração de controle.

O PULO DO GATO
O que caracteriza a reorganização ou a combinação de negócios é que, nas operações, ocorre
a transferência de patrimônio ou de controle sem que seja liquidada a sociedade.

Outro ponto que merece destaque, pois é cobrado nas provas, é o de que a reorganiza-
ção societária pode ser realizada entre sociedades de tipos iguais ou diferentes, por exemplo:
uma sociedade anônima pode ser incorporada por uma empresa limitada, e vice-versa, ou uma
sociedade anônima pode se fundir com outra sociedade anônima; entretanto os processos
deverão ser deliberados na forma prevista na lei para a alteração dos respectivos estatutos ou
contratos sociais.

Nas operações em que houver criação de sociedade, serão observadas as normas reguladoras
da constituição das sociedades do seu tipo, e os sócios ou acionistas das sociedades incor-
poradas, fundidas ou cindidas receberão, diretamente da companhia emissora, as ações que
lhes couberem.

A Lei 6.404/76 estabelece, também, que, se a reorganização envolver uma sociedade anô-
nima de capital aberto, as empresas que a sucederem serão também abertas, devendo obter
o respectivo registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários e, se for o caso, promover a
admissão de negociação das novas ações no mercado secundário, no prazo máximo de 120
dias, contados da data da assembleia-geral que aprovou a operação, observando as normas
pertinentes baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
O descumprimento desta determinação dará ao acionista o direito de retirar-se da compa-
nhia, mediante reembolso do valor das suas ações, nos 30 dias seguintes ao término do prazo
de 120 dias.

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A S/A de capital aberto que se reorganizar tem até 120 dias para formalizar o processo junto
à CVM, caso contrário, o acionista poderá retirar-se da sociedade e receber o seu montante na
participação da empresa em até 30 dias.

Protocolo
Nos processos de restruturação, deverão ser destacados os direitos e as obrigações das
empresas envolvidas por meio de um instrumento denominado pré-contrato. Assim, antes da
efetiva reorganização, é necessário que se estabeleçam procedimentos para direcionar legal e
contratualmente as condições do processo. Estes procedimentos são formalizados e assina-
dos pelos conselhos de administração das empresas envolvidas.
Abaixo, transcrevo o que a Lei n. 6.404/76 prevê sobre o assunto:

Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou cisão com incorporação em sociedade existente
constarão de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou sócios das sociedades interes-
sadas, que incluirá:
I – o número, espécie e classe das ações que serão atribuídas em substituição dos direitos de só-
cios que se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as relações de substituição;
II – os elementos ativos e passivos que formarão cada parcela do patrimônio, no caso de cisão;
III – os critérios de avaliação do patrimônio líquido, a data a que será referida a avaliação, e o trata-
mento das variações patrimoniais posteriores;
IV – a solução a ser adotada quanto às ações ou quotas do capital de uma das sociedades possu-
ídas por outra;
V – o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou redução do capital das
sociedades que forem parte na operação;
VI – o projeto ou projetos de estatuto, ou de alterações estatutárias, que deverão ser aprovados para
efetivar a operação;
VII – todas as demais condições a que estiver sujeita a operação.
Parágrafo único. Os valores sujeitos a determinação serão indicados por estimativa.

O PULO DO GATO
A participação recíproca (as empresas envolvidas na restruturação têm ações uma da outra),
quando ocorrer em virtude de incorporação, fusão ou cisão, ou da aquisição, pela companhia,
do controle de sociedade, deverá ser mencionada nos relatórios e demonstrações financeiras
de ambas as sociedades, e será eliminada no prazo máximo de um (1) ano; no caso de coliga-
das, salvo acordo em contrário, deverão ser alienadas as ações ou quotas de aquisição mais
recente ou, se da mesma data, que representem menor porcentagem do capital social.

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Após a formalização do pré-contrato e antes da efetivação da reestruturação, o conselho


de administração da empresa submeterá, à deliberação da assembleia-geral, as informações,
justificando o porquê da reorganização, destacando os seguintes pontos:
• Os motivos ou fins da operação e o interesse da companhia na sua realização;
• As ações que os acionistas preferenciais receberão e as razões para a modificação dos
seus direitos, se prevista;
• A composição, após a operação, segundo espécies e classes das ações, do capital das
companhias que deverão emitir ações em substituição às que se deverão extinguir;
• O valor de reembolso das ações a que terão direito os acionistas dissidentes.

A Lei 11.638/07 determinou que as operações de incorporação, fusão e cisão somente pode-
rão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor
do patrimônio ou dos patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social
forem, ao menos, igual ao montante do capital a realizar.

Note que a lei proibiu a reestruturação nos casos em que o valor patrimonial da empresa
incorporada seja menor que o valor a ser integralizado no capital social da nova entidade; a
essência da determinação é a de que o processo não diminua o valor contábil do capital social
reorganizado.

Por exemplo: se uma empresa incorporada tem um patrimônio líquido (valor patrimonial dela)
de R$ 100.000,00, ela não poderá ser incorporada, pela incorporadora, por um valor maior
que este.

Outro ponto importante apresentado pela lei, de caráter societário, é o de que as ações
ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da compa-
nhia incorporadora poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, ser extintas, ou
substituídas por ações em tesouraria da incorporadora, até o limite dos lucros acumulados e
reservas, exceto a legal.

Incorporação
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
Neste tipo de reorganização, as incorporadas deixarão de existir, restando, à incorporadora,
empresa já existente, todos os direitos e todas as obrigações das incorporadas, sem sofrer
nenhuma alteração sobre a sua personalidade jurídica.
Como, nas sociedades, a assembleia-geral representa o órgão deliberativo máximo, para
realização do processo de incorporação é necessária a aprovação da operação pela incorpo-

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rada e pela incorporadora, em uma reunião extraordinária de cada assembleia geral. O patri-
mônio incorporado deve ser avaliado por meio de laudos técnicos elaborados por peritos ou
empresa especializada e aprovados por ambas as partes (incorporada e incorporadora).
Na incorporadora, se a assembleia aprovar o protocolo da operação, deverá autorizar o
aumento de capital a ser subscrito e realizado pela incorporada mediante versão do seu patri-
mônio líquido, e nomear os peritos que o avaliarão.
Na assembleia da sociedade incorporada, se aprovado o protocolo da operação, ela au-
torizará seus administradores a praticarem os atos necessários à incorporação, inclusive a
subscrição do aumento de capital da incorporadora.
Após a feitura dos procedimentos legais e aprovação, pela assembleia da incorporadora, o
processo como um todo, extingue-se a incorporada, competindo à incorporadora promover o
arquivamento e a publicação dos atos da incorporação.
O Código Civil, aprovado pela Lei 10.406/02, destaca, nos Artigos 1.116 a 1.118, o seguinte
sobre a incorporação:

Art. 1.116 - Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede
em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respec-
tivos tipos.
Art. 1.117 – A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da opera-
ção e o projeto de reforma do ato constitutivo.
§ 1º. A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar,
autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em
bens pelo valor da diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.
§ 2º. A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos
para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.
Art. 1.118 - Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e
promoverá a respectiva averbação no registro próprio.

Fusão
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
Na fusão, todas as sociedades fusionadas se extinguem para dar lugar à formação de nova
sociedade, com personalidade jurídica distinta das que foram extintas. A empresa que foi cria-
da assumirá todas os bens, direitos e obrigações das sociedades fusionadas.
Assim como na incorporação, na fusão, a assembleia-geral, neste caso de cada compa-
nhia, se aprovar o protocolo de fusão, deverá nomear os peritos que avaliarão os patrimônios
líquidos das demais sociedades.

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No processo de fusão, cada companhia nomeia os peritos que avaliarão o patrimônio da outra
empresa que será fundida.

Depois de apresentados os laudos de avaliação, os administradores convocarão os sócios


para uma assembleia-geral, onde terão conhecimento dos procedimentos e resolverão sobre a
constituição definitiva da nova sociedade, sendo vedado aos sócios votar o laudo de avaliação
do patrimônio líquido da sociedade de que fazem parte.
Quando for constituída a nova companhia, os primeiros administradores deverão promover
o arquivamento e a publicação dos atos administrativos relacionados com o processo da fusão.
O Código Civil, aprovado pela Lei 10.406/02, destaca, nos Artigos 1.119 a 1.121, o seguinte
sobre a incorporação:

Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova,
que a elas sucederá nos direitos e obrigações.
Art. 1.120. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades
que pretendam unir-se.
§ 1º Em reunião ou assembleia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e aprovado o
projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital social,
serão nomeados os peritos para a avaliação do patrimônio da sociedade.
§ 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão reunião ou assembleia dos sócios
para tomar conhecimento deles, decidindo sobre a constituição definitiva da nova sociedade.
§ 3º É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que façam parte.
Art. 1.121. Constituída a nova sociedade, aos administradores incumbe fazer inscrever, no registro
próprio da sede, os atos relativos à fusão.

Cisão
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para
uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a com-
panhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
parcial a versão.
Como há a transferência total ou parcial do patrimônio, a sociedade que absorver parcela
do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados
no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem parcelas do
patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos
transferidos, nas obrigações e nos direitos não relacionados.
Na cisão parcial do patrimônio em sociedade nova, a operação será deliberada pela as-
sembleia-geral da companhia à vista de justificação do processo; e a assembleia, se a aprovar,

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nomeará os peritos que avaliarão a parcela do patrimônio a ser transferida, e funcionará como
assembleia de constituição da nova companhia.

A Lei 6.4040/76 estabelece que cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já
existente obedecerá às disposições sobre incorporação.

Quando se efetivar a cisão total, com extinção da companhia cindida, caberá, aos admi-
nistradores das sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio, promover o ar-
quivamento e A publicação dos atos da operação; na cisão com versão parcial do patrimônio,
este dever caberá aos administradores da companhia cindida e da que absorver parcela do seu
patrimônio.

Contabilização da Combinação de Negócios


A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de
aquisição, destacando:
• identificação do adquirente;
• determinação da data de aquisição;
• reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assu-
midos e das participações societárias de não controladores na adquirida;
• reconhecimento e mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
ou do ganho proveniente de compra vantajosa.

O CPC 15 R1 destaca que, a partir da data de aquisição, o adquirente deve reconhecer,


separadamente do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), os ativos identifi-
cáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer participações de não controladores na
adquirida.
Outro ponto a destacar é o de que, no processo de elaboração das demonstrações contá-
beis para fins de reestruturação, deverão ser excluídos os valores a receber e a pagar entre as
empresas envolvidas no processo.

Por exemplo: a empresa “AB” está incorporando a empresa “CZ”; na elaboração das suas
demonstrações, já com o patrimônio da CZ, ela deverá excluir tanto os valores a pagar e rece-
ber que “AZ” tem junto a “CZ” quanto os valores a receber e a pagar que “CZ” tem junto a “AZ”.

O CPC destaca, também, que o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiri-
dos e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição, sendo que
a diferença entre o valor contábil e o valor justo deve ser apresentado como Ajuste da Avalia-
ção Patrimonial, conta do patrimônio líquido.

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No caso da participação dos não controladores, o adquirente deve mensurar, na data da


aquisição, a participação de não controladores na adquirida que representem instrumentos pa-
trimoniais (normalmente ações) e confiram a seus detentores uma participação proporcional
nos ativos líquidos (patrimônio líquido) da adquirida em caso de sua liquidação, por um dos
seguintes critérios:
• pelo valor justo;
• pela participação proporcional atual conferida pelos instrumentos patrimoniais nos
montantes reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da adquirida.

Todos os demais componentes da participação de não controladores devem ser mensura-


dos ao valor justo na data da aquisição.

O PULO DO GATO
Em regra, o patrimônio objeto da reestruturação será mensurado para fins de novo registro pelo
seu valor justo, e a contrapartida será na conta AAP.

001. (IBADE/LINHARES-ES/CONTADOR/2020) Uma das modalidades adotada nos proces-


sos de reorganização societária caracteriza-se pelo fato do surgimento de uma nova empresa,
que substituirá as empresas envolvidas. Nesse caso a modalidade adotada se denomina:
a) incorporação.
b) cisão.
c) fusão.
d) transformação.
e) extinção.

A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
Letra c.

002. (IBADE/LINHARES-ES/ECONOMISTA/2020) A Lei n. 6.404/76, em seu artigo 227, trata


da incorporação de sociedades e traz o seguinte como conceito:
a) Operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em
todos os direitos e obrigações.
b) Operação pela qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais
sociedades.
c) Operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova sociedade.

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d) Operação em que uma só sociedade tem capital superior ao capital social das demais in-
corporadas.
e) Operação em que mais de uma sociedade adquiri o patrimônio líquido de uma outra
sociedade.

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
Letra b.

003. (IBFC/EMBASA/CONTADOR/2017) Com base na fusão, cisão e incorporação de empre-


sas, assinale a alternativa correta.
a) A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades apenas de tipos iguais
e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou con-
tratos sociais
b) Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia fechada, as sociedades que a su-
cederem deverão ser abertas, devendo obter o respectivo registro e, se for o caso, promover a
admissão de negociação das novas ações no mercado secundário, no prazo máximo de cento
e vinte dias, contados da data da assembleia-geral que aprovou a operação, observando as
normas pertinentes baixadas pela Comissão de Valores Mobiliários
c) A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações
d) As operações de incorporação, fusão e cisão somente poderão ser efetivadas nas condi-
ções aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou patrimô-
nios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social deve ser exatamente igual ao
montante do capital a realizar.

a) Errada. A reestruturação pode se dar entre empresas do mesmo tipo ou de tipos diferentes.
b) Errada. Se a reestruturação envolver companhia ABERTA, as sucessoras deverão ser abertas.
d) Errada. O patrimônio líquido a ser vertido para a formação de capital social deve ser, ao me-
nos, igual ao montante do capital a realizar.
Letra c.

004. (AOCP/UFPEL/CONTADOR/2015) A operação pela qual a companhia transfere parcelas


do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia, denomina-se
a) fusão.
b) incorporação.

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c) formação do Capital.
d) assembleia Geral.
e) cisão.

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
O conceito apresentado no enunciado é o de cisão.
Letra e.

005. (VUNESP/SAAE-SP/CONTADOR/2014) A operação pela qual uma ou mais sociedades


são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, é denominada de
a) Fusão.
b) Cisão.
c) Incorporação.
d) Consolidação.
e) Combinação.

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
O conceito apresentado no enunciado é o de incorporação.
Letra c.

006. (CFC/CFC/BACHAREL/2016) Uma Sociedade aprovou a aquisição da Companhia “A”


em sua Assembleia, realizada na forma da Lei n.. 6.404/76, e as atas foram disponibilizadas
aos acionistas nos termos das normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Na referida

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assembleia, foi aprovada a deliberação sobre a aquisição integral das ações da Companhia “A”,
que seria na sequência absorvida, integralmente, pela Sociedade compradora, cumprindo-se
todos os procedimentos estabelecidos na Lei Societária.
A operação que se seguiu após a aquisição integral das ações é nominada pela Lei n..
6.404/76 como:
a) Cisão.
b) Fusão.
c) Incorporação.
d) Transformação.

Vimos, na aula, que, quando uma empresa absorve outra empresa que deixa de existir, o pro-
cesso de reestruturação é a incorporação.
Letra c.

007. (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR/2012) Empresários, executivos e dirigentes


de empresas, em decorrência da alta carga tributária brasileira, podem, ao abrigo da lei, criar,
extinguir, agrupar e desmembrar as sociedades, com o objetivo principal de reduzirem o pe-
sado ônus dessa carga de impostos e contribuições, especificamente do imposto de renda e
contribuição social sobre o lucro.
Esse leque de procedimentos, no âmbito societário, indica uma
a) reestruturação
b) incorporação
c) fusão
d) conglomeração
e) cisão

O enunciado da questão está se referindo ao conjunto de operações que as empresas podem


realizar de forma a melhor lhes atendê-las; este processo conjunto de operações é denominan-
do reestruturação societária, que pode ser fusão, cisão ou incorporação.
Restruturação societária é o processo de reorganização jurídica de uma empresa, que pode
ser por meio de fusão, incorporação ou cisão, ou seja, houve uma combinação de negócios,
na qual são considerados alguns os aspectos operacionais e financeiros; a necessidade de
integralização de capital, bem como os possíveis reflexos tributários positivos ou negativos.
Letra a.

008. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/CONTADOR/2011) A Lei das Sociedades Anônimas, de-


vidamente atualizada até dezembro de 2010, estabelece de forma clara e objetiva que fusão é
a operação em que

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a) a sociedade verte parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades constituídas
para tal fim, ou, para as sociedades já existentes, que assumiram os direitos e obrigações das
parcelas vertidas.
b) duas sociedades se unem em uma nova sociedade ou em outra já existente, que a elas su-
cederá em todos os direitos e obrigações.
c) duas ou mais sociedades são absorvidas por outra, que a elas sucede em todos os direitos
e obrigações.
d) duas ou mais sociedades se unem para formar sociedade nova, que a elas sucederá em
todos os direitos e obrigações.
e) nomeados determinam, necessariamente, que o patrimônio a ser vertido das empresas en-
volvidas seja, pelo menos, igual ao seu capital a realizar.

A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações (Art. 228 da Lei 6.404/76).
Na fusão, todas as sociedades fusionadas se extinguem para dar lugar à formação de uma
nova sociedade, com personalidade jurídica distinta daquelas.
Letra d.

Com base na figura a seguir, responda à questão.

009. (UFG/PREFEITURA DE GOIÂNIA/AUDITOR/2016) A situação representada na figura aci-


ma demonstra que as empresas do grupo ZYZ passaram pelo processo de

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a) cisão.
b) fusão.
c) incorporação.
d) transformação.

O processo destacado é uma fusão.


Fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
Letra b.

010. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/CONTADOR/2015) Uma Sociedade Anônima de médio por-


te, por decisão unânime dos acionistas, aprovou a mudança da forma de sua constituição
societária, passando de Sociedade Anônima para Sociedade de Responsabilidade Limitada,
atendendo a todas as determinações legais que regem a matéria e regulam a constituição e o
registro de sociedades nos órgãos competentes.
A mudança aprovada pelos acionistas indica que ocorreu uma operação de modificação socie-
tária denominada
a) cisão parcial
b) cisão total
c) fusão
d) incorporação
e) transformação

A transformação é o ato por meio do qual a sociedade passa de um tipo para outro, indepen-
dentemente de dissolução e liquidação. Por exemplo, quando uma empresa limitada passa
para sociedade anônima.
Note que a empresa continua, o que muda é a sua formação social, assim, não é uma reestru-
turação societária.
Letra e.

011. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) O processo mediante o qual os ativos e os passivos


de sociedades controladas e controladora são somados e são eliminadas as operações entre
tais companhias, mas estas continuam a existir juridicamente, é denominado:
a) fusão.
b) incorporação.
c) combinação de negócios.
d) consolidação de demonstrações financeiras.
e) cisão.

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Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades


(grupo econômico), apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica, sen-
do que a consolidação de demonstrações financeiras é o processo em que os ativos e os pas-
sivos de sociedades controladas e controladora são somados e são eliminadas as operações
de empresas do mesmo econômico.
Vamos lembrar os demais conceitos:
Fusão é o processo em que duas ou mais empresas se juntam para dar origem a uma
nova empresa
Incorporação é o processo em que uma empresa é absorvida por outra, que continua existindo.
Cisão é o processo pelo qual uma empresa transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
Combinação de negócios é o processo em que uma empresa obtém o controle de um ou mais
negócios da adquirida.
Letra d.

012. (FCC/TRE-RO/CONTADOR/2013) Considere as seguintes assertivas sobre incorpora-


ção, fusão e cisão:
I – A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
II – A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
III – A cisão é a operação pela qual a companhia transfere todo o seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia
cindida. A cisão parcial do patrimônio não é permitida.
IV – Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem companhia aberta, as sociedades que a
sucederem serão também companhias abertas.
V – O acionista dissidente de sociedade fundida ou incorporada não terá direito de retirada no
caso de ação de espécie ou classe que tenha liquidez e dispersão no mercado.
Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, IV e V, apenas.
c) I e V, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

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A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações.
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
Conforme determinação da CVM, se a incorporação, fusão ou cisão envolver companhia aber-
ta, as sociedades que a sucederem serão também companhias abertas.
Se a administração não promover a admissão de negociação das novas ações no mercado
secundário, no prazo máximo de 120 dias, contados da data da assembleia­geral que aprovou a
operação, este descumprimento dará ao acionista o direito de retirar-se da companhia, median-
te reembolso do valor das suas ações, nos 30 dias seguintes ao término do prazo nele referido.
Letra b.

013. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) Em 02/01/2018, os sócios da Cia. K resolvem incorporar


a Cia. M, que deixa de existir. Na data, os estoques da Cia. M tinham valor justo de R$ 60.000.
Assinale a opção correta em relação ao balanço patrimonial da Cia. K, depois de realizada a
incorporação da Cia. M.
a) O ativo total era de R$ 80.000;
b) O passivo total era de R$ 50.000;
c) O capital social era de R$ 80.000;
d) A reserva de lucros era de R$ 30.000;
e) O ajuste da avaliação patrimonial era de R$ 30.000.

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No processo de consolidação, os valores recíprocos devem ser retirados, e os bens devem ser
avaliados pelo seu valor justo.
Assim, as contas a receber e a pagar, de $ 20.000, entre as empresas serão retiradas, bem
como o investimento, de $ 20.000, de K no capital social de M.
Como somente o estoque apresenta valor justo diferente do valor contábil, o seu valor passará
para $ 60.000, e a contrapartida será a conta ajuste da avaliação patrimonial no PL.
Assim, o balanço final será o seguinte:
ATIVO = 110.000
Caixa 50.000
Estoque 60.000
PASSIVO = 30.000
Fornecedores 30.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 80.000
Capital social = 50.000
AAP = 30.000
De forma simples, o patrimônio final é calculado da seguinte forma:
120.000 (ativo das 2 empresas) + 30.000 (valorização do estoque) – 40.000 (20.000 de contas
a receber e 20 de investimentos recíprocos) = 110.000
Letra e.

014. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) A empresa possuía dois sócios, Sr. João e Sr. Antônio.
Eles resolvem fazer uma cisão da Cia. JÁ, constituindo a Cia. João e a Cia. Antônio.
No processo de cisão, a Cia. João ficou com metade do caixa, todo o estoque, o direito a rece-
ber de clientes e a dívida referente a salários. Já a Cia. Antônio ficou com metade do caixa, os
ativos imobilizados e a dívida com fornecedores.

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Em relação ao balanço patrimonial da Cia João e da Cia Antônio analise as afirmativas a seguir.
I – O ativo total da Cia. João é de R$ 120.000;
II – O ativo total da Cia. Antônio é de R $180.000;
III – O passivo total da Cia. João é de R$ 35.000;
IV – O passivo total da Cia. Antônio é de R$ 15.000.
Está correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.

Para responder a questão, precisamos subentender que cada sócio é dono de 50% do PL da
empresa, pois é uma cisão, separação ao meio. Assim, cada sócio deve ficar com o seu PL de
$ 125.00. Este é o pega da questão.
Vamos identificar o patrimônio dividido de cada sócio:
João:
Ativo = 50.000 + 30.000 + 40.000 = 120.000
Passivo = 35.000
PL = 85.000, mas deve ser 125.000
Como o PL de João deve ser 125.000 e ele só tem 85.000, podemos entender que o sócio An-
tônio pagará a diferença de 40.000.
Então, João deverá registrar, no seu ativo, um crédito a receber de 40.000 da empresa Antônio,
ficando assim seu patrimônio:
Ativo = 50.000 + 30.000 + 40.000 + 40.000 = 160.000
Passivo = 35.000
PL = 125.000
Antônio:
Ativo = 50.000 + 80.000 + 50.000 = 180.000
Passivo = 15.000
PL = 165.000, mas deve ser 125.000
Como o PL de Antônio deve ser 125.000 e ele tem 165.000, podemos entender que o sócio
Antônio terá que pagar a diferença de 40.000 para o sócio João.
Então, Antônio deverá registrar, no seu passivo, um débito a pagar de 40.000 para a empresa
João, ficando assim seu patrimônio:
Ativo = 50.000 + 80.000 + 50.000 = 180.000
Passivo = 15.000 + 40.000 = 55.000
PL = 125.000
Letra d.

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As Cias. A e B apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017:

015. (FGV/AL-RO/CONTADOR/2018) Na data, o terreno da Cia. A tinha valor justo de R$


200.000, enquanto o terreno da Cia. B tinha valor justo de R$ 150.000.
Em 02/01/2018, os sócios das duas empresas fazem uma fusão, constituindo a Cia. ABC.
Assinale a opção que indica o valor do patrimônio líquido da Cia. ABC na data da fusão.
a) R$ 150.000.
b) R$ 250.000.
c) R$ 290.000.
d) R$ 320.000.
e) R$ 460.000.

A fusão é a criação de uma nova empresa, sendo que os terrenos devem ser registrados pelo
seu valor justo, com contrapartida na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial, no PL.
Após a fusão, a composição do patrimônio será a seguinte:
Ativo = 460.000
Caixa 110.000
Terreno 350.000
Patrimônio Líquido = 460.000
Capital Social 290.000
AAP 170.000
Letra e.

As Cias. Alfa e Beta apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2014:

Na mesma data, as empresas fizeram uma fusão, constituindo a Cia. Gama.


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016. (FGV/CARUARU-PE/CONTADOR/2015) Considerando apenas o efeito da fusão, o valor


do Patrimônio Líquido inicial da Cia. Gama, em 31/12/2014, foi de
a) R$ 18.000,00.
b) R$ 73.000,00.
c) R$ 80.000,00.
d) R$ 91.000,00.
e) R$ 98.000,00.

Como a combinação foi uma fusão e não há necessidade de ajustar nenhum valor, basta so-
mar o patrimônio das duas empresas.
Ativo = 91.000
Passivo = 18.000
PL = 73.000
Letra b.

Concessões: Reconhecimento e Mensuração


A concessão de serviços públicos é o processo em que o Estado transfere, para uma socie-
dade privada, exploração de serviços de interesse da comunidade.
Os contratos de concessão envolvem uma entidade privada (concessionário) que constrói
a infraestrutura usada para prestar os serviços públicos ou melhorá-la (por exemplo, aumento
da capacidade), além de operá-la e mantê-la durante prazo específico e um ente da federação
que concede o direito de exploração.
Como contraprestação de seus serviços, o concessionário recebe pelos serviços presta-
dos durante a vigência do contrato.
O CPC trata sobre as concessões por meio da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1), que
orienta os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públi-
cos a entidades privadas.
Tal interpretação é aplicável a concessões de serviços públicos a entidades privadas caso:
• O concedente controle ou regulamente quais serviços o concessionário deve prestar
com a infraestrutura, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço;
• O concedente controle – por meio de titularidade, usufruto ou de outra forma – qualquer
participação residual significativa na infraestrutura no final do prazo da concessão.

O contrato é regido por documento formal que estabelece níveis de desempenho, mecanis-
mos de ajuste de preços e resolução de conflitos por via arbitral. Tal contrato pode ser descrito
como “construir-operar-transferir” ou “recuperar-operar-transferir” ou contrato de concessão
de serviço público a entidades do setor privado.

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O direito de outorga é aquele decorrente de processos licitatórios em que o concessionário


entrega, ou promete entregar, recursos econômicos em troca do direito de explorar o objeto de
concessão ao longo do prazo previsto no contrato.

Uma característica desses contratos de prestação de serviços é sua natureza de serviço


público, que fica sob a responsabilidade do concessionário que paga pelo direito de explorar
ou construir algo que será explorado.
Nos casos em que o preço da delegação dos serviços públicos (outorga) é pago no início
da concessão, de uma única vez, ou em pagamentos por prazo menor que o prazo da própria
concessão, o seu registro deve ser feito no início da concessão ou proporcionalmente ao valor
adiantado (caso seja um contrato de execução).
Mesmo após o pagamento ter sido efetuado de uma única vez, o contrato de prestação de
serviços obriga, expressamente, o concessionário a prestar os serviços à população em nome
do órgão público. Outras características comuns do contrato são:
a) a parte que concede o contrato de prestação de serviços (concedente) é um órgão públi-
co ou uma entidade pública, ou entidade privada para a qual foi delegado o serviço;
b) o concessionário é responsável ao menos por parte da gestão da infraestrutura e servi-
ços relacionados, não atuando apenas como mero agente, em nome do concedente;
c) o contrato estabelece o preço inicial a ser cobrado pelo concessionário, regulamentan-
do suas revisões durante a vigência desse contrato de prestação de serviços, ou determina a
forma de cálculo para definição do preço;
d) o concessionário fica obrigado a entregar a infraestrutura ao concedente ao final do con-
trato em determinadas condições previamente especificadas, por pequeno ou nenhum valor
adicional, independentemente de quem tenha sido o seu financiador.

O PULO DO GATO
A infraestrutura objeto do contrato não será registrada como ativo imobilizado do concessio-
nário, porque o contrato de concessão não transfere ao concessionário o direito de controlar
o uso da infraestrutura de serviços públicos. O concessionário tem acesso para operar a in-
fraestrutura para a prestação dos serviços públicos em nome do concedente, nas condições
previstas no contrato. Assim, ela reconhece um intangível.

Vimos que, nos contratos de concessão, a empresa concessionária atua como prestadora
de serviço, sendo que a sua obrigação é a de construir ou melhorar a infraestrutura (serviços
de construção ou de melhoria) usada para prestar um serviço público, além de operar e manter
essa infraestrutura durante determinado prazo.

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Assim, como contraprestação pelos serviços, a empresa deve reconhecer e mensurar a


receita dos serviços que presta, sendo que a remuneração recebida ou a receber pelo conces-
sionário pode corresponder a direitos sobre:
a) um ativo financeiro;
b) um ativo intangível.
O concessionário deve reconhecer um ativo financeiro à medida em que tem o direito con-
tratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro, do concedente, pelos serviços
de construção; o concedente tem pouca ou nenhuma opção para evitar o pagamento, normal-
mente porque o contrato é executável por lei. Note que, neste caso, a instituição pública pagará
pelos serviços, assim, é um contrato de prestação de serviços.
Entretanto o concessionário deve reconhecer um ativo intangível (direito de exploração) à
medida em que recebe o direito (autorização) de cobrar os usuários dos serviços públicos. É
importante destacar que esse direito não constitui direito incondicional de receber dinheiro do
poder público, pois os valores são condicionados à utilização do serviço pela sociedade (por
exemplo, os pedágios).

O valor do intangível vai sendo amortizado na medida em que transcorrer o prazo contratual, de
forma semelhante aos demais intangíveis criados pelo direito de exploração.

Nos casos em que os investimentos efetuados pelo concessionário são, em parte, remune-
rados pelos usuários do serviço público e em parte pelo poder concedente, seja com base na
previsão contratual à indenização ao final da concessão ou complementação de receita no seu
decorrer, está-se diante de um modelo híbrido: parte ativo intangível e parte ativo financeiro,
em que o reconhecimento deste último é dependente da confiabilidade de sua estimativa e de
representar direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro.

O concessionário deve reconhecer a receita e os custos do contrato pelo seu valor justo, na
medida em que as atividades – construção, operação e recapeamento, etc. – tenham o estágio
previsto concluído (regime de competência).

Quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade,


as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como
receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução da
atividade contratual ao término do período de reporte.

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A perda esperada com o contrato de construção deve ser reconhecida imediatamente


como despesa.

O PULO DO GATO
O contrato de concessão não representa um direito de uso sobre a infraestrutura, como no
caso de arrendamento, já que o poder concedente mantém o controle sobre ela.

O concessionário tem, sim, um direito que é representado pelo acesso à infraestrutura para
prover o serviço público em nome do poder concedente, nos termos do contrato. Assim, se e
quando reconhecido, o ativo é um ativo intangível e/ou um ativo financeiro. Neste último caso,
somente é registrado um ativo financeiro quando representa, de fato, direito contratual de re-
ceber caixa ou outro ativo financeiro.
A forma de reconhecer a receita com os serviços pode ser por recebimento direto ou pelo
direito de cobrar dos usuários, como é o caso nas concessões de pedágios.
O CPC destaca que o valor devido, direta ou indiretamente, pelo concedente deve ser con-
tabilizado e mensurado ao:
a) custo amortizado;
b) valor justo por meio de outros resultados abrangentes;
c) valor justo por meio do resultado
O CPC 12 incluiu que, se o valor devido pelo concedente é mensurado ao custo amortizado
ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, o CPC 48 (recebíveis são instru-
mentos financeiros) exige que a parcela, referente aos juros calculados com base no método
de taxa efetiva de juros, seja reconhecida no resultado.
Assim, o recebível deve ser mensurado, inicialmente, pelo valor justo e, subsequentemente,
pelo custo amortizado, ou seja, o valor inicialmente reconhecido, mais os juros cumulativos
sobre esse valor, calculados utilizando o método dos juros efetivos menos as amortizações.

Se, para cumprir suas obrigações, a empresa obtém um empréstimo, os custos de emprésti-
mos atribuíveis ao contrato de concessão devem ser registrados como despesa no período
em que são incorridos, a menos que o concessionário tenha o direito contratual de receber um
ativo intangível (direito de cobrar os usuários dos serviços públicos).

Quando a forma de recebimento da empresa for por meio da cobrança junto aos usuários
pelos serviços, o custo com os empréstimos atribuíveis ao contrato de concessão deve ser
capitalizado durante a fase de construção, normalmente como custo do intangível.
Uma questão relevante que diz respeito à contabilização de contratos de concessões está
relacionada ao reconhecimento contábil do direito de outorga no início ou ao longo do prazo de

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concessão. Esse assunto não está especificamente tratado na ICPC 01. Assim, o próprio CPC
apresentou, por meio da orientação OCPC 05.

017. (ESAF/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2016) A Interpretação Técnica ICPC 01


(R1), que trata de Contratos de Concessão, aplica-se à infraestrutura construída ou adquirida
juntamente a terceiros pelo concessionário para cumprir o contrato de prestação de serviços,
bem como à infraestrutura já existente, que o concedente repassa – durante o prazo contratual
– ao concessionário.
Nos termos da Interpretação Técnica informada, é correto afirmar que:
a) a infraestrutura oferecida pelo concedente ao concessionário deve ser registrada transitoria-
mente no Ativo Imobilizado deste último, até o término do contrato de concessão.
b) os custos dos empréstimos atribuíveis para a execução do contrato de concessão devem
ser abatidos integralmente dos valores futuros a serem repassados ao concedente.
c) ela também trata da forma de contabilização dos contratos de concessão por parte dos
concedentes.
d) os concessionários não devem reconhecer ativos intangíveis.
e) não especifica como contabilizar a infraestrutura detida e registrada como ativo imobilizado
pelo concessionário antes da celebração do contrato de prestação de serviços.

a) Errada. A infraestrutura não será registrada como ativo imobilizado do concessionário, por-
que o contrato de concessão não transfere ao concessionário o direito de controlar o uso da
infraestrutura de serviços públicos.
b) Errada. Os custos de empréstimos atribuíveis ao contrato de concessão devem ser registra-
dos como despesa no período em que são incorridos ou como custo de produção do intangível.
c) Errada. A Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) não trata da contabilização pelos concedentes,
mas, sim, pelas empresas concessionárias.
d) Errada. A remuneração recebida ou a receber pelo concessionário deve ser registrada pelo
seu valor justo e pode corresponder a direitos sobre: (a) um ativo financeiro ou (b) um ativo
intangível
Letra e.

018. (ESAF/ANAC/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2016) A Orientação OCPC 05 foi edita-


da com a finalidade de esclarecer dúvidas acerca da adoção da Interpretação Técnica ICPC 01
- Contratos de Concessão. Sobre a Orientação informada, avalie as proposições abaixo.
I – Ela se restringe a abordar somente aspectos contábeis da adoção da ICPC 01, não incluindo
discussão sobre aspectos tributários decorrentes da adoção da Interpretação Técnica.

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II – Ao explicar o reconhecimento contábil do direito de outorga tratado na ICPC 01, explica que
o contrato de concessão gera uma forma de direito de uso do concessionário sobre a infraes-
trutura utilizada para a prestação do serviço público objeto da concessão.
III – Outra questão relevante tratada na ICPC 01 se refere à forma de contabilização no que
diz respeito ao reconhecimento contábil do direito de outorga, no início ou no fim do prazo de
concessão, também tratada pela OCPC 05.
É correto afirmar que está(ão) correta(s):
a) a proposição I, apenas.
b) as proposições II e III estão corretas.
c) as proposições I e II estão corretas.
d) todas as proposições estão corretas.
e) apenas a proposição II está correta.

Questão bem literal.


II – Errado. O contrato não representa um direito de uso, como é o caso do arrendamento mer-
cantil. A essência é uma prestação de serviço.
III – Errado. A forma de contabilização não está apresentada na ICPC 01, pois a mensuração é
tratada em pronunciamentos específicos sobre contabilização de receitas e de instrumentos
financeiros.
Letra a.

019. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Um ativo público passou a ser objeto de contrato de


concessão, conforme as orientações do ICPC 01 — Concessões. Nessa situação, esse ativo
deve ser reconhecido pela empresa concessionária como ativo arrendado ou ativo imobilizado.

De acordo com o ICPC, quando um concessionário é remunerado pelos usuários dos serviços
públicos, em decorrência da obtenção do direito de cobrá-los a um determinado preço e perí-
odo pactuado com o poder concedente, o valor despendido pelo concessionário na aquisição
desse direito deve ser reconhecido no ativo intangível.
Errado.

No que se refere ao reconhecimento e à mensuração de concessões, julgue o item seguinte.

020. (CESPE/ANATEL/CONTADOR/2014) Considere que haja um contrato de concessão do


serviço telefônico fixo, comutado, de longa distância, nacional, celebrado entre a ANATEL e
uma empresa de determinado estado brasileiro. Considere, ainda, que essa agência permita

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a implantação de utilidades relacionadas com a prestação do serviço como parte da remu-


neração. Nessa situação, a concessionária deve registrar em seu ativo intangível o direito da
concessão (uma licença para cobrar dos usuários pela utilização dos serviços de telefonia).

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível à medida em que recebe o direito (auto-
rização) de cobrar os usuários dos serviços públicos.
Contudo esse direito não constitui direito incondicional de receber dinheiro, porque os valores
são condicionados à utilização do serviço pelo público. Ou seja, a empresa terá que prestar o
serviço para receber da sociedade pelo seu uso.
Certo.

De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item subsequente,


relativo ao reconhecimento e à mensuração de concessões.

021. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2015) A remuneração recebida ou a receber por con-


cessionário de serviço público que presta serviços de construção deve ser reconhecida como
receita pelo seu valor justo. Se os serviços de construção forem pagos pelo concedente por
meio da cessão do direito de cobrar esses valores diretamente dos usuários do serviço pú-
blicos, a concessionária deverá reconhecer um ativo intangível em contrapartida à receita de
concessão.

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível à medida em que recebe o direito (auto-
rização) de cobrar os usuários dos serviços públicos.
Contudo esse direito não constitui direito incondicional de receber dinheiro, porque os valores
são condicionados à utilização do serviço pelo público.
Ou seja, a empresa terá que prestar o serviço para receber da sociedade pelo seu uso, e a re-
ceita do contrato deve ser mensurada ao valor justo da contraprestação recebida ou a receber.
Certo.

Consolidação das Demonstrações Contábeis


A consolidação das demonstrações contábeis é o processo de agregação (soma) dos sal-
dos das contas de mais de uma empresa, feita pela controladora do grupo, excluindo-se as
transações entre sociedades do mesmo grupo econômico, de modo a disponibilizar informa-
ções do grupo como se fosse uma empresa.

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Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em


que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controlado-
ra e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.

A entidade controladora do grupo (holding) deve apresentar as demonstrações consolidadas.

O objetivo principal de a empresa controladora efetuar a consolidação das demonstrações


do grupo empresarial é o de juntar todos os elementos que as compõem, eliminando os negó-
cios mútuos, ou seja, negócios entre empresas do grupo.
Assim, o resultado da consolidação apresentará o potencial econômico do grupo com rela-
ção ao capital de terceiros e de pessoas de fora do grupo.
A controladora também deverá apresentar suas demonstrações contábeis, pois as não
consolidadas destinam-se a fornecer informações sobre ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas da controladora – e não sobre aquelas de suas controladas.
Essas informações podem ser úteis a investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes e potenciais, da controladora, porque:
• a reivindicação contra a controladora, normalmente, não dá, ao titular dessa reivindica-
ção, uma reivindicação contra as controladas;
• em algumas jurisdições, os valores que podem ser legalmente distribuídos aos detento-
res de direitos sobre o patrimônio contra a controladora dependem das reservas distri-
buíveis da controladora.

Para fins de identificação de controle, considera-se que o investidor controla a investida se,
e somente se, o investidor possuir todos os atributos seguintes:
• Preponderância deliberativa sobre a investida;
• Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com
a investida;
• A capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.

A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas, utilizando políticas contábeis


uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares. Aconso-
lidação se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o controle da investida e cessa
quando o investidor perder o controle da investida.

Uma controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patri-


monial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos
proprietários da controladora.

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Na prática, no processo de consolidação, as demonstrações consolidadas devem:


• Combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas;
• Compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada contro-
lada e a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada;
• Eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e flu-
xos de caixa intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resulta-
dos decorrentes de transações intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como
estoques e ativos fixos, são eliminados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem
indicar uma redução no valor recuperável de ativos, que exige o seu reconhecimento nas
demonstrações consolidadas.

Outra informação importante é a de que as demonstrações contábeis da controladora e


de suas controladas utilizadas na elaboração das demonstrações consolidadas devem ter a
mesma data-base, sendo que, quando o final do período das demonstrações contábeis da con-
troladora for diferente do da controlada, a controlada deve elaborar, para fins de consolidação,
informações contábeis adicionais de mesma data que as demonstrações contábeis da contro-
ladora, para permitir que esta consolide as informações contábeis da controlada, a menos que
seja impraticável fazê-lo.
Se for impraticável fazê-lo, a controladora deve consolidar as informações contábeis da
controlada usando as demonstrações contábeis mais recentes da controlada, ajustadas para
refletir os efeitos de transações ou eventos significativos ocorridos entre a data dessas de-
monstrações contábeis e a data das demonstrações consolidadas.
Em qualquer caso, a diferença entre a data das demonstrações contábeis da controlada e
a das demonstrações consolidadas não deve ser superior a dois meses (60 dias), e a duração
dos períodos das demonstrações contábeis e qualquer diferença entre as datas das demons-
trações contábeis devem ser as mesmas de período para período.

Consolidação segundo a Lei 6.404/76


A Lei Societária trata das demonstrações consolidadas nos Artigos 249, 250 e 275, da se-
guinte forma:

Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio
líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, jun-
tamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo
250.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as sociedades
cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e:

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a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam financeira ou adminis-
trativamente dependentes da companhia;
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas.
Normas sobre Consolidação
Art. 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas:
I – as participações de uma sociedade em outra;
II – os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de esto-
ques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios
entre as sociedades. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 1º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício
será destacada, respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exer-
cício. (Redação dada pela Lei n. 9.457, de 1997)
§ 2º A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na
consolidação, deverá ser mantida no ativo não circulante, com dedução da provisão adequada para
perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009)
§ 3º O valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá parcela destacada dos
resultados de exercícios futuros até que fique comprovada a existência de ganho efetivo.
§ 4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício social termine mais de 60
(sessenta) dias antes da data do encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com obser-
vância das normas desta Lei, demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida
nesse prazo.
Art. 275. O grupo de sociedades publicará, além das demonstrações financeiras referentes a cada
uma das companhias que o compõem, demonstrações consolidadas, compreendendo todas as so-
ciedades do grupo, elaboradas com observância do disposto no art. 250.
§1º As demonstrações consolidadas do grupo serão publicadas juntamente com as da sociedade
de comando.
§2º A sociedade de comando deverá publicar demonstrações financeiras nos termos desta lei, ain-
da que não tenha a forma de companhia.
§3º As companhias filiadas indicarão, em nota às suas demonstrações financeiras publicadas, o
órgão que publicou a última demonstração consolidada do grupo a que pertencer.
§4º As demonstrações consolidadas de grupo de sociedades que inclua companhia aberta serão
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobi-
liários, e observarão as normas expedidas por essa comissão.

Consolidação segundo a CVM


Segundo a CVM, por meio da Instrução 247/96, ao fim de cada exercício social, demonstra-
ções contábeis consolidadas devem ser elaboradas por:
I – companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, incluindo as
sociedades controladas em conjunto referidas no Artigo 32 desta instrução;
II – sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta.

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Art. 22. Demonstrações contábeis consolidadas compreendem o balanço patrimonial consolidado,
a demonstração consolidada do resultado do exercício e a demonstração consolidada das origens e
aplicações de recursos, complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos neces-
sários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados consolidados.
Art. 23. Poderão ser excluídas das demonstrações contábeis consolidadas, sem prévia autorização
da CVM, as sociedades controladas que se encontrem nas seguintes condições:
I – com efetivas e claras evidências de perda de continuidade e cujo patrimônio seja avaliado, ou
não, a valores de liquidação; ou
II – cuja venda por parte da investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de reali-
zação devidamente formalizada.
Parágrafo 1º Em casos especiais justificados, poderão ser ainda excluídas da consolidação, me-
diante prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários, as sociedades controladas cuja in-
clusão, a critério da CVM, não represente alteração relevante na unidade econômica consolidada ou
que venha distorcer essa unidade econômica.
§1º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, em casos especiais e mediante prévia solicitação,
autorizar a exclusão de uma ou mais sociedades controladas das demonstrações contábeis conso-
lidadas.
Parágrafo 2º No balanço patrimonial consolidado, o valor contábil do investimento na sociedade
controlada excluída da consolidação deverá ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
Parágrafo 3º Não será considerada justificável a exclusão, nas demonstrações contábeis consolida-
das, de sociedade controlada cujas operações sejam de natureza diversa das operações da investi-
dora ou das demais controladas.
Art. 24. Para a elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, a investidora deverá obser-
var, além do disposto no artigo 10, os seguintes procedimentos:
I – excluir os saldos de quaisquer contas ativas e passivas, decorrentes de transações entre as so-
ciedades incluídas na consolidação;
II – eliminar o lucro não realizado que esteja incluído no resultado ou no patrimônio líquido da con-
troladora e correspondido por inclusão no balanço patrimonial da controlada.
III – eliminar do resultado os encargos de tributos correspondentes ao lucro não realizado, apre-
sentando-os no ativo circulante/realizável a longo prazo - tributos diferidos, no balanço patrimonial
consolidado.
Parágrafo único. No processo de consolidação das demonstrações contábeis, não poderá ser efetu-
ada a compensação de quaisquer ativos ou passivos pela dedução de outros passivos ou ativos, a
não ser que exista um direito de compensação e a compensação represente a expectativa quanto à
realização do ativo e à liquidação do passivo.
Art. 25. A participação dos acionistas não controladores, no patrimônio líquido das sociedades
controladas, deverá ser destacada em grupo isolado, no balanço patrimonial consolidado, imediata-
mente antes do patrimônio líquido.
Art. 26. O montante correspondente ao ágio ou deságio proveniente da aquisição/subscrição de
sociedade controlada, não excluído nos termos do inciso I do artigo 24, deverá:
I – quando decorrente da diferença prevista no parágrafo 1º do artigo 14, ser divulgado como adição
ou retificação da conta utilizada pela sociedade controlada para registro do ativo especificado; e
II – quando decorrente da diferença prevista no parágrafo 2º do artigo 14:

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a) ser divulgado em item destacado no ativo permanente, quando representar ágio; e
b) ser divulgado em conta apropriada de resultados de exercícios futuros, quando representar de-
ságio.
Art. 27. A parcela correspondente à provisão para perdas constituída na investidora deve ser dedu-
zida do saldo da conta da controlada que tenha dado origem à constituição da provisão, ou apresen-
tada como passivo exigível, quando representar expectativa de conversão em exigibilidade.
Art. 32. Os componentes do ativo e passivo, as receitas e as despesas das sociedades controladas
em conjunto deverão ser agregados às demonstrações contábeis consolidadas de cada investidora,
na proporção da participação destas no seu capital social.
Parágrafo 1º Considera-se controlada em conjunto aquela em que nenhum acionista exerce, indivi-
dualmente, os poderes previstos no artigo 3º desta Instrução.
Parágrafo 2º No caso de uma das sociedades investidoras passar a exercer direta ou indiretamente
o controle isolado sobre a sociedade controlada em conjunto, a controladora final deverá passar a
consolidar integralmente os elementos do seu patrimônio.
Art. 33. Em nota explicativa às demonstrações contábeis consolidadas, referidas no artigo anterior,
deverão ser divulgados ainda o montante dos principais grupos do ativo, passivo e resultado das
sociedades controladas em conjunto, bem como o percentual de participação em cada uma delas.
Art. 34. Aplica-se o disposto nos artigos 23 a 31 à elaboração das demonstrações contábeis con-
solidadas de sociedades controladas em conjunto, no que não colidir com as normas previstas nos
artigos 32 e 33.

Note que a CVM foi mais abrangente no quesito participantes da consolidação, destacan-
do, principalmente, os seguintes fatos, diferentemente da Lei 6.404:
1) A consolidação será para todas as companhias abertas com investimentos em CON-
TROLADAS; inclusive para sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua compa-
nhia aberta (JOINT VENTURE);
2) Nova forma de eliminação dos lucros não realizados, atribuindo estes lucros exclusiva-
mente para a controladora;
3) Vedação da eliminação de prejuízos não realizados;
4) Aprovação da consolidação proporcional de sociedades controladas em conjunto –
joint venture.
5) Seguinte tratamento ao ágio/deságio na aquisição de empresas:
a) Quando decorrente da diferença entre o valor contábil e o valor de mercado (valor justo),
ou seja, existe um fundamento econômico.
Deve ser divulgado como adição ou subtração da conta utilizada na controlada que deu
origem ao ágio.
b) Quando decorrente de expectativa de ganhos futuros (goodwill)
Ágio – deve ser divulgado em item separado no ativo intangível
6) Para a elaboração da DRE consolidada, a investidora deverá:

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a) Incluir os resultados de sociedade controlada, adquirida ou vendida no transcorrer do


exercício social, tomando, por base, a data do respectivo registro ou baixa nos seus investi-
mentos permanentes;
b) Excluir todas as receitas e despesas decorrentes de negócios entre a investidora e as
sociedades controladas, bem como entre estas.
c) A participação dos acionistas não controladores no lucro líquido ou prejuízo do exercí-
cio das controladas deverá ser destacada e apresentada, respectivamente, como dedução ou
adição ao lucro líquido ou prejuízo consolidado.

Consolidação segundo o CPC 36 (R3)


Segundo o CPC – Comitê de Pronunciamento Contábeis, em seu CPC 36 (R3), a entidade
que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas; como a contabilidade
parte da premissa da essência econômica sobre a forma jurídica o controle é poder, e não
propriedade.
Segundo o CPC, o investidor controla a investida se, e somente se, possuir todos os atribu-
tos seguintes:
a) poder sobre a investida;
b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com
a investida;
c) capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
O investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que lhe dão a ca-
pacidade atual de dirigir as atividades relevantes, ou seja, as atividades que afetam significati-
vamente os retornos da investida.
O poder decorre de direitos. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo,
quando o poder sobre a investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto con-
cedidos por instrumentos patrimoniais, tais como ações, e pode ser avaliado considerando-se
os direitos de voto decorrentes dessas participações acionárias, que é denominado controle
societário. Em outros casos, a avaliação é mais complexa e exige que mais de um fator seja
considerado, como, por exemplo, quando o poder resulta de um ou mais acordos contratuais.
Existem as seguintes exceções em que a controladora pode deixar de apresentar as de-
monstrações consolidadas somente se satisfizer todas as condições a seguir, além do permi-
tido legalmente:
(i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a
qual, em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram
consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação das demonstrações consolida-
das pela controladora;
(ii) seus instrumentos patrimoniais ou de dívida não são negociados publicamente (bolsa de
valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais);

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(iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas demonstra-
ções contábeis junto a uma Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando
à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado de capitais;
(iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, disponibi-
liza ao público suas demonstrações em conformidade com os Pronunciamentos do CPC, em
que as controladas são consolidadas ou são mensuradas ao valor justo, por meio do resultado
de acordo com este pronunciamento.

O CPC estabelece que, quando a controladora é uma entidade de investimento, ela não deve
apresentar demonstrações contábeis consolidadas se estiver obrigada a mensurar todas as
suas controladas ao valor justo por meio do resultado.

Entidade de investimento é a entidade que:


a) obtém recursos de um ou mais investidores, com o intuito de prestar a esses investido-
res serviços de gestão de investimento;
b) se compromete com os seus investidores, no sentido de que seu propósito comercial é
investir recursos exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de investi-
mentos ou ambos;
c) mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com
base no valor justo.
Note que entidade de investimento existe somente para aplicar recursos dos sócios - e não
para comercializar ou produzir algo.
Ouro ponto destacado pelo CPC é o de que a controladora deve elaborar demonstrações
consolidadas, utilizando políticas contábeis uniformes para transações similares e outros even-
tos em circunstâncias similares, e a consolidação se inicia a partir da data em que o investidor
obtiver o controle da investida, cessando quando o investidor perder o controle da investida.
Quanto ao processo de consolidação, os principais tópicos apresentados pelo CPC 36 (R3)
são os seguintes:

Procedimentos de consolidação
B 86. As demonstrações consolidadas devem:
(a) combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa da controladora com os de suas controladas;
(b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a
parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada;
(c) eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa
intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados decorrentes de transa-
ções intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são elimi-
nados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem indicar uma redução no valor recuperável de
ativos, que exige o seu reconhecimento nas demonstrações consolidadas.

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B 87. Se um membro do grupo utilizar políticas contábeis diferentes daquelas adotadas nas demons-
trações consolidadas para transações similares e eventos em circunstâncias similares, devem ser
feitos ajustes apropriados às demonstrações contábeis desse membro do grupo na elaboração das
demonstrações consolidadas para garantir a conformidade com as políticas contábeis do grupo.
B 88. A entidade deve incluir as receitas e as despesas de controlada nas demonstrações consoli-
dadas desde a data em que adquire o controle até a data em que deixa de controlar a controlada. As
receitas e as despesas da controlada se baseiam nos valores dos ativos e passivos reconhecidos
nas demonstrações consolidadas na data de aquisição. Por exemplo, a despesa de depreciação
reconhecida na demonstração consolidada do resultado abrangente após a data de aquisição se
baseia nos valores justos dos respectivos ativos depreciáveis correspondentes reconhecidos nas
demonstrações consolidadas na data de aquisição.
B 89. Quando existirem direitos de voto potenciais ou outros derivativos contendo direitos de voto
potenciais, a proporção do resultado e das mutações do patrimônio líquido alocada à controladora
e a participações de não controladores ao elaborar as demonstrações consolidadas deve ser deter-
minada exclusivamente com base em participações societárias existentes, não refletindo o possível
exercício ou conversão de direitos de voto potenciais e outros derivativos, a menos que o item B90
seja aplicável.
B 90. Em algumas circunstâncias, a entidade tem, em essência, participação societária existente
como resultado de transação que atualmente lhe concede acesso aos retornos associados à parti-
cipação societária. Nessas circunstâncias, a proporção alocada à controladora e a participações de
não controladores ao elaborar demonstrações consolidadas deve ser determinada levando-se em
conta o eventual exercício desses direitos de voto potenciais e outros derivativos que atualmente
concedam à entidade acesso aos retornos.
B 92. As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na elaboração
das demonstrações consolidadas devem ter a mesma data-base. Quando o final do período das de-
monstrações contábeis da controladora for diferente do da controlada, a controlada deve elaborar,
para fins de consolidação, informações contábeis adicionais de mesma data que as demonstrações
contábeis da controladora para permitir que esta consolide as informações contábeis da controlada,
a menos que seja impraticável fazê-lo.
B 93. Se for impraticável fazê-lo, a controladora deve consolidar as informações contábeis da con-
trolada usando as demonstrações contábeis mais recentes da controlada, ajustadas para refletir os
efeitos de transações ou eventos significativos ocorridos entre a data dessas demonstrações con-
tábeis e a data das demonstrações consolidadas. Em qualquer caso, a diferença entre a data das
demonstrações contábeis da controlada e a das demonstrações consolidadas não deve ser superior
a dois meses, e a duração dos períodos das demonstrações contábeis e qualquer diferença entre as
datas das demonstrações contábeis devem ser as mesmas de período para período.
B 94. A entidade deve atribuir os lucros e os prejuízos e cada componente de outros resultados
abrangentes aos proprietários da controladora e às participações de não controladores. A entidade
deve atribuir também o resultado abrangente total aos proprietários da controladora e às partici-
pações de não controladores, ainda que isto resulte em que as participações de não controladores
tenham saldo deficitário.
B 95. Se a controlada tiver ações preferenciais em circulação com direito a dividendos cumulativos,
que sejam classificadas como patrimônio líquido, e sejam detidas por acionistas não controladores,

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a entidade deve calcular sua parcela de lucros e prejuízos após efetuar ajuste para refletir os dividen-
dos sobre essas ações, tenham ou não esses dividendos sido declarados.
B 96. Quando a proporção do patrimônio líquido detida por participações de não controladores so-
frer modificações, a entidade deve ajustar os valores contábeis das participações de controladoras
e de não controladores para refletir as mudanças em suas participações relativas na controlada. A
entidade deve reconhecer diretamente no patrimônio líquido qualquer diferença entre o valor pelo
qual são ajustadas as participações de não controladores e o valor justo da contrapartida paga ou
recebida e deve atribuir essa diferença aos proprietários da controladora.
B 97. A controladora pode perder o controle da controlada em dois ou mais acordos (transações).
Entretanto, algumas vezes, as circunstâncias indicam que acordos múltiplos devem ser contabiliza-
dos como uma única transação. Ao determinar se os acordos devem ser contabilizados como uma
única transação, a controladora deve considerar a totalidade dos termos e condições dos acordos e
seus efeitos econômicos. Um ou mais dos itens especificados a seguir indicam que a controladora
deve contabilizar acordos múltiplos como uma única transação:
(a) eles são celebrados na mesma época e com reflexos mútuos;
(b) eles formam uma única transação destinada a obter efeito comercial geral;
(c) a ocorrência do acordo depende da ocorrência de pelo menos outro acordo;
(d) um acordo considerado individualmente não se justifica do ponto de vista econômico, mas se
justifica do ponto de vista econômico quando considerado em conjunto com outros acordos. Um
exemplo é quando a alienação de ações tem o preço fixado abaixo do valor de mercado e é compen-
sada pela alienação subsequente com preço fixado acima do valor de mercado.
B 98. Se perder o controle da controlada, a controladora deve, para fins de demonstrações consoli-
dadas:
(a) baixar:
(i) os ativos (incluindo qualquer ágio) e os passivos da controlada pelo seu valor
contábil na data em que o controle for perdido; e
(ii) o valor contábil de quaisquer participações de não controladores na ex-controlada na data em
que o controle for perdido (incluindo quaisquer componentes de outros resultados abrangentes atri-
buídos a elas);
(b) reconhecer:
(i) o valor justo da contrapartida recebida, se houver, proveniente de transação, evento ou circunstân-
cias que resultaram na perda de controle;
(ii) essa distribuição, se a transação, evento ou circunstâncias que resultaram na perda de controle
envolverem a distribuição de ações da controlada aos proprietários em sua condição de proprietá-
rios; e
(iii) qualquer investimento retido na ex-controlada, pelo seu valor justo na data em que o controle é
perdido;
(c) reclassificar para o resultado do período ou transferir diretamente para lucros acumulados, se
exigido por outros Pronunciamentos Técnico, Interpretações ou Orientações do CPC, os valores re-
conhecidos em outros resultados abrangentes em relação à controlada, na forma descrita no item
B99;
(d) reconhecer qualquer diferença resultante como perda ou ganho no resultado do período, atribu-
íveis à controladora.

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B 99. Se perder o controle da controlada, a controladora deve contabilizar todos os valores ante-
riormente reconhecidos em outros resultados abrangentes em relação a essa controlada na mes-
ma base que seria exigida se a controladora tivesse alienado diretamente os respectivos ativos ou
passivos. Portanto, se o ganho ou a perda anteriormente reconhecido em outros resultados abran-
gentes fosse reclassificado para o resultado do período por ocasião da alienação dos respectivos
ativos ou passivos, a controladora deve reclassificar o ganho ou a perda do patrimônio líquido para
resultado do período (como ajuste de reclassificação) quando perder o controle da controlada.
Se a reserva de reavaliação anteriormente reconhecida em outros resultados abrangentes for trans-
ferida diretamente para lucros acumulados por ocasião da alienação do ativo, a controladora deve
transferir a reserva de reavaliação diretamente para lucros acumulados quando perder o controle da
controlada.
B 99A. Se a controladora perder o controle de controlada que não contém um negócio, tal como
definido no Pronunciamento Técnico CPC 15, como resultado de transação envolvendo coligada ou
empreendimento controlado em conjunto que é contabilizado utilizando o método da equivalência
patrimonial, a controladora deve contabilizar o ganho ou a perda de acordo com os itens B98 e
B 99B. O ganho ou a perda resultante da operação (incluindo os valores previamente reconhecidos
em outros resultados abrangentes que seriam reclassificados para o resultado de acordo com o
item B99) deve ser reconhecido no resultado da controladora apenas na extensão das participações
dos investidores não relacionados nessa coligada ou empreendimento controlado em conjunto. A
parte restante do ganho deve ser eliminada contra o valor contábil do investimento nessa coligada
ou empreendimento controlado em conjunto.
Além disso, se a controladora mantém investimento na antiga controlada e essa ex-controlada é
agora uma coligada ou empreendimento controlado em conjunto que é contabilizado utilizando o
método da equivalência patrimonial, a controladora deve reconhecer parte do ganho ou da perda
resultante da remensuração do valor justo do investimento mantido na excontrolada no resultado
apenas na extensão das participações dos investidores não relacionados na nova coligada ou em-
preendimento controlado em conjunto. A parte restante desse ganho ou perda deve ser eliminada
contra o valor contábil do investimento mantido na ex-controlada.

Procedimentos para Consolidação


A seguir, apresento as principais características e os principais procedimentos que devem
ser observados quando do processo de consolidação:
1) Saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econô-
mico) devem ser eliminados;
2) Os resultados decorrentes das transações intragrupo que estiverem reconhecidos nos
ativos, tais como estoque ou ativo imobilizado, devem ser eliminados;
3) As perdas intragrupo podem indicar redução no valor recuperável dos ativos correspon-
dentes, que precisa ser reconhecida nas demonstrações contábeis consolidadas;
4) A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas, utilizando políticas contá-
beis uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares;

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5) As demonstrações contábeis da controladora e de suas controladas utilizadas na elabo-


ração das demonstrações contábeis consolidadas devem ser de mesma data;
6) Quando a data de encerramento da controladora for diferente da data da controlada,
esta última deve elaborar, para fins de consolidação, demonstração contábil adicional na mes-
ma data das demonstrações da controladora, a menos que isso seja impraticável;
7) Quando as demonstrações contábeis da controlada, utilizadas para fins de consolida-
ção, forem de data diferente da data de encerramento das demonstrações da controladora, de-
vem ser feitos os ajustes necessários em razão dos efeitos de eventos ou transações relevan-
tes que ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações contábeis da controladora;
8) A defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da contro-
lada e da controladora é de até dois meses (60 dias). A duração dos períodos abrangidos nas
demonstrações contábeis e qualquer diferença entre as respectivas datas de encerramento
deve ser igual de um período para outro;
9) O CPC 36 (R3) destaca que a controladora deve apresentar as participações de não con-
troladores no balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente
do patrimônio líquido dos proprietários da controladora;
10) A CVM, por meio da IN 247, no Art. 25, estabelece que a participação dos acionistas
não controladores no patrimônio líquido das sociedades controladas deverá ser destacada em
grupo isolado, no balanço patrimonial consolidado, imediatamente antes do patrimônio líquido;
11) O montante correspondente ao ágio ou deságio proveniente da aquisição de sociedade
controlada deverá ser divulgado como adição ou retificação da conta utilizada;
12) As notas explicativas que acompanham as demonstrações consolidadas devem conter
informações que indiquem os critérios adotados e as razões pelas quais foram realizadas as
inclusões/exclusões, além de informar os eventos subsequentes à data do encerramento que
tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação do grupo;
13) As demonstrações consolidadas não substituem as demonstrações normais de
cada empresa;
14) As demonstrações contábeis consolidadas e suas notas explicativas serão objeto de
exame de auditores independentes. Sendo que a auditoria deverá incluir o exame das demons-
trações contábeis de todas as controladas, abertas ou fechadas, incluídas na consolidação,
realizada por auditor registrado na CVM – Comissão de Valores Mobiliários;
15) As companhias compiladoras das informações deverão manter em boa ordem, pelo
prazo de 3 anos, a guarda dos papéis de trabalho relativos à elaboração da consolidação;
16) Não existe influência fiscal ou participações societárias na consolidação;
17) Não existe necessidade de escrituração contábil no processo de consolidação, e, sim,
a preparação de gráficos e quadros explicativos e probantes;
18) A participação dos acionistas não controladores no lucro líquido ou prejuízo do exercí-
cio das controladas deverá ser destacada e apresentada, respectivamente, como dedução ou
adição ao lucro líquido ou prejuízo consolidado na DRE consolidada;

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19) Os impostos e as contribuições decorrentes das diferenças temporárias pela elimina-


ção de resultados não realizados nas transações intragrupo devem ser reconhecidos, no ativo
ou passivo, como tributos diferidos;
20) As notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis consolidadas
devem conter informações precisas das controladas, indicando:
I – Critérios adotados na consolidação e as razões pelas quais foi realizada a exclusão de
determinada controlada;
II – Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício social que tenham, ou pos-
sam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros consolidados;
III – Efeitos, nos elementos do patrimônio e resultado consolidados, da aquisição ou ven-
da de sociedade controlada, no transcorrer do exercício social, assim como da inserção de
controlada no processo de consolidação, para fins de comparabilidade das demonstrações
contábeis;
IV – Eventos que ocasionaram diferença entre os montantes do patrimônio líquido e lucro
líquido ou prejuízo da investidora, em confronto com os correspondentes montantes do patri-
mônio líquido e do lucro líquido ou prejuízo consolidados.

022. (CONSULPLAN/CFC/BACHAREL/2020) O grupo econômico XYZ apresentou as suas


demonstrações contábeis consolidadas, possibilitando que o usuário desta informação ava-
liasse a situação financeira geral do referido grupo. Sobre as demonstrações financeiras con-
solidadas, é INCORRETO afirmar que:
a) Deverão ser excluídas as participações de uma sociedade em outra.
b) Deverão ser excluídos os saldos de quaisquer contas entre as sociedades.
c) São as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patri-
mônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são
apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
d) A sociedade controladora poderá optar por excluir das informações consolidadas uma subsi-
diária que apresente uma linha de negócios diferente daquela exercida pelo restante do grupo.

O CPC estabelece que, quando a subsidiária utilizar políticas contábeis diferentes daquelas
adotadas nas demonstrações da consolidadora, ela deverá fazer os ajustes necessários para
a inclusão das informações e não excluir a subsidiária.
Quando a subsidiária apresentar linha de negócio diferente da investidora, não existe a neces-
sidade de ajustes, ela será consolidada normalmente.

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Para transações similares e eventos em circunstâncias similares, devem ser feitos ajustes
apropriados às demonstrações contábeis desse membro do grupo na elaboração das demons-
trações consolidadas, para garantir a conformidade com as políticas contábeis do grupo.
Letra d.

A respeito dos processos de concentração e desdobramento de empresas e da consolidação


das demonstrações contábeis, julgue os seguintes itens.

023. (IBAM/PREEITURA DE MAUA-SP/FISCAL DE TRIBUTOS/2015) A consolidação das de-


monstrações contábeis foi uma das importantes inovações introduzidas no Brasil pela Lei das
S. A. e, atualmente, os princípios que regem a consolidação das demonstrações contábeis
advém do Pronunciamento Técnico CPC 36 - Demonstrações Contábeis Consolidadas. Na hi-
pótese a seguir, apresentamos os Balanços de duas empresas, sendo a ALPHA detentora de
100% do capital de BETA.

A aplicação dos princípios e procedimentos de Consolidação das Demonstrações Contábeis,


nos Balanços apresentados, determina que o valor total do ATIVO CONSOLIDADO é igual a:
a) 2.750
b) 1.780
c) 2.190
d) 2.340

A questão cobrou somente o valor do ativo consolidado. A Lei 6.404 estabelece, em seu Art.
250, que, nas demonstrações financeiras consolidadas, serão excluídas:
I – as participações de uma sociedade em outra;
II – os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de
estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de
negócios entre as sociedades.

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Desta forma, na consolidação, devemos excluir participações societárias (investimentos) de


ALPHA em BETA, pois é a única relação entre as empresas.
Efetuando os ajustes, o ativo de ALPHA será 1990 - 560 = 1430.
A empresa BETA não necessita fazer ajustes, assim o ativo continua em 760.
O total do ativo consolidado= 1430+760 = 2190.
Letra c.

024. (AOCP/UFPEL/ANALISTA CONTÁBIL/2016) A CIA aberta que tiver mais de 30% do va-
lor do seu patrimônio líquido representado por investimento em sociedades controladas deve-
rá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras,
a) as demonstrações Separadas.
b) as demonstrações Consolidadas.
c) a demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
d) a demonstração do Valor Adicionado.
e) a demonstração Complementar.

A questão cobrou a literalidade da Lei 6.404/76. A Lei Societária trata das demonstrações con-
solidadas nos Artigos 249, 250 e 275 da seguinte forma:

Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio
líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, jun-
tamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo
250.
Letra b.

025. (CESGRANRIO/PETROBRAS/AUDITOR/2011) A consolidação das demonstrações con-


tábeis visa a demonstrar às partes interessadas os resultados das operações e a posição
financeira da controladora e de suas controladas. No caso das Companhias abertas, a Comis-
são de Valores Mobiliários (CVM) obriga a consolidação para as sociedades que tiverem
a) investimento em sociedades controladas, incluindo as sociedades controladas em conjunto.
b) investimentos em outras sociedades de capital aberto, em um montante superior a 10% do
seu capital social.
c) menos de 20% de seu capital social investido em empresas do mesmo grupo financeiro.
d) seu patrimônio líquido composto por capital de outras Companhias abertas, que também
são obrigadas a divulgar a consolidação.
e) mais de 40% do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em socie-
dades controladas.

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Segundo a CVM, por meio da Instrução 247/96, ao fim de cada exercício social, demonstrações
contábeis consolidadas devem ser elaboradas por:
• companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas, incluindo as
sociedades controladas em conjunto, referidas no Artigo 32 desta instrução;
• sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta.
Considera-se controlada em conjunto aquela em que nenhum acionista exerce, individualmen-
te, os poderes de controle.
Letra a.

026. (FUNCAB/ANS/CONTADOR/2013) A consolidação das demonstrações financeiras tem


por objetivo avaliar a posição financeira e os resultados globais de determinada concentração
de empresas, como se todas fossem uma única empresa, já que as demonstrações financeiras
analisadas individualmente fazem com que se perca a visão de conjunto. Identifique, nas alter-
nativas abaixo, aquela que contém tipos de investimentos passíveis de consolidação.
a) Em coligadas e interligadas.
b) Em controladas e controle conjunto.
c) Em coligadas e controladas.
d) Em interligadas e controle conjunto.
e) Em controladas e interligadas.

Vimos que a consolidação será feita pela controladora do grupo, utilizando as demonstrações
de suas controladas, inclusive as controladas em conjunto.
Letra b.

027. (IBFC/EMBASA/CONTADOR/2017) Com base na NBC TG 36 (R3) – Demonstrações


Consolidadas, analise as afirmativas, classificando-as como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) e,
em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

 (  ) A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contá-


beis uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares.
(  ) A controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patri-
monial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido
dos proprietários da controladora.
(  ) Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico,
em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única en-
tidade econômica.
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a) V, V, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) F, F, F.

Vimos, na nossa aula, que demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de


grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos
de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única
entidade econômica.
Outro ponto, a controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas
contábeis uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares.
Vimos, também, que a controladora deve apresentar as participações de não controladores no
balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio
líquido dos proprietários da controladora.
As 3 assertivas estão corretas.
Letra a.

028. (IESES/GÁSBRASILIANO/CONTADOR/2017) Indique qual das opções abaixo NÃO deve


ser eliminado das demonstrações contábeis consolidadas?
a) Os saldos de quaisquer contas decorrentes de transações entre as entidades incluídas na
consolidação.
b) As parcelas dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de ativos de qual-
quer natureza que corresponderem a resultados ainda não realizados de negócios entre as
entidades, exceto quando representarem perdas permanentes.
c) Os valores dos investimentos da controladora em cada controlada e o correspondente valor
no patrimônio líquido da controlada.
d) Os impostos e contribuições relacionados às transações entre as entidades que formam a
unidade de natureza econômico-contábil.

No processo de consolidação, são eliminados:


• os valores dos investimentos da controladora em cada controlada e o correspondente
valor no patrimônio líquido da controlada;
• os saldos de quaisquer contas decorrentes de transações entre as entidades incluídas
na consolidação;
• as parcelas dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de ativos de
qualquer natureza que corresponderem a resultados ainda não realizados de negócios
entre as entidades, exceto quando representarem perdas permanentes.

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As contribuições e os impostos relacionados às transações entre as entidades que formam a


unidade de natureza econômico-contábil não são excluídos, mas, sim, devem ser reconhecidos
na mesma proporção dos resultados ainda não realizados e classificados no ativo ou passivo
a curto ou a longo prazo, como tributos diferidos.
Letra d.

029. (CESGRANRIO/PETROBRAS/AUDITOR/2018) A Lei no 6.404/1976, Lei das Sociedades


Anônimas e posteriores alterações, define regras de elaboração e publicação para companhias
abertas que tiverem investimentos em sociedades controladas. As investidoras deverão elabo-
rar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas.
Conforme o dispositivo legal, deverá publicar demonstrações financeiras consolidadas, a com-
panhia aberta que tiver mais de
a) 30% do valor do patrimônio líquido da controlada.
b) 30% do valor do seu patrimônio líquido, representado por investimentos em sociedades
controladas.
c) 30% do valor do patrimônio líquido da controlada e mais de 30% do valor do seu patrimônio
líquido, representado por investimentos em sociedades controladas.
d) 50% do valor do seu patrimônio líquido, representado por investimentos em sociedades
controladas.
e) 50% do valor do patrimônio líquido da controlada e mais de 50% do valor do seu patrimônio
líquido, representado por investimentos em sociedades controladas.

A questão cobrou a literalidade da Lei 6.404/76. A Lei Societária trata das demonstrações con-
solidadas nos Artigos 249, 250 e 275 da seguinte forma:

Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio
líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, jun-
tamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do artigo
250.
Letra b.

030. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/CONTADOR/2018) De acordo com a legislação social e as


diretrizes dos pronunciamentos contábeis (CPCs), editadas pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis e validadas, dentre outras, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a conso-
lidação das demonstrações contábeis é a forma de reunir os dados de todas as empresas
integrantes de um grupo econômico para apresentar a situação patrimonial econômica e finan-
ceira, desse mesmo grupo, como se fosse uma única empresa.

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Nesse contexto, a Norma Brasileira de Contabilidade, que trata da consolidação das demons-
trações contábeis de um grupo econômico como uma única entidade, determina que os direi-
tos existentes, que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes nas organizações,
indica os detentores do
a) controlador
b) controle da investida
c) direito de destituição
d) direito de proteção
e) poder

Guarde: controle é poder, e não propriedade.


O investidor controla a investida se, e somente se, o investidor possuir todos os atributos
seguintes:
• poder sobre a investida;
• exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com
a investida;
• capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.
O investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que lhe dão a capaci-
dade atual de dirigir as atividades relevantes, ou seja, as atividades que afetam significativa-
mente os retornos da investida.
O poder decorre de direitos. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo,
quando o poder sobre a investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto con-
cedidos por instrumentos patrimoniais, tais como ações, e pode ser avaliado considerando-se
os direitos de voto decorrentes dessas participações acionárias, que é denominado controle
societário.
Em outros casos, a avaliação é mais complexa e exige que mais de um fator seja considerado,
como, por exemplo, quando o poder resulta de um ou mais acordos contratuais.
Letra e.

031. (IBFC/POLÍCIA CIENTÍFICA-PR/PERITO CONTADOR/2017) Com relação à consolida-


ção das demonstrações financeiras, assinale a alternativa incorreta.
a) Exige-se que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas)
apresente demonstrações consolidadas
b) A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contábeis
uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares

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c) A controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patrimo-


nial consolidado, dentro do patrimônio líquido, incluso no patrimônio líquido dos proprietários
da controladora.
d) Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em
que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controlado-
ra e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
e) A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o controle
da investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida.

O CPC 36 (R3) destaca que a controladora deve apresentar as participações de não controla-
dores no balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do
patrimônio líquido dos proprietários da controladora.
Desta forma, a única assertiva errada é:
Letra c.

032. (VUNESP/EMPLASA/CONTADOR/2014) Por ocasião da consolidação de demonstra-


ções contábeis, no caso em que a empresa controladora tenha influência sobre as decisões
da controlada, ou mesmo que o investimento seja considerado relevante para a controladora,
o patrimônio líquido da empresa controlada será eliminado com a seguinte conta contábil da
controladora:
a) patrimônio líquido.
b) participação de minoritários.
c) participação conjunta.
d) investimentos.
e) capital.

No processo de consolidação, devem ser excluídas as relações entre empresas do mesmo


grupo, sendo os valores a receber na credora excluídos em contrapartida dos valores a pagar
na devedora.
Os INVESTIMENTOS da investidora na controlada serão ajustados em contrapartida do PL da
investida; assim, retira o valor do PL da controlada do montante do valor dos investimentos no
ANC da controladora.
Letra d.

033. (VUNESP/SAAE-SP/CONTADOR/2014) Demonstrações contábeis consolidadas, em


termos gerais, são o resultado da somatória de demonstrações financei­ras individuais de em-
presas que fazem parte integrante de um mesmo grupo econômico, respeitando alguns cri-

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térios técnicos para tal somatória. Nesse contexto, os lucros não realizados ocorrem quando
há operações de compra e venda de bens ou mercadorias entre as empresas consolidadas,
mas desde que
a) esses bens ou mercadorias foram mantidos na compradora na data da consolidação.
b) as transações que geraram esses lucros tenham sido realizadas a valor justo de mercado.
c) esses bens ou mercadorias foram mantidos pela vendedora até a data da consolidação.
d) as participações entre as empresas tenham sido reconhecidas pelo método de equivalência
patrimonial.
e) esses bens ou mercadorias tenham sido realizados a terceiros com lucro.

Os lucros não realizados PELO GRUPO ocorrem quando uma empresa do grupo vende ativos
com lucro para outra empresa do grupo, assim, o lucro ficou dentro do grupo e não foi realizado
junto aos terceiros.
Na consolidação, este valor é retirado, para que as “DC” consolidadas mostrem o potencial de
geração de lucro que o grupo tem junto aos terceiros.
Letra a.

034. (VUNESP/ITAPEVI-SP/TÉCNICO CONTÁBIL/2019) As demonstrações contábeis de um


grupo econômico em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de
caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única
entidade econômica, são denominadas
a) Controle conjunto.
b) Demonstrações pró-forma.
c) Avaliadas por equivalência patrimonial.
d) Grupo financeiro.
e) Demonstrações consolidadas.

Vimos, na aula, que as demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo


econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa
da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única empresa.
Letra e.

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Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro


Políticas Contábeis
São os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas aplicados
pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis. Representa a
base conceitual e técnica utilizada pela administração na apresentação de suas informações.
Segundo o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a
ADMINISTRAÇÃO da empresa deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniforme-
mente para transações semelhantes, de forma que exista uma uniformidade e consistência na
qualidade da informação apresentada.

A uniformidade e a consistência são atributos que melhoram a característica qualitativa da


comparabilidade.

É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência ou


que uniformidade, contudo a consistência e a uniformidade são meios para se conseguir com-
parar informações entre empresas ou na mesma empresa.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um
período para outro, considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para
um único período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar
essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja compa-
rável, coisas iguais precisam parecer iguais, e coisas diferentes precisam parecer diferentes.
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com
que coisas diferentes pareçam iguais ou, ainda, ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu(inha) amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência
não quer dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que
a empresa mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e, se está utilizando um critério,
que este seja utilizado em todos os itens da mesma natureza.

Por exemplo: se a empresa utiliza, em suas máquinas da linha de produção, o critério da depre-
ciação pelo número de unidades produzidas, deve utilizar para todas as máquinas na linha de
produção o mesmo critério. Se a empresa faz estimativa de inadimplência para as contas a
receber, deve fazer para todas as contas a receber.

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Desta forma, o objetivo principal desta orientação é o de que a empresa, respeitando o


objetivo da contabilidade, esteja sempre preocupada com a qualidade da informação que está
sendo apresentada, destacando o respeito tanto à relevância quanto à fidedignidade da infor-
mação e com base na consistência e uniformidade dos critérios utilizados, permitindo, assim,
a correta aplicação do atributo de melhoria da “comparabilidade” ao longo do tempo
Então, considerando que os usuários das demonstrações contábeis devem ter a possibili-
dade de comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo, para identifi-
car tendências na sua posição patrimonial e financeira, no seu desempenho e nos seus fluxos
de caixa, exige-se que a administração deve aplicar as mesmas políticas contábeis em cada
período e de um período para o outro.

O PULO DO GATO
Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas especí-
ficas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis,
como, por exemplo: o critério de avaliação do ativo, o uso de estimativas, a forma de mensura-
ção das provisões e a forma de apresentação da DRE.

Alguns exemplos de políticas contábeis são:


• Critério utilizado para a cálculo da depreciação, que pode ser pelo método da vida útil ou
pelo método da quantidade produzida;
• Critério utilizado para mensurar os instrumentos financeiros, podendo ser pelo valor jus-
to ou pelo custo de aquisição ajustado;
• Critério utilizado para mensurar os estoques, custo ou mercado;
• Critério utilizado para registrar as estimativas para inadimplência;
• Critério utilizado para mensurar as obrigações em moedas estrangeiras.

Como as políticas adotadas pela administração serão a base das informações divulgadas
aos usuários, a orientação é a de que, após escolhida a política, ela somente será alterada se
for determinado por um pronunciamento específico ou se a mudança resultar em informação
confiável e mais relevante acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos
fluxos de caixa da entidade; informação essa sem distorções e que seja prudente e completa
em todos os aspectos, a fim de refletir maior confiabilidade para tomadas de decisões.
Note que o CPC 23 autoriza a administração da empresa a estabelecer, a seu critério, uma
nova política contábil, desde que sua aplicação resulte em informação mais confiável e rele-
vante para a tomada de decisão dos usuários. Contudo é necessário destacar que as altera-
ções nas estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não
são retificações de erros.

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Segundo o CPC, não constituem mudanças nas políticas contábeis:


• a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições que difiram
em essência daqueles que ocorriam anteriormente;
• a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições que
não ocorriam anteriormente ou eram imateriais.

Quando ocorrer uma mudança nas práticas contábeis adotadas pela entidade, devido à
determinação de uma norma ou interpretação, ela deve acompanhar o requisito de transição
dessa norma em questão.
No entanto, se a mudança for por decisão da administração, deve ser aplicada a nova práti-
ca contábil de maneira retroativa, sendo necessária a alteração das demonstrações contábeis
divulgadas em períodos anteriores, de forma que as demonstrações anteriores apresentem as
informações como se essa nova política já tivesse sido aplicada.
Quando uma mudança na política contábil for aplicada, retrospectivamente, a entidade deve
ajustar o saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado para o período
anterior mais antigo apresentado, e os demais montantes comparativos divulgados para cada
período anterior apresentado, como se a nova política contábil tivesse sempre sido aplicada.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos


e a condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada. Consiste em ajustar as
demonstrações anteriores para fins de comparação.

Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da mudança na po-
lítica contábil na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados,
a entidade deve aplicar a nova política contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de
abertura do período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação retrospectiva, que pode
ser o período corrente, e deve proceder ao ajuste correspondente no saldo de abertura de cada
componente do patrimônio líquido desse período.
Quando o ajuste da nova prática contábil for devido à adoção inicial de norma, a entidade
deve divulgar:
• o título da norma, interpretação ou comunicado técnico;
• quando aplicável, que a mudança na política contábil é feita de acordo com as disposi-
ções da aplicação inicial da norma, interpretação ou comunicado técnico;
• a natureza da mudança na política contábil;
• quando aplicável, uma descrição das disposições transitórias na adoção inicial;
• quando aplicável, as disposições transitórias que possam ter efeito em futuros períodos;
• o montante dos ajustes para o período corrente e para cada período anterior apresenta-
do, até ao ponto em que seja praticável:

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• para cada item afetado da demonstração contábil;


• se a NBC TG 41 – Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação
básicos e diluídos;
• o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao
ponto em que seja praticável;
• se a aplicação retrospectiva exigida pelos itens 19(a) ou (b) for impraticável para um
período anterior em particular, ou para períodos anteriores aos apresentados, as cir-
cunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde
quando a política contábil tem sido aplicada.

Quando a alteração for por uma mudança voluntária em políticas contábeis, a entidade
deve divulgar:
• a natureza da mudança na política contábil;
• as razões pelas quais a aplicação da nova política contábil proporciona informação con-
fiável e mais relevante;
• o montante do ajuste para o período corrente e para cada período anterior apresentado,
até o ponto em que seja praticável:
− para cada item afetado da demonstração contábil;
− se a NBC TG 41 – Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação
básicos e diluídos.
• o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao
ponto em que seja praticável;
• as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como
e desde quando a política contábil tem sido aplicada, se a aplicação retrospectiva for
impraticável para um período anterior em particular, ou para períodos anteriores aos
apresentados.

Mudança nas Estimativas Contábeis


O CPC 23 também destacou a necessidade de registrar e divulgar as mudanças relaciona-
das com estimativas, pois sabemos que o uso de estimativas é parte essencial da elaboração
de demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade.
Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, muitos itens nas
demonstrações contábeis não podem ser mensurados com precisão, podendo apenas ser
estimados.

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A distinção entre políticas contábeis e estimativas contábeis é importante, pois mudanças nas
políticas contábeis são normalmente aplicadas retrospectivamente, enquanto mudanças nas
estimativas contábeis são aplicadas prospectivamente.

Note que o procedimento adotado pode afetar tanto os resultados passados como a evo-
lução dos saldos entre os períodos futuros, entretanto a mudança na base de avaliação é uma
mudança na política contábil - e não uma mudança na estimativa contábil.
Quando a empresa revisa os valores com base no mesmo critério contábil, o fato é con-
siderado uma mudança de estimativa e deve ser ajustada prospectivamente. Guarde que, na
mudança de estimativa, o ajuste é prospectivo, ou seja, para frente, já a mudança de critério de
avaliação é ajustada retrospectivamente, ou seja, mexe nas demonstrações anteriores.
A estimativa envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável.
Por exemplo, podem ser exigidas estimativas de:
• perdas nos créditos de liquidação duvidosa; conta redutora de duplicata a receber;
• obsolescência de estoque, conta redutora do estoque;
• valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros; conta redutora dos instrumen-
tos financeiros;
• vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios
econômicos incorporados nesses ativos; conta redutora do imobilizado ou intangível;
• obrigações decorrentes de garantias; conta do passivo, provisão;
• acordos para recuperação ambiental; conta do passivo, provisão.

Como a estimativa, normalmente, é um valor incerto, ela necessita de revisão anual, prin-
cipalmente se ocorrer alguma alteração nas circunstâncias em que a estimativa se baseou ou
em consequência de novas informações ou de maior experiência relacionada com o fato.

O PULO DO GATO
Dada a sua natureza, a revisão da estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem re-
presenta correção de erro. uando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma
mudança na estimativa contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou


nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação
atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos.
O efeito de mudança na estimativa contábil deve ser reconhecido prospectivamente, in-
cluindo-o nos resultados do:

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a) Período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período;


b) Período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos eles.
Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e passivos, ou rela-
cionar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser reconhecida pelo ajuste no corres-
pondente item do ativo, do passivo ou do patrimônio líquido no período da mudança.
A entidade deve divulgar a natureza e o montante de mudança na estimativa contábil que
tenha efeito no período corrente ou se espera que tenha efeito em períodos subsequentes, sal-
vo quando a divulgação do efeito de períodos subsequentes for impraticável.
Se o montante do efeito de períodos subsequentes não for divulgado, porque a estimativa
do mesmo é impraticável, a entidade deve divulgar tal fato.

Retificação de Erro
Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de
elementos de demonstrações contábeis.
Contudo as demonstrações contábeis não estarão em conformidade com as normas se
contiverem erros materiais ou erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar de-
terminada apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de
caixa da entidade.
Os potenciais erros do exercício corrente descobertos nesse período devem ser corrigidos
antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação.

Os erros materiais que são descobertos em um período subsequente são corrigidos na infor-
mação comparativa, apresentada nas demonstrações contábeis desse período subsequente.

A entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no


primeiro conjunto de demonstrações contábeis, cuja autorização para publicação ocorra após
a descoberta de tais erros:
• por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em
que tenha ocorrido o erro;
• se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, por reapresentação
dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período
anterior mais antigo apresentado.

Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo quan-
do for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do erro.
Quando for impraticável determinar os efeitos de erro em um período específico na infor-
mação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve retifi-

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car os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período mais antigo
para o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente).
Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período corrente, de
erro em todos os períodos anteriores, a entidade deve retificar a informação comparativa para
corrigir o erro prospectivamente a partir da data mais antiga praticável.

O PULO DO GATO
Considerando o regime de competência, a retificação de erro de período anterior deve ser ex-
cluída dos resultados do período em que o erro é descoberto.

Qualquer informação apresentada sobre períodos anteriores, incluindo qualquer resu-


mo histórico de dados financeiros, deve ser retificada para períodos tão antigos quanto for
praticável.
Quando for impraticável determinar o montante do erro (por exemplo, erro na aplicação
de política contábil) para todos os períodos anteriores, a entidade deve retificar a informação
comparativa prospectivamente a partir da data mais antiga praticável. Dessa forma, ignorará
a parcela da retificação cumulativa de ativos, passivos e patrimônio líquido relativa a períodos
anteriores à data em que a retificação do erro foi praticável.

As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas contábeis. As estimativas


contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem necessitar de revisão à medida que
se conhece informação adicional. Por exemplo, o ganho ou a perda reconhecida(o) no momen-
to do desfecho de contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não
constitui retificação de erro.

Divulgação de Erro de Período Anterior


Caso seja identificado um erro, a empresa deverá divulgar, em notas explicativas, as se-
guintes informações:
• a natureza do erro de período anterior;
• o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que
seja praticável:
− para cada item afetado da demonstração contábil;
− se a NBC TG 41 – Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação
básicos e diluídos.
• o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado;

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• as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como


e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável
para um período anterior em particular.

As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam


repetir essas divulgações.

035. (INAZ DO PARA/BANPARÁ/CONTADOR/2014) não é considerada mudança de estimati-


vas contábeis, segundo o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação
de Erro aquelas decorrentes de alteração:
a) No valor residual e/ou método de depreciação de ativos imobilizados.
b) No percentual de créditos de liquidação duvidosa.
c) No nível de obsolescência de estoque.
d) No valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros.
e) Na taxa de juros de empréstimos e financiamentos.

A estimativa envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável. Por


exemplo, podem ser exigidas estimativas de:
• créditos de liquidação duvidosa;
• obsolescência de estoque;
• valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;
• vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefí-
cios econômicos incorporados nesses ativos;
• obrigações decorrentes de garantias;
• acordos para recuperação ambiental.
A taxa de juros contratada em um empréstimo ou financiamento não é considerada uma esti-
mativa contábil, assim, não pode ser considerada uma mudança de estimativa.
Letra e.

036. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/CONTADOR/2013) Um dos objetivos da Deliberação no


506, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários, é estabelecer o tratamento contábil e a
divulgação de mudanças em práticas e estimativas contábeis pelas empresas.
Tal preocupação visa a aumentar a qualidade das informações contábeis das empresas, aten-
dendo ao princípio contábil da
a) uniformidade
b) prudência

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c) objetividade
d) transparência
e) consistência

Segundo o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a em-


presa deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente para transações se-
melhantes, de forma que exista uma consistência na qualidade da informação apresentada.
O objetivo principal desta orientação é a de que a empresa, respeitando o objetivo da contabili-
dade, esteja sempre preocupada com a qualidade da informação que está sendo apresentada,
destacando o respeito à relevância e à fidedignidade da informação, e, com base na consistên-
cia dos critérios utilizados, permitir a correta aplicação do atributo de melhoria da “compara-
bilidade” ao longo do tempo.
A banca forçou ao cobrar princípio, pois a consistência é um atributo da comparabilidade.
Letra d.

037. (CETAP/MPCP/CONTADOR/2015) Em relação às mudanças nas estimativas contábeis


e retificações de erros, alguns tratamentos contábeis devem ser seguidos. Sobre este assunto,
analise as afirmativas seguintes e marque a alternativa correta:
I – Mudanças em estimativas contábeis devem ser reconhecidas retrospectivamente.
II – Erros materiais de períodos anteriores devem ser corrigidos retrospectivamente.
III – Erros materiais descobertos no período corrente devem ser corrigidos antes de as de-
monstrações contábeis serem autorizadas para publicação.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa II está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

Lembre-se que o efeito de mudança na estimativa contábil deve ser reconhecido prospectiva-
mente, e a correção do erro deve ser feita retrospectivamente, de forma que, no momento da
divulgação das DC ajustadas, as informações estejam corretas.
O item I está errado, pois a mudança das estimativas deve ser reconhecida prospectivamente,
e não retrospectivamente.
Letra c.

038. (ESAF/SUSEP/ANALISTA TÉCNICO/2010) As estimativas contábeis reconhecidas nas


demonstrações contábeis da empresa são de responsabilidade:

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a) dos auditores externos.


b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.

Segundo o CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a AD-


MINISTRAÇÃO da empresa deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente
para transações semelhantes, de forma que exista uma consistência na qualidade da informa-
ção apresentada.
Letra e.

039. (CFC/CFC/BACHAREL/2014) De acordo com a NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudan-


ça de Estimativa e Retificação de Erro, classifique as situações a seguir em: erro de período an-
terior, mudança na política contábil ou mudança na estimativa contábil, conforme seja o caso.
I – Em 28.3.2009, uma empresa adquiriu um equipamento e, a partir de um estudo, estabeleceu
que a vida útil deste bem seria de 8 anos. Ao fazer a revisão das demonstrações contábeis do
ano de 2010, para publicação, verificou-se que o responsável pelo controle do sistema de patri-
mônio imobilizou o bem e atribuiu a vida útil de 10 anos.
II – De acordo com a NBC TG 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou
pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Suponha que esta norma seja alterada e passe
a determinar que os estoques devam ser mensurados pelo custo de aquisição corrigido mone-
tariamente.
III – Uma determinada empresa adotou, até a data de elaboração das demonstrações con-
tábeis de 31.12.2010, o método de depreciação baseada na vida útil estimada dos bens. Em
2011, a empresa elaborou um estudo alterando o seu processo produtivo e definiu que deter-
minadas máquinas deveriam ser substituídas após a produção de um determinado volume de
produção, alterando, desta forma, o padrão para depreciação destas máquinas, que passaram
a ser depreciadas de acordo com o volume de produção.
A sequência CORRETA é:
a) Erro de período anterior, mudança na estimativa e mudança na política contábil.
b) Mudança na política contábil, erro de período anterior e mudança de estimativa contábil.
c) Erro de período anterior, mudança na política contábil e mudança na estimativa contábil.
d) Mudança na política contábil, mudança na estimativa e erro de período anterior.

Muito boa a questão para compreender o que é erro e mudança de estimativa.


No item I, por ter sido calculada a depreciação de forma equivocada, o fato é um erro.

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No item II, por ter que mudar a forma de contabilização do valor do estoque, o fato é uma mu-
dança de estimativa.
No item III, a mudança da forma de calcular a depreciação é uma mudança de estimati-
va contábil.
Letra c.

040. (VUNESP/SP-URBANISMO/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2014) Na observância do


pronunciamento técnico que trata das Políticas Contábeis, Mudança e Estimativa e Retificação
de Erro, quando for impraticável determinar os efeitos de erro em um período específico na
informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve
a) ratificar os saldos de abertura do balanço patrimonial para o período mais antigo para o qual
tenha sido impraticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente)
b) retificar os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período
mais antigo para o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o perío-
do corrente)
c) apresentar os saldos acumulados do balanço patrimonial, mas sem ajustes, considerando
os erros materiais que afetem o capital circulante líquido, desde que tenha sido impraticável a
reapresentação retrospectiva.
d) apresentar os saldos de abertura do balanço patrimonial pelo seu valor de custos e para o
período mais recente para o qual tenha sido impraticável a reapresentação prospectiva (que
pode ser o período futuro).
e) reapresentar somente os valores ratificados de ativos e passivos, informando as reais ra-
zões pela ratificação, de forma retrospectiva.

A norma do CFC estabelece que o erro deve ser corrigido de forma retrospectiva, salvo quando
for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do erro.
Quando for impraticável determinar os efeitos de erro em um período específico na informação
comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve retificar os
saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período mais antigo para o
qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente).
Letra b.

041. (CESGRANRIO/LIQUIGAS/CONTADOR/2018) Uma companhia varejista, em decorrên-


cia de seu ramo de atividade, mantém uma elevada carteira de clientes e, em função das incer-
tezas contábeis, adota a estimativa da inadimplência para os créditos de liquidação duvidosa.
Em 2017, essa companhia, ao fazer a análise da inadimplência da carteira de clientes, mudou
a sua estimativa para os créditos de liquidação duvidosa.

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Nesse caso específico da mudança de estimativa para créditos de liquidação duvidosa, consi-
derando a NBC TG 23 (R2) - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros,
a companhia deverá reconhecer a mudança da estimativa no resultado do(s) exercício(s)
a) corrente, apenas
b) corrente e dos exercícios futuros
c) futuros, apenas
d) anteriores e do exercício corrente
e) anteriores, do exercício corrente e dos exercícios futuros

No caso apresentado, a empresa está ajustando a sua estimativa, assim, a mudança deve ser
reconhecida nas demonstrações do exercício corrente.
O CPC trata do assunto da seguinte forma:

36. O efeito de mudança na estimativa contábil que não seja uma mudança à qual se aplique o item
37 deve ser reconhecido prospectivamente, incluindo-o nos resultados do:
(a) período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou
(b) período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos eles.
37. Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e passivos, ou relacio-
nar-se a componente do patrimônio líquido, ela deve ser reconhecida pelo ajuste no correspondente
item do ativo, do passivo ou do patrimônio líquido no período da mudança.
38. A mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente
ou os resultados tanto do período corrente como de períodos futuros.
Por exemplo, a mudança na estimativa de créditos de liquidação duvidosa afeta apenas os re-
sultados do período corrente e, por isso, é reconhecida no período corrente. Porém a mudança
na estimativa da vida útil de ativo depreciável, ou no padrão esperado de consumo dos futuros
benefícios desse tipo de ativo, afeta a depreciação do período corrente e de cada um dos futu-
ros períodos durante a vida útil remanescente do ativo.
Letra a.

042. (CESGRANRIO/BNDES/CONTADOR/2013) Nos termos do CPC 23 do Comitê de Pro-


nunciamentos Contábeis, que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação
de erros, a entidade deve selecionar suas políticas contábeis e aplicá-las de modo uniforme em
transações semelhantes. Entretanto, o próprio CPC oferece à entidade a probabilidade de fazer
mudança nas práticas contábeis.
Nesse aspecto da mudança de práticas contábeis, o CPC informa que a entidade deve alterar
uma política contábil apenas se a mudança
a) atender às necessidades gerenciais de ordem interna.
b) contribuir de forma mais relevante para a evidenciação e segurança dos ativos.
c) for imposta pela Assembleia Geral dos Acionistas, controladores e não controladores.

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d) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os


efeitos de transações, posição patrimonial e financeira, desempenho ou dos fluxos de caixa.
e) ocorrer por livre decisão dos órgãos administrativos para gerar informações gerenciais mais
confiáveis e relevantes para a tomada de decisão.

Como as políticas adotadas pela administração serão a base das informações divulgadas aos
usuários, a orientação é a de que, após escolhida a política, ela somente será alterada se for
determinado por um pronunciamento específico ou se a mudança resultar em informação con-
fiável e mais relevante acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos flu-
xos de caixa da entidade; informação essa sem distorções e que seja prudente e completa em
todos os aspectos, a fim de refletir maior confiabilidade para tomadas de decisões.
Letra d.

043. (CFC/CFC/TÉCNICO CONTÁBIL/2014) Com relação à retificação dos erros de períodos


anteriores, estabelecida na NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retifi-
cação de Erro, julgue os itens abaixo e, em seguida assinale a opção CORRETA.
I – Podem ocorrer erros no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de ele-
mentos de demonstrações contábeis.
II – Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem ser corrigidos
somente depois de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação.
III – Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo
quando for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulati-
vo do erro.
Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):
a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.

Os itens I e III estão corretos, o erro do item II é que os erros do período corrente descobertos
nesse período devem ser corrigidos ANTES de as demonstrações contábeis serem autoriza-
das para publicação.
Contudo os erros materiais, por vezes, são descobertos somente em um período subsequente,
e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na informação comparativa apresentada
nas demonstrações contábeis desse período subsequente.
Letra c.

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044. (FGV/MPE-AL/CONTADOR/2018) Uma entidade utilizava o método PEPS (primeiro que


entra, primeiro que sai) para avaliar os seus estoques. No exercício de 2017, os contadores da
entidade julgaram que o método do custo médio condizia mais com a realidade da entidade,
modificando o método de avaliação de estoque.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estima-
tiva e Retificação de Erro, assinale a opção que indica o procedimento contábil a ser efetuado
pela entidade e o efeito decorrente da aplicação.
a) Mudança de Estimativa / deve-se refazer os balanços patrimoniais dos anos anteriores.
b) Mudança de Estimativa / deve-se utilizar a nova avaliação, a partir de 2017.
c) Mudança de Política Contábil / deve-se refazer os balanços patrimoniais dos anos anteriores.
d) Mudança de Política Contábil / deve-se utilizar a nova avaliação, a partir de 2017.
e) Retificação de Erro / deve-se refazer os balanços patrimoniais dos anos anteriores

A mudança do critério de avaliação do estoque é uma mudança de política contábil, assim,


deve ser ajustado o valor do estoque retrospectivamente nas demonstrações anteriores.
O CPC estabelece que, quando a entidade muda uma política contábil voluntariamente, ela
deve aplicar a mudança retrospectivamente - e, neste caso, a entidade deve ajustar o saldo
de abertura do componente para cada período anterior apresentado, como se a nova política
contábil tivesse sempre sido aplicada.
Letra c.

045. (FGV/SEFAZ-RJ/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/2011) Em relação às estimativas


e contingências, assinale a alternativa correta.
a) Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores do seu produto. De
acordo com os termos do contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por reparo
ou substituição, defeitos de produtos que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a
data da venda. De acordo com a experiência passada, é provável (ou seja, mais provável que
sim do que não) que haverá algumas reclamações dentro das garantias. Ou seja, há obrigação
presente como resultado de evento passado que gera obrigação. Nesse caso, a provisão é reco-
nhecida pela melhor estimativa dos custos para consertos de produtos com garantia vendidos.
b) Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quan-
do é requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular em que ela opera.
O país em que ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem conta-
minando o terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de dezembro de 20X0, é praticamente
certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado
rapidamente após o final do ano. Nesse caso, uma provisão não é requerida e não deverá ser
reconhecida.

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c) Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação e opera em um país onde não há
legislação ambiental. Entretanto, a entidade possui uma política ambiental amplamente divul-
gada, em que ela assume a limpeza de toda a contaminação que causa. A entidade tem um
histórico de honrar essa política publicada. Há obrigação presente como resultado de evento
passado que gera obrigação. A saída de recursos é Provável. Nessa situação, uma provisão
não deve ser reconhecida.
d) Uma entidade opera em uma atividade de extração de petróleo em que seu contrato de li-
cença prevê a remoção da perfuratriz petrolífera ao final da produção e a restauração do solo
oceânico. Noventa por cento dos custos eventuais são relativos à remoção da perfuratriz pe-
trolífera e a restauração dos danos causados pela sua construção, e dez por cento advêm da
extração do petróleo. Na data do balanço, a perfuratriz foi construída, mas o petróleo não está
sendo extraído. A saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação é Provável.
Nesse caso, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
e) Uma loja de varejo tem a política de reembolsar compras de clientes insatisfeitos, mesmo
que não haja obrigação legal para isso. Sua política de efetuar reembolso é amplamente co-
nhecida. Por não haver previsão legal, nenhuma provisão deve ser reconhecida.

Para responder a questão, basta lembra que a provisão é uma estimativa de valor e prazo in-
certo, oriunda de um fato passado, e que é PROVÁVEL que sairá recurso da entidade para a sua
liquidação.
Note que as letras b), c), d) e e) dizem que a provisão não será reconhecida, por isto es-
tão erradas.
Letra a.

046. (FGV/SEFIN-RO/AFTE/2018) Em 31/12/2016, a Cia. X apresentava os seguintes ativos


em seu balanço patrimonial:

Na data, o estoque era composto por 100 unidades do produto P, sendo que cada unidade era
vendida por R$ 450. Além disso, o terreno era avaliado ao valor justo, enquanto seu custo era
de R$ 100.000.
Na elaboração do balanço patrimonial da Cia X, em 31/12/2017, verificou-se que
• a conta-caixa não havia considerado uma receita à vista em 2016 no valor de R$ 25.000;
• o produto P estava sendo vendido por R$ 380;

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• a previsão para as perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa era de 5%;


• o valor justo do terreno era de R$ 130.000;
• o terreno passou a ser avaliado ao custo.
Assinale a opção que indica o valor do ativo total em 31/12/2017, em comparação ao de
31/12/2016, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação de Erro.
a) R$ 310.500 e R$ 308.500.
b) R$ 315.500 e R$ 308.500.
c) R$ 310.500 e R$ 313.500.
d) R$ 310.500 e R$ 333.500.
e) R$ 312.500 e R$ 333.500.

Para responder a questão, lembre que mudança na política contábil exige ajustes retrospecti-
vos (demonstrações passadas), e mudança na estimativa deve ajustar somente prospectiva-
mente (demonstrações futuras).
Os ajustes que devem ser feitos serão os seguintes:
a) $ 25.000 a mais na conta caixa em 2016, pois houve um erro que foi ajustado;
b) o estoque deve ser ajustado em 2017, para $ 380.000; é uma mudança da estimativa contá-
bil, mantendo a política contábil;
c) ajuste da estimativa de perda por inadimplência para 5% somente em 2017; é uma mudança
de estimativa, mantendo a política contábil;
d) mudança do valor do terreno para $ 100.000 em 2016, pois houve uma mudança na política
contábil em 2017, e o ajuste deve ser retrospectivo.
Desta forma, os valores apresentados no BP seriam os seguintes:
2016 2017
Caixa 125.000 125.000
Estoques 40.000 38.000
Clientes 50.000 50.000
PECLD (1.500) (2.500)
Terreno para aluguel 100.000 100.000
Total do Ativo 313.500 310.500
Letra c.

047. (FGV/ALERJ-RJ/CONTADOR/2017) Certa entidade revisou os cálculos das perdas com


créditos de liquidação duvidosa ao final de um determinado exercício com base em novas in-
formações disponíveis e confiáveis.
De acordo com as definições do CPC 23, essa revisão constitui uma:

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a) mudança de estimativa e deve ser aplicada prospectivamente;


b) mudança de estimativa e deve ser aplicada retrospectivamente;
c) mudança de prática contábil e deve ser aplicada prospectivamente;
d) mudança de política contábil e deve ser aplicada retrospectivamente;
e) retificação de erro e deve ser aplicada retrospectivamente.

Quando a empresa revisa os valores com base no mesmo critério contábil, o fato é considera-
do uma mudança de estimativa e deve ser ajustado prospectivamente.
Guarde que, na mudança de estimativa, o ajuste é prospectivo, ou seja, para frente, já a mudan-
ça de critério de avaliação é ajustada retrospectivamente.
Letra a.

048. (FGV/COMPESA/CONTADOR/2016) No balanço patrimonial apresentado em


31/12/2015, uma sociedade empresária constatou que havia um erro no cálculo da deprecia-
ção de um ativo imobilizado no ano de 2013.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estima-
tiva e Retificação de Erro, a empresa deve divulgar as seguintes informações em notas explica-
tivas, à exceção de uma. Assinale-a.
a) A natureza do erro no período anterior.
b) O montante da retificação para cada período anterior apresentado anteriormente.
c) O montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado.
d) As circunstâncias que levaram à existência dessa condição.
e) O efeito do erro na conta disponibilidades.

Caso seja identificado um erro, a empresa deverá divulgar, em notas explicativas, as seguintes
informações:
I – a natureza do erro de período anterior;
II – o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja
praticável:
− para cada item afetado da demonstração contábil;
− se a NBC TG 41 – Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação
básicos e diluídos;
III – o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado;
IV – as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e
desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável para um
período anterior em particular.

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As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam


repetir essas divulgações.
Note que, como o erro foi na depreciação, assim, por questão de lógica, não há alteração na
conta disponível, pois não houve alteração no fluxo de caixa.
Letra e.

Transações entre Partes Relacionadas


Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está
elaborando suas demonstrações contábeis, também denominada “entidade que reporta a
informação”.
Conforme estabelece a NBC TG 05 (R3), consideram-se partes relacionadas:

a) Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, que:


tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação;
tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; ou
for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação ou da contro-
ladora da entidade que reporta a informação.
b) Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condi-
ções abaixo for observada:
a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico (o que
significa dizer que a controladora e cada controlada são inter-relacionadas, bem como as entidades
sob controle comum são relacionadas entre si);
a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade (ou coligada ou con-
trolada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual a outra entidade é membro);
ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade;
uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a outra entida-
de for coligada dessa terceira entidade;
a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados de ambas
as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que reporta a informação.
Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os em-
pregados que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas com a
entidade que reporta a informação;
a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa identificada na
letra (a);
uma pessoa que tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da
administração da entidade (ou de controladora da entidade);
a entidade, ou qualquer membro de grupo do qual ela faz parte, fornece serviços de pessoal-chave
da administração da entidade que reporta ou à controladora da entidade que reporta.

Na prática, são todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, têm re-
lações com a empresa ou com sua administração, ou seja, pessoas que poderão se aproveitar

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deste relacionamento para efetuar algumas transações com vantagens ou realizar transações
em condições diferentes das realizadas com partes NÃO relacionadas.
Segundo a norma NBC TG 05 (R3), que aprova o CPC 05 (R1) - Divulgação sobre Partes
Relacionadas, uma transação com parte relacionada é a transferência de recursos, serviços
ou obrigações entre uma entidade que reporta a informação e uma parte relacionada, indepen-
dentemente de ser cobrado um preço em contrapartida. Dessa forma, mesmo não recebendo
qualquer valor em contrapartida ao serviço prestado, as entidades deverão divulgar as condi-
ções em que as transações entre as partes relacionadas foram efetuadas.

Os relacionamentos com partes relacionadas são uma característica normal do comércio e


dos negócios. Não são proibidas, somente devem ser divulgadas.

A referida norma requer a divulgação destes relacionamentos, de forma que os usuários


consigam analisar as transações e os saldos existentes e compromissos com partes relacio-
nadas, nas demonstrações contábeis consolidadas e separadas de controladora ou investido-
res com controle conjunto da investida ou com influência significativa sobre ela.
Entretanto uma empresa pode ter a sua demonstração do resultado e o balanço patrimo-
nial da entidade afetados por um relacionamento com partes relacionadas, mesmo que não
ocorram transações com essas pessoas.
A mera existência do relacionamento pode ser suficiente para afetar as transações da enti-
dade com outras partes. Por exemplo, uma controlada pode cessar relações com um parceiro
comercial quando da aquisição pela controladora de outra controlada dedicada à mesma ativi-
dade do parceiro comercial anterior.
Alternativamente, uma parte pode abster-se de agir por causa da influência significativa de
outra. Por exemplo, uma controlada pode ser orientada pela sua controladora a não se envolver
em atividades de pesquisa e desenvolvimento.
Note que as relações entre partes relacionadas vão além das negociações, podem estar
relacionadas com a preponderância nas decisões e o poder do investidor na investida.
Então, o objetivo de divulgar as transações entre partes relacionadas é assegurar que as
demonstrações contábeis da entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a
atenção dos usuários para a possibilidade de o balanço patrimonial e a demonstração do re-
sultado da entidade estarem afetados pela existência de partes relacionadas e por transações
e saldos, incluindo compromissos, com referidas partes relacionadas.
Analisando a relação das pessoas consideradas partes relacionadas, podemos inferir que
não são partes relacionadas:
• Duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal
chave da administração em comum, ou porque um membro do pessoal chave da admi-
nistração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade;

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• Dois investidores simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um em-


preendimento controlado em conjunto (joint venture);
• Dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle con-
junto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture);
• Entidades que proporcionam financiamentos;
• Sindicatos;
• Entidades prestadoras de serviços públicos;
• Departamentos e agências de Estado que não controlam, de modo pleno ou em con-
junto, ou exercem influência significativa sobre a entidade que reporta a informação,
simplesmente em virtude dos seus negócios normais com a entidade (mesmo que pos-
sam afetar a liberdade de ação da entidade ou participar no seu processo de tomada de
decisões);
• Cliente, fornecedor, franqueador, concessionário, distribuidor ou agente geral com quem
a entidade mantém volume significativo de negócios, meramente em razão da resultan-
te dependência econômica.

Para possibilitar que os usuários de demonstrações contábeis formem uma visão acerca
dos efeitos dos relacionamentos entre partes relacionadas na entidade, é apropriado divulgar
o relacionamento entre partes relacionadas quando existir controle, tendo havido ou não tran-
sações entre as partes relacionadas.
Se a entidade tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos co-
bertos pelas demonstrações contábeis, ela deve divulgar a natureza do relacionamento, assim
como as informações sobre as transações e os saldos existentes, incluindo compromissos,
necessários para a compreensão dos usuários do potencial efeito desse relacionamento nas
demonstrações contábeis. No mínimo, as divulgações devem incluir:
a) montante das transações;
b) montante dos saldos existentes, incluindo compromissos, e:
I – seus prazos e condições, incluindo eventuais garantias, e a natureza da contrapartida
a ser utilizada na liquidação;
II – detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas;
c) provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com o montante dos saldos
existentes;
d) despesa reconhecida, durante o período, relacionada a dívidas incobráveis ou de liquida-
ção duvidosa de partes relacionadas.
As divulgações devem ser feitas separadamente para cada uma das seguintes categorias:
• controladora;
• entidades com controle conjunto da entidade ou influência significativa sobre a entidade
que reporta a informação;

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• controladas;
• coligadas;
• empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures), em que a entidade seja in-
vestidor conjunto - Alterada pela NBC TG 05 (R1);
• pessoal chave da administração da entidade ou de sua controladora;
• outras partes relacionadas.

Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das
condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas após o encer-
ramento do exercício ou período também devem ser divulgadas.
São exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:
• compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados);
• compras ou vendas de propriedades e outros ativos;
• prestação ou recebimento de serviços;
• arrendamentos;
• transferências de pesquisa e desenvolvimento;
• transferências mediante acordos de licença;
• transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capi-
tal em dinheiro ou equivalente);
• fornecimento de garantias, avais ou fianças;
• assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particu-
lar ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não);
• liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte rela-
cionada.

049. (IADES/AL-GO/CONTADOR/2019) A respeito da obrigatoriedade de divulgação das tran-


sações existentes entre uma entidade e uma coligada, assinale a alternativa correta.
a) As transações somente devem ser divulgadas se ficar comprovado que a entidade exerce
controle sobre a coligada.
b) Tanto a entidade controladora quanto a controlada devem divulgar as transações nas res-
pectivas demonstrações contábeis.
c) As transações somente devem ser divulgadas se houver um valor alocado à transação.
d) As transações devem ser divulgadas a fim de possibilitar a identificação da influência na
posição financeira e no resultado da entidade.
e) Quando há apenas influência significativa da entidade sobre a coligada, sem que haja o con-
trole, as duas entidades não são consideradas partes relacionadas.

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Coligadas são consideradas partes relacionadas. A coligação tem relação com influência sig-
nificativa da investidora na investida, não há a necessidade de controle.
O objetivo de divulgar as transações entre partes relacionadas é assegurar que as demonstra-
ções contábeis da entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção
dos usuários para a possibilidade de o balanço patrimonial e a demonstração do resultado da
entidade estarem afetados pela existência de partes relacionadas e por transações e saldos,
incluindo compromissos, mesmo sem um valor determinado.
Letra d.

050. (IBFC/ARARAQUARA/CONTROLE INTERNO/2018) Quando a entidade realiza transa-


ções entre partes relacionadas no período ao qual se referem as demonstrações contábeis,
é necessário divulgar a natureza do relacionamento entre as partes relacionadas, as informa-
ções sobre as transações e os saldos existentes, com inclusão dos compromissos. É neces-
sário que se tenha toda a informação para que os usuários compreendam o potencial efeito
desse relacionamento nas demonstrações contábeis.
Considerando este tipo de transação, analise os itens a seguir e verifique quais são de divulga-
ção obrigatória:
I – Montante das transações;
II – Montante dos saldos existentes, incluindo compromissos;
III – Provisão para crédito de liquidação duvidosa que se relacione com o montante dos saldos
existentes;
IV – Detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas;
V – Prazos e condições dadas a todos os clientes e fornecedores;
Assinale a alternativa correta:
a) I, II, III, IV e V estão corretos
b) Apenas os itens I, II, III e IV estão corretos
c) Apenas os itens II, III, IV e V estão corretos
d) Apenas os itens I, III e V estão corretos
e) Apenas os itens II e IV estão corretos

O único item errado é o V, pois não são considerados partes relacionadas os clientes e forne-
cedores com quem a entidade mantém volume significativo de negócios. Desta forma, não há
a necessidade de que sejam divulgadas estas transações.
Letra b.

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051. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/CONTADOR/2018) A NBC TG 05 (R3) – Divulgação sobre


Partes Relacionadas – orienta as entidades que têm grau de relacionamento entre elas a ca-
racterizar a sua classificação como parte integrada e a manter relações transparentes com a
divulgação de operações realizadas entre elas, nos termos expressos pela norma.
Nesse contexto, no caso de outra entidade, pode-se dizer que ela é parte relacionada à entida-
de que reporta a informação se
a) forem entidades que proporcionam financiamentos.
b) houver um agente geral com volume significativo de negócios com a entidade, apenas pela
dependência econômica.
c) houver um membro do pessoal chave da administração da entidade exercendo influência
sobre a outra entidade.
d) estiverem sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade.
e) tiverem, simplesmente, administrador ou outro membro do pessoal chave da administra-
ção em comum.

Conforme apresentado na aula, serão consideradas partes relacionadas as empresas que es-
tiverem sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade.
A letra c) está errada pela falta do termo SIGNIFICATIVA, pois a norma estabelece que é parte
relacionada uma pessoa que tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do
pessoal chave da administração da entidade (ou de controladora da entidade);
Letra d.

Efetue a Consolidação dos Balanços apresentados a seguir e assinale a alternativa que apre-
senta o correto valor do Patrimônio Consolidado.

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052. (QUADRIX/CRQ-18ª REGIÃO/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) Efetue a Consolidação dos


Balanços apresentados e assinale a alternativa que apresenta o correto valor do Patrimônio
Consolidado.
a) R$ 478.200,00
b) R$ 575.000,00
c) R$ 487.000,00
d) R$ 506.200,00
e) R$ 547.000,00

Na consolidação, devemos excluir as relações existentes entre as empresas do grupo, que,


neste caso, totalizam 88.000,00, representado pelas contas a receber – 28.000 e Investimen-
tos – 60.000.
Para apurar o valor do patrimônio consolidado (patrimônio bruto é o ativo), basta somar o pa-
trimônio do grupo e diminuir os 88.000,00.
Patrimônio total = 575.000 (453.000 + 122.000)
(-) exclusões = (88.000)
Patrimônio consolidado = 487.000
Letra c.

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Com base na Resolução CFC n.º 1.374/2011 – NBC TG Estrutura Conceitual, revogada pela
Resolução CFC NBCTGEC de 21/11/2019, julgue o item.

053. (QUADRIX/CORE-PR/CONTADOR/2021) Demonstrações contábeis não consolidadas


são úteis a investidores, à medida que a reivindicação contra a controladora normalmente dá
a seu titular uma reivindicação contra as controladas.

As demonstrações contábeis não consolidadas podem ser úteis a investidores, credores por
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, da controladora, porque estas reivin-
dicações contra a controladora, normalmente, não dão, ao titular dessa reivindicação, uma rei-
vindicação contra as controladas. Ou seja, a dívida é da controladora - e não das controladas.
Errado.

054. (QUADRIX/CFO-DF/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Na existência de filiais, as contas re-


cíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como entre estas, devem ser
eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis da entidade.

Na elaboração das demonstrações consolidadas de uma matriz, as contas recíprocas relativas


às transações entre matriz e unidades, bem como entre estas, devem ser eliminadas quando
da elaboração das demonstrações contábeis da entidade.
Certo.
Quanto à incorporação e à consolidação das demonstrações contábeis, julgue o próximo item.

055. (QUADRIX/CREF-13ª/CONTADOR/2018) Na incorporação, a sociedade incorporadora


adquire o ativo e o passivo da sociedade incorporada, sem aumentar seu capital, mas absor-
vendo os sócios.

Na incorporação, a sucessora adquire os ativos e passivos da incorporada, assim, afetará o


seu patrimônio líquido, aumentando o capital social. Não há a necessidade de manter os só-
cios da incorporada.
Errado.

No que se refere aos diferentes enfoques da administração, julgue o item.

056. (QUADRIX/CRA-PR/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2019) Quando duas empresas se


unem com a finalidade de reestruturar a empresa adquirida, melhorando seu fluxo de caixa,
ocorre uma aquisição amigável.

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Quando duas empresas se unem para criar uma empresa nova, ocorre uma fusão.
Errado.

Quanto à incorporação e à consolidação das demonstrações contábeis, julgue o próximo item.

057. (QUADRIX/CREF-13ª REGIÃO/CONTADOR/2018) Suponha‐se que, na consolidação


das demonstrações das sociedades A e B, se verifique que uma mercadoria adquirida por R$
50.000,00 pela sociedade A tenha sido vendida por R$ 80.000,00 para a sociedade B e que esta
tenha vendido a mesma mercadoria por R$ 100.000,00 a terceiros. Nesse caso, conclui‐se que
o grupo teve lucro de R$ 20.000,00.

No processo de consolidação, deve ser excluído o lucro que não foi realizado com terceiros, ou
seja, a parte do lucro que permanece no grupo.
Note que a empresa B vendeu, para terceiros, toda a mercadoria que comprou da empresa A,
então tudo lucro foi realizado pelo grupo.
O lucro total do grupo foi de $ 50.000,00 (30.000 + 20.000).
Errado.
Quanto à incorporação e à consolidação das demonstrações contábeis, julgue o próximo item.

058. (QUADRIX/CREF-13ª REGIÃO/CONTADOR/2018) Na incorporação, a sociedade incor-


poradora adquire o ativo e o passivo da sociedade incorporada, sem aumentar seu capital, mas
absorvendo os sócios.

No processo de incorporação, a empresa investidora compra outra empresa, assim, vai haver
o aumento do seu patrimônio, com a entrada dos ativos e passivos, e, normalmente, há o au-
mento do valor nominal do capital social da empresa compradora, SEM a absorção dos sócios
da empresa incorporada.
Errado.

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RESUMO
Prezado(a), nesta aula, estudamos uma parte da contabilidade avançada, composta por
reestruturação societária, concessão de serviços públicos e consolidação das demonstrações
contábeis.
Inicialmente, vimos que a restruturação societária é um processo de reorganização jurídica
de uma empresa, ou seja, uma ou mais empresas combinam ações e ajustes, em que ocorrem
a transferência de patrimônio ou de controle de uma sociedade para outra.
As principais formas de restruturação são:
• A incorporação, que é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra, que lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações;
• A fusão, que é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar so-
ciedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações;
• A cisão, que é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-
-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o
seu capital, se parcial a versão.

Independentemente do tipo de reestruturação, deverá ser elaborado um pré-contrato, em


que serão relacionados os direitos e as obrigações das empresas envolvidas. Os conselhos de
administração das empresas envolvidas deverão aprovar a operação.
Depois, estudamos a concessão de serviços públicos, que é o processo em que o Estado
transfere, para uma sociedade privada, exploração de serviços de interesse da comunidade,
por isto o contrato de concessão envolve uma entidade privada (concessionário), que constrói
a infraestrutura usada para prestar os serviços públicos ou a melhora (por exemplo, aumento
da capacidade), além de operá-la e mantê-la durante prazo específico e um ente da federação.
Na prática, a concessão é decorrente de processos licitatórios em que o concessionário
entrega, ou promete entregar, recursos econômicos em troca do direito de explorar o objeto de
concessão ao longo do prazo previsto no contrato, ou seja, uma empresa paga o governo para
explorar um nicho público.
Contabilmente, vimos que a infraestrutura objeto do contrato de concessão não será regis-
trada como ativo imobilizado do concessionário, porque o contrato de concessão não trans-
fere ao concessionário o direito de controlar o uso da infraestrutura de serviços públicos. O
concessionário terá o direito de utilizar a infraestrutura para a prestação dos serviços públicos
em nome do concedente. Assim, o concessionário deve reconhecer um intangível, como “direi-
to de exploração”.
Também vimos a consolidação de balanços, que é o processo de soma dos saldos das
contas de mais de uma empresa do grupo, feita pela controladora, excluindo-se as transações

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entre sociedades do mesmo grupo econômico, de modo a disponibilizar informações do grupo


como se fosse uma empresa.
Para ser considerada uma controladora, a empresa deve possuir todos os atributos
seguintes:
• Preponderância deliberativa sobre a investida;
• Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com
a investida;
• A capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos.

O objetivo final da consolidação é apresentar o potencial econômico do grupo com relação


ao capital de terceiros e de pessoas de fora do grupo. Para isto, a controladora deverá:
a) Somar os itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e
fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas;
b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada contro-
lada e a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada;
c) eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos
de caixa intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados decorren-
tes de transações intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos
fixos, são eliminados integralmente).
O processo de consolidação deve ser feito pela controladora nos seguintes casos:
• Companhia aberta que possuir investimentos em controladas;
• Sociedades controladas em conjunto;
• Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta.

Não esqueça, também, que as demonstrações consolidadas não substituem as demons-


trações normais de cada empresa, e a defasagem máxima entre as datas de encerramento das
demonstrações da controlada e da controladora é de até dois meses (60 dias).
Sobre a mudança de políticas contábeis, vimos que políticas contábeis são os princípios,
as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elabo-
ração e na apresentação de demonstrações contábeis; elas representam a base conceitual e
técnica utilizada pela administração na apresentação de suas informações.
Como as políticas adotadas pela administração serão a base das informações divulgadas
aos usuários, a orientação é a de que, após escolhida a política, ela somente será alterada se
for determinado por um pronunciamento específico ou se a mudança resultar em informação
confiável e mais relevante.
O CPC destaca que, quando ocorrer uma mudança nas práticas contábeis adotadas pela
entidade, devido à determinação de uma norma ou interpretação, ela deve acompanhar o re-
quisito de transição dessa norma em questão; entretanto, se a mudança for por decisão da ad-
ministração, deve ser aplicada a nova prática contábil de maneira retroativa, sendo necessária

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a alteração das demonstrações contábeis divulgadas em períodos anteriores, de forma que as


demonstrações anteriores apresentem as informações como se essa nova política já tivesse
sido aplicada.
Também destaquei, na aula, que a entidade deve corrigir os erros materiais de períodos
anteriores retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja autori-
zação para publicação ocorra após a descoberta de tais erros:
• por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em
que tenha ocorrido o erro;
• se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação
dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período
anterior mais antigo apresentado.

Por fim, ao estudarmos as transações com partes relacionadas que devem ser divulgadas,
vimos que parte relacionada é a pessoa ou a entidade que tem relacionamento com a entida-
de que está elaborando suas demonstrações contábeis, também denominada “entidade que
reporta a informação”.
Na prática, são todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, têm re-
lações com a empresa ou com sua administração, ou seja, pessoas que poderão se aproveitar
deste relacionamento para efetuar algumas transações com vantagens ou realizar transações
em condições diferentes das realizadas com partes NÃO relacionadas.
O CFC destaca que os relacionamentos com partes relacionadas são uma característica
normal do comércio e dos negócios. Não são proibidas, somente devem ser divulgadas; entre-
tanto a norma contábil requer a divulgação destes relacionamentos, de forma que os usuários
consigam analisar as transações e os saldos existentes e compromissos com partes relacio-
nadas, nas demonstrações contábeis consolidadas e separadas de controladora ou investido-
res com controle conjunto da investida ou com influência significativa sobre ela.
Se a entidade tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos co-
bertos pelas demonstrações contábeis, ela deve divulgar a natureza do relacionamento, assim
como as informações sobre as transações e os saldos existentes, incluindo compromissos,
necessárias para a compreensão dos usuários do potencial efeito desse relacionamento nas
demonstrações contábeis. No mínimo, as divulgações devem incluir:
a) montante das transações;
b) montante dos saldos existentes, incluindo compromissos, e:
− seus prazos e condições, incluindo eventuais garantias, e a natureza da contraparti-
da a ser utilizada na liquidação;
− detalhes de quaisquer garantias dadas ou recebidas;

c) provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com o montante dos saldos
existentes;
d) despesa reconhecida durante o período relacionada a dívidas incobráveis ou de liquida-
ção duvidosa de partes relacionadas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TCE-AC/ACE/2012) Na consolidação das demonstrações contábeis, a partici-
pação de acionistas minoritários deve ser destacada, razão pela qual a CVM determina que, no
balanço patrimonial, essa participação seja classificada
a) em grupo isolado do passivo, antes do patrimônio líquido.
b) no passivo exigível a longo prazo.
c) como desdobramento do capital social.
d) como reserva de capital.
e) como desdobramento de resultados de exercícios futuros.

002. (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Com relação à consolidação de demonstrações contá-


beis, julgue o item a seguir.
I – Trata-se de procedimento obrigatório para todas as sociedades por ações, abertas ou fe-
chadas, e, ainda, para entidades limitadas, quando existirem investimentos em controladas,
sem qualquer exceção.
II – É admissível uma defasagem de até sessenta dias entre as datas das demonstrações
contábeis das empresas consolidadas e da empresa consolidadora, desde que satisfeitas as
demais condições exigíveis.
III – Devem ser excluídos das demonstrações os custos de estoque e os lucros ou prejuízos
relativos a resultados ainda não realizados de negócios entre sociedades.
IV – Os resultados relativos ao goodwill decorrente de operações intragrupo devem ser eviden-
ciados na consolidação.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

003. (CESPE/TJ-PA/CONTADOR/2020) A existência de poder é um dos requisitos para um


investidor ser considerado o controlador de uma investida e tornar-se sujeito à elaboração e
à apresentação de demonstrações contábeis consolidadas. Segundo o Pronunciamento Téc-
nico CPC 36 (R3) — Demonstrações Consolidadas —, tal poder estará presente sempre que o
investidor
a) detiver 50% ou mais do capital da investida.
b) exercer influência significativa sobre a investida.
c) detiver a maioria dos direitos de voto, sejam eles substantivos ou não.

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d) for capaz de afetar os retornos dos seus investimentos na investida por meio do seu envol-
vimento no processo de gestão.
e) tiver a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes da investida.

004. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR DE CONTAS/2018) Segundo o CPC 36, as demonstrações


consolidadas devem ser apresentadas pela empresa
a) coligada sem controle acionário.
b) investida de grande porte.
c) investidora sem controle acionário.
d) investida de médio porte.
e) investidora com controle acionário.

005. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CONTADOR/2016) No que concerne à con-


solidação de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
a) Os lucros a realizar reconhecidos no passivo da investidora decorrentes de transações entre
investidora e investida não serão eliminados.
b) Sociedade com investimento em sociedade coligada avaliada pelo método da equivalência
patrimonial consolida as demonstrações contábeis.
c) O dividendo a receber da investida reconhecido no ativo da investidora não deve ser com-
pensado com o dividendo a pagar para a investidora reconhecido no passivo da investida.
d) O ganho resultante da venda de terreno da investidora para a investida que estiver reconhe-
cido no ativo da investida permanecerá no balanço patrimonial consolidado.
e) Devem ser eliminados o valor contábil do investimento da controladora na controlada e a
parte dessa controladora no patrimônio líquido da controlada.

006. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) O processo mediante o qual os ativos e os passivos


de sociedades controladas e controladora são somados e são eliminadas as operações entre
tais companhias, mas estas continuam a existir juridicamente, é denominado:
a) fusão.
b) incorporação.
c) combinação de negócios.
d) consolidação de demonstrações financeiras.
e) cisão.

007. (CESPE/TCE-AC/ACE/2012) Para efeito de consolidação das demonstrações contábeis


no setor público, os ajustes e eliminações decorrentes do processo de consolidação devem
ser registrados em cada uma das entidades que constituem a unidade contábil.
Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.

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008. (CESPE/FUNPRESP-EXE/AFC/2016) A obrigatoriedade de consolidação das demons-


trações contábeis está diretamente associada ao controle que uma empresa investidora exer-
ce sobre uma empresa investida.
Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.

009. (CESPE/FUNPRESP-EXE/AFC/2016) Situação hipotética: Uma empresa obteve lucro de


R$ 400.000 com a venda de estoque para outra empresa do mesmo grupo. No final do exercí-
cio, o estoque negociado permaneceu no ativo da empresa compradora. A empresa vendedora
está sujeita a uma alíquota de 30% de impostos e contribuições sobre o lucro. Assertiva: Nesse
caso, na consolidação dos balanços, o lucro consolidado será reduzido pela diferença entre o
lucro obtido na negociação intergrupo e a tributação sobre esse lucro.
Julgue o item a seguir, acerca de combinação de negócios, incorporação, fusão e cisão.

010. (CESPE/CADE/CONTADOR/2014) Na incorporação, ocorre extinção da sociedade incor-


porada; na fusão, ocorre extinção das sociedades pré-existentes, que dão lugar a uma socie-
dade nova; e, na cisão, o patrimônio é transferido, em sua totalidade ou em parte, para compa-
nhias existentes ou criadas para essa finalidade.
Julgue o item subsecutivo, referente à fusão de empresas.

011. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2015) Os saldos dos ativos, dos passivos e do patri-


mônio líquido das empresas envolvidas no processo de fusão terão de ser zerados da seguinte
forma: os ativos serão debitados em contrapartida a uma conta transitória criada especifica-
mente para atender ao processo de fusão; e os passivos e o patrimônio líquido serão credita-
dos em contrapartida à mesma conta transitória de fusão.
Com relação aos procedimentos contábeis pertinentes às demonstrações contábeis consoli-
dadas do grupo econômico de entidades que estejam sob o controle de uma entidade contro-
ladora, julgue o item subsequente.

012. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A consolidação requer a utilização de polí-


ticas contábeis uniformes para transações similares.
Considerando os princípios, teorias e normas contábeis aplicáveis no Brasil, julgue o item
subsequente.

013. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) As demonstrações contá-


beis consolidadas retratam a situação econômico-financeira de uma unidade de natureza eco-
nômico-contábil, mas não de uma entidade contábil.
Julgue os itens a seguir, a respeito de fusão, incorporação e cisão de empresas.

014. (CESPE/TJ-RR/CONTADOR/2012) Se a companhia X deixa de existir ao transferir seu


patrimônio para a companhia Y, já existente, e para as companhias Z e W, que foram constituí-
das especialmente para esse fim, diz-se que ocorreu um processo de fusão total de empresas.

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No que se refere aos aspectos contábeis relacionados à reorganização societária, julgue o


item subsequente.

015. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) Nos casos de cisão total ou de incorpora-


ção, a contabilidade da empresa cindida ou incorporada deve baixar contabilmente todos os
ativos e os passivos exigíveis.
No que se refere aos aspectos contábeis relacionados à reorganização societária, julgue o
item subsequente.

016. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) Em se tratando de empresas independen-


tes, o saldo referente ao goodwill existente em uma empresa cindida deverá ser totalmente
baixado e registrado pelo mesmo valor na empresa incorporadora.
Acerca da contabilidade avançada, julgue o item seguinte.

017. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL/2018) A empresa que detiver o controle acionário de


duas outras empresas será considerada parte relacionada de cada uma delas, mas as empre-
sas controladas não serão partes relacionadas uma da outra.
Acerca da contabilidade avançada, julgue o item seguinte.

018. (CESPE/DPF/PERITO CONTÁBIL/2018) A empresa controlada que se encontrar em cir-


cunstância de perda de continuidade e tiver seu patrimônio avaliado em valores de liquidação
poderá ser excluída da consolidação das demonstrações contábeis.
Com referência à mensuração da redução ao valor recuperável de ativos, a incorporação de
entidades, a retificação de erros e ao reconhecimento de receitas, julgue o seguinte item.

019. (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) No caso de uma entidade incorporar outra, o adqui-


rente deve reconhecer, na data da incorporação, obedecendo às condições especificadas na
norma contábil, os ativos identificáveis incorporados e os passivos assumidos, separadamen-
te do ágio por expectativa de rentabilidade futura.
No que se refere ao reconhecimento e à mensuração de concessões, julgue o item seguinte.

020. (CESPE/ANATEL/CONTADOR/2014) Os ativos de infraestrutura devem permanecer re-


gistrados no ativo imobilizado da concedente, visto que não há transferência do direito de
controle para a entidade concessionária.
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item subsequente,
relativo ao reconhecimento e à mensuração de concessões.

021. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2015) Se uma empresa consegue estimar, com confia-


bilidade, o prazo de conclusão de um contrato de construção, então as receitas e os custos re-
lacionados a esse contrato devem ser reconhecidos proporcionalmente ao tempo transcorrido
até o término do período de reporte.

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022. (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) De acordo com o CPC 5(R1), do Comitê dos Pronuncia-


mentos Contábeis, ocorre um tipo de transação entre partes relacionadas no caso de
a) agências de Estado que não controlam plenamente, ou em manter conjunto, a entidade que
reporta a informação ou que exercem influência significativa sobre essa entidade.
b) relacionamento entre a entidade franqueadora e a entidade franqueada.
c) venda realizada pelo valor de custo entre controlada e controladora.
d) relacionamento com a instituição financeira que fornece recursos financeiros à entidade.
e) fornecedor com quem a empresa mantém volume significativo de negócios.
No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

023. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) O fato de duas empresas terem, em co-


mum, um administrador ou outro membro da alta administração é suficiente para que tais
empresas sejam consideradas partes relacionadas.
No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

024. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A transferência de serviços entre partes re-


lacionadas que não tenha ensejado a cobrança de qualquer valor em contrapartida ao serviço
prestado não está sujeita à divulgação pelas entidades envolvidas na transação.
No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

025. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A existência de relacionamento com par-


tes relacionadas pode afetar o balanço patrimonial e a demonstração de resultado de uma en-
tidade, ainda que não sejam realizadas quaisquer transações entre essas partes relacionadas.
Julgue o próximo item, relativos a demonstrações financeiras, seu conteúdo e sua apresentação.

026. (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Situação hipotética: Durante o ano de 2017, uma


companhia aberta fez alteração da sua política contábil, de maneira retrospectiva ao ano de
2016. Assertiva: Conforme pronunciamento técnico do Comitê de Pronunciamentos Contá-
beis, nas demonstrações financeiras de 2017 dessa companhia, devem constar três balanços
patrimoniais: um relativo ao final de 2017; um relativo ao final do período de 2016; e outro refe-
rente ao início do período de 2016.
Com relação à elaboração de demonstrações contábeis de acordo com a legislação societária,
os princípios fundamentais da contabilidade e os pronunciamentos contábeis do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o próximo item.

027. (CESPE/MPC-CE/CONTADOR/2020) Nas consolidações, goodwill é o excesso de valor


pago pela investidora por sua participação sobre os ativos da subsidiária, devendo ser registra-
do no ativo não circulante investimentos.
A respeito da divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o próximo item.

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028. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) As transações atípicas com partes relacio-


nadas ocorridas após o encerramento do exercício em divulgação devem ser evidenciadas nas
notas explicativas.

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GABARITO
1. a
2. c
3. e
4. e
5. e
6. d
7. E
8. C
9. C
10. C
11. E
12. C
13. C
14. E
15. C
16. E
17. E
18. C
19. C
20. C
21. E
22. c
23. E
24. E
25. C
26. C
27. E
28. C

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/TCE-AC/ACE/2012) Na consolidação das demonstrações contábeis, a partici-
pação de acionistas minoritários deve ser destacada, razão pela qual a CVM determina que, no
balanço patrimonial, essa participação seja classificada
a) em grupo isolado do passivo, antes do patrimônio líquido.
b) no passivo exigível a longo prazo.
c) como desdobramento do capital social.
d) como reserva de capital.
e) como desdobramento de resultados de exercícios futuros.

A CVM, por meio da IN 247, no Art. 25, estabelece que a participação dos acionistas não con-
troladores no patrimônio líquido das sociedades controladas deverá ser destacada em grupo
isolado, no balanço patrimonial consolidado, imediatamente antes do patrimônio líquido.
Cuidado, pois o CPC 36 (R3) destaca que a controladora deve apresentar as participações de
não controladores no balanço patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separa-
damente do patrimônio líquido dos proprietários da controladora.
Letra a.

002. (CESPE/SEFAZ-RS/AFRE/2019) Com relação à consolidação de demonstrações contá-


beis, julgue o item a seguir.
I – Trata-se de procedimento obrigatório para todas as sociedades por ações, abertas ou fe-
chadas, e, ainda, para entidades limitadas, quando existirem investimentos em controladas,
sem qualquer exceção.
II – É admissível uma defasagem de até sessenta dias entre as datas das demonstrações
contábeis das empresas consolidadas e da empresa consolidadora, desde que satisfeitas as
demais condições exigíveis.
III – Devem ser excluídos das demonstrações os custos de estoque e os lucros ou prejuízos
relativos a resultados ainda não realizados de negócios entre sociedades.
IV – Os resultados relativos ao goodwill decorrente de operações intragrupo devem ser eviden-
ciados na consolidação.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

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Estão errados os itens I e IV.


O erro do item I é que existem exceções para a consolidação, especialmente quando a contro-
ladora for controlada de outra empresa.
O erro do item IV é que o goodwill, ou fundo de comércio adquirido intragrupo, deve ser exclu-
ído das consolidações.
Letra c.

003. (CESPE/TJ-PA/CONTADOR/2020) A existência de poder é um dos requisitos para um


investidor ser considerado o controlador de uma investida e tornar-se sujeito à elaboração e
à apresentação de demonstrações contábeis consolidadas. Segundo o Pronunciamento Téc-
nico CPC 36 (R3) — Demonstrações Consolidadas —, tal poder estará presente sempre que o
investidor
a) detiver 50% ou mais do capital da investida.
b) exercer influência significativa sobre a investida.
c) detiver a maioria dos direitos de voto, sejam eles substantivos ou não.
d) for capaz de afetar os retornos dos seus investimentos na investida por meio do seu envol-
vimento no processo de gestão.
e) tiver a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes da investida.

O controle está relacionado com a preponderância nas deliberações sociais da empresa, ou


seja, é o poder de estabelecer e dirigir as atividades da investida.
Uma forma de controlar uma empresa é ter a propriedade direta ou indireta de mais de 50% do
capital votante da investida.
Letra e.

004. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR DE CONTAS/2018) Segundo o CPC 36, as demonstrações


consolidadas devem ser apresentadas pela empresa
a) coligada sem controle acionário.
b) investida de grande porte.
c) investidora sem controle acionário.
d) investida de médio porte.
e) investidora com controle acionário.

O CPC 36 exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controla-
das) apresente demonstrações consolidadas.

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Assim, o que caracteriza a necessidade de consolidação é o controle acionário.


Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de
suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
Letra e.

005. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO CONTADOR/2016) No que concerne à con-


solidação de demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
a) Os lucros a realizar reconhecidos no passivo da investidora decorrentes de transações entre
investidora e investida não serão eliminados.
b) Sociedade com investimento em sociedade coligada avaliada pelo método da equivalência
patrimonial consolida as demonstrações contábeis.
c) O dividendo a receber da investida reconhecido no ativo da investidora não deve ser com-
pensado com o dividendo a pagar para a investidora reconhecido no passivo da investida.
d) O ganho resultante da venda de terreno da investidora para a investida que estiver reconhe-
cido no ativo da investida permanecerá no balanço patrimonial consolidado.
e) Devem ser eliminados o valor contábil do investimento da controladora na controlada e a
parte dessa controladora no patrimônio líquido da controlada.

As letras a), c) e d) estão erradas, pois deverão ser excluídos todos os ativos e passivos que
surgiram de negociações entre empresas do grupo.
A letra b) está errada, pois somente deve consolidar as demonstrações contábeis a controla-
dora do grupo.
Letra e.

006. (CESPE/TRE-BA/CONTADOR/2017) O processo mediante o qual os ativos e os passivos


de sociedades controladas e controladora são somados e são eliminadas as operações entre
tais companhias, mas estas continuam a existir juridicamente, é denominado:
a) fusão.
b) incorporação.
c) combinação de negócios.
d) consolidação de demonstrações financeiras.
e) cisão.

Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades


(grupo econômico), apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica, sen-
do que a consolidação de demonstrações financeiras é o processo em que os ativos e os pas-

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sivos de sociedades controladas e controladora são somados e são eliminadas as operações


de empresas do mesmo econômico.
Vamos lembrar os demais conceitos:
Fusão é o processo em que duas ou mais empresas se juntam para dar origem a uma
nova empresa
Incorporação é o processo em que uma empresa é absorvida por outra que continua existindo.
Cisão é o processo pelo qual uma empresa transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
Combinação de negócios é o processo em que uma empresa obtém o controle de um ou mais
negócios da adquirida.
Letra d.

007. (CESPE/TCE-AC/ACE/2012) Para efeito de consolidação das demonstrações contábeis


no setor público, os ajustes e eliminações decorrentes do processo de consolidação devem
ser registrados em cada uma das entidades que constituem a unidade contábil.

A consolidação é realizada pela controladora do grupo, e os ajustes e as eliminações decor-


rentes do processo de consolidação devem ser realizados em documentos auxiliares, não ori-
ginando nenhum tipo de lançamento na escrituração das entidades que formam a unidade de
natureza econômico-contábil.
Errado.

Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.

008. (CESPE/FUNPRESP-EXE/AFC/2016) A obrigatoriedade de consolidação das demons-


trações contábeis está diretamente associada ao controle que uma empresa investidora exer-
ce sobre uma empresa investida.

A legislação contábil exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades
(controladas) apresente demonstrações consolidadas.
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de
suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
Certo.

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Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações financeiras.

009. (CESPE/FUNPRESP-EXE/AFC/2016) Situação hipotética: Uma empresa obteve lucro de


R$ 400.000 com a venda de estoque para outra empresa do mesmo grupo. No final do exercí-
cio, o estoque negociado permaneceu no ativo da empresa compradora. A empresa vendedora
está sujeita a uma alíquota de 30% de impostos e contribuições sobre o lucro. Assertiva: Nesse
caso, na consolidação dos balanços, o lucro consolidado será reduzido pela diferença entre o
lucro obtido na negociação intergrupo e a tributação sobre esse lucro.

No processo de consolidação, a controladora deverá eliminar integralmente ativos e passivos,


patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo relacionados a transações
entre entidades do grupo; como, por exemplo, os resultados decorrentes de transações intra-
grupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são eliminados
integralmente.
Note que, como deve ser retirado o valor integral, a consolidadora deverá excluir a tributação
que possa ter incidido sobre o lucro na negociação.
Certo.

Julgue o item a seguir, acerca de combinação de negócios, incorporação, fusão e cisão.

010. (CESPE/CADE/CONTADOR/2014) Na incorporação, ocorre extinção da sociedade incor-


porada; na fusão, ocorre extinção das sociedades pré-existentes, que dão lugar a uma socie-
dade nova; e, na cisão, o patrimônio é transferido, em sua totalidade ou em parte, para compa-
nhias existentes ou criadas para essa finalidade.

A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações, ocorrendo a extinção da
incorporada.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade
nova, que lhes sucederá em todos os direitos e em todas as obrigações, ocorrendo a extinção
das fundidas.
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
Certo.

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Julgue o item subsecutivo, referente à fusão de empresas.

011. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2015) Os saldos dos ativos, dos passivos e do patri-


mônio líquido das empresas envolvidas no processo de fusão terão de ser zerados da seguinte
forma: os ativos serão debitados em contrapartida a uma conta transitória criada especifica-
mente para atender ao processo de fusão; e os passivos e o patrimônio líquido serão credita-
dos em contrapartida à mesma conta transitória de fusão.

As empresas que estão se fundindo para criar uma nova empresa deverão transferir os seus
patrimônios para a empresa criada.
Nesta transferência, é criada uma conta transitória que receberá os patrimônios e, depois, rea-
lizará a transferência deles para a nova empresa.
Assim, os saldos dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido das empresas envolvidas no
processo de fusão deverão ser zerados. Para isto, as contas do ativo, que são devedoras, serão
creditadas; e as contas do passivo e do patrimônio líquido, que são credoras, serão debitadas.
Errado.

Com relação aos procedimentos contábeis pertinentes às demonstrações contábeis consoli-


dadas do grupo econômico de entidades que estejam sob o controle de uma entidade contro-
ladora, julgue o item subsequente.

012. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A consolidação requer a utilização de polí-


ticas contábeis uniformes para transações similares.

Vimos, na aula, que, no processo de consolidação, a controladora deverá elaborar demonstra-


ções consolidadas, utilizando políticas contábeis uniformes para transações similares e ou-
tros eventos em circunstâncias similares.
Certo.

Considerando os princípios, teorias e normas contábeis aplicáveis no Brasil, julgue o item


subsequente.

013. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) As demonstrações contá-


beis consolidadas retratam a situação econômico-financeira de uma unidade de natureza eco-
nômico-contábil, mas não de uma entidade contábil.

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A consolidação abrange entidades independentes com patrimônios autônomos, não surgin-


do, pela consolidação, nova entidade, mas tão somente uma unidade de natureza econômi-
co-contábil.
Lembre-se que a consolidação tem por objetivo apresentar a posição patrimonial e financei-
ra e os resultados das operações das empresas controladora e controladas como se fos-
sem uma só.
Certo.

Julgue os itens a seguir, a respeito de fusão, incorporação e cisão de empresas.

014. (CESPE/TJ-RR/CONTADOR/2012) Se a companhia X deixa de existir ao transferir seu


patrimônio para a companhia Y, já existente, e para as companhias Z e W, que foram constituí-
das especialmente para esse fim, diz-se que ocorreu um processo de fusão total de empresas.

Vamos lembrar os conceitos:


Cisão é a operação pela qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a sociedade cindi-
da, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações. Na incorporação, a sociedade
incorporada deixa de existir, mas a empresa incorporadora continuará com a sua personalida-
de jurídica.
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova,
que lhes sucederá em todos os direitos e em todas obrigações. As sociedades fundidas dei-
xam de existir, e surge uma nova empresa.
O caso da assertiva é uma cisão.
Errado.

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Nos casos de cisão e incorporação, o patrimônio da cindida ou incorporada deixará de existir.


A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma
ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a compa-
nhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se par-
cial a versão.
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e em todas as obrigações (Artigo 227 da Lei 6.404/1976). Na
incorporação, a sociedade incorporada deixa de existir, mas a empresa incorporadora continu-
ará com a sua personalidade jurídica.
Certo.

No que se refere aos aspectos contábeis relacionados à reorganização societária, julgue o


item subsequente.

016. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) Em se tratando de empresas independen-


tes, o saldo referente ao goodwill existente em uma empresa cindida deverá ser totalmente
baixado e registrado pelo mesmo valor na empresa incorporadora.

Quando uma empresa é cindida, seu patrimônio é transferido para uma outra empresa, que vai
incorporá-lo ao seu patrimônio. Os ativos intangíveis, oriundos de ágio por expectativa futuro
(fundo de comércio adquirido/goodwill), devem sofrer o teste de recuperabilidade e ter sua
mensuração baseada no seu VALOR JUSTO, pelo uso ou pela venda.
Errado.

Acerca da contabilidade avançada, julgue o item seguinte.

017. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL/2018) A empresa que detiver o controle acionário de


duas outras empresas será considerada parte relacionada de cada uma delas, mas as empre-
sas controladas não serão partes relacionadas uma da outra.

Neste caso, as duas empresas controladas por uma outra são partes relacionadas, pois ambas
as entidades estão sob o controle de uma terceira entidade, e a controladora pode influir nas
decisões das controladas.
Errado.

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018. (CESPE/DPF/PERITO CONTÁBIL/2018) A empresa controlada que se encontrar em cir-


cunstância de perda de continuidade e tiver seu patrimônio avaliado em valores de liquidação
poderá ser excluída da consolidação das demonstrações contábeis.

Devem ser excluídas das demonstrações contábeis consolidadas as entidades controladas


que se encontrem nas seguintes condições:
a) com efetivas e claras evidências de perda de continuidade e cujo patrimônio seja avaliado,
ou não, a valores de liquidação;
b) cuja venda por parte da controladora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de
realização devidamente formalizada.
Certo.

Com referência à mensuração da redução ao valor recuperável de ativos, a incorporação de


entidades, a retificação de erros e ao reconhecimento de receitas, julgue o seguinte item.

019. (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) No caso de uma entidade incorporar outra, o adqui-


rente deve reconhecer, na data da incorporação, obedecendo às condições especificadas na
norma contábil, os ativos identificáveis incorporados e os passivos assumidos, separadamen-
te do ágio por expectativa de rentabilidade futura.

Segundo as normas contábeis, em uma operação de restruturação societária, a partir da data


de aquisição, o adquirente deve reconhecer, separadamente do ágio por expectativa de rentabi-
lidade futura (goodwill), os ativos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e quaisquer
participações de não controladores na adquirida.
Certo.

No que se refere ao reconhecimento e à mensuração de concessões, julgue o item seguinte.

020. (CESPE/ANATEL/CONTADOR/2014) Os ativos de infraestrutura devem permanecer re-


gistrados no ativo imobilizado da concedente, visto que não há transferência do direito de
controle para a entidade concessionária.

A infraestrutura não será registrada como ativo imobilizado do concessionário, porque o con-
trato de concessão não transfere, ao concessionário, o direito de controlar o uso da infraes-
trutura de serviços públicos. O concessionário tem acesso para operar a infraestrutura para a
prestação dos serviços públicos em nome do concedente, nas condições previstas no contrato.
Certo.

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De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item subsequente,


relativo ao reconhecimento e à mensuração de concessões.

021. (CESPE/TELEBRAS/CONTADOR/2015) Se uma empresa consegue estimar, com confia-


bilidade, o prazo de conclusão de um contrato de construção, então as receitas e os custos re-
lacionados a esse contrato devem ser reconhecidos proporcionalmente ao tempo transcorrido
até o término do período de reporte.

Quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade,


as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como
receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio de execução da
atividade contratual ao término do período de reporte. A perda esperada com o contrato de
construção deve ser reconhecida imediatamente como despesa.
O reconhecimento deve ser de acordo com a evolução do contrato e não proporcionalmente
ao tempo do contrato.
Errado.

022. (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) De acordo com o CPC 5(R1), do Comitê dos Pronuncia-


mentos Contábeis, ocorre um tipo de transação entre partes relacionadas no caso de
a) agências de Estado que não controlam plenamente, ou em manter conjunto, a entidade que
reporta a informação ou que exercem influência significativa sobre essa entidade.
b) relacionamento entre a entidade franqueadora e a entidade franqueada.
c) venda realizada pelo valor de custo entre controlada e controladora.
d) relacionamento com a instituição financeira que fornece recursos financeiros à entidade.
e) fornecedor com quem a empresa mantém volume significativo de negócios.

A venda realizada pelo valor de custo entre controlada e controladora é um exemplo de transa-
ção entre partes relacionadas que deve ser divulgada.
Pois a entidade que venda bens à sua controladora pelo custo pode não vender nessas condi-
ções a outro cliente. Além disso, as transações entre partes relacionadas podem não ser feitas
pelos mesmos montantes que seriam entre partes não relacionadas.
Letra c.

No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

023. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) O fato de duas empresas terem, em co-


mum, um administrador ou outro membro da alta administração é suficiente para que tais
empresas sejam consideradas partes relacionadas.

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Não são partes relacionadas duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro
membro do pessoal chave da administração em comum, ou porque um membro do pessoal
chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade.
Errado.

No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

024. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A transferência de serviços entre partes re-


lacionadas que não tenha ensejado a cobrança de qualquer valor em contrapartida ao serviço
prestado não está sujeita à divulgação pelas entidades envolvidas na transação.

Transação com parte relacionada é a transferência de recursos, serviços ou obrigações entre


uma entidade que reporta a informação e uma parte relacionada, independentemente de ser
cobrado um preço em contrapartida.
Dessa forma, mesmo não recebendo qualquer valor em contrapartida ao serviço prestado, as
entidades deverão divulgar as condições em que as transações entre as partes relacionadas
foram efetuadas.
Errado.

No que se refere à divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o item a seguir.

025. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) A existência de relacionamento com par-


tes relacionadas pode afetar o balanço patrimonial e a demonstração de resultado de uma en-
tidade, ainda que não sejam realizadas quaisquer transações entre essas partes relacionadas.

Para possibilitar que os usuários de demonstrações contábeis formem uma visão acerca dos
efeitos dos relacionamentos entre partes relacionadas na entidade, é apropriado divulgar o
relacionamento entre partes relacionadas quando existir controle, tendo havido ou não transa-
ções entre as partes relacionadas.
Os relacionamentos entre PARTES RELACIONADAS devem ser divulgados independentemente
de ter havido ou não transações entre elas.
Certo.

Julgue o próximo item, relativos a demonstrações financeiras, seu conteúdo e sua apresentação.

026. (CESPE/SLU-DF/CONTADOR/2019) Situação hipotética: Durante o ano de 2017, uma


companhia aberta fez alteração da sua política contábil, de maneira retrospectiva ao ano de

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2016. Assertiva: Conforme pronunciamento técnico do Comitê de Pronunciamentos Contá-


beis, nas demonstrações financeiras de 2017 dessa companhia, devem constar três balanços
patrimoniais: um relativo ao final de 2017; um relativo ao final do período de 2016; e outro refe-
rente ao início do período de 2016.

O CPC 09 estabelece que a entidade deve apresentar, como informação mínima, dois balan-
ços patrimoniais, duas demonstrações do resultado e do resultado abrangente, duas demons-
trações do resultado (se apresentadas separadamente), duas demonstrações dos fluxos de
caixa, duas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e duas demonstrações do
valor adicionado (se apresentadas), bem como as respectivas notas explicativas, ou seja, deve
apresentar as DC do exercício anterior e do atual.
Contudo, segundo o CPC 26, a entidade deve apresentar um terceiro balanço patrimonial no
início do período anterior, adicional aos comparativos mínimos das demonstrações contábeis
exigidas, se:
a) aplicar uma política contábil retrospectivamente, fizer uma reapresentação retrospectiva
de itens nas suas demonstrações contábeis ou reclassificar itens de suas demonstrações
contábeis;
b) a aplicação retrospectiva, a reapresentação retrospectiva ou a reclassificação tiver efeito
material sobre as informações do balanço patrimonial no início do período anterior.
Note que, nas circunstâncias descritas, a entidade deve apresentar três balanços patrimoniais:
a) no final do período corrente;
b) no final do período anterior;
c) no início do período precedente.
Certo.

Com relação à elaboração de demonstrações contábeis de acordo com a legislação societária,


os princípios fundamentais da contabilidade e os pronunciamentos contábeis do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o próximo item.

027. (CESPE/MPC-CE/CONTADOR/2020) Nas consolidações, goodwill é o excesso de valor


pago pela investidora por sua participação sobre os ativos da subsidiária, devendo ser registra-
do no ativo não circulante investimentos.

O goodwill (também chamado de ágio por expectativa futura ou fundo de comércio adquirido)
deve ser registrado, pela controladora, no seu ativo não circulante investimento, quando das
demonstrações individuais; e como ativo não circulante INTANGÍVEL, quando das demonstra-
ções contábeis consolidadas.
Errado.

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A respeito da divulgação de transações com partes relacionadas, julgue o próximo item.

028. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTADOR/2016) As transações atípicas com partes relacio-


nadas ocorridas após o encerramento do exercício em divulgação devem ser evidenciadas nas
notas explicativas.

As normas contábeis destacam que transações entre partes relacionadas são permitidas, en-
tretanto, em quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação
das condições em que as mesmas transações foram efetuadas, sendo que as transações atípi-
cas com partes relacionadas após o encerramento do exercício também devem ser divulgadas
como eventos subsequentes em notas explicativas.
Certo.

Claudio Zorzo
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência para Nível Superior,
Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-
servidor público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade
e Auditoria Pública e Privada.

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