Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de empreendimentos
hoteleiros
TECNOLOGIA EM
HOTELARIA
Tecnologia em Hotelaria
Fortaleza, CE
2011
Créditos
Presidente Marília Maia Moreira
Dilma Vana Rousseff Maria Luiza Maia
Ministro da Educação Equipe Arte, Criação e Produção Visual
Fernando Haddad Ábner Di Cavalcanti Medeiros
Secretário da SEED Benghson da Silveira Dantas
Carlos Eduardo Bielschowsky Davi Cabral de Oliveira
Erica Andrade Figueiredo
Diretor de Educação a Distância
Flavio Roberto de Freitas Gonçalves
Celso Costa
Germano José Barros Pinheiro
Reitor do IFCE Gilvandenys Leite Sales Júnior
Cláudio Ricardo Gomes de Lima Hommel Almeida de Barros Lima
Pró-Reitor de Ensino José Albério Beserra
Gilmar Lopes Ribeiro José Stelio Sampaio Bastos Neto
Diretora de EAD/IFCE e Quezia Brandão Souto
Coordenadora UAB/IFCE Larissa Miranda Cunha
Cassandra Ribeiro Joye Marco Augusto M. Oliveira Júnior
Navar de Medeiros Mendonça e Nascimento
Vice-Coordenadora UAB
Régia Talina Silva Araújo Equipe Web
Benghson da Silveira Dantas
Coordenador do Curso de
Fabrice Marc Joye
Tecnologia em Hotelaria
Herculano Gonçalves Santos
José Solon Sales e Silva
Luiz Bezerra de Andrade FIlho
Coordenador do Curso de Lucas do Amaral Saboya
Licenciatura em Matemática Ricardo Werlang
Priscila Rodrigues de Alcântara Samantha Onofre Lóssio
Elaboração do conteúdo Tibério Bezerra Soares
Luiz Regis Azevedo Esmeraldo Revisão Textual
Colaborador Aurea Suely Zavam
Regina Santos Young Nukácia Meyre Araújo de Almeida
Equipe Pedagógica e Design Instrucional Revisão Web
Ana Cláudia Uchôa Araújo Débora Liberato Arruda Hissa
Andréa Maria Rocha Rodrigues Saulo Garcia
Carla Anaíle Moreira de Oliveira Logística
Cristiane Borges Braga Francisco Roberto Dias de Aguiar
Eliana Moreira de Oliveira Virgínia Ferreira Moreira
Gina Maria Porto de Aguiar
Secretários
Glória Monteiro Macedo
Breno Giovanni Silva Araújo
Iraci de Oliveira Moraes Schmidlin
Francisca Venâncio da Silva
Jane Fontes Guedes
Karine Nascimento Portela Auxiliar
Lívia Maria de Lima Santiago Bernardo Matias de Carvalho
Luciana Andrade Rodrigues Maria Tatiana Gomes da Silva
Maria Irene Silva de Moura Wagner Souto Fernandes
Maria Vanda Silvino da Silva Zuila Sâmea Vieira de Araújo
Catalogação na Fonte: Islânia Fernandes Araújo (CRB 3 - Nº 917)
ISBN 978-85-63953-48-3
CDD – 647.94068
Apresentação 6
Referências 80
Currículo 82
SUMÁRIO
AULA 1 Planejamento para o estudo de viabilidade 7
Tópico 1 Planejamento: conceitos e definições 8
Tópico 2 Planejamento: princípios e objetivos 11
Tópico 3 Planejamento no tempo e no âmbito de Interesse 14
Tópico 4 Planejamento - ambiente 17
Atentos a esta realidade, apresentamos este material no intuito de oferecer subsídios técnicos
necessários para entender o processo de elaboração e implantação de projetos hoteleiros.
O estudo de viabilidade de projetos permite uma visão holística dos fatores que interferem na
decisão da tomada de decisão de investir no setor.
Para tanto, consideramos cenários reais e possíveis para tratar o conteúdo necessário para
o estudo de viabilidade de instalação, operação e retorno do investimento em projetos de
alojamentos.
Esperamos, dessa forma, estar contribuindo com todos os que desejam iniciar-se no setor de
hospedagem, seja na condição de investidor, gestor, ou profissional do turismo, apontando
um caminho seguro e confiável, tentando abandonar, de vez, o amadorismo que ainda impera
na atividade do turismo.
Caro(a) Aluno(a),
Sucesso a todos!
Objetivos
AULA 1 7
TÓPICO 1 Planejamento: conceitos
e definições
O bjetivo
• Identificar os conceitos de planejamento
Cabe comentar que as pessoas praticam o planejamento no seu dia a dia e não
se dão conta disso. O planejamento acontece quando:
- As pessoas estão escolhendo roupas para vestir.
- Combinando peças de acordo com a cor e a criatividade.
- Agendando compromissos do dia.
- Observando se terá um café da manhã rápido ou mais tranqüilo.
- Checando as reuniões do dia.
Enfim, nós estamos o tempo todo planejando nossas ações que estaremos
executando futuramente. Essas decisões, do dia a dia, são consideradas simples, mas
quando temos que tomar decisões mais complexas, como investir nosso dinheiro
em um negócio novo, é necessário analisarmos todas as variáveis, é exatamente aqui
que o planejamento facilita a tomada de decisão, apresentando possíveis situações
no futuro. Se o contexto que envolve as nossas ações permanece como se encontra
atualmente, isso permite que possamos “ver” o que provavelmente irá ocorrer mais
adiante. Ou seja, no cenário atual, considerando a economia, política, condições
naturais, entre outros, da forma que se encontram, então poderemos vislumbrar
um futuro provável.
É relevante pontuar que uma visão prévia de nossos objetivos permite que
tomemos decisões mais acertadas, as tarefas são melhores realizadas, pois pensamos
na sua execução antes de iniciá-las, identificando antecipadamente possíveis
entraves e nos preparando para eles.
Dias (2003, p. 89) diz que:
AULA 1 TÓPICO 1 9
O planejamento, portanto, é um instrumento que deve ser usado por todos
que desejam desenvolver certo tipo de trabalho para obter resultados previamente
escolhidos. Ribeiro (1998) ensina que o planejamento possui algumas características
que destacamos a seguir. Vejamos!
De acordo com o que já vimos até agora, podemos colocar outras vantagens
do planejamento como atingir os objetivos mais facilmente. O objetivo mostra qual
situação deverá ser alcançada. Quando as pessoas conhecem o objetivo que devem
atingir trabalham com mais facilidade, pois sabem onde devem chegar e para que
servirá o seu trabalho.
Por outro lado, o planejamento prioriza e ordena as ações. Por exemplo,
quando estamos executando uma tarefa sem planejamento, nos deparamos com
uma pergunta clássica: o que deveremos fazer primeiro? O planejamento é o
instrumento que determina qual a seqüência da realização das tarefas, identificando
a mais importante, criando daí uma escala de prioridades, da mais importante até
a menos relevante.
Até agora vimos o conceito bem como a importância de se utilizar o
planejamento no desenvolvimento das mais diversas ações. No próximo tópico,
daremos continuidade a discussão sobre planejamento, abordando os seus
princípios e objetivos.
AULA 1 TÓPICO 2 11
Essas adaptações e modificações nas ações previamente planejadas são
essenciais para atingir os objetivos que são pautados por 04 princípios. São eles:
AULA 1 TÓPICO 2 13
TÓPICO 3 Planejamento no tempo
e no âmbito de interesse
O bjetivo
• Compreender a importância do tempo na organização do
planejamento
Q uando
cronologia,
que
mencionamos
precisamos
o tempo em que as atividades devem ser
podemos
AULA 1 TÓPICO 3 15
Os círculos da figura 1 apresentam os estágios de um projeto, o círculo com
a letra “A” relaciona-se ao inicio do projeto. Nesta posição, falamos que estamos
na Situação Atual e que gostaríamos de alcançar uma situação melhor, chamada
de Situação Futuro, onde nossas ideias se concretizaram na sua totalidade, ou em
parte. Sendo assim, merecem ser analisados os entraves que não permitiram que
atingíssemos nossos objetivos, pois quando nos encontramos na situação “A” e
criamos objetivos, estamos pensando em uma situação de futuro, no caso a situação
“B”, da figura 1.
Acontece que quando chegamos na situação pensada no passado e através
da realização das ações que permitiram que chegássemos na Situação Futuro, essa
situação passa a ser a atual e logo temos que pensar nos objetivos seguintes. É por
isso que dissemos que o planejamento é contínuo.
Ao idealizamos a implantação de um projeto turístico, partimos da sua
inexistência para sua materialização, para tanto, são necessárias a realização de
inúmeras ações interligadas e integradas, aqui se dá a sinergia. O planejamento,
conforme dito anteriormente, ordena e prioriza essas ações. Podemos pensar nas
ações no momento seguinte, passo a passo, como mostrado na figura 1, mas também
podemos e devemos idealizar as ações em curto, médio e longo prazo, como se fosse
um caminho a ser percorrido nos próximos anos caso o ambiente se mantenha sem
variações bruscas.
AULA 1 TÓPICO 4 17
econômicos e políticos (figura 2). Esses componentes interferem diretamente
no empreendimento ou projeto e não depende da vontade ou das ações do
empreendedor. Nesse caso, o planejamento é utilizado no sentido de minimizar os
efeitos negativos desses componentes sobre o projeto, ou mesmo, quando possível,
anulá-los.
Figura 2 - Componentes dos ambientes
AULA 1 TÓPICO 4 19
um excelente produto final utilizando-se componentes de segunda
linha. Obviamente, para se oferecer bens e serviços com qualidade
garantidade, os fornecedores devem primar pelo uso de matéria prima
(insumos) que possua um nível adequado de utilização.
• Componente internacional - Compreende todas as relações
internacionais que as empresas e as organizações possuem. É bom
lembrar que nem toda organização trabalha com questões ambientais.
Exemplos são as leis, práticas políticas, cultura, entre outras.
Quanto ao microambiente, podemos dizer que é composto pelo ambiente
operacional: componentes internacionais, mão de obra, concorrência e fornecedor.
Também faz parte do microambiente a própria organização, ou empresa, com seus
respectivos departamentos.
O ambiente interno refere-se ao nível de ambiente da organização que está
dentro dela e normalmente tem implicação imediata e específica na administração
da organização. É composto pelos departamentos da empresa. Outra característica
é que a empresa tem total controle sobre estas variáveis.
Na próxima aula, estudaremos o ciclo decisório, bem como os documentos
necessários para análise de projetos. Então, até lá!
Tarefa 2 - De acordo com o estudo do Macroambiente, escolha um equipamento hoteleiro da sua cidade
e identifique os componentes deste ambiente. Visite o equipamento e entreviste o gerente no sentido de
identificar os componentes dos ambientes Operacional e Interno. Os componentes do Ambiente Geral
deverão ser pesquisados na internet e nos órgãos governamentais.
AMBIENTE GERAL
1. Qual o nível sócio econômico da população da localidade?
2. Que incentivos o governo local (prefeitura) oferece para instalação de equipamentos turísticos
na sua cidade?
3. Existem leis que favorecem ou entrevam a instalação de hotéis?
AULA 1 TÓPICO 4 21
AULA 2 Estudo de viabilidade
de projetos
Caríssimo(a) aluno(a),
Objetivos
AULA 2 TÓPICO 2 23
com os resultados da empresa, controle da qualidade dos fornecedores, satisfação
dos clientes, mão de obra e outros. Porém, o mais relevante trata-se do retorno do
investimento. Quando uma pessoa inicia seu próprio negócio, além de passar a ser
patrão, está também investindo um valor monetário, que muitas vezes juntou por
anos de trabalho. Em outras palavras, estamos falando de um investimento.
O investimento mais comum no nosso país é a caderneta de poupança,
algo seguro e garantido pelo governo. Quanto aos outros tipos de investimentos,
trataremos nas aulas seguintes. Aqui é importante ressaltar que a pessoa que
pretende executar um projeto está também arriscando o seu dinheiro. E ninguém
deseja perder suas economias, não é verdade? É por isso que precisamos de
ferramentas para nos mostrar a garantia desse retorno, e o estudo de viabilidade
é uma dessas ferramentas. Mas, quando devemos aplicar de fato um estudo de
viabilidade? São várias as situações que merecem um estudo dessa natureza. Às
vezes, temos uma ideia, mas não temos o local, nem o conceito do produto. Outros
casos que também solicitam um estudo com essa competência são mostrados a
seguir.
Mudança Recomendada
Informação
Implatação da Decisão
Informação
AULA 2 TÓPICO 2 25
TÓPICO 2 Estudo de viabilidade
O bjetivos
• Compreender a importância do estudo de viabilidade
• Aprender quando deve ser realizado o estudo de
viabilidade
Análise do Local
Características Gerais
Análise do Demanda
do Mercado
Pesquisa da Oferta
Planejamento
Mercadológico
Projeções Financeiras
Análise de Viabilidade
AULA 2 TÓPICO 3 27
Para Petrocchi (2007), o empreendimento precisa voltar-se para o ajuste
entre oferta e demanda que é o principal desafio da hotelaria. Para tanto, deve-se
seguir uma seqüência de estudos, pesquisas e tomadas de decisão, como mostrado
a seguir:
1. LOCALIZAÇÃO : Quando o local já não foi definido pelo empreendedor,
deve ser buscado através de um estudo de mercado, onde ocorrem as condições
mais favoráveis para realização do projeto. Para tanto, podemos usar a pesquisa de
oferta. Nela identificamos diferenças de qualidade das instalações, tipos de serviços
e perfil do consumidor. No Brasil, essa diferença é baseada no tipo de hotel.
Hotel Central – localizado no centro da cidade
Hotel Econômico – sua localização mais comum é fora da cidade
Hotel de Convenções – são aqueles mais comuns em centros de negócios
Hotel de Lazer ou Resort
Hotel de Selva
Hotel Fazenda
Hotel de Saúde – mais conhecido como SPA
Eco Hotel – são aqueles que estão integrados com a natureza
Hotel de Terminal de Transportes – situados próximos a aeroportos,
rodoviárias, estações de trens, etc.
Vale ressaltar que dois hotéis com a mesma qualidade não são necessariamente
concorrentes se eles procuram atrair diferentes segmentos de demanda. Algumas
das formas de segmentar a demanda na hotelaria são as instalações, os serviços,
motivos das viagens, entre outros. Além disso, é de fundamental importância a
região onde esse hotel está sendo instalado. Se o projeto trata de instalação de um
empreendimento de luxo (cinco estrelas) na cidade do Rio de Janeiro, devermos
considerar todos os hotéis dessa mesma categoria existente na cidade. No entanto,
se o mesmo projeto passar a ser instalado em Miami Beach, nos Estado Unidos,
consideraremos como base suficiente a existência de um hotel de luxo, a cada 2 ou
3 quilômetros.
Para Campos (2003), o objetivo da pesquisa de oferta em um estudo de
viabilidade é identificar os concorrentes diretos do empreendimento em questão
e quantificar o movimento histórico para posteriormente ser utilizado na análise
da demanda. Esta demanda estará necessitando por produtos que satisfaçam
suas necessidades e expectativas. Portanto, a concepção do equipamento é tão
importante quanto sua localização.
AULA 2 TÓPICO 3 29
TÓPICO 3 Características gerais do
mercado
O bjetivo
• Conhecer as características gerais do mercado
AULA 2 TÓPICO 4 31
2. Quadro Natural • Temperaturas: máxima e mínima
• Duração e características das estações do
ano
• Pluviometria
• Condições de visibilidade
• Período anual de insolação
• Umidade relativa
• Pressão atmosférica
• Índices de poluição do ar
• Topografia
• Relevo
• Hidrografia
• Formação vegetal
• Efeitos do quadro natural nas con-
struções, arquitetura e manutenção dos
prédios
• Necessidades de ar condicionado e/ou
calefação
Fonte: Adaptação do autor
C- Serras
possível também a utilização da energia
UNIDADES GEOAMBIENTAIS SERTANEJAS
D- Depressão Sertaneja
solar, luz natural, ventos, entre outros
que facilitarão a operacionalização do
DEaD/IFCE - 2011
equipamento, economizando inclusive
nos gastos de energia elétrica e manutenção de equipamentos. O quadro 3 apresenta
os aspectos do mercado quanto à mão de obra.
Quadro 3– Características gerais do mercado – População
ASPECTOS DO MERCADO CARACTERÍSTICAS
População • Evolução da população local
• Densidade demográfica
• Composição da população
- por idade
- por sexo
- por renda
- por zona urbana / rural
• Tamanho médio da família
• Profissões
• Rendimento per capita
• Rendimento familiar
• Índice de poder aquisitivo
• População economicamente ativa
• Proprietários de casas
• Proprietários de veículos
• Projeção da evolução da população local.
Fonte: Adaptação do autor
Outro aspecto que influenciará significativamente no equipamento é a
população do local. Através do levantamento das suas características, é possível
detectar o seu perfil. Alguns indicadores podem ser colhidos e se apresentarão
como dados importantíssimos, como o número de pessoas que realmente estão
AULA 2 TÓPICO 4 33
trabalhando, ou que possuem condições físicas para trabalhar, trata-se da população
economicamente ativa, aquela que movimenta a economia quando trabalha, compra,
paga impostos e gera empregos. O número de pessoas que possuem casa própria e
veículo também pode ser outro indicador do poder aquisitivo da população.
Essas informações contribuem na escolha de mão de obra, qualidade de vida,
entre outros. Quando não temos uma equipe de trabalho para o futuro equipamento,
é necessário importamos esses profissionais de outros lugares, tendo que custear
sua estadia, além de pagar o seu salário. Essa prática encarecerá significativamente
os custos operacionais do hotel.
A melhor prática é treinar e capacitar as pessoas da própria localidade
para que possam desempenhar as tarefas no equipamento. Daí a importância de
conhecermos o perfil da população do lugar. No entanto, é necessário que essas
pessoas possuam o mínimo dos conhecimentos básicos de saúde e educação para
que isto possa acontecer. O quadro 4, seguinte, trata da análise da saúde e da
educação.
Quadro 4– Características gerais do mercado – Saúde e Educação
ASPECTOS DO MERCADO CARACTERÍSTICAS
1. Saúde • Índices de natalidade
• Índices de mortalidade
• Principais doenças causadoras de morte
• Principais estabelecimentos clínicos
hospitalares
• Perspectivas do sistema de saúde local
• Investimentos na saúde
AULA 2 TÓPICO 4 35
Oliveira et al. (2009) comentam que o crescimento econômico de uma
localidade está relacionado ao crescimento populacional e ao progresso tecnológico,
bem como as políticas fiscais . A composição da economia relaciona-se aos setores
produtivos que, na maioria das vezes, baseia-se na produção agrícola, na pecuária,
no comércio, nas indústrias de todos os tipos, no turismo, entre outros.
As condições do mercado também devem ser consideradas, deve-se
observar oferta de produtos, bem como as fontes de financiamento e taxas de
juros disponíveis no mercado. Não se pode esquecer também que as condições de
mercado apresentam os resultados das políticas econômicas tomadas pelo governo.
Em se tratando de política, geralmente, o modelo de governante revela
as características das políticas públicas do local. Quando temos um prefeito ou
governador empenhado em desenvolver o município ou estado, podemos perceber
mais interesse destes em atrair investimentos. Pensando de forma abrangente,
quando os empreendimentos são instalados em um lugar, acontece também a
geração de empregos, bem como o aquecimento da economia local, pois a maioria
dos produtos para o funcionamento do hotel, por exemplo, serão comprados
no comércio local, gerando assim outros empregos, em detrimento da instalação
e funcionamento do equipamento. Este tipo de ação é chamado de economia de
dependência, onde os equipamentos turísticos priorizam as compras no comércio
local, fazendo com que o dinheiro que chega com a atividade turística fique na
cidade, gerando renda e emprego e conseqüentemente melhorando a qualidade de
vida da população.
Outro fator importante a ser observado no estudo de viabilidade de projetos
hoteleiros é a política local para desenvolvimento do turismo. Muitos governantes,
embora possuam potencialidades turísticas nos seus municípios, não tratam
esta atividade com prioridade. Esse posicionamento gera dificuldades para os
empresários do turismo, que nesses casos, têm que se preocupar também com acesso
ao lugar, iluminação, segurança, etc, mesmo que tais ações sejam de competência
da prefeitura, como também as de promoção do destino turístico.
Na seqüência, o quadro 6 apresenta as características necessárias para análise
da mão de obra do local onde será instalado o empreendimento.
AULA 2 TÓPICO 4 37
Ati v i dade s de ap r o f u n dame n to
Tarefa 1 - De acordo com o ciclo decisório, apresente uma situação-problema em que seja necessária sua
utilização. aponte as fazes e as etapas de acordo com o problema e apresente alternativas de intervenção.
dentre as situações abaixo, escolha uma para aplicar o ciclo decisório. você também poderá apresentar outra
situação que não estas abaixo.
SITUAÇÕES-PROBLEMA:
1. Um hotel à beira mar recebeu 30% de reservas a mais do que sua capacidade. como o
gerente geral deverá proceder para esta e para a próxima estação?
2. Recolhendo o opinário do hotel, percebeu-se um alto número de reclamações sobre a
limpeza dos apartamentos. como podemos trabalhar este assunto, utilizando o ciclo decisório?
Tarefa 2 - Na sua cidade, escolha um hotel ou uma pousada e faça o levantamento das Características Gerais
do Mercado, considerando a influência das variáveis em relação ao equipamento escolhido. Abaixo seguem
os aspectos a serem observados e comentados.
1. Localização
2. História
3. Quadro Natural
4. População
5. Saúde
6. Educação
7. Economia
8. Política
9. Mão de obra (geral e para a hotelaria)
10. Abastecimento para o hotel
OBS: Neste exercício será considerado o equipamento em funcionamento, e as informações serão utilizadas
para desenvolver possíveis projetos de ampliação e/ou expansão.
Objetivos
AULA 3 39
TÓPICO 1 O projeto
O bjetivo
• Compreender os conceitos básicos dos projetos hoteleiros
AULA 3 TÓPICO 1 41
ou interesse de uma pessoa ou organização”. O autor comenta que o projeto é
utilizado para alcançar o sucesso, e este somente se dará se os objetivos forem
realizados no prazo preestabelecido, consumindo os recursos previstos dentro do
plano orçamentário.
Para Valeriano apud Campos (2003, p. 57), projeto “é um conjunto de
ações executadas de forma coordenada por uma organização transitória, ao qual
são alocados os insumos necessários para, em dado prazo, alcançar um objetivo
determinado”.
Até agora, compreendemos os conhecimentos básicos dos projetos hoteleiros.
No próximo tópico, verificaremos a classificação desses projetos.
AULA 3 TÓPICO 2 43
Quanto à função de implantação, podem ser de viabilidade técnico
econômica, executivo e viabilidade econômica. Vamos comentar cada um desses
projetos separadamente.
Projeto de Viabilidade Técnico Econômica: é um projeto de estudo ou
análise que procura verificar a viabilidade a nível interno da empresa quando
surge a ideia ou oportunidade de investir. Nesse caso, o empreendimento refere-
se a um investimento em longo prazo. Em geral, como dissemos anteriormente, o
estudo de viabilidade não é feito, ficando em segundo plano no processo decisório,
muitas vezes porque é incômodo e demorado, outras porque se atingiu o ponto de
não-retorno da decisão. É relevante pontuar mais uma vez que este projeto diz se
o empreendimento será capaz de produzir o retorno dos investimentos alocados.
No nosso caso, podemos considerar um hotel rentável quando tem a capacidade
de gerar recursos superiores aos investimentos. Não se pode esquecer, também,
que este projeto é solicitado pelas instituições financeiras ao analisar pedidos de
empréstimos.
Projeto Executivo: este projeto trata da implantação física do
empreendimento e relaciona o conjunto de ações que levam a construção do
deste. Podemos citar algumas atividades contidas neste projeto, como os projetos
de arquitetura e engenharia, contratação de profissionais e realização de obras,
aquisição e montagem de equipamentos, acompanhamento físico-financeiro através
dos cronogramas, campanhas publicitárias para lançamento do hotel, e demais
atividades que levaram o hotel à sua operacionalização.
Projeto de Viabilidade Econômica: este estuda o retorno do investimento.
Trata-se de uma análise econômica que avalia em quanto tempo o investidor
terá o seu dinheiro de volta, e em que condições de juros. Quando esse tipo de
investimento acontece em um local, dizemos que é um investimento produtivo,
pois contribui para o desenvolvimento integrado da sociedade. Esse modelo gera
empregos e fortalece a economia local, pois o dinheiro que é atraído, desde a
sua construção e por todo o tempo da sua operacionalização, fica circulando no
comércio do local.
De forma geral, os projetos apresentam características comuns, como sua
singularidade; possuem um objetivo específico; são finitos, ou seja, limitam-se a
ser desenvolvidos em um determinado tempo; possuem o aspecto da incerteza e
do risco, pois por mais informações que venhamos a obter sobre uma determinada
situação, não podemos garantir o que o futuro nos reserva; partem de um
1. Estabelecer os objetivos
2. Planejar as tarefas (ações) para alcançar os objetivos
3. Organizar os recursos para executar as tarefas
4. Integrar os recursos e iniciar a execução das tarefas
5. Medir o progresso do projeto em relação ao planejamento até que os
objetivos sejam alcançados
6. Revisar o planejamento e a organização dos objetivos conforme necessário
% em relação ao total do
Itens de Instalação do Equipamento
Investimento
Estudo de Viabilidade 0,3% a 1,0%
Engenharia de Imprevistos 8% a 12%
Supervisão e Gastos Gerais da Construção 9% a 12%
Construção e Mão de Obra
12% a 20%
Preparação do terreno e estrutura física
45% a 52%
Equipamento e instalação
Gastos pré-operacionais e início de operação 3% a 7%
Juros durante a Construção 4% a 6%
Capital de Giro 5% a 13%
Fonte: Adaptação do autor
AULA 3 TÓPICO 2 45
Estudamos até agora alguns itens dos projetos hoteleiros, mas ressaltamos
que existem outros aspectos importantes nesses projetos, como os arquitetônicos
que abordaremos no próximo tópico.
sai b a mai s !
Capital de giro são recursos que as empresas mantêm em caixa para atender suas necessidades operacionais
imediatas, como por exemplo, negociar preços melhores com os fornecedores ou aproveitar uma oportunidade
de negócio vantajosa, pagar salários e tarifas publica. Fazem parte do capital de giro os recursos em caixa,
aplicações financeiras, estoques e duplicatas a receber.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/administracao-financeira-do-
capital-de-giro-nas-empresas-e-a-analise-de-riscos-no-planejamento/38145/
As fontes de água podem ser utilizadas para oferecer aos hóspedes a sensação
de limpeza e leveza. Os projetos devem fugir da padronização das grandes redes
hoteleiras internacionais, onde a impessoalidade lidera, deve surpreender o
hóspede oferecendo algo novo, além do banho e da cama para dormir.
A arquiteta mencionada pela autora sugere que os espaços do hotel possam
ser utilizados para diferentes funções, por exemplo, as salas de leitura podem ter
pontos de videogame, computadores, mesas para jogos de cartas, bar, drinks, ou
ainda utilizar o mesmo espaço para realização de coquetéis com música ao vivo.
AULA 3 TÓPICO 3 47
Não podemos nos esquecer da segurança da construção e dos hóspedes.
Campos (2003, p. 62), ressalta os seguintes aspectos:
AULA 3 TÓPICO 3 49
TÓPICO 4 Estrutura organizacional
do hotel
O bjetivo
• Compreender a estrutura organizacional do hotel
AULA 3 TÓPICO 4 51
A seguir podemos observar um modelo de estrutura deste tipo de alojamento
proposto por Petrocchi (2007).
Figura 2 - Proposta de estrutura organizacional de uma pousada.
AULA 3 TÓPICO 4 53
Agora que já diferenciamos uma pousada de um hotel, devemos nos
familiarizar com a estrutura física dos equipamentos. O profissional da hotelaria
não precisa ser um arquiteto, mas necessita entender alguns termos técnicos e
projeções para poder opinar quando solicitado seus conhecimentos.
No tópico seguinte desta aula, estaremos apresentando algumas dessas
informações.
AULA 3 TÓPICO 5 55
A tecnologia também é utilizada nos projetos, exemplo disso é a representação
gráfica do layout do apartamento de um hotel. Na figura 6, abaixo, apresentamos
uma planta baixa eletrônica. Neste formato, podemos ver como será o ambiente do
apartamento.
Figura 6 - Planta baixa eletrônica
Fonte: www.praiatur.com.br/index.asp?dep=50
AULA 3 TÓPICO 5 57
decoração e o tipo de mobília, mas também as facilidades na infraestrutura para
manutenção e limpeza.
Por falar nisso, devemos considerar as áreas comuns nos projetos que incluem
as áreas de entretenimentos para os hóspedes. Alguns resorts oferecem, além de
piscina e quadras poliesportivas, outros entretenimentos, como escolinhas de surf,
windsurf, kitesurf, entre outros. Outros disponibilizam aos hóspedes e associados
campos de golfe, passeio de ultraleves, etc. O quadro 4, abaixo, diferencia
infraestrutura para o entretenimento de facilidades.
Quadro 4– Funções Essenciais as Empresas
Figura 10 - Planta eletrônica da área de entretenimento Figura 11 - Planta eletrônica de uma academia
Outro aspecto que deve ser observado pelos profissionais que trabalham em
um determinado projeto, além da infraestrutura, são as restrições de construção
de determinadas áreas, em especial as zonas costeiras. No próximo tópico,
apresentará alguns aspectos sobre licenças para construção de equipamentos em
zonas litorâneas.
AULA 3 TÓPICO 5 59
TÓPICO 6 Licenças ambientais
O bjetivo
• Conhecer os tipos de licenças ambientais
AULA 3 TÓPICO 6 61
desenvolvimento social e econômico para a localidade onde são instalados, no
entanto, é fundamental a relação saudável com o meio ambiente, principalmente
no que se refere ao destino dos resíduos sólidos (lixo produzido no hotel) e das
águas servidas (esgoto).
Na próxima aula, aprenderemos como fazer um plano de negócio e como
acontece a aplicação e o retorno do investimento nos equipamentos de Alojamentos.
Então, até lá.
Olá caríssimo(a),
Nesta aula, aprenderemos os meios para se adquirir um hotel, seja pela compra
do mesmo já em funcionamento, ou pela construção de um novo. Veremos,
também, como podemos obter recursos financeiros para compra ou construção
de um projeto. Como devemos atuar para identificarmos se um projeto é rentável.
Dessa forma, trabalharemos um plano de negócio, calculando valores, seja para
aplicação em mercado de capitais, ou para implantação de projetos hoteleiros.
Portanto, aproveitem...
Objetivos
63
TÓPICO 1
A importância do controle
O bjetivo
• Conhecer as etapas de construção de um hotel
AULA 4 TÓPICO 1 65
No caso da compra de um hotel já construído, é necessário analisar as
informações fornecidas pelo corretor, além de visitar o hotel. Dessa forma, é possível
observar se o hotel está operando normalmente, ou se isso não está ocorrendo por
alguma razão. As informações que o corretor mostrará ao possível comprador são:
o número de apartamentos, resumo de seu desempenho financeiro mais recente,
valor de vendas e outros dados que possam ser úteis na decisão do investidor.
Quando um hotel possui resultados satisfatórios, esse fato refletirá no preço
do imóvel. Em geral, estabelecimentos com desempenho insatisfatório são vendidos
por valores menores, calculados com base no número de apartamentos, porque
não há garantia de que esse desempenho melhore mesmo que o investimento e
a administração sejam adequados. Assim, há uma diferença significativa entre
comprar desempenho e comprar desempenho potencial.
Em geral, hotéis são empreendimentos caros, o preço de um hotel pequeno
com serviço econômico (65 apartamentos), recém-construído, é de US$ 30 mil per
key, podendo chegar a US$ 150 mil ou mais per key, fora o custo do terreno. Sendo
assim, a aquisição de um hotel é uma transação imobiliária que em geral envolve
muitos milhões de dólares.
Segundo Petrocchi (2007), a hotelaria tem forte participação do imobilizado,
que são a construção civil, o terreno e os equipamentos hoteleiros. Cinqüenta por
cento dos investimentos do setor estão na construção civil e 17% em instalações.
Em média, o terreno representa 13% do investimento. Dessa forma, 80% dos
investimentos estão no terreno, obras, instalações e equipamentos. Os demais 20%
dividem-se em capital de giro (12%), projetos financeiros, arquitetura, engenharia
e ambientação (5%), e em despesas pré-operacionais (3%). A seguir, detalharemos
esses investimentos:
Área Porcentagem
Hospedagem 82%
Alimentos e Bebidas 12,3%
Telefonia 2,1%
Lavanderia 1,1%
Outros 2,0%
Fonte: Petrocchi (2007)
AULA 4 TÓPICO 1 67
O exercício a seguir mostra como é possível encontrar a receita com
hospedagem de um hotel. Considerando o número de UHs do hotel, a taxa média
anual de ocupação das UHs, a diária praticada e o período de 365 dias do ano,
temos a seguinte equação:
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Utilizando a fórmula acima, aplicaremos no exemplo a seguir: um hotel com
50 Uhs, taxa de ocupação de 45% e diária de R$ 70,00 teria a seguinte receita anual
com hospedagem.
AULA 4 TÓPICO 2 69
Devemos comentar que, em geral, os proprietários descobrem que é mais
vantajoso pedir empréstimos para adquirir os hotéis nos quais estão interessados.
Embora muitos compradores tenham condições de pagar o valor integral, poucos
optam por fazer isso. Como no caso da aquisição de uma residência, o comprador
prefere dar uma entrada e fazer um financiamento da dívida restante.
Entretanto, solicitar um empréstimo não significa obtê-lo. Muitas pessoas
pedem empréstimos porque têm interesse em conseguir dinheiro. A financeira
precisa sentir que estará emprestando dinheiro a uma pessoa que irá devolver
o dinheiro com juros. Portanto, no momento de solicitar o empréstimo, para
mostrar que sua proposta de compra ou projeto de um hotel vale a pena, você
precisa provar que é capaz de honrar o acordo estabelecido com a financeira, pois
quando um indivíduo solicita um empréstimo, a financeira declara-o responsável
pelo pagamento da dívida. As financeiras cercam-se de garantias para o caso do
empréstimo não ser pago.
Para conseguirmos recursos para comprar ou construir um hotel, precisamos
estar dispostos a enfrentar a rejeição inicial de sua solicitação, pois as financeiras
são muito cautelosas para conceder empréstimos a hotéis. Portanto, precisamos
ser engajados, agressivos e estarmos dispostos a se comprometer as exigências do
empréstimo. O quadro 2 identifica o perfil das financeiras e o valor máximo dos
recursos por elas concedidos para aquisição de um hotel ou desenvolvimento de
um projeto.
Quadro 2– Fontes de empréstimos
AULA 4 TÓPICO 3 71
• Identificar os clientes, o mercado, os fornecedores e os concorrentes, ou
seja, o microambiente do futuro empreendimento
Para que haja confiabilidade por parte dos investidores, é necessário que
as respostas das citadas perguntas sejam todas favoráveis. Além dos aspectos que
mencionamos acima, o plano de negócio precisa ser atrativo para os financiadores
e investidores do projeto.
Nesta aula, não é nossa prioridade aprender a fazer um plano de negócio,
mas é fundamental que o profissional da hotelaria conheça sua estrutura e onde irá
contribuir para a decisão do empreendimento.
O plano de negócio deve permitir uma leitura rápida, com uma estrutura que
apresente os aspectos essenciais do projeto. Geralmente, esses planos se dividem
em três etapas: Sumário Executivo, Demonstração de Resultados e Administração
de Negócios. Apresentaremos, a seguir, o quadro 3 com a estrutura básica de um
plano de negócio.
Quadro 3– Estrutura do plano de negócio
AULA 4 TÓPICO 3 73
TÓPICO 4 Valor presente e valor futuro
O bjetivo
• Discutir sobre como os investidores poder aplicar
seus recursos no mercado financeiro
receber os mesmos juros do mercado de capitais, empresa, que é distribuída aos acionistas por
ocasião do encerramento do exercício social (ano).
ainda terá um acréscimo no seu patrimônio com o
Fonte: http://www.ricardoborges.com/cgi-local/
hotel, receberá os dividendos e ainda contribuirá
index.pl?prog=manualIntMercCapital.pl&secao
para o desenvolvimento da comunidade local.
=aprenda&tipo=Dividendos
Neste caso é mais que justificável um estudo de
viabilidade do projeto.
A figura 1 mostra como se dá a decisão de investir, se no mercado de capitais
ou na execução de um projeto hoteleiro.
Figura 1 - Fluxograma de tomada de decisões de investimentos
AULA 4 TÓPICO 4 75
Para executarmos o estudo de viabilidade de um projeto precisamos conhecer
o total do investimento e fazer uma projeção dos resultados futuros do hotel. Para
tanto utilizamos a fórmula abaixo.
V – Análise de Viabilidade
P – Total Investido
Com esta fórmula é possível sabermos se o empreendimento é viável ou não.
Para que o investimento seja viável o “V” da fórmula deve ser igual ou maior que
zero.
FV – Valor Futuro
ate nção! P – Valor Presente
i – Taxa para o cálculo
A taxa deverá estar em ano quando o tempo for
n – Período de Tempo
previsto em anos, e em meses quando o tempo
Utilizando a fórmula acima podemos
for especificado em meses. Quando temos a taxa
calcular valores no futuro, sendo assim
especificada em ano e o tempo em meses, se faz
necessário escolher um dos dois para fazer o realizaremos um exercício demonstrativo.
cálculo do Valor Futuro. Calcularemos quanto valeriam 30 mil Reais daqui
a três anos a taxa de 15% ao ano (15% a.a).
Então teremos:
AULA 4 TÓPICO 4 77
observando a taxa de desconto. Sendo assim, utilizaremos a fórmula do Valor
Presente (P).
, logo:
P=?
FV = 500.000,00
(1 + i) = (1 + 0,20)³ = 1,728
Desta forma, podemos dizer que R$ 500.000,00 hoje, a uma taxa de juros
de 20% de desconto, valerão R$ 289.351,85 daqui a três anos (valor de “n”). Para
sabermos quando se dará o retorno do investimento teremos que calcular os valores
dos anos futuros, quarto ano (n = 4), quinto ano (n = 5), sexto ano (n = 6), e assim
por diante até que o somatório ( ∑ ) dos resultados financeiros dos anos futuros se
iguale, ou seja maior que o investimento. Portanto veremos o quadro abaixo com
os cálculos do exercício.
OBS: As informações deverão ser coletadas no comércio, nas construtoras e imobiliárias da sua cidade e
na internet. Utilize as figuras contidas no material para se basear no layout dos ambientes, ou pesquise em
outros projetos.
Tarefa 02 - Sabendo-se que um hotel possui 80 UHs, diária de R$ 99,00 e taxa de ocupação de 60%:
2. Após calcular a receita com hospedagem, calcule a receita bruta do hotel, considerando que a receita com
hospedagem equivale a 80% da receita bruta.
3. Certa pessoa, sabendo que você é aluno da disciplina de viabilidade de empreendimentos hoteleiros,
pediu para você calcular quanto valeriam r$ 50.000,00 daqui a 5 anos, a uma taxa de 15% ao ano, já que
ela foi convidada a participar de uma sociedade, devendo entrar com a quantia acima, mas somente terá o
investimento de volta em 5 anos. quanto valeria a quantia indicada?
4. Um investidor procura você para algumas informações sobre determinado projeto hoteleiro. entre as
dúvidas, perguntou a você quando se daria o retorno do seu investimento, já que ele estará investindo
1,1 milhão de reais, com uma taxa desejada de 20%, e sabendo que o resultado anual do hotel será de r$
600.000,00. lembre-se de que os resultados do hotel somente poderão ser considerados a partir do terceiro
ano, já os dois primeiros anos são para a construção, e o terceiro, para o início da operacionalização. qual seu
parecer sobre o investimento?
AULA 4 TÓPICO 4 79
REFERÊNCIAS
BARRETO, Margarita. Planejamento e organização em turismo. 5. ed. Campinas, SP.
Papirus, 2000.
BLACK, J. T. O projeto da fábrica do futuro. Trad. Gustavo Krennenberg. Porto Alegre:
Artes Nédicas, 1998.
CAMPOS, José Ruy Veloso. Estudo de viabilidade para projeto hoteleiro. São Paulo:
CAPINA.ORG. Disponível em: <http://www.capina.org.br/download/pub/ve1997.pdf.> Aces-
so em: 25 jun. 2010.
CERTO, Samuel C. et al. Administração estratégica: planejamento e implantação de estra-
tégia. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2005.
DIAS, Reinaldo. Planejamento do turismo: política e desenvolvimento do turismo no Brasil.
São Paulo: Atlas, 2003.
______. PIMENTA, M. A.(Orgs.) Gestão de hotelaria e turismo. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2005.
______. CESSAR, Maurício. Fundamentos do marketing turístico. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
FRANQUIA.COM. Disponível em: <http://www.franquia.com.br/index.php?option=com_cont
ent&task=view&id=26&Itemid=30>. Acesso em: 10 ago. 2010.
HAYES, David K. Gestão de operação hoteleiras. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
JUNIOR, Francisco; TEIXEIRA, Marcos; FRANCO, Roberto; Guia de licenciamento ambi-
ental. Fortaleza: SEMACE, 2001.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração: manual compacto
para cursos de formação tecnológica e seqüenciais. São Paulo: Atlas, 2004.
______. Administração de projetos: como transformar idéias em resultados. São Paulo:
Atlas, 1997.
PETROCCHI, Mario. Hotelaria: planejamento e gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.
RICARDOBORGES.COM. Disponível em: <http://www.ricardoborges.com/cgi-local/index.
l?prog=manualIntMercCapital.pl&secao=aprenda&tipo=BValores>. Acesso em: 12 ago. 2010.
RIBEIRO, Benjamim Adiron. Noções de planejamento urbano: lições práticas e teóricas de
planejamento urbano. São Paulo: O Semeador, 1998.
REFERÊNCIAS 81
CURRÍCULO
Luiz Regis Azevedo Esmeraldo