Metodologia da

Pesquisa voltada à
Elaboração de
Projetos
Prof.ª Annara Mariane Perboire da Silva
Prof. Hugo Carlos Cavalcanti

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 Professor(es) Autor(es)
Annara Mariane Perboire da Silva
Hugo Carlos Cavalcanti
Revisão
Annara Mariane Perboire da Silva
Hugo Carlos Cavalcanti
Coordenação Design Educacional
Deisiane Gomes Bazante
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Diagramação
Jailson Miranda
Descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes
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Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Manoel Vanderley dos Santos Neto
Coordenação Geral
Maria de Araújo Medeiros Souza
Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Secretaria Executiva de
Educação Integral e Profissional
Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 5

1.Competência 01 | Compreender conceitos relacionados à elaboração, execução e análise de

projetos. ................................................................................................................................................. 6

1.1 Introdução ao processo de elaboração de Projetos ................................................................................... 6

1.1.1 O que é um projeto? ................................................................................................................................ 7

1.1.2 Tipos e características dos projetos ......................................................................................................... 8

1.2 Pesquisa: conceitos e práticas .................................................................................................................... 9

1.2.1 Tipos de pesquisa ................................................................................................................................... 11

1.2.2 Pesquisa quantitativa e Pesquisa qualitativa ........................................................................................ 17

1.3 O Projeto de Pesquisa: elementos e estruturação ................................................................................... 19

1.3.1 Definição do tema e problema .............................................................................................................. 19

1.3.2 Dados de identificação ........................................................................................................................... 21

1.3.3 Objeto .................................................................................................................................................... 21

1.3.4 Objetivos gerais e específicos ................................................................................................................ 22

1.3.5 Justificativa............................................................................................................................................. 22

1.3.6 Fundamentação teórica ......................................................................................................................... 22

1.3.7 Metodologia ........................................................................................................................................... 23

1.3.8 Cronograma ........................................................................................................................................... 23

1.3.9 Orçamento ............................................................................................................................................. 24

2. Competência 02 | Conhecer e utilizar práticas de elaboração e análise de projetos ..................... 27

2.1 A prática na elaboração de projetos ......................................................................................................... 27

2.1.1 Diagnóstico Situacional .......................................................................................................................... 27

2.1.2 Delimitação do tema .............................................................................................................................. 28

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 2.1.3 Especificação do problema .................................................................................................................... 29

2.2 Etapas práticas para elaboração do projeto ............................................................................................. 30

2.2.1 Dados de identificação ........................................................................................................................... 30

2.2.2 Objeto .................................................................................................................................................... 31

2.2.3 Objetivo Geral e Objetivos Específicos .................................................................................................. 32

2.2.4 Justificativa............................................................................................................................................. 33

2.2.5 Fundamentação Teórica ........................................................................................................................ 34

2.2.6 Metodologia ........................................................................................................................................... 35

2.2.7 Cronograma ........................................................................................................................................... 36

2.2.8 Orçamento ............................................................................................................................................. 37

2.3 Estágios do ciclo de vida de um projeto ................................................................................................... 38

Conclusão ............................................................................................................................................. 41

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................... 42

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Introdução
Querido (a) estudante (a), tudo bem?

Nossa conversa com você é muito especial. Certamente durante a nossa vida nos deparamos
com problemas ou inquietações que nos incentivam a desenvolver ideias práticas para resolução de
problemas diversos. E olha, podem ser as coisas mais simples do cotidiano. Quer um exemplo? Você
já sentiu a necessidade de organizar seus afazeres e horários de estudo para melhorar seu
rendimento? Ou então, já teve alguma ideia de melhorar as vendas de um pequeno comércio vizinho
a sua casa?
Repare que estamos falando da necessidade de uma ação, de se realizar um empreendimento
temporário para resolver um problema programado, que tem começo, meio e fim. Ah! Estamos
falando de se fazer um PROJETO!
Quando falamos em projetos pensamos logo naqueles cientistas geniais e suas invenções
fantásticas. Mas calma, o papo aqui é mais simples! Desenvolver um projeto requer mente aguçada,
organização e uma pitada de curiosidade, ou melhor, de pesquisa sobre o problema a ser resolvido.
É isso que veremos juntos nessa disciplina. Nosso curso está organizado em duas competências nas
quais estudaremos os elementos metodológicos e a redação de um projeto. E mais do que isso,
veremos sua aplicação prática!

Sucesso!

Os autores

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1.Competência 01 | Compreender conceitos relacionados à elaboração,
execução e análise de projetos.

1.1 Introdução ao processo de elaboração de Projetos

Você sabe o que é um Projeto? Em nosso cotidiano, essa palavra aparece em diversas situações:
falamos em Projeto de Vida, Projeto de Pesquisa, Projeto de Engenharia, Projetos Sociais, Projetos
Culturais, Projetos Pessoais, Projetos Empresariais ... são muitos os contextos. É o tipo de coisa que
sabemos intuitivamente o que é, mas muitas vezes temos dificuldade em conceituar, não é mesmo?
Vamos dar uma olhada no dicionário Michaelis:

Não sei se você percebeu, mas o projeto, independente do contexto no emprego dessa palavra,
nos dá a noção de futuro, de algo a ser realizado. Pode ser a compra de um celular, uma viagem
bacana, um planejamento financeiro, familiar.
Você já se perguntou se existe diferença entre planejamento e projeto? E a resposta é SIM!
Planejamento é um estado futuro. Onde desejamos chegar. Ou seja, frequentemente, ou melhor,

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cotidianamente, estamos PLANEJANDO: uma viagem, nossa vida, nosso trajeto para escola, nossos
estudos a fim de realizar uma boa prova. Ou seja, é o pensar antes de agir! Mas aí vem a pergunta: e
o PROJETO mas para que serve? Projeto é um estudo formal que vai viabilizar que o nosso
planejamento seja de fato atingido dentro de um tempo programado. É no projeto que
trabalharemos os objetivos, prazos, metas, quantificação e etc. Veja como é importante, além do
planejamento, conseguirmos estruturá-lo e isso é fundamental a fim de que nosso planejamento sai
de fato de nossa mente ou do papel.
Existem vários tipos e características de Projetos. Como falamos, os projetos estão presentes
na pesquisa, nos documentos escritos e fazem parte da nossa vida em várias áreas, na educação e
nos negócios, no nosso cotidiano, por exemplo.
Muitas pessoas não dão a devida importância à elaboração e à execução de um projeto nos
mais diversos âmbitos da vida profissional e pessoal. Ter um projeto bem planejado facilitaria (e
muito viu?) alcançar os objetivos desejados e mais, crescer enquanto uma Organização, seja você um
pequeno empreendedor ou mesmo alguém que simplesmente almeje melhorar seu rendimento
escolar ou realizar planos pessoais.

Vamos então compreender o que é um projeto e sua importância? Vem com a gente!

1.1.1 O que é um projeto?

Uma das melhores conceituações de Projeto se encontra pela Project Management Institute
(PMI), que é uma associação mundial respeitada na área de gestão de projetos.

“Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto,

serviço ou resultado único.”

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 Podemos pensar no projeto como um empreendimento, uma ação que tem começo, meio e
fim, cuja finalidade é dar um resultado final. Porém, pra que isso corra bem, sem aperreios, é preciso
definir o tempo de realização e os recursos necessários para que o projeto se realize. Afinal, tudo tem
um custo para ser feito, não é mesmo? E quão desagradável seria iniciar um projeto e vê-lo morrer
no caminho por falta de dinheiro ou pelo pouco tempo para sua execução!
Vamos dar alguns exemplos. Estudar para um processo seletivo. Diariamente você organiza seu
tempo para dar conta das disciplinas exigidas na prova, dá um gás nas disciplinas que tem mais
dificuldade, faz atividades, monta talvez um fichamento de resumos, se prepara para fazer simulados,
desafios. Repare que isso tudo é um processo, já que você organizou um horário de atividades
definidas para o seu dia a dia com vistas a alcançar um objetivo maior: a aprovação no processo
seletivo. Essa ideia se aplicaria a reforma de uma casa, às atividades de faxina de uma dona de casa
e outros tantos exemplos. Percebemos que ter um projeto é essencial para qualquer
empreendimento pois com ele você terá:

• Redução de custos;
• Otimizará seu tempo;
• Resultados consistentes;
• Controle maior dos riscos envolvidos no processo;
• Engajamento da equipe participante (se for algo coletivo)

E outros tantos benefícios!

1.1.2 Tipos e características dos projetos

Como já dissemos, há uma variedade de projetos existentes. Nesta disciplina vamos focar em
dois deles.

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 1. O projeto de pesquisa científica e os procedimentos metodológicos de sua realização
(essencial para a sua vida escolar ou acadêmica).
2. O projeto voltado à área de gestão e análise para resolução de problemas práticos do nosso
dia a dia e/ou das empresas.

Importante dizer que esses dois pontos não se diferem, pelo contrário, se complementam. Todo
projeto precisa ser redigido em uma estrutura organizada e formal, que sirva de controle e guia na
realização das ações propostas para que você não fique vagando sem rumo. Por fim, todo projeto
precisa ser avaliado quanto sua eficácia e resultados obtidos para que você julgue se é necessário
fazer mudanças ou se os objetivos pretendidos foram de fato alcançados.

Para se ter um projeto, é necessário organizar algumas etapas necessárias à sua constituição.
Iremos abordar sobre o Projeto de Pesquisa, sua estrutura e metodologia. Mas afinal o que é
pesquisa?

1.2 Pesquisa: conceitos e práticas

Já compreendemos os conceitos básicos de Projeto. Agora, veremos que a pesquisa busca

comprovar algo justificado através da razão, orientada em um método que servirá como um guia para
atingimento dos objetivos propostos. O método confere veracidade à análise de um fenômeno
estudado, de modo a comprovar sua veracidade. Vamos a um exemplo:
Na antiguidade, os raios e trovões eram tidos como manifestações de desagrado da divindade
pelos comportamentos individuais ou sociais do homem. Dessa forma, é importante dizer que
quando ocorriam os trovões as pessoas associavam à ira e à fúria dos deuses. Essa era a explicação:
um resultado do temperamento divino! Hoje isso nem faz sentido para você, não é mesmo?
Obviamente que se trata de um conhecimento mítico para explicar a realidade, sem possibilidade de
se questionar, verificar sistematizar ou provar o fenômeno natural observado. Observe que nessa
época não existia a pesquisa, a comprovação e a fundamentação de fatos e dados.

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 A ciência, hoje em dia, nos assegura que a água, quando é aquecida (pelo Sol ou outro processo
de aquecimento), evapora e se transforma em vapor de água. Este vapor de água se mistura com o
ar e, como é mais leve, começa a subir. Formam-se as nuvens carregadas de vapor de água. Ao atingir
altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se
novamente em água. Como é pesada e não consegue sustentar-se no ar, a água acaba caindo em
forma de chuva. Opa! Olha a ciência geográfica nos apresentando sentido e razão aos fenômenos!?
Observe que a explicação científica não é algo generalizada, tampouco utiliza-se da emoção e
dos “achismos”. Ela buscará sempre o porquê das coisas a partir de uma inquietação simples, como
apresentando em nosso exemplo: por que cai água do céu? Como isso ocorre? De onde vem tudo
isso?
A ciência se utiliza de explicações e argumentos lógicos no qual a conclusão é uma descrição do
fenômeno a ser explicado. Tudo isso foi possível por existir um processo metodológico de
investigação sistemática, controlada e crítica em torno do objeto de estudo (fatos) e suas variáveis.

Vejamos alguns conceitos clássicos da pesquisa:

"A pesquisa é o procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que

permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento” (MARCONI, LAKATOS, 2003, p.155).

“Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar

respostas aos problemas propostos” (GIL, 1994, p.19)

“Atividade voltada para a solução de problemas através do emprego de

processos científicos” (CERVO; BERVIAN, 2002, p.50)

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 A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que
requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para
descobrir verdades parciais sobre ela. Podemos observar que a pesquisa científica nos leva a um
planejamento rigoroso, que se inicia com a problematização de alguma área do conhecimento.

Ou seja:

Xô achismos! Xô pressentimentos!

Precisamos de:

Razão Fundamentação Fatos

Dados Repetição Lógica

Comprovação

1.2.1 Tipos de pesquisa

Classificar uma pesquisa nada mais é do que enquadrar a pesquisa num determinado padrão a
ser explorado. Segundo Gil (2010), as pesquisas podem ser classificadas a partir de várias maneiras,
a partir de critérios de classificação.

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 A CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A ÁREA DE CONHECIMENTO é importante para a definição
de políticas de pesquisa e concessão de financiamento. Existem sete áreas de conhecimento: 1)
Ciências exatas e da terra; 2) Ciências biológicas; 3) Engenharia; 4) Ciências da saúde; 5) Ciências
agrárias; 6) Ciências sociais e aplicadas; 7) Ciências humanas. Essa classificação NÃO PRECISA SER
EXPRESSA no corpo metodológico do estudo, mas é importante que o pesquisador saiba em qual área
do conhecimento sua pesquisa está enquadrada para, a partir disso, buscar os procedimentos
metodológicos que condizem com sua elaboração.
A pesquisa científica não se limita aos cientistas de laboratório. Ao elaborar um trabalho escolar
você está fazendo pesquisa, pois este trabalho intelectual constitui um meio de aprendizagem, um
exercício que recria um caminho cientifico já percorrido. Ao estabelecer um fato e explorá-lo com
criticidade você está direcionando suas energias em uma pesquisa científica. Existem várias formas
de pesquisa científica. Vamos conhecer abaixo algumas pesquisas de acordoa que se destina:

• Pesquisa exploratória: aquela que investiga uma problemática sobre a qual pouco se
conhece. O objetivo central é de levantar as primeiras impressões sobre o problema, de
forma a melhor caracterizar e defini-lo. Neste tipo de pesquisa não temos o objetivo de
resolver de pronto o problema, mas delimitá-lo para conhecê-lo. São as primeiras
impressões colhidas.
VAMOS EXEMPLIFICAR: imaginemos a futura construção de um shopping próximo a uma
comunidade ribeirinha. Observe que a instalação desse equipamento modificará o espaço
geográfico, modificará a relação das pessoas com o meio, impactará na economia do local...
Nesse caso, podemos realizar um tipo de pesquisa sobre os impactos dessa construção na
vida das pessoas. Não temos a intenção de solucionar um problema e sim de fazer uma
análise desses impactos para compreender nosso objeto de estudo.

• Pesquisa teórica: esta pesquisa amplia generalizações em torno do objeto de estudo, busca
definir leis e modelos teóricos para gerar novas deduções lógicas através de hipóteses. É
uma pesquisa que exige extremo poder de síntese, reflexão e boas doses de criatividade
por parte do investigador.

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 VAMOS EXEMPLIFICAR: Esse tipo de pesquisa não envolve prática, apenas teoria e tem um
grande valor de pesquisa de base, ou seja, ela fundamenta outras teorias, podemos dar
como exemplo a Teoria da Relatividade, que traz a base para compreensão de outros
fenômenos. Ela é muito utilizada nas ciências exatas.

• Pesquisa básica, a qual agrupa estudos que tem como objetivo identificar lacunas no
conhecimento.

• Pesquisa descritiva, cujo objetivo é descrever as características de determinada população,

as pesquisas descritivas também podem ter como finalidade a identificação de possíveis
relações entre variáveis.

• Pesquisa explicativa, cujo objetivo é identificar aspectos que determinam ou contribuem

para o acontecimento dos fenômenos, explicando a razão e os questionamentos dos fatos.
As pesquisas explicativas são as que mais se aprofundam no conhecimento da realidade,
pois têm como finalidade explicar a razão e o porquê das cosias. (GIL, 2010)

• Pesquisa experimental, que compõe um delineamento mais conceituado no âmbito

cientifico. Ela pode se realizada em qualquer lugar, desde que proporcione as seguintes
características: a) manipulação, a qual faz necessário que o pesquisador manipule uma das
características do objeto estudado; b) controle, no qual pesquisador necessita inserir um
ou mais controles no momento de experimento; c) distribuição aleatória, onde a
designação dos elementos para tomar parte do experimento e do controle é feita
aleatoriamente.

• Pesquisa aplicada: Tipo de pesquisa que envolve a aplicação prática da ciência. Ela utiliza
de teorias, métodos e técnicas acumuladas da ciência sendo muito útil para resolver

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 problemas cotidianos, direcionados para um problema. Ela tem um foco prático,
explorando problemas do mundo real.

VAMOS EXEMPLIFICAR: investigar a melhor abordagem psicopedagógico dentro da escola para

trabalhar a questão da ansiedade nos momentos anteriores ao ENEM junto aos estudantes do ensino
médio.
As pesquisas de levantamento são direcionadas a um determinado grupo no qual são
realizados questionamentos acerca de uma problemática exposta, na busca de levantar
apontamentos para fazer análises quantitativas para a obtenção de resultados que corresponda às
informações levantadas. Na maioria dos levantamentos, não se pesquisa todos dos integrantes da
população estudada. Antes, seleciona-se, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra
significativa de todo o universo, que é tomada como objeto de investigação. As conclusões obtidas
com base na amostra são projetadas para a totalidade do universo, considerando a margem de erro,
que é obtida mediantes cálculos estatísticos.
Outra classificação importante para a redação da metodologia é a CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM OS MÉTODOS EMPREGADOS, que se dá a partir dos procedimentos utilizados na pesquisa para
que dessa forma haja uma avaliação precisa dos dados obtidos. Sendo assim, classificam-se as
pesquisas de acordo com o ambiente de coleta de dados (pesquisa de campo ou de laboratório) ou
pelo grau de controle das variáveis (pesquisa experimental e não experimental). (GIL, 2010).
Esses critérios mencionados pelo autor servem para nortear a pesquisa e o pesquisador, de
maneira a tornar a coleta e análise de dados coerente em todo seu processo de busca de
conhecimento sobre o objeto estudado.
É também importante classificar a pesquisa quanto ao ambiente de pesquisa, a abordagem
teórica e as técnicas de coletas e análise de dados. Para tanto, Gil (2010), apresenta os seguintes tipos
de pesquisa:

• Documentação direta: os dados são levantados no próprio local onde o fenômeno ocorre,
sendo que as coletas ocorrem através de pesquisa de campo ou no laboratório. Utilizam
técnicas de observação direta, com auxílio de entrevistas, aplicação de questionários.

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 • Documentação indireta: neste caso, a pesquisa serve-se de outras fontes coletadas por
terceiros, constituindo-se de material que tenha sido elaborado previamente. O
levantamento de dados a documentação indireta pode ocorrer através de pesquisa
documental (no uso de fontes primárias de informação, ou seja, fontes originais de
primeira mão: documentos elaborados pela empresa que darão base para a minha
pesquisa – relatórios, dados, planilhas e etc.) ou pesquisa bibliográfica (quando se utiliza
fontes terciárias, ou seja, todas as compilações de fontes primárias, material que
trabalhado de outrem, a exemplo de bibliografias e artigos: jornais, livros, artigos
científicos, reportagens, vídeos, podcasts, fontes de informações da web).

O quadro abaixo exemplifica bem esses tipos de fonte de pesquisa. Vamos dar uma olhada!

Figura 01 - Distinção entre fontes primárias e secundárias

Fonte: LAKATOS & MARCONI, 1992

Você sabia que além dessas fontes de pesquisa, temos mais duas outras tão importantes quanto
essas apresentadas? São elas:

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 • Pesquisa de campo:
Muito utilizado quando o interesse da pesquisa é voltado para o estudo de indivíduos,
grupos, instituições, comunidades com o objeto de compreender os mais variados aspectos
sociais ao observar fatos e fenômenos tal como ocorrem, espontaneamente. Este tipo de
pesquisa expõe situações da vida real. Exemplo: Você precisa estudar a ocorrência de
problemas na coluna em atendentes de telemarketing que passam horas sentados.

• Estudo de caso:
O estudo de caso trata-se de uma pesquisa profunda acerca do objeto escolhido. Tem como
objetivo detalhar, conhecer profundamente o objeto. Esse tipo de pesquisa é adequada
para pesquisar um fenômeno e sua realidade.

Mas é importante dizer que, de acordo com a problematização do seu objeto de estudo, você
escolherá, dentre elas, a(s) que melhor se adeque(m) a sua pesquisa. Por exemplo: em uma pesquisa
em sua escola, você poderá utilizar apenas a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Em outra,
em uma empresa do entorno, você poderá utilizar a pesquisa de campo, juntamente com a pesquisa
documental.
A pesquisa-ação surge como método de intervenção para desenvolver mudanças e não se
baseia nos padrões básicos das pesquisas cientificas, pois sua intenção é promover a obtenção de
conhecimento aberto, conciso e objetivo. Essa pesquisa pode ser definida como “pesquisa com base
empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou ainda com a resolução
de um problema coletivo, onde todos pesquisadores e participantes estão envolvidos de modo
cooperativo e participativo. (THIOLLENT apud GIL, 2010, p. 42).
Além de estabelecer o tipo de pesquisa, tendo como base a fonte de coleta de dados e o objeto
de estudo, precisamos, também, estabelecer a natureza da pesquisa. Ou seja, deveremos especificar
se utilizaremos elementos de mensuração quantitativos e numerados ou se priorizaremos os
elementos mais subjetivos. Assim, a pesquisa pode ser classificada como: quantitativa e qualitativa,
respectivamente.

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1.2.2 Pesquisa quantitativa e Pesquisa qualitativa

• A pesquisa qualitativa é aquela utilizada quando o fenômeno estudado é algo não

mensurável, onde não há como separar a realidade do sujeito, sendo necessário considerar
a SUBJETIVIDADE no processo de análise, portanto, algo não quantificável. Exemplo: você
vai até uma empresa conversa com o gerente para obter informações sobre determinado
departamento. Observe que nesse caso, o gerente individualmente está relatando e
trazendo seu ponto de vista subjetivo e operacional sobre o setor.

• A pesquisa quantitativa se traduz em tudo aquilo que pode ser quantificado, mensurável,
ou seja, traduzir em números as várias opiniões e informações qualitativas previamente
existentes. Tem por objetivo “isolar claramente causas e efeitos, operacionalizar
corretamente relações teóricas, medir e quantificar fenômenos, ciar planos de pesquisa
que permitam a generalização de descobertas e formular leis gerais” (FLICK, 2004, p.18).
Exemplo: tendo como base o exemplo acima, podemos coletar informações de todos os
colaboradores do setor sobre o departamento ao invés de unicamente o gerente.
Utilizaremos, portanto, aplicação de formulário e/ou questionários para coletar as
informações dos colaboradores e o resultado desta coleta será representativa de suas
opiniões sobre o setor.

Os tipos de perguntas que encaminham para a pesquisa quantitativa são: quantas pessoas de
uma determinada população compartilham uma característica ou um grupo de características? É
possível quantificar? Cruzar quantidades? Deve-se amostrar?

Lakatos e Marconi (2011) explicam que a diferença entre a pesquisa quantitativa e a

quantitativa não está apenas na aplicação de técnicas estatísticas, mas também nos instrumentos de
coletas de dados.

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 Para facilitar a compreensão da diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa Michel
(2009) apresenta o quadro abaixo:

Pesquisa Quantitativa Pesquisa Qualitativa

Caráter objetivo Caráter subjetivo

Quantifica, coleta, trata dados obtidos

Discute, correlaciona, interpreta
através do uso de técnicas numéricas
situações, fatos, opiniões e conclui
e/ou estatísticas de amostragem,
valores através de análise coerente
população, etc

Discussão e apresentação de resultados

Discussão e apresentação de resultados
feitos predominantemente no formato de
através de tabelas, gráficos – numéricos
texto corrido – ideias, observação, análise

Desenvolve uma teoria – faz

Testa uma teoria – análise estatística interpretações individuais, faz narrativas,
para abranger grandes grupos relata experiências, identifica
expectativas, frustrações, motivos.

Procura generalizações, quantidades Procura particularidade, qualidade

Pesquisador atua remotamente Pesquisador participa do processo

Pesquisador participa, compreender e

Pesquisador descreve, explica prediz
interpreta.

Quadro 04: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa

Fonte: Michel (2009)

Agora que já conhecemos o que é uma pesquisa, sua importância e os tipos, é importante saber
estrutura-la. De que adianta ter todo esse conhecimento e não saber colocar no papel, não é mesmo?
Vamos ampliando nosso conhecimento!

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1.3 O Projeto de Pesquisa: elementos e estruturação

Todas as nossas atividades devem ser planejadas. Assim também, o planejamento da pesquisa
(científica ou não) é uma segurança para que uma investigação seja concluída. Durante a sua vida
vários projetos serão exigidos para o cumprimento de algum requisito, seja na universidade ou na
busca de financiamento em órgãos governamentais e privados para empreender um negócio. Saber
estruturar um projeto é muito importante!
Como já dissemos, elaborar uma pesquisa através de um projeto te dá um melhor
direcionamento das ações que serão tomadas sobre o tema investigado. Sem isso, o seu trabalho
corre o risco de ficar confuso, cheio de improvisações, resultados incertos e ao final, esforços e tempo
perdido. Não é isso o que você quer, não é mesmo?

Um projeto de pesquisa é um texto no qual se explica, da forma mais completa e

precisa possível, todo plano de estudo, sua estratégia lógica. Por isso, é nele que
se estabelecem com clareza os aspectos científicos – o problema, os objetivos, a
justificativa e a fundamentação teórica -, e os aspectos operacionais – a
metodologia, o cronograma e os recursos necessários.

(BRENNER; DIAS; JESUS, 2000, p.11)

1.3.1 Definição do tema e problema

Tudo se inicia com uma inquietação do pesquisador, a observação de algo a ser resolvido. É o
problema da pesquisa, conhecido pela expressão “O que?”. Uma pesquisa se inicia com um
questionamento, com uma pergunta sobre determinado tema, com a escolha do tema. É o momento
de definir o assunto que se deseja desenvolver na pesquisa.
Agora que já entendemos o que é o tema de pesquisa, vamos falar um pouco sobre o problema.
Algumas pessoas confundem e consideram a mesma coisa. Porém, cuidado! APÓS a delimitação do
TEMA, precisamos levantar um PROBLEMA!

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 Não confunda!

• TEMA é uma proposição ampla, abrangente que caracteriza o fenômeno geral a ser
estudado. Uma dificuldade sem solução ou uma lacuna na teoria atual. O tema pode
originar várias pesquisas.
Exemplo: “A motivação dos profissionais na engenharia de software.”

• PROBLEMA da pesquisa é um recorte mais específico, que indica objetivamente o que se

deseja resolver. É a pergunta que norteará sua pesquisa da investigação científica.
Exemplo: “A motivação está relacionada com a produtividade no desenvolvimento de
software?”

Observe que quando estamos falando de PROBLEMA não estamos falando sobre algo negativo
e sim sobre um questionamento! Em todo projeto de pesquisa deve ser feito o levantamento de um
problema ou, se preferir, de uma indagação (a partir de determinado tema) que deverá ser
respondida ao longo do trabalho. Ou seja, a pesquisa girará em torno da resposta ao problema
levantado.
Um erro muito comum para os iniciados na pesquisa escolar é de querer “abraçar o mundo”
com um problema da pesquisa. É preciso delimitar as fronteiras da pesquisa, verificar dentro de um
universo de estudo, um recorte temático do que se deseja problematizar. Ou seja, precisamos ser
realistas e definir um problema que poderá ser respondido. Até porque seria impossível dissertar
sobre um assunto sem focar algum aspecto em particular. Quando o pesquisador delimita um tema
de pesquisa, deve considerar suas aptidões, interesse e inclinação sobre o assunto, afinal, a pesquisa
deve ser algo prazerosa, nada melhor do que ler e pesquisar aquilo de que se gosta, o contrário
poderá ser desastroso. Valoriza-se a experiência pessoal ou profissional para escolha das fontes de
estudo. Considera-se também a gestão pessoal do tempo para empreender os estudos de maneira
consistente e aprofundada se quiser ter um bom resultado ao final.

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 O projeto de pesquisa tem várias etapas e todas estão relacionadas entre si, de modo a haver
uma coerência. Vejamos o esquema a seguir com os principais elementos de um projeto de pesquisa:

Elementos Significação
Dados de identificação Quem fará?
Objeto O que será feito?
Objetivos Com que finalidade?
Justificativa Porque será feito este trabalho?
Fundamentação Teórica Com que fundamentos teóricos?
Metodologia Como será feito?
Cronograma Em que período será feito?
Orçamento Com que recursos?

Fonte: adaptado de: Brenner, Jesus (2008)

1.3.2 Dados de identificação

É a identificação do que será pesquisado, quem são as pessoas envolvidas e qual a finalidade
do projeto. Constam nessa parte o local, o título, nome dos autores, orientadores ou professores,
instituições etc.

1.3.3 Objeto

É a definição do que vai ser estudado. Uma vez situada a problemática do que será estudado
teremos o objeto da pesquisa. Podem ser pessoas, produtos materiais, imateriais ou mesmo grupos
sociais. Delimitamos o objeto de estudo para que a pesquisa fique mais restrita, com maior riqueza,
e não algo muito genérico. Isso é fundamental!

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1.3.4 Objetivos gerais e específicos

Quando delimitamos o que pretendemos pesquisar, precisamos definir os objetivos da pesquisa

que será o norte necessário para resolução do problema em questão. Temos dois tipos de objetivos:

• Geral: apresenta a ideia central, a intenção do projeto de pesquisa. o objetivo geral

responde à pergunta: O que é?
• Específico(s): são todos os resultados que se pretender alcançar a partir da pesquisa,
aprofundam o objetivo geral do projeto de modo mais detalhado. São os “como” da
pesquisa.

1.3.5 Justificativa

Quando escolhemos um tema paro o projeto, devemos saber o motivo ou o porquê desta
escolha, as razões que levaram a necessidade da pesquisa. É na justificativa que mostramos a
importância prática ou teórica do estudo, a viabilidade de realização e o interesse do pesquisador.
Importante defender a relevância da sua pesquisa para que seja reconhecida a importância do seu
projeto!

1.3.6 Fundamentação teórica

Elemento mais voltado à pesquisa acadêmica, a fundamentação teórica é o quadro teórico que
fundamentará sua pesquisa, ou seja, o levantamento de tudo (ou quase tudo) o que já foi pesquisado
até então por outras pessoas sobre o problema proposto em seu projeto. Para isso vale pesquisar
diversas fontes: internet, livros, artigos, jornais, documentos eletrônicos e tudo mais o quanto puder.
Na fundamentação teórica temos a discussão e análise crítica do problema questionado e como
apoio a essa etapa, o pesquisador deverá apresentar os autores que dialogam com a pesquisa e
servirão de base para fundamentar o projeto.

22
1.3.7 Metodologia

A METODOLOGIA da pesquisa é o momento em que se pergunta como prosseguir com a

pesquisa? Como alcançarei o objetivo pesquisa? Que caminhos tomarei para que meus resultados
sejam tidos como válidos? Esses são alguns questionamentos que deverão ser feitos para se construir
a metodologia, buscando assim métodos que se adequem a proposta da mesma.

O texto da metodologia é uma narração do percurso da pesquisa, descrevendo o que será

utilizado para pesquisar o fenômeno estudado. Assim, na narração discorre-se sobre os
procedimentos metodológicos que serão utilizados para alcançar o objetivo da pesquisa e buscar
respostas para a problemática proposta no estudo.
A narração é um texto dinâmico, que contém vários fatores de dependência que são
extremamente importantes para a boa estruturação do texto. Narrar é contar um fato, e como todo
fato ocorre em determinado tempo, em toda narração há sempre um começo um meio e um fim. São
requisitos básicos para que a narração esteja completa.
Em síntese, pode-se dizer que a metodologia é um conjunto de métodos que usamos para
alcançar, buscar o conhecimento da pesquisa em questão. (ANDRADE, 2010).
A metodologia é composta por componentes, tais como: a classificação da pesquisa, os
instrumentos utilizados para a coleta de dados, como, quando e onde os dados foram coletados e o
método de procedimento.
Para a redação da metodologia você deverá apontar qual o tipo da metodologia adotada para
cada um dos subtópicos, conceituá-la e justificar o porquê da adoção dessa tipologia em sua pesquisa.

1.3.8 Cronograma

Lembra que trabalhamos o conceito de planejamento e projeto e os diferenciamos? Pois bem,

qualquer projeto precisa de um CRONOGRAMA. Essa ferramenta estabelece os prazos para execução
das atividades propostas. Imagina se não tivéssemos uma ferramenta que gerenciasse nossas
atividades? Em qual prazo iríamos desenvolver as etapas do projeto? Quando o concluiríamos?

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Perguntas difíceis de responder sem o auxílio desse norteador de tempo e tarefas.Mas afinal o que é
um cronograma de projeto?

O cronograma de projeto é um documento que evidencia todas as tarefas a

serem cumpridas dentro de um determinado projeto, informando a data de
início e fim, qual é a relação de dependência entre as atividades, e quais são os
recursos necessários para atingir a finalidade da proposta.

Disponível em: https://artia.com/blog/5-passos-para-fazer-um-cronograma-de-

projeto-ideal/

Quais as funções de um cronograma?

• Promover a organização das etapas do projeto;

• É uma ferramenta indispensável para gerenciar o tempo de um projeto;
• Indica quando uma tarefa tem que ser iniciada e concluída, representando um
encadeamento lógico e sequencial.

Por fim e principalmente:

• Assegurar que cada etapa de uma proposta seja entregue no prazo delimitado, evitando
que a urgência e os atrasos.

1.3.9 Orçamento

O orçamento é a parte do projeto que diz respeito aos recursos financeiros necessários para
sua execução, com os valores unitários e os totais.
Antes de fazer um orçamento, é de fundamental importância verificar se existe valor mínimo
e/ou máximo previsto para financiamento. Se isso existir é importante que o projeto seja enquadrado

24
nessa especificação, caso contrário, você deverá considerar, de fato, todos os custos para elaboração
da proposta.
No cronograma apresentam-se todas as atividades previstas ao longo do período de realização
projeto. Com isso, buscamos equilibrar a realização das atividades ao longo do tempo. Com ele
conseguimos evitar que em alguns períodos tenhamos um excesso de atividades e outras não
tenhamos nada para fazer.
Para fazer um cronograma é importante criarmos uma tabela, que poderá ser elaborada no
excel ou word ou até mesmo em aplicativos específicos e pagos para gerenciamento de projetos. Mas
independentemente de qualquer tipo de aplicativo, qualquer um que tenha conhecimento do excel
ou word poderá elaborar essa tabela.

Observe o exemplo abaixo:

Cronograma de atividades

Atividades
Mês

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Objetivo 1.

Atividade 1.1

É importante destacar que o “mês 1” não quer dizer “janeiro” e sim, o 1º mês de execução do
projeto. Observe também que as atividades propostas são descritas e estabelecidas em função dos
objetivos específicos. Ou seja, para atingirmos cada objetivo específico necessitaremos de um
conjunto de atividades que deverão ser desenvolvidas dentro de prazos pré-estipulados.
Bem, chegamos ao final da etapa teórica de nossa disciplina. Espero que você tenha
compreendido o processo metodológico para elaboração de projetos. Agora chegou a hora de

25
colocarmos “a mão na massa” e começarmos a desenvolver e elaborar projetos em nosso cotidiano.
Vamos lá!?

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2. Competência 02 | Conhecer e utilizar práticas de elaboração e análise
de projetos

Olá, caro estudante!

Chegou a hora de desenvolvermos a prática em nossa disciplina. Espero que esteja preparado
para aplicar todo o conhecimento acumulado até agora em algo no seu cotidiano. É possível e
devemos sim trabalhar a pesquisa em nosso dia a dia. Muitas vezes associamos a pesquisa e a ciência
a algo chato, penoso e distante de nossa realidade, mas na verdade não é para ser assim. Através da
pesquisa científica podemos e devemos solucionar problemas reais, simples e/ou complexos que
contribuam para melhoria de nossas vidas, de nossas relações sejam pessoais e/ou profissionais. E o
primeiro passo para a resolução desses problemas, é elaborar projetos de pesquisas que contribuam
para o alcance dos objetivos traçados.

Nunca esqueça: o projeto é importante para tirarmos de nossa mente aquele planejamento
e torna-lo palpável e mensurável.

2.1 A prática na elaboração de projetos

Bem, para iniciarmos a elaboração do projeto, precisamos ter uma noção do nosso objeto de
pesquisa. Isso quer dizer que antes de identificar o tema e o problema, precisamos realizar um
diagnóstico ou análise situacional.

2.1.1 Diagnóstico Situacional

O diagnóstico situacional é a tomada de consciência quanto à realidade socioeconômica,

política, cultural e ambiental de um determinado objeto de pesquisa que no seu caso pode ser a
comunidade do entorno da escola, uma empresa na sua área de atuação e até mesmo a sua escola.

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 Observe, portanto, que o diagnóstico é nada mais nada menos que um conjunto de informações
obtidas sobre o objeto de pesquisa. É através dessa análise e desse perfil traçado do objeto que
podemos identificar e traçar um problema de pesquisa. Desta forma, podemos dar como exemplo,
no caso do objeto de estudo ser uma empresa de nossa área de atuação, que devemos no diagnóstico
coletar informações sobre a fundação da empresa, os produtos ofertados no mercado, organograma,
área de atuação, perfil dos clientes, relação com a comunidade local e assim por diante.
Observe que essa etapa diz respeito a coleta de informações sobre o objeto de estudo. E essa,
por sua vez, deverá ser realizada utilizando os dados primários e/ou secundários.
Os dados primários, portanto, são obtidos a partir de informações coletadas diretamente por
meio do entrevistador /pesquisador, através da escuta a alguns funcionários, por exemplo, ou de
algum membro da comunidade local na qual a empresa está encravada. Outra forma de coleta de
dados é a observação, na qual o pesquisador registra sua percepção sobre o objeto de estudo ou área
pesquisada, como por exemplo: sistema de drenagem, presença de esgoto a céu aberto, acúmulo de
lixo no entrono da empresa, densidade habitacional no entorno. Isso pode ser apenas visto em uma
visita de campo.

Já os dados secundários são apresentados e estão disponíveis por organismos governamentais

ou não. Você pode, assim, utilizar os dados obtidos através de documentos oficiais emitidos pela
própria empresa ou até mesmo através de dados e registros oficiais do IBGE, Prefeitura Municipal ou
Estadual dentre outros.
Em posse de todas essas informações obtidas, podemos delimitar o tema de nossa pesquisa.

2.1.2 Delimitação do tema

Agora que já conhecemos o nosso objeto de estudo, faz-se necessário especificarmos um tema
para estudar e se aprofundar. Obviamente que nesse caso precisamos priorizar algo que nos seja
comum e que temos alguma familiaridade sobre o assunto. De que adianta você querer delimitar um
tema que você desconhece ou terá muita dificuldade em obter informações sobre ele?

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 Quer um exemplo? De que adianta você escolher falar sobre um assunto voltado à área de
saúde coletiva se você é da área de exatas, por exemplo, se desconhece e tem pouca familiaridade
com o assunto? Veja que seu esforço será enorme e possivelmente os resultados não serão tão
satisfatórios, não é mesmo?
Dessa forma, foque em um tema que você tem familiaridade e não apenas curiosidade. Que
você se concentre em temas não da moda ou que você leu ser interessante, mas que você de fato
tenha interesse e formas de obtenção de contribuição efetiva par ao alcance dos objetivos que serão
traçados.
Para melhor compreender e ilustrar exemplos das etapas de um projeto de pesquisa, vamos
nos concentrar na sua escola como objeto de pesquisa, tá beleza?
Assim, a partir do diagnóstico situacional apresentado, você identificou que existe uma grande
tensão por parte dos estudantes do ensino médio no que tange à pressão exercida pelas provas do
ENEM. Você identificou, também, que a escola, por sua vez, não está dando o suporte que você julga
necessário para minimizar esses impactos perante os estudantes. Sendo assim, podemos delimitar
nosso TEMA como:

“Ansiedade e tensão dos estudantes do ensino médio para as provas do ENEM”

2.1.3 Especificação do problema

Opa! Agora que você definiu com base em sua análise, gostos e habilidades o tema de pesquisa,
é hora de especificar o seu problema. Lembrando que o problema não é algo negativo e sim uma
pergunta a ser feita a partir do tema delimitado. Sempre que você pensar em um problema, é
importante analisar se efetivamente ele será atingido, se é plausível ou viável. Não adianta você
traçar um problema que, no tempo estabelecido, não será possível de ser respondido, ou que você
jamais terá uma resposta a sua indagação.

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 Essa pergunta é quem norteará todo teu trabalho e é partir dela que todo o seu projeto será
estruturado. Ou seja, tudo gira em torno no atendimento à pergunta levantada.

Voltemos para o nosso objeto de estudo traçado e vamos exemplificar um possível PROBLEMA:

De que forma a escola pode contribuir para minimizar a ansiedade dos estudantes do ensino
médio na proximidade da realização das provas do ENEM??

2.2 Etapas práticas para elaboração do projeto

Agora que temos os aspectos norteadores de nossa pesquisa, vamos iniciar as etapas de
elaboração de nosso projeto?

2.2.1 Dados de identificação

Como já foi dito anteriormente, essa é a identificação do que será pesquisado no projeto. É uma
explanação geral para o leitor. Nela, você deverá descrever as pessoas envolvidas, a instituição a qual
está vinculado, título e orientador.
É importante dizer que existem vários modelos sugestivos na internet que você poderá se
basear. Para efeito de estudo, utilizamos o seguinte:

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 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
AUTORES: Fulano de Tal, Sicrana Juventina, Rolando Lero

TÍTULO: Ansiedade frente à realização das provas do ENEM dos estudantes da Escola Paulo
Freire: uma proposta de redução do estresse no período que antecede as provas.

ORIENTADOR: Astrogildo Astrogênico

NATUREZA: Projeto de Pesquisa

CURSO: Administração

INSTITUIÇÃO: Escola Paulo Freire

PERÍODO DE EXECUÇÃO: de fevereiro a junho de 2021

LOCAL DE EXECUÇÃO: Escola Astrogildo Astrogênico

Viu como é simples? É apenas uma apresentação geral em forma tópicos que deverá ser
elaborada. Um único ponto que devo dizer a você é que não se preocupe inicialmente com o título
de sua pesquisa. Esse poderá ser o último ponto a ser elaborado, sabia? Ele deverá estar em total
consonância com o seu projeto de pesquisa, então pode ocorrer que no início de sua pesquisa você
ainda não tenha definido o tema. E se isso acontecer, não se desespere! Aguarde o término do projeto
e com seu grupo tente achar o título mais atraente e representativo para o seu projeto de pesquisa.

2.2.2 Objeto

Nessa etapa iremos apresentar o que vai ser estudado, ou seja, delimitaremos o nosso objeto
de pesquisa, para tanto, faz-se necessário deixarmos claro o nosso tema e problema. Observe que já
delimitamos, e isso é e sempre será prioritário no estudo, porém, as pessoas precisam ficar cientes
acerca do nosso projeto. O que é e o que pretendemos.
Assim, nessa etapa estabelecemos nosso tema e problema apresentando o objeto de estudo:

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 “A partir de um diagnóstico realizado na escola Albert Sabin foi detectada uma grande tensão
provocada pela pressão da realização das provas do ENEM nos estudantes do ensino médio. Assim, o
presente projeto de pesquisa tem como tema a ansiedade e tensão dos estudantes para as provas do
ENEM.
A fim de nortear e delimitar o projeto de pesquisa, os estudantes lançaram a seguinte
problemática: De que forma a escola pode contribuir para minimizar a ansiedade dos estudantes do
ensino médio na proximidade da realização das provas do ENEM?O objeto de nossa pesquisa,
portanto, é a tensão no ensino médio ocasionada pelas provas do ENEM na escola Albert Sabin.”

Cuidado com a delimitação do objeto! Quanto mais específico melhor! Não adianta você querer
trabalhar com a tensão pré-provas dos estudantes do ensino médio de sua cidade inteira. Vamos ser
realista, ok!? Qual a probabilidade de você conseguir no tempo de 6 meses por exemplo, coletar
todas as informações necessárias a fim de caracterizar todos os estudantes do ensino médio de todas
as escolas de sua cidade. Então seja o mais específico e realista possível!

2.2.3 Objetivo Geral e Objetivos Específicos

Já delimitamos o que pretendemos estudar, agora é hora de estabelecer nossos objetivos.

Esses, por sua vez, são compostos pelo objetivo geral e os objetivos específicos.

No objetivo geral buscamos responder à pergunta: O que? Ou seja, iremos dizer em forma de
AÇÃO o que nossa pesquisa busca responder. Opa, nada de pânico! É muito fácil delimitarmos o
objetivo geral, sabia? O primeiro passo é você retomar o problema de pesquisa. Lembra quando falei
que ele será norteador de sua pesquisa? Pois bem, tomaremos nossa indagação central e a
transformaremos em ação (o que pretendemos).
Exemplo:
Problema: De que forma a escola pode contribuir para minimizar a ansiedade dos estudantes
do ensino médio na proximidade da realização das provas do ENEM?

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 E aí você pode me perguntar: mas e agora como eu estabeleço meu objetivo central? Simples.
Basta transforma a pergunta em ação da seguinte forma:

OBJETIVO GERAL: Apresentar um plano de ação que vise minimizar a ansiedade dos
estudantes do ensino médio na proximidade da realização das provas do ENEM.
Observe que transformamos a pergunta em ação utilizando, inicialmente, um verbo no
infinitivo: “APRESENTAR”. Pois bem, fique atento que todo objetivo deverá ser escrito com o verbo
inicial no infinitivo que dará significado de ação, como por exemplo: ANALISAR, DESCREVER...

Os OBJETIVOS ESPECÍFICOS, por sua vez, seguem a mesma formatação, mas precisamos elencar
de 3(três) a 5 (cinco) objetivos que darão suporte para que o objetivo geral seja atingido.
Por exemplo: para apresentar um plano de ação, precisamos antes de tudo:

1. Coletar informações dos estudantes sobre suas motivações, gostos e aptidões.

2. Identificar o perfil dos professores e funcionários a fim de que captar o conhecimento
acerca do tema e engajamento nas atividades propostas.
3. Sensibilizar o corpo funcional a respeito da temática e influenciá-los a propor atividades a
partir do perfil apresentado na pesquisa junto aos discentes.
4. Propor um plano de ação que trabalhe toda a comunidade acadêmica ao longo do segundo
semestre letivo.

2.2.4 Justificativa

Agora que sabemos O QUE iremos estudar e/ou pesquisar, agora é hora de especificar o POR
QUE? O leitor deverá compreender o motivo dessa escolha e sua importância. Dessa forma, na
justificativa você irá relatar os motivos que te fizeram escolher determinado tema e especificar a
problemática sugerida. Observe que quando você fizer isso, você estará relatando as razões que te

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levaram a escolher determinada temática. E essas, por sua vez, são de ordem pessoal e /ou
profissionais.

Exemplo:
O presente estudo foi delimitado em razão da análise subjetiva apresentada pelos autores e
seus colegas que identificaram na prática ausência de ações propostas pela gestão da escola no que
tange à atenuação dos problemas de tensão ocasionados na proximidade da realização das provas
do ENEM. Essa tensão, por sua vez, pode interferir no resultado final dos estudantes.
Dessa forma, a partir das proposições elencadas, com base no perfil dos estudantes e
funcionários da escola, é possível propor ações que desenvolvam um clima mais alegre que promova
o bem estar e auto- confiança necessárias para minimizar as tensões antes da realização das provas.

2.2.5 Fundamentação Teórica

Essa é a etapa em que você vai trazer toda a teoria para dar credibilidade e embasar teu estudo
cientificamente. Você dessa forma não estará criando teorias e sim baseando seu estudo em algo
cientificado por outros autores. Observe que nesse caso, é importante você trazer o que os autores
falam sobre determinado tema. Cuidado, porém, com o plágio! Nessa etapa não significa que você
vai copiar o que os autores falam através de trechos inteiros retirados de livros ou internet. É
importante você criar um texto SEU embasando com o que outros autores citam ou falam a respeito.
Essa etapa é de fundamental importância quando alguns autores divergem relativo a
determinado tema. Nesse caso é imprescindível você levantar a linha de raciocínio e pesquisa que
você está seguindo: qual o autor pesquisado e o que ele considera sobre determinado tema?
É importante dizer que essa etapa não será necessária em caso de projetos práticos e aplicáveis
dentro de empresas.

Para exemplificar, podemos trabalhar nesse nosso projeto de pesquisa os seguintes temas:
1. Ansiedade nos jovens
2. Tensão nas provas do ENEM
3. Formas minimizar o estresse no universo acadêmico

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 Nesse caso você irá pesquisar em livros, internet, vídeos sobre os assuntos e descrevê-los,
tomando como base os autores e suas investigações sobre os assuntos abordados.

2.2.6 Metodologia

Agora chegou a etapa do COMO fazer sua pesquisa. A partir da metodologia, estabeleceremos
como atingiremos cada objetivo específico. Isso mesmo! Você vai pegar cada objetivo específico e
descrever como será feito para ser cumprido. Vamos pegar os objetivos específicos traçados em
nosso estudo:
1. Coletar informações dos estudantes sobre suas motivações, gostos e aptidões.
2. Identificar o perfil dos professores e funcionários a fim de que captar o conhecimento
acerca do tema e engajamento nas atividades propostas.
3. Sensibilizar o corpo funcional a respeito da temática e influenciá-los a propor atividades a
partir do perfil apresentado na pesquisa junto aos discentes.
4. Propor um plano de ação que trabalhe toda a comunidade acadêmica ao longo do segundo
semestre letivo.

Agora, iremos dizer quais as estratégias identificadas para atingir cada objetivo proposto,
vamos lá!?
Como farei para coletar as informações dos estudantes sobre suas motivações, gostos e
aptidões? Bem, para isso precisaremos trabalhar com a pesquisa quantitativa. Sendo assim:

Para atingir os objetivos propostos no presente projeto de pesquisa, é importante

trabalharmos com a pesquisa quantitativa. Assim, elencaremos uma amostra representativa do
todo e aplicar-se-á um questionário aos estudantes das turmas do ensino médio para identificar o
que eles gostam de fazer no tempo livre e quais atividades sentem falta de atividades na escola.

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 Observe, portanto, que será necessária a elaboração de um questionário para realização dessa
pesquisa interna.

ATIVIDADE PROPOSTA

Vou só como é fácil? Nenhum bicho de sete cabeças, não é mesmo!? Precisamos
identificar o método e os tipos de pesquisas que estudamos lá no início da disciplina e aplicá-las
nesse texto que deverá ser escrito pelo(s) autor(es). Não esqueça que você deverá relatar como
será atingido todos os objetivos específicos. Agora é sua vez de exercitar. Que tal você redigir
um texto que apresente a metodologia aplicada para os demais objetivos propostos? Vamos
lá!?
Após a redação desse texto, apresente ao professor da disciplina para colher seu feedback.

2.2.7 Cronograma

Agora que já estruturamos nosso projeto de pesquisa, é importante estabelecer os prazos para
as atividades propostas. Essa ferramenta nos norteará cronologicamente não permitindo que nos
atrasemos ou deixemos de executar alguma das atividades.
Assim, você poderá no excel ou word elaborar uma tabela que apresente os meses que você
tem para desenvolver o projeto como um todo. Se tomarmos como base seu semestre letivo, ou
período que essa disciplina acontece teremos aproximadamente 5 meses para preparar todo o nosso
projeto de pesquisa. Lembrando, portanto, que iremos trabalhar com 5 colunas representativas de
cada mês, não necessariamente ao mês de janeiro.
Nas linhas da tabela, por sua vez, descreveremos as atividades e os prazos para execução. Não
esqueça que cada atividade elencada deverá ser desenvolvida tomando como base cada objetivo
específico, por exemplo:

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 MESES
ATIVIDADES
1 2 3 4 5
Objetivo Específico 1
Revisão da literatura X
Elaboração dos questionários X
Autorização por parte da gestão da escola para X
aplicação dos questionários
Aplicação dos questionários X X

Observe que a planilha foi preenchida com as atividades pertinentes apenas ao objetivo
específico 1- Coletar informações dos estudantes sobre suas motivações, gostos e aptidões.
Agora é sua vez de exercitar e estabelecer as demais atividades referentes aos demais objetivos
específicos estipulados na pesquisa.

2.2.8 Orçamento

Por fim, precisamos apresentar quanto será gasto para execução do projeto. Nunca esqueça de
que se já existir um valor máximo a ser gasto com o projeto, você deverá ajustar sua pesquisa ao
orçamento previsto. Fique sempre atento a isso!
Caso não exista um orçamento pré-definido, é importante que você elenque todos os custos
envolvidos para a realização desse projeto. Esse orçamento deverá levar em conta os custos de
papelaria, de pessoal, de impressão, de aluguel, enfim, dependerá exclusivamente do seu tipo de
pesquisa e o objeto de estudo.
Nunca esqueça de apresentar seu orçamento em formato de tabela especificando os itens, a
quantidade, o valor unitário e o valor total. Observe que para diminuir os custos de seu projeto, faz-
se necessário, também, um levantamento das empresas fornecedoras de materiais a fim de
identificar os melhores preços do mercado.

Vamos ver um exemplo de uma planilha de orçamento:

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 Figura – Orçamento
Fonte: Os autores

E chegamos ao fim das etapas de elaboração de um projeto. Esperamos que você exercite esse
conteúdo e elabore um projeto real, porém ainda é importante compreender que todo projeto tem
seu ciclo de vida e é isso que trataremos no próximo item.

2.3 Estágios do ciclo de vida de um projeto

Você sabia que assim como nós que passamos por fases ao longo de nossas vidas, os projetos
também tem seu ciclo? Alguns autores consideram útil usar o ciclo de vida do projeto como base para
gerenciá-lo. Pelo ciclo de vida, é possível reconhecer que os projetos têm um período de vida limitado
e que existem mudanças previsíveis no nível de empenho e foco ao longo de sua vida. Há diversos
modelos de ciclo de vida muitos são exclusivos para uma indústria ou tipo de projeto específico. Por
exemplo, um projeto de desenvolvimento de um software pode consistir de cinco fases: 1) definição;
2) design; 3) código; 4) integração/teste; e 5) manutenção.

38
O ciclo de vida do projeto usualmente é formado por quatro estágios sequenciais:

1. definição;
2. planejamento;
3. execução; e
4. entrega.

Figura – Ciclo de vida do projeto

Fonte: www.wankesleandro.com

Vamos estudar um pouco mais sobre cada estágio?

1. Estágio de definição: as especificações do projeto são definidas; os objetivos do projeto

são estabelecidos; as equipes são formadas; as principais responsabilidades são atribuídas.

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 2. Estágio de planejamento: o nível de esforço aumenta, e são desenvolvidos planos para
determinar o que o projeto conterá, quando será programado, quem se beneficiará, o nível
de qualidade a ser mantido e qual será o orçamento.

3. Estágio de execução: é quando ocorre o maior esforço do trabalho do projeto, tanto físico
quanto mental. O produto físico é produzido (uma ponte, um relatório, um software). São
usadas medidas de prazo, custo e especificações para controle. O projeto está no prazo,
seguindo o orçamento e cumprindo as especificações? Quais são as previsões para cada
uma dessas medidas? Quais revisões/mudanças são necessárias?

4. Estágio de fechamento: inclui três atividades – entregar o produto do projeto ao cliente.

Na prática, o ciclo de vida do projeto é usado por alguns grupos de projeto para descrever a
distribuição do tempo das principais tarefas ao longo da vida do projeto. Por exemplo, o seu grupo,
uma parte pode ficar responsável em planejar um grande comprometimento de recursos no estágio
de definição, enquanto outra parte do grupo esperaria que seu principal esforço aumentasse nos
estágios posteriores do ciclo de vida do projeto.
Dessa forma, é possível inferir que com a análise do ciclo de vida do projeto é possível
estabelecer papéis e responsabilidades para todos os integrantes do grupo. As atividades sendo
distribuídas com base em suas aptidões e interesses facilita o trabalho e estabelece responsabilidade
para todos os integrantes. Porém é importante que reuniões sejam feitas periodicamente e as ações
controladas e acompanhadas por todos. Isso evita que o conhecimento fique compartimentado e que
todos possam opinar e acompanhar igualitariamente a elaboração e execução do projeto.

40
Conclusão
Bem, caro estudante, esperamos que essa disciplina o ajude a compreender a importância da
elaboração e execução de projetos de pesquisa. Eles podem e devem ajuda-lo a nortear suas
pesquisas com foco na resolução de problemas cotidianos. Não precisa ser algo exclusivo ou
extraordinário!
Que essa disciplina te ajude a compreender a importância do planejamento nas atividades do
seu cotidiano, seja em casa, na escola, ou no trabalho e para que isso seja e se torne viável e possível
que você desenvolva projetos que te ajudem a modificar e compreender sua realidade!

Bons estudos e boa prática!

Os autores

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Referências Bibliográficas

ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico. 10.ed. São Paulo: Atlas,
2010.

BRENNER, Eliana de Moraes; JESUS, Dalena Maria Nascimento de. Manual de Planejamento e
Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: Projeto de Pesquisa, Monografia e Artigo. 2.ed. ver. São
Paulo: Atlas, 2008.

FLICK, U. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2004.

GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010;

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 1992.

MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais: um guia prático da
disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 2.ed. São Paulo, Atlas, 2009.

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