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aplicadas a tradução e
interpretação de Libras
Yaísa Máuren Guedes Alves
Curso Técnico em
Tradução e
Interpretação de Libras
Produções audiovisuais
aplicadas a tradução e
interpretação de Libras
Yaísa Máuren Guedes Alves
Curso Técnico em
Tradução e Interpretação de Libras
Educação a Distância
Recife
Revisão Diagramação
Yaísa Máuren Guedes Alves Jailson Miranda
Referências ................................................................................................................................... 40
Espero que você esteja preparado e motivado para a nossa jornada, pois chegou
a sua vez de brilhar! “Como assim brilhar, professora?” Brilhar em frente às câmeras!
Na nossa disciplina intitulada: produções audiovisuais aplicadas a tradução e
interpretação de Libras, e especificamente nesta primeira competência que tem por título:
Aprender técnicas de tradução/interpretação em videoaulas, você irá conhecer um pouco
sobre o contexto de trabalho midiático, ou seja, como atuar profissionalmente nos meios de
comunicação, como televisão, jornais, internet, em frente às câmeras.
Durante a pandemia, o tradutor/intérprete de Libras ganhou visibilidade social,
devido a importância de seu trabalho, uma vez que todas as informações veiculadas pelos
meios de comunicação em massa, precisavam estar acessíveis a todos. Esse cenário que foi
descrito, você acompanhou de perto, vendo a presença do TILS (Tradutor Intérprete de Língua
de Sinais) nas janelinhas no canto direito da sua TV, celular, tablet. Mas o que você talvez não
tenha acompanhado ou não saiba, é o percurso legal (para a garantia do direito ao acesso à
informação por parte dos Surdos), ou até mesmo não imagine a estruturação e conhecimento
que o TILS precisa ter, para atuar em frente às câmeras.
Bem, nessa competência você irá aprender as estratégias e técnicas para atuar no
contexto midiático, você pode estar se perguntando, “que estratégias são essas? O que
significa o termo midiático? O que muda na performance do tradutor intérprete dentro desse
contexto? E como atua no ensino a distância? Quais leis garantem o acesso dos Surdos à
informação?”
Todas essas indagações e até mais, você irá sanar nessa disciplina, preparado para
brilhar? “SIM!” Ótimo! Então…
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1.Competência 01 | Aprender técnicas de tradução/interpretação
em videoaulas
Figura 01 - Acender
Fonte: Produzido pela professora Bruna Nascimento
Descrição da figura: três refletores pretos com luzes amarelas e ao lado direito uma caixinha com a palavra luz
na cor preta. Fim da descrição.
Estudante, você está vendo os refletores aí em cima? Pois bem, eles foram
colocados na imagem para clarear suas ideias.
Você já parou para pensar como seria sua vida sem o uso da tecnologia? Sem
celular, notebook, internet? Seria uma vida mais difícil, trabalhosa, desinformada, entediante,
mais humana, mais feliz? É uma pergunta que divide opiniões, mas é inegável que a tecnologia
trouxe para a vida de todos mais praticidade com as tarefas do dia a dia; conhecimento, com
a democratização das informações e globalização, com a integração e expansão em diferentes
setores sociais. Sendo assim, a tecnologia tornou-se parte de nós.
Você pode estar aí inquieto dizendo, a tecnologia não faz parte de mim, se eu
quiser consigo viver sem qualquer tipo de tecnologia. Mas deixa eu te perguntar, o que vem a
sua cabeça quando você vê ou ouve a palavra/sinal tecnologia? Uma TV, um smartphone, um
notebook? Você não pensou errado! Mas a tecnologia vai além dos seus aparelhos eletrônicos
e eletrodomésticos.
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Antes de aprofundar no conteúdo, vamos ouvir o podcast? Então, simbora!
aperte o play:
Agora que você já ouviu/leu podcast, você vai continuar os estudos, aqui no
seu ebook. Simbora!
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De acordo com Dézinho e Santos (2017, p.63),
Com o avanço tecnológico, numerosas ferramentas foram desenvolvidas
para favorecer a comunicação, rompendo as barreiras de tempo e espaço.
Essas tecnologias devem, entretanto, garantir a efetividade do direito à
comunicação, superando qualquer barreira física, atitudinal ou tecnológica
que impeça o acesso à informação.
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Estudante, agora que você já clareou um pouco suas ideias sobre o que é
tecnologia, sua evolução, importância para a sociedade e os impactos refletidos nas relações
humanas, responda para mim, o que você usa para se comunicar de forma rápida, icônica,
prazerosa, envolvente, visual e ao mesmo tempo sonora? Calma! Pense antes de responder.
Tenho certeza que na sua cabeça veio, whatsapp, instagram, twitter, internet. O
que todos estes suportes têm em comum é o uso da linguagem audiovisual, que consiste no
ver e ouvir o que nos é passado pelos meios de comunicação audiovisuais.
A linguagem audiovisual é o tipo de comunicação que utiliza dois recursos
tecnológicos, o áudio e a imagem, dessa forma, tem-se a imagem e a mensagem que está
sendo repassada. A linguagem audiovisual está inserida no nosso dia a dia, através do cinema,
da televisão, filmes, vídeos e das redes sociais de uma forma geral.
Segundo nossa querida Laura Coutinho (2006), a linguagem audiovisual não se
limita ao ver e ouvir as informações de forma simultânea através da linguagem, mas na
construção de sentido desenvolvida por nós, mediante o entendimento do mundo que vemos
e ouvimos com o auxílio da imaginação. Como assim imaginação, professora? Vamos refletir!
Observe a imagem a seguir:
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uma vez que “ o sentido, o significado das coisas não estão só nelas, mas na relação que
estabelecemos com elas” (Laura, 2006, p. 47). O que a obra de arte quer expressar não tem
tanta importância, pois já foi dito pelo autor, o que importa é o significado que você irá atribuir
a ela, ou seja, a pessoa a partir das suas experiências irá dar um sentido para o que está vendo,
e que faz relação com a sua realidade, contexto de vida.
Outros exemplos de artes que fazem uso da linguagem audiovisual são os filmes,
peças de teatros, programas de tv, música, fotografia. Quantos filmes você já assistiu e se
imaginou dentro da cena, ou a história que estava sendo retratada ali parecia que era sobre
você, sobre sua vida?
Bem, o que nos é transmitido visualmente ou de forma sonora pelos meios
audiovisuais, revelam a realidade humana, isto é, como o homem se comporta, comunica,
interage dentro da sua cultura, por isso, o sentimento de identificação e pertencimento, a arte
retrata o contexto social vigente.
Estudante, quando você tira uma foto e compartilha-a nos seus stories, com
legenda, emoticons, música, gif, mostrando um pouco da sua vida, você está fazendo uso da
linguagem audiovisual e multimodal. Você sabe muito bem o que ou qual informação você
compartilhou, mas quem recebe a informação, pode e vai fazer várias inferências por meio da
imaginação, igual o exemplo da pintura em tela visto acima.
Como você viu acima, a linguagem audiovisual surge com o avanço tecnológico no
campo da comunicação e informação, e que tais avanços mudaram a forma das pessoas se
relacionarem em sociedade, tornando a linguagem audiovisual imprescindível no uso das TICs,
sobretudo no contexto midiático. Para clarear ainda mais a sua mente, irei discorrer sobre as
tecnologias midiáticas.
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Quem nunca ouviu a expressão “ele tá querendo mídia”, “ele é um caça mídia”,
“ela está na mídia”. Mas será que o termo mídia usado nas expressões acima, condiz com o
aceito? Vamos descobrir!?
Nos dias atuais, existem meios diversificados de informação e comunicação, eles
têm uma incumbência fundamental de interação social entre os cidadãos, entre eles a
televisão é o mais comum nas residências brasileiras, é raríssimo ver uma casa que disponha
de energia elétrica e não tenha uma televisão. É um modo de ocupar a mente, lazer e ao
mesmo tempo, de ficar antenado com as notícias do dia a dia, sobretudo em localidades mais
carentes.
Agora, acompanhe alguns conceitos, de acordo com Willrich (2000, p. 8):
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com as notícias que acontecem em nosso estado, no Brasil e no mundo. A multimídia envolve
a pluralidade, ou seja diversas mídias de forma simultânea, no vídeo, por exemplo, utiliza-se
o som e a imagem. Enquanto a hipermídia, vai além, abrange várias informações no mesmo
local, onde um link encaminha para inúmeros outros sites, palavras, textos e outras mídias.
Por exemplo, ao fazer uma pesquisa em um site, aparecem vários sites com a nossa pesquisa,
e ao clicar em um desses sites, surgem palavras e outros temas que estão interligados com o
da nossa pesquisa.
Discente, esses conceitos ficaram claros para você agora? “Sim?!” Então vamos
seguindo com o conteúdo. Um pouco mais acima, foi estudado que a TIC está inserida em
todas as áreas da sociedade, mas você conhece a Tecnologia da Informação e Comunicação?
Então leia o trecho abaixo:
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Vale salientar, que alguns recursos tecnológicos já eram utilizados por inúmeros
docentes, alguns deles já faziam o uso de algumas mídias e multimídias em salas de aula, antes
mesmo da pandemia. Visto que essa metodologia de ensino mais lúdica torna os conteúdos
mais atrativos e interessantes ao educando. Além disso, algumas Instituições de Ensino (IE)
ofertam a educação a distância (EAD). Você conhece bem essa modalidade de ensino, não é
verdade? Estudante, você lembra de algum filme, música, vídeo que sua professora utilizava
na aula? Pois bem, cada recurso desse tem um objetivo/ uma habilidade que o discente é
capaz de adquirir. Dessa forma, a utilização das TIC’S é um enorme aliada no processo de
ensino/aprendizagem.
Educando, agora que você já estudou sobre as tecnologias midiáticas, linguagem
audiovisual e a importância das TICs no cotidiano. Está animado para seguir com o conteúdo
da disciplina produções audiovisuais aplicadas a tradução e interpretação de Libras? “Sim!”
Que ótimo! Então, você agora vai ver a atuação do Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais,
no contexto audiovisual.
Figura 03 - Câmera
Fonte: https://hotmart.com/pt-br/blog/set-de-gravacao
Descrição da figura: Desenho retangular horizontal, laterais em preto e verde no centro. Duas luzes em cima da
imagem, entre elas um microfone de cima para baixo. Outras Luzes no canto direito e Esquerdo e uma
filmadora viradas para o fundo verde. Fim da descrição.
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Estudante, está vendo esse estúdio no desenho acima? Você já se imaginou nesse
cenário? Não?! Então, pode se imaginar que logo, logo, você estará abrilhantando no meio
audiovisual promovendo acessibilidade de comunicação. Você pode estar se perguntando:
“Professora, eu vou aparecer nas mídias? Como assim acessibilidade comunicacional?” Ops,
não precisa se preocupar que responderemos essas perguntas e outras mais.
No decorrer do nosso ebook, estamos falando de Linguagem audiovisual e
tecnologias, você já parou para pensar como o surdo se sente dentro de casa sem qualquer
comunicação? E principalmente diante da TV? Você já parou para pensar que o Surdo é uma
audiência fora do ar? “Mas como assim, professora?”
A televisão aberta Brasileira é o meio de comunicação mais acessado, tornou-se a
cultura do país. A Televisão é um recurso audiovisual, porém muitas informações são
repassadas através do áudio. O indivíduo com surdez ao assistir um programa de televisão,
talvez entenda só o que estão visualizando nas imagens. Por isso, estamos utilizando o termo
audiência fora do ar, porque ele está assistindo TV, mas a mesma não está acessível para ele.
Estudante, você lembra que estudou na videoaula da disciplina anterior, o Sistema
de Legenda Closed Caption (CC)? Vamos lembrar que em alguns canais de televisão ou sites é
possível ativar o recurso CC, que é um sistema de legendas ocultas com a tarja preta/cinza e
as letras brancas. Esse recurso é realizado de forma simultânea à fala. Por isso, a legenda CC
pode conter alguns erros de digitação que muitas vezes impossibilita o entendimento da
mensagem. Algumas programações da TV Aberta estão na TV Câmara Municipal, estadual e
federal e apresentam a janela de Libras.
Existem dois tipos de legenda CC, a online, que é feita somente com os recursos
da fala, com estenotipia ou softwares de reconhecimento de voz; por exemplo em programas
ao vivo, como telejornais, entretenimento e tal. Já a offline, é realizada em programas
gravados, e utiliza programas e softwares específicos para a transcrição. Nesse sistema
aparecem músicas, risos, palmas, passos, som de chuva e etc. (MARQUES, 2020)
Estudante, vamos falar de algumas áreas em vocês podem atuar na mídia. Você
lembra da primeira live de Marília Mendonça? Que live maravilhosa!
Para quem não assistiu a live da cantora, seu show teve a janela de interpretação
em Libras; a intérprete de Libras Gessilma Dias, deu um show de interpretação, com suas
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expressões faciais, corporais e classificadores impecáveis. A live foi a porta de entrada para a
visibilidade da Libras e da comunidade Surda no período pandêmico da covid-19. Após esse
espetáculo, aumentou consideravelmente a demanda por tradutores/intérpretes de Libras no
contexto audiovisual.
Observe a imagem abaixo:
Figura 04 – Reportagem
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=EJQUAfEGMwQ
Descrição da figura: imagem com a borda larga na cor marrom, com uma paisagem horizontal, com o céu azul
e nuvens, com árvores e campos e no meio dos campos uma empresa. Com legenda nas cores azul, laranja e
branca. Janela de Libras e a intérprete cor da pele branca, com camisa e cabelos pretos e cacheados. Fim da
descrição.
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Estudante, você lembra que logo após o carnaval de 2020 as aulas presenciais foram
suspensas devido a pandemia do covid 19. Após a interrupção das aulas nas escolas públicas e
privadas foi necessário fazer algumas adaptações com o uso das TIC’s para que os estudantes não
perdessem o ano letivo. O canal EDUCA-PE no youtube já era utilizado para as aulas dos cursos EAD
do governo de Pernambuco (PE), mas no período da pandemia as aulas do ensino básico também
eram transmitidas no canal para todos os estudantes da rede pública do estado e sobretudo na TV
aberta.
Observe o quadro abaixo:
A imagem é de uma videoaula, que foi transmitida no canal do EDUCA-PE. Você percebeu
a janelinha do intérprete de Libras? Para nós a sociedade majoritária ouvinte, passa despercebida,
mas faz toda diferença para o indivíduo Surdo.
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Que tal aprofundar seus conhecimentos com relação a inserção da janela de
Libras? No link abaixo, eu (Yaísa) relato minha experiência sobre a importância
da Janela de Libras nas videoaulas, e sobre o direito de acesso dos Surdos às
informações contidas na aula. Não esqueça de voltar para nosso ebook, ok!?
https://youtu.be/aS_rjV7kL2Q
Estudante, você que viu no link acima nas imagens, percebe que a presença do TILS é
indispensável para promover acessibilidade comunicacional, isto é, eliminar as barreiras que existem
entre os ouvintes e surdos e ser ponte, facilitador ou mediador de comunicação entre esses atores.
Evidenciaremos a partir de agora este contexto do trabalho nas videoaulas. Esse é o objetivo da nossa
competência: aprender as técnicas de tradução e interpretação em videoaulas. O que é a videoaula?
Qual o objetivo dela?
1.4 Videoaulas
A videoaula no início, talvez seja um desafio para você que está começando os estudos
agora, mas no decorrer do semestre, ou melhor desse ebook, espero que você esteja mais calmo e
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preparado para superar seus limites. Na realidade a produção de material didático midiatizado, é um
desafio não só para o TILS, mas também para o professor.
Estudante, você lembra do tamanho da janela de Libras que viu na videoaula da disciplina
anterior? Pois bem, é importante atentar para o tamanho e a posição da janela de Libras para que o
público Surdo, tenha acesso ao conteúdo com clareza e conforto. Quando esses indivíduos têm a
janela de Libras inserida na aula numa boa localização, sentem-se mais confortáveis em acessar o
conteúdo da aula, por ter o mesmo material que o dos ouvintes em sua língua materna.
Estudante, você sabe qual o tipo de roupa o intérprete pode vestir? Existe um
espaço de sinalização? Pode usar maquiagem? Que tal sanar essas dúvidas na
Videoaula? Estão prontos para assistir nossa videoaula?
“Sim!?”
Então vamos lá.
Mas não esqueça de voltar para cá, tudo bem?
Você assistiu à videoaula? Gostou?! Essas informações que viu na aula são muito
importantes para o seu futuro enquanto profissional de Libras.
Você sabia que a maior demanda por TILS é na área educacional, por que isso acontece?
Será que tem alguma lei que obriga o uso da janela de Libras? Em quais ocasiões ela é obrigatória? É
isso que veremos no próximo tópico.
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1.5 Lei Brasileira de Inclusão
Antes mesmo da existência da Lei de Libras foi publicada a lei de acessibilidade (Lei nº
10.098/2000), no seu capítulo VII e artigo 19 ela discorre sobre a permissão da utilização da Língua
de Sinais nos serviços de radiodifusão sonora e imagens, para assegurar o direito de acesso à
informação às pessoas com deficiência auditiva. Estudante, aí em cima está escrito “língua”, porém a
lei foi publicada antes da lei de Libras, dessa forma na lei de acessibilidade, está escrito linguagem,
pois era dessa forma que era conhecida no passado a LS. Perceba que a lei de acessibilidade só fala
sobre a permissão do uso da Libras.
O estatuto da Pessoa com deficiência, popularmente conhecida como Lei Brasileira de
Inclusão (LBI) nº 13.146/2015, outorga alguns direitos em várias áreas para a inclusão social desses
indivíduos, como uma forma de proporcionar a equidade, entre os direitos estão: direito à vida, à
saúde, moradia, inclusão no mercado de trabalho, direito à informação e comunicação, acessibilidade
e à educação. A LBI em seu artigo 67 e 73, discorre:
Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso dos
seguintes recursos, entre outros:
I - subtitulação por meio de legenda oculta;
II - janela com intérprete da Libras;
III - audiodescrição.
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria com organizações da
sociedade civil, promover a capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de
guias intérpretes e de profissionais habilitados em Braille, audiodescrição,
estenotipia e legendagem. (BRASIL, 2015)
Dessa forma, a Lei permite a inclusão da legenda em português, para que Surdos,
deficientes auditivos e ensurdecidos possam acompanhar o que está sendo veiculado nos meios de
comunicação. Você, estudante, já percebeu que é possível ativar esse suporte da legenda na sua TV
ou no canal do youtube? A janela de Libras, também foi consentida nos serviços de rádio e televisão.
Ainda que haja a existência dessas leis e documentos que aconselham os caminhos para a
acessibilidade das pessoas com deficiência nas produções audiovisuais, poucas são as emissoras de
TV aberta, que disponibilizam a janela de Libras. Contudo, sabe-se que apenas a autorização do uso
da Libras não está sendo suficiente para que esses recursos, sobretudo a janela de Libras, seja
colocada na TV aberta.
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A LBI em seu artigo 69, Parágrafo 1º, tornou obrigatória, a janela de Libras nas produções
audiovisuais de propagandas e comerciais nacionais de alguns setores e principalmente em
programas político-eleitorais. Dessa forma, a inclusão da janela de Libras possibilita ao indivíduo com
Surdez a participação na vida política e na cultura, além de permitir que o mesmo construa sua
opinião crítica. (BRASIL, 2015)
A LBI assegura que os Surdos devem dispor de um TILS dentro de sala de aula e um
professor de Libras e de Língua Portuguesa no contraturno das suas aulas regulares e de Atendimento
Educacional Especializado (AEE). Dessa forma, ele será alfabetizado em sua língua materna (primeira
língua que o indivíduo aprende), se apropriando dela para desenvolver seu cognitivo com equidade,
de forma a eliminar barreiras comunicacionais.
Educando, essa lei é bastante interessante, não é verdade? Ela abrange todas
as áreas de atuação dos intérpretes de Libras e todas as deficiências, sugiro
você estudar a LBI no link:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
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O TILS deve dominar as línguas em questão, (no caso do Brasil a Língua
Portuguesa e a Libras), para compreender a sentença e imediatamente utilizar
as técnicas de tradução e interpretação, associadas aos conhecimentos sobre a
cultura, elementos linguísticos da Libras e os aspectos sociais dos envolvidos no
contexto, para o entendimento correto do discurso por parte do estudante.
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Abaixo, você vai estudar estratégias que pode utilizar para abrilhantar suas interpretações
nas videoaulas.
Limitação do espaço
Educando, você se recorda da videoaula da nossa competência? Se não lembra, dá um
pulinho lá e depois volta aqui. Então, você deve lembrar que está em um espaço delimitado e que em
caso de fazer sinais fora deste espaço da janela, o telespectador/estudante Surdo pode perder
informações importantes durante sua atuação nas produções audiovisuais. Logo, você deve atentar
para esse espaço e não fugir dele.
Chegamos ao fim da competência 01 da nossa disciplina, mas não se preocupe, ainda
temos conteúdo para estudar. Está preparado para seguir em frente? “Sim!” Que ótimo! Vamos
desenvolver estratégias de tradução/interpretação no EAD.
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2.Competência 02 | Desenvolver estratégias de tradução/interpretação
no Ensino a Distância- EAD
Iremos estudar um assunto que vocês só conhecem só um pouquinho (Risos). Você sabia
que existem cursos totalmente a distância, sem a necessidade de ir com frequência no Polo
presencial?
A Educação a distância (EAD) é a modalidade de ensino-aprendizagem, mediada por meio
do recurso tecnológico, em que os professores e educandos estão separados espacialmente.
Atualmente o EAD é regulamentado pelo decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, mas já teve outros
decretos revogados do ano de 1996 e 2005.
A pergunta que não quer calar: “Mas professora, a senhora tá falando de ensino ou
educação?” Calma, eu explico. Apesar das palavras ensino e educação serem sinônimas elas têm um
significado diferente. Vejamos:
De acordo com (Pretti, 2011, p. 39) o ensino está relacionado à transmissão de
conhecimentos, com a socialização da informação, é um termo restrito ao ato de ensinar e aprender.
Já a educação é marcada pela ação de criar, alimentar, relação íntima afetiva, entre educador e
educando mediante uma metodologia própria para assegurar a aquisição de conhecimento, por
intermédio das relações sociais. Apesar da diversidade de significados entre essas palavras, vários
autores, a exemplo de Pretti (2011) e Petters (2001), não fazem distinção entre os vocábulos “ensino
a distância” e a “educação a distância”, sendo assim, nessa competência usaremos os dois termos.
Educando, uma das principais características do EAD, é a ideia de educação em massa,
com grande quantitativo de estudantes, dizemos também que ela é unidirecional, que quer dizer de
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um para muitos, ou seja, um professor transmite seus conhecimentos para diversos estudantes ao
mesmo tempo.
Você sabia?
A EAD também é conhecida como E-learning, (eletronic learning), que significa
aprendizado eletrônico, é quando se faz a utilização das TIC’s para proporcionar
conhecimentos. A sala de aula no EAD são os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA). Porém, este nome está abrindo espaço para uma nova
nomenclatura: o MOODLE, derivada do inglês (Modular Object-Oriented
Dynamic Learning Environment), que quer dizer Ambiente de Aprendizagem
Dinâmico Orientado a Objetos. No moodle os professores viabilizam os
materiais didáticos e propõe as atividades para a interação e desenvolvimento
cognitivo dos discentes, por meio de suportes de mídia, multimídia e
hipermídia.
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Figura 06 – Aula de Filosofia
Fonte: Criado pela autora Yaísa Guedes
Descrição da figura: Desenho de uma tela de monitor na cor: “azul”. Na tela estão letras pretas. Desenho de um capelo
e de um rapaz negro de camisa laranja, sentado em uma cadeira amarela na frente do computador, ao lado um livro.
Fim da descrição.
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Apesar do EAD seguir à risca sua regulação, tudo que é novo assusta, não é verdade!?
Surgiu então uma instituição para divulgar e estimular a educação a distância na sociedade. Vamos
conhecer um pouco sobre ela…
Dessa maneira, a ABED tem um papel importante de incentivar, apoiar e divulgar a EAD
na sociedade, para quebrar as barreiras e preconceitos referentes a esta modalidade de ensino. Visto
que o prejulgamento muitas vezes acontece pela falta de informação sobre determinado assunto.
Por intermédio dessa divulgação e parcerias com empresas e indústrias a EAD tem se desenvolvido
consideravelmente.
Várias instituições, empresas, universidades são filiadas à ABED, a mesma ainda está
disponível para pessoas físicas filiarem-se, só precisa ter entusiasmo de desenvolver seu cognitivo
sobre a educação a distância. A ABED organiza congressos, reuniões científicas, seminários, cursos
para a estruturação e propagação da educação a distância.
Estudante, você deve estar aí imaginando, mas como eu posso trabalhar no EAD? Quais
serão os suportes tecnológicos que podemos utilizar? Google meet, youtube, videoaulas? Veja a
seguir, as respostas para essas perguntas. Vamos lá!
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2.3 Cenários em que o TILS pode atuar no EAD
Figura 07 - Videoconferência
Fonte: https://www.tecnoandroid.it/2020/04/23/google-meet-lapp-per-videochiamate-che-fa-concorrenza-a-zoom-
708606
Descrição da figura: Desenho de duas filmadoras na cor branca, ao redor delas as cores: “verde e na outra azul”. Fim da
descrição.
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De acordo com Strobel (2015), os sujeitos Surdos, têm uma percepção de mundo
diferente da sociedade majoritária ouvinte, que é por intermédio da visão, logo, esse fator deve ser
estimulado para compreender a sentença.
Devido a este fato, alguns sinalizantes da LS já lidavam com os recursos (APPS) de vídeo,
para as interações comunicativas entre indivíduos da comunidade surda. Alguns desses apps, só
ficaram conhecidos pela sociedade em geral durante a pandemia, pois a mesma facilitou o acesso aos
artefatos tecnológicos no âmbito educacional.
Os cenários que você pode atuar são diversificados nesta modalidade de ensino: aulas
gravadas em vídeo; aulas ao vivo pelo google meet, zoom ou youtube; tradução de textos do
português para a LS. Veja a seguir as singularidades dos cenários:
• Google meet e Zoom meeting são ferramentas que possibilitam a comunicação entre
pessoas por meio de videoconferências, essas plataformas ficaram mais conhecidas
com a pandemia. Quando grande parte de empresas e instituições de ensino
começaram a fazer reuniões e aulas com esses aplicativos, ambas possuem um limite
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de participantes e não fica salvo para ver posteriormente, (só é possível gravar a
videoconferência na versão paga).
Nessa plataforma, é possível ver todos os participantes com o recurso das câmeras e ouvir
(microfone), compartilhar a tela do celular ou computador, com slides, vídeo e etc, além de ter um
chat para conversas e tirar dúvidas com o professor.
Estudante, em caso de aula utilizando essas plataformas, elas permitem que fixe
a tela do intérprete, para o educando Surdo ver você com clareza, você também
deve fixar sua tela no discente, pois em caso de dúvidas o mesmo pode sanar.
É importante que você esteja atento ao seu microfone, e ative-o apenas quando
necessário, caso contrário pode atrapalhar o professor, palestrante e/ou
participante.
Veja a imagem:
Discente, você observou bem a figura acima? Ela mostra uma aula que é transmitida por
meio do Google meet, e o professor utilizou um aplicativo, para que a janela do intérprete ficasse
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sempre na tela de apresentação da aula, dessa forma o estudante Surdo pode ver a tela de
apresentação da aula com os slides e o intérprete de Libras simultâneamente.
• Além dos vídeos que são compartilhados via Youtube, também é possível realizar
eventos ao vivo e transmiti-los no mesmo instante. Caso algum participante não
possa acompanhar no período da transmissão, após a live o vídeo fica salvo no canal
de forma automática e acessível para pessoas que não participaram no momento.
Difere-se dos recursos tecnológicos dos dois tópicos acima, pois não tem limite de
participantes, e não tem como ver as outras pessoas que estão como
telespectadores.
Discente, você entendeu que também é possível fazer a inclusão dos Surdos no EAD? A
utilização dos recursos tecnológicos é um grande aliado nessa modalidade de ensino, e sua variedade
pode ser explorada de diversas maneiras como você estudou até agora.
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2.4 Estratégias de Tradução e Interpretação no EAD
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Perguntas retóricas
No EAD, você pode utilizar o recurso da pergunta retórica. Ela é empregada para chamar
atenção, uma forma de estimular o raciocínio lógico, uma vez que elas geram respostas mentais com
expectativas de respostas. Na realidade, a resposta para a pergunta já é de conhecimento de todos,
mas ajuda a refletir ou entender sobre determinado assunto ou situação. Para fazer as perguntas
retóricas você pode usar pronomes interrogativos como: Como? Porquê? o quê? Qual? Quanto?
Quando?...
Exemplo:
Português => Eu vou na feira comprar frutas e verduras.
Em Libras ela pode ficar assim => EU VOU FEIRA COMPRAR O QUE? FRUTAS E
VERDURAS.
Quer ver a frase sinalizada? São poucos segundos. Então clique no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=3Vio4Pc1Mtg
Educando, você pode usar essa estratégia para chamar atenção do discente Surdo, se por
acaso, você perceber que ele está disperso. Ele vai pensar que é para responder e já vai adentrar no
conteúdo, é como se fosse um estalo: acorda! Para ele despertar e prestar atenção na aula.
Classificadores
Estudante você lembra dos dêiticos que você estudou mais acima? Então, os dêiticos e os
classificadores também podem ser utilizados como estratégias de interpretação. Os classificadores
têm por objetivo deixar o enunciado mais claro e compreensível, com a utilização e criação de sinais
icônicos, para detalhar som, tamanho, textura, paladar, cheiro, tato e formas em geral.
São um feito linguístico, uma representação visual de objetos e ações, isto é, são
marcadores de concordância de gênero para pessoas, animais ou coisas. Eles são fundamentais para
a ordenação da estrutura sintática e semântica, por meio das expressões corporais e faciais.
Veja alguns exemplos:
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Português: Guardou o livro na prateleira.
Figura 09 – Classificador
Fonte: Arquivo Pessoal da autora Yaísa Guedes
Descrição da figura: Duas fotos na vertical com um homem de barba e bigode de camisa preta, no canto inferior direito
a miniatura de cada foto mostrando a sinalização em Libras.
A ação de GUARDAR, foi feita não com o sinal de guardar, mas, com o classificador, para
imitar como a pessoa guardou o livro na prateleira. O classificador ainda pode mostrar, de que
maneira o livro foi guardado, rápido ou devagar, através da intensidade do sinal.
Veja agora o classificador para pessoa andando:
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Figura 10 – Pessoal
Fonte: Arquivo Pessoal da autora Yaísa Guedes
Descrição da figura: Duas fotos na vertical de uma mulher de camisa na cor: “bege”. Cabelos pretos curtos. Sinalizando
em Libras. Fim da descrição.
Neste caso, para pessoa andando existem vários classificadores, na imagem acima, o
classificador imita que a pessoa está caminhando, como se os dedos indicador e médio fossem as
pernas da pessoa se movimentando ao andar, pode-se mudar a intensidade caso a pessoa ande mais
depressa ou mais devagar.
Este assunto dos classificadores tem um gostinho de quero mais não é verdade?
Ficou curioso para aprender mais assim como eu? Então, aprofunde mais seus
estudos acessando os links a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=EDbkfZxeZ-A
https://www.youtube.com/watch?v=UIEkm0KwmlM
https://www.youtube.com/watch?v=-mrvsqAT760
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sua própria residência. E tenha que montar seu próprio estúdio em casa. Será que precisa de algum
recurso tecnológico específico? Descubra no tópico a seguir.
Educando, mesmo que não seja sua função, talvez você precise gravar e editar seus
próprios vídeos, e, para esclarecer quais ferramentas você irá precisar, veja abaixo quais são, para
que servem e porque é importante você ter esse recurso.
Foi elaborada uma pesquisa por meio de um questionário com profissionais TILS que
atuam ou já atuaram nas videoaulas e no EAD. De acordo com o questionário aplicado com eles, além
de um bom conhecimento prévio sobre o tema a ser abordado na aula, a utilização de alguns suportes
tecnológicos faz toda a diferença no momento da gravação de uma janela de Libras. Segue a listagem
abaixo de alguns suportes:
seja bastante iluminado para que ela possa ver o TILS com clareza e
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Câmera de retorno do próprio intérprete
que será abordado durante a aula, mas infelizmente nem sempre isso
acontece, as vezes o técnico precisa “se virar nos 30”, por isso, é
Você prestou bem atenção aos suportes? São aparelhos que nós utilizamos no dia a dia,
como por exemplo, a nossa queridinha câmera de selfie (risos). Ela pode ser uma grande aliada nas
produções audiovisuais, utilizando ela como câmera para fazer seus vídeos de interpretação em
Libras, você tem o retorno do seu espaço de sinalização, este recurso tecnológico lhe permite fazer
uma autoavaliação de sua interpretação e melhorá-la no decorrer do seu trabalho.
Estudante, você está aprendendo nessa competência 02, sobre as estratégias de tradução
e interpretação no Ensino a Distância, os cenários que você pode atuar,os recursos tecnológicos que
podem te ajudar para executar seu trabalho. Mas vamos ver algumas vantagens e desvantagens e os
desafios do EAD.
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2.6 Vantagens, Desvantagens e desafios do EAD
Discente, você lembra da pesquisa que foi realizada com profissionais que desempenham
suas funções na EaD? Pois bem, abaixo segue tabela com as respostas sobre as vantagens e
desvantagens do serviço nesta área.
Vantagens Desvantagens
Praticidade (sem transportes lotados e
engarrafamentos); Não ter um feedback;
Trabalhar no conforto de casa; Problemas com a internet;
Explorar os recursos tecnológicos; Sobrecarga do intérprete;
Aproveitar o tempo do percurso, para Falta de equipamentos adequados.
estudar;
Programas para inserir a janela de Libras;
Interagir com pessoas do Brasil inteiro.
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Desafios do EAD
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2.7 Como acontece o ato de interpretar?
Estudante, está vendo a intérprete no desenho acima? Para chegar nesse lugar, ela
precisou ter fluência na língua, além de ter conhecimentos sobre a cultura, identidade e comunidade
Surda, bem como conhecer a estrutura da Libras e Língua Portuguesa.
Você deve estar se perguntando? “São tantas informações para assimilar e por em
prática”?Não é mesmo? Mas não se desespere, corra atrás de conhecimentos na LS, se você se
dedicar agora, o máximo que estiver ao seu alcance, futuramente você irá se orgulhar de você
mesmo. Converse com a comunidade surda de forma presencial, se não puder, pratique a Libras
através de chamadas de videoconferência. Vamos continuar na nossa competência.
Segundo Quadros (2004), o ato de interpretar,
Envolve um ato COGNITIVO-LINGÜÍSTICO, ou seja, é um processo em que o
intérprete estará diante de pessoas que apresentam intenções comunicativas
específicas e que utilizam línguas diferentes. O intérprete está completamente
envolvido na interação comunicativa (social e cultural) com poder completo para
influenciar o objeto e o produto da interpretação. Ele processa a informação dada na
língua fonte e faz escolhas lexicais, estruturais, semânticas e pragmáticas na língua
alvo que devem se aproximar o mais apropriadamente.
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Dessa maneira, a Libras sendo sua segunda Língua (L2), Isto é, quando já se tem contato
com sinalizantes da língua e já apresenta fluência na língua, o ato cognitivo linguístico está
intrinsecamente em você, e desliza pelo seu corpo durante sua ação interpretativa, e imediatamente
você utiliza as técnicas de tradução e interpretação necessárias. “Mas professora, como assim?
Desliza pelo meu corpo? Eu hein?” Calma eu vou esclarecer…
Discente, quando você tem uma segunda língua (L2) e a pratica com frequência, ou seja,
já tem a fluência total da L2. No ato da interpretação, você está totalmente envolvido com seu
trabalho de interpretação devido ao seu empenho e dedicação nos estudos de ter sempre o contato
com indivíduos sinalizantes da LS e para a prática da fluência na língua. Ficou claro!?
A sua performance por horas de interpretação pode ter sua qualidade reduzida, durante
uma aula expositiva, você continuará realizando seu trabalho, mas como a organização lexical das
línguas é diferente, isso causa um cansaço mental ao profissional. Precisa de uma pausa a cada 20
minutos aproximadamente. Porém, nem sempre é possível o revezamento entre esses profissionais,
principalmente no ambiente educacional. Mas, lembre-se! É imprescindível ter integridade,
neutralidade e fidelidade na sua produção.
Estudante, ao longo de sua profissão você precisa estudar e apropriar-se dos conteúdos
a serem lecionados pelos professores, ler e reler textos, vai fazer parte da sua rotina, além de gravar
e editar vídeos, mesmo que não esteja dentro das suas atribuições. Para apropriar-se dos diferentes
contextos e conceitos que você pode atuar. Na EAD, você também poderá trabalhar na tradução de
textos. Vamos estudar como fazer essa tradução?
No EAD existe uma série de materiais didáticos, você sabe bem o que é isso, não é
verdade!? Devido a este fato da variedade de artigos, livros, ebooks e outros materiais didáticos. Você
precisa estar preparado para atuar na tradução de Livros do português para a Libras, caso seja
necessário.
De acordo com Galasso (2018), discorre que o trabalho de tradução inicia-se com:
1. Admissão do trabalho a ser traduzido
2. Identificar o público alvo que receberá o material;
3. Como executar o processo de tradução.
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Por exemplo, ao pegar um texto, você irá ler o conteúdo tirar as dúvidas de sinais e
terminologias do próprio assunto, depois saber o público alvo, por exemplo, se for criança a
linguagem tem que ser o mais simples e adequado para a faixa etária. Se for para um público de
ensino superior a linguagem precisa ser mais formal.
Após a caracterização dessas etapas, o tradutor vai se familiarizando com o material,
mediante a leitura, estudo das referências, conceitos e terminologias na língua fonte. Em seguida, dá-
se início na adequação do material ao público alvo, como questões estéticas de apresentação de
vídeo. Em seguida, irá fazer a tradução/gravação do vídeo em Libras.
Em caso de texto muito longo, você pode pedir para outra pessoa ler o texto enquanto
você grava a tradução para a Libras ou se você estiver sozinh@. Você grava um podcast e depois
coloca para gravar enquanto ouve seu próprio áudio e vai interpretando.
Você sabia?
No curso de graduação em Letras/Libras, quase todos os textos apresentam
sua tradução em LS, mas para que isso aconteça há o envolvimento de
inúmeros profissionais. Entre as funções estão: tradutores apresentadores,
supervisores de filmagem, revisores copidesques, revisores linguísticos e um
técnico em audiovisual.
Os profissionais para atuarem na tradução dos materiais para usar na sala de aula
podem ser surdos ou ser ouvintes. Além disso, eles também podem atuar na
tradução de programas a serem exibidos, como videoaulas, documentários, provas,
e outras tarefas e atividades (QUADROS, 2019).
“Oh, professora, mas o português não é a segunda língua do surdo?” Sim, deve ser. Mas
para que isso aconteça, ele necessita de multiprofissionais como fonoaudióloga, psicóloga, professor
de Libras e de Português para ter uma educação bilíngue desde o seu nascimento. E sabemos que
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nem sempre isso acontece, às vezes, por falta de interesse e/ou conhecimento sobre os benefícios
da Libras, no período certo.
Tenho certeza que você compreendeu o conteúdo, mas se você não assimilou o conteúdo
ou ainda tem dúvidas, volte lá e releia o ebook ou reveja as aulas, se as dúvidas permanecerem pode
me chamar no fórum ou no chat, você também pode trocar ideias com os seus amigos de curso e
trocar experiências. Mas não sane suas indagações. Ok?!
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Conclusão
As produções audiovisuais deram uma alavancada junto com o lockdown devido a
pandemia de covid-19, tais eventos aumentaram a visibilidade do Tradutor intérprete de Libras e da
pessoa Surda. Atrelado a este evento trágico, a Educação a Distância acompanhou a ascensão
tecnológica, através da demanda por conhecimentos no conforto de casa.
É inegável que a presença do TILS é fundamental nas produções audiovisuais, como forma
de disponibilizar informações, que até então eram desconhecidas por esta minoria, para incluir o
Surdo na sociedade. A princípio, a inserção desse material inclusivo nas produções audiovisuais
acontece com a participação do TILS, na educação presencial e aos poucos expande-se para o EAD.
Neste sentido, aprender as técnicas de tradução/ interpretação em videoaulas e
desenvolver estratégias no ensino a distância, torna-se imprescindível para a sua formação
profissional.
Que maravilha! Você concluiu mais uma disciplina. Parabéns por ter chegado até aqui!
Fico feliz de ter lhe acompanhado durante este período. Desejo que você pratique bastante o que
aprendeu aqui com as estratégias e técnicas de Hortêncio (2005), classificadores, dêiticos, uso de
recursos visuais, perguntas retóricas, além de utilizar a vestimenta correta e utilizar o espaço de
sinalização corretamente para realizar suas produções audiovisuais.
Até a próxima disciplina...
Sucesso!
Bons estudos!
Abraços!
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Referências
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BRASIL. Ministério das Comunicações. Portaria nº 310, de 27 de junho de 2006. Aprova a Norma nº
001/2006 -Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência, na programação veiculada nos
serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão. Disponível em:
<http://www.mc.gov.br/portarias/24680-portaria-n-310-de-27-de-junho-de-2006>. Acesso em: 13
jul. 2022
BRASIL. Lei no 10.436 DE 24 DE ABRIL DE 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras
e dá outras providências. Disponível em:
COUTINHO, Laura Maria. Audiovisuais: arte, técnica e linguagem. 60 horas / Laura Maria Coutinho.—
Brasília : Universidade de Brasília, 2006.
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Minicurrículo do Professor
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